Os investidores aguardam esclarecimentos por parte da Petrobras sobre a capitalização da
empresa prevista nas regras do pré-sal. Ontem, em meio a informações que chegavam de Brasília sobre o novo marco regulatório do petróleo, os papéis da estatal despencaram na Bolsa paulista, com os investidores confusos em relação ao aumento de capital contemplado no projeto. Os papéis ON chegaram cair 7% e os PN, 5%. No fechamento, apresentaram retração de 4,48% e
3,59%, respectivamente. Se tradicionalmente ações de companhia abertas já caem quando se fala
em emissão de novos papéis, no caso da estatal se a operação for mesmo da ordem de R$ 100
bilhões, como se fala, a tendência de recuo das cotações em bolsa é iminente.
No mercado, a dúvida é de quanto efetivamente será o aumento de capital da empresa, em que
prazo ele ocorrerá, se a compra das novas ações poderá ser paga integralmente em títulos
públicos ou um misto de moeda e títulos. Essas são algumas questões que os investidores
esperam que sejam explicadas hoje na entrevista coletiva na manhã de hoje que a direção da
companhia concederá hoje no Rio de Janeiro.
De tudo que foi dito até agora sobre o aumento de capital, a única certeza é de que governo fará
de tudo para elevar a sua fatia na empresa. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), Maurício Tolmasquim, confirmou esse interesse do governo. A expectativa é de que nem
todos os minoritários acompanharão a operação. Assim, a sobra deste volume, ou seja o que os
acionistas não comprarem, será reofertado aos que fizeram a primeira opção. É nesse momento
que a União pode ampliar sua atual participação de 32,21% no capital total da companhia. O
restante do capital da companhia está dividido entre BNDESPar (7,62%), Previ (3,15%), e outros
acionistas (57,02%).
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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