Na véspera do feriado de 9 de julho, Vale e Petrobras devem determinar novamente hoje os
rumos dos negócios da bolsa paulista, que ontem amargou seu quarto dia consecutivo de queda (- 2,30%), puxada justamente pelo desempenho negativo das duas maiores companhias brasileiras, que enfrentam uma onda de más notícias. Além disso, o cenário externo, em especial as bolsas americanas, também deve chamar a atenção dos investidores.
Com relação à mineradora, as fontes de preocupações para os investidores são diversas.A mais
constante é o próprio mercado de metais, que continua marcado pela volatilidade, com tendência
de baixa. Nesta terça-feira, os contratos futuros de metais básicos devolveram os ganhos iniciais e fecharam em baixa na London Metals Exchange (LME), diante da queda dos preços do petróleo e reversão para território negativo das ações, segundo traders e analistas.
No encerramento da rodada livre de negócios (kerb) da tarde, os contratos de cobre para três
meses caíram US$ 85,00 e fecharam a US$ 4.880,00 por tonelada, acima do nível de suporte
técnico em US$ 4.800-US$ 4.850. Os contratos de zinco para três meses chegaram a subir 3%,
mas depois devolveram a maior parte dos ganhos para fecharem em US$ 1.568,00 por tonelada,
em alta de US$ 8,00. Mas as negociações da Vale com os clientes chineses continuam num impasse, o que estimula os temores de que a empresa poderá conceder descontos maiores do que os já acertados com as siderúrgicas da Ásia e da Europa. A China hoje é o maior mercado para o minério de ferro da Vale.
Petrobras também fechou ontem em terreno negativo, embora de forma menos pesada,
principalmente por conta do mercado de petróleo. O preço dos contratos futuros do petróleo caiu
pela quinta sessão consecutiva e encerrou abaixo de US$ 63 o barril em Nova York, novamente
atingido pela preocupação dos investidores com o ritmo de recuperação da economia e da
demanda por combustíveis.
O contrato do petróleo para agosto negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu
US$ 1,12, ou 1,75%, para US$ 62,93 o barril, com mínima intraday de US$ 62,35 o barril. Na
plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para agosto recuou US$ 0,82, ou 1,2%, para US$ 63,23 o barril. A Petro PN recuou 2,30% e a ON, -0,99%, Ontem à noite, após o fechamento do mercado, a petroleira norte-americana Hess Corporation confirmou que era seco o poço que vinha sendo perfurado no bloco BM-S-22, na Bacia de Santos. Este é o primeiro poço perfurado no pré-sal de Santos que não encontra um reservatório de petróleo. Até então 100% de todos os poços haviam se deparado com reservas de óleo. A Amerada Hess possui 40% da concessão do BM-S-22, que é operado pela Exxon, com 40%. Este é o único bloco na área do polo de Tupi em que a Petrobras não é a operadora. A Petrobras participa com 20%.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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