No dia seguinte à decisão do BC de enxugar a liquidez, revertendo flexibilização dos compulsórios adotada na crise, o mercado assimila as informações e prepara as novas expectativas em relação ao rumo da Selic nos próximos meses. Não existe consenso em relação a data de aumento de juros no Brasil, mas a maioria das estimativas prevêem uma postergação na alta dos juros, para o mês de Abril. O que vale agora é ficar atento aos indicadores econômicos, que podem dar mais indícios em relação as políticas monetárias brasileiras. Hoje, por exemplo, o ponto positivo foi o dado de emprego do IBGE, que mostrou um mercado de trabalho mais robusto para um mês de janeiro, mas por outro lado o IGP-M subiu acima da mediana das expectativas, e o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da Fiesp mostrou queda em relação a dezembro.
No âmbito internacional, o clima é de pessimismo, em razão de alertas de agências de classificação de risco sobre um possível rebaixamento dos ratings da Grécia. Além disso, o anúncio de aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA veio pior que o esperado e o segundo depoimento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, hoje ao Senado, também não favoreceram os negócios.
Internamente, os destaques do meio corporativo continuam sendo os balanços anunciados. As ações das siderúrgicas Usiminas e Gerdau avançam, beneficiadas pelos resultados, e contrariando o movimento de queda do Ibov. O destaque negativo é o setor bancário, que opera em queda, porque para os bancos a reversão dos estímulos monetários restringe a liquidez no sistema financeiro - os bancos terão menos recursos para destinar ao crédito.
O destaque de amanhã da agenda de indicadores é o PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos. Internamente, dando continuidade ao cronograma de balanços, serão anunciados os resultados de Petrobras e Br Foods.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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