Se quiser manter sua operação em Harbin, no norte da China, a Embraer terá de fabricar novos
modelos de aviões na unidade chinesa, avalia o governo brasileiro. A empresa enfrenta problemas no país asiático, como cancelamento de pedidos e restrições para obter licenças de importação, e já estuda até fechar as portas da fábrica. “Com esse modelo de avião, a fábrica não tem futuro. É um modelo que não tem mercado. Está ultrapassado”, disse ao Estado o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney. “A Embraer sabe disso. Mas essa é uma decisão da empresa”, completou. Procurada, a Embraer não se pronunciou até o fechamento desta edição.
A crise prejudicou as entregas dos aviões Embraer 170/190 já vendidos na China. Das 50
unidades previstas pela empresa, foram exportadas apenas sete, porque o governo chinês não
liberou as licenças de importação. Em sua visita a China, em maio deste ano, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tentou resolver o problema, mas não conseguiu. As encomendas do ERJ 145,
feitos em Harbin, também foram cortadas pela metade, para 25 aeronaves.
Para Hugueney, os aviões da Embraer são competitivos e a empresa pode seguir no mercado
chinês, exportando do Brasil, mas enfrentará problemas. “O mercado na China é muito controlado. Ao deixar de produzir aqui, a empresa perde os benefícios dados pelo Estado e concorre com outras empresas que estão no país.”
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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