quarta-feira, 31 de março de 2010

Vale e Petrobrás têm de ser parceiras em fertilizantes, diz Lula

Presidente afirma que a agricultura nacional não pode ser dependente de poucas empresas externas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que a Vale e a Petrobrás têm de formar parceria para atuar na área de fertilizantes. "Vamos chamar a Vale e a Petrobrás, porque a nossa agricultura não pode ficar dependente de duas ou três empresas externas", afirmou Lula, na cerimônia de posse dos novos ministros. Ele garantiu que o governo não entrará diretamente nesse área, mas que fará o papel de coordenar o setor. Existe a expectativa de que uma estatal seja criada para gerenciar a área de fertilizantes no Brasil. "O Estado não vai se meter, mas vai conduzir oxigênio para que nossa agricultura possa se desenvolver", afirmou o presidente.
Ele disse que a proposta encaminhada pelos ministérios da Agricultura e de Minas e Energia, já foi enviada à Casa Civil para avaliação. Ele parabenizou a decisão da Petrobrás de construir fábricas de ureia e de amônia em Uberaba (MG) e Três Lagoas (MS). Durante o discurso, Lula agradeceu a indicação de Reinhold Stephanes pelo PMDB ao Ministério da Agricultura. "Parece que Stephanes nasceu dentro do ministério. Conhecia não só o Ministério, mas também as pessoas", afirmou o presidente, acrescentando que o trabalho de Stephanes terá continuidade com o ministro que toma posse hoje, Wagner Rossi, que deixa a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Investidor desconfia de capitalização da Petrobras

Foi em clima de incerteza que investidores estrangeiros receberam o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, em evento ontem na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York.
Após palestra de Barbassa sobre os planos de investimento no pré-sal e a capitalização da empresa -a ser concluída até julho, segundo ele, mas que ainda depende de aprovação no Senado-, o diretor teve que responder, por exemplo, qual seria o plano B caso a medida não passe no Congresso ainda no primeiro semestre.
"Não trabalhamos com nenhuma outra possibilidade", rebateu o diretor. "Não temos razão nenhuma para crer que a proposta não será aprovada."
Ao fim do debate, a falta de alternativa foi uma das preocupações apontadas por investidores em conversas com a Folha. Apesar das desconfianças, eles veem o pré-sal como um mercado promissor e não descartam a compra de ações da companhia brasileira.
"Acho que muitos investidores estão comprando ações da Petrobras -ou da Vale- porque querem colocar seu dinheiro no Brasil, e não há muitas empresas brasileiras conhecidas por aqui. Mas a questão é: será que a Petrobras vai continuar só como um grupo que representa os interesses do governo brasileiro?", disse Jean Ergas, investidor e consultor.
Investidores presentes disseram ainda haver incerteza quanto ao retorno a curto prazo das ações. Um deles, que pediu para não ser identificado, afirmou que os valores das ações são muito estáveis, e quem decide comprá-las sabe que não ganhará "200%". Além disso, afirmou, há certa insegurança em relação ao Brasil, "que pode falhar", apesar do bom momento econômico no país.

Investimentos

Durante a palestra em Nova York, Barbassa procurou assegurar que a Petrobras passa por uma boa fase. O diretor negou que a empresa considere cortar os investimentos para este ano (previstos em R$ 88,5 bilhões) caso a proposta da União de capitalizar a companhia não passe pelo Senado neste semestre. A ameaça havia sido feita na semana passada, no Brasil, em reuniões com acionistas e analistas em que a companhia foi representada por Alexandre Quintão, coordenador-gerente de relações com investidores.
Quintão havia dito que o fracasso da aprovação da capitalização poderia exigir a revisão de 20% dos investimentos previstos. Mas Barbassa contradisse o colega. "Não penso em cortar investimentos ou em fazer nada desse tipo. [...] Construímos uma situação para o primeiro semestre que nos dará o conforto de que precisamos para trabalhar na capitalização. E é isso que estamos fazendo", afirmou.

Por sistema de preços, corretoras indicam mineradoras

Analistas acreditam que sistema trimestral de acerto no valor do minério de ferro e alta demanda devem valorizar ações.
A notícia de que a Vale e as siderúrgicas asiáticas encerraram a rodada de negociações do minério de ferro para 2010 deu um ânimo adicional para os analistas do setor no Brasil, que reforçaram a recomendação de compra das ações das mineradoras. O reajuste nos preços pode chegar a 100% e, além disso, a duração dos contratos agora será trimestral. A definição altera um mercado acostumado há 40 anos com acordos anuais.
O banco britânico Barclays acredita que a transição para um novo método de precificação configura uma ótima oportunidade para investir no setor. As empresas recomendadas são a Vale, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a MMX (de Eike Batista) e a Bradespar (controladora da Vale). Os analistas do banco, Leonardo Correa e Renato Antunes, porém, alertam que a transição entre a determinação dos preços deve ser lenta, para não complicar os mercados, já que a Europa mostra muita resistência à mudança.
Três sistemas devem coexistir neste primeiro momento: preços determinados anualmente, contratos à vista e contratos híbridos, que teriam mecanismos de alteração trimestral nos valores. Nesse cenário, os analistas acreditam que o parâmetro mais confiável para se seguir será o dos contratos à vista, já que, só no ano passado, entre 550 e 600 milhões de toneladas de minério de ferro foram vendidas desta maneira - 60% dos transportes via oceano.
O banco recomenda a compra dos papéis porque acredita que o preço do minério ainda não atingiu seu pico, e que até 2012 deve haver mais aquecimento no setor. O preço-alvo das ADRs (ações negociadas em Nova York) da Vale (VALE) para o Barclays é de 37 dólares, para a CSN (CSNA3) é de 75 reais, para a MMX (MMXM3) é de 20 reais e para a Bradespar (BRAP4) é de 56 reais.
A corretora Link Investimentos, porém, acredita que um reajuste veiculado pelo jornal japonês Nikkei - sobre o acordo entre Vale e Nippon - não se concretizará, já que o preço do minério no mercado à vista já atingiu um valor 120% maior do que os contratos feitos pela empresa brasileira, por conta da diminuição da tarifa de transporte entre Brasil e China e da própria alta dos negócios à vista. As empresas, então, seriam obrigadas a adotar o sistema trimestral de acerto nos valores.
Leonardo Alves, analista da Link, prevê um mercado mais maduro para as negociações do minério de ferro, talvez sendo usada uma Bolsa de mercadorias, contratos e derivativos para os contratos. A preferida de Alves no setor é a Vale, com um preço-alvo de 62 reais para suas ações (VALE5). A Link também acredita que a CSN deve ter desempenho acima da ,édia do mercado. O preço-alvo estimado é de 75 reais para seus papéis.
Os analistas da corretora do banco Bradesco, Raphael Biderman, Gina Montone e Alessandro Mady, elevaram o preço-alvo das ações da Vale de 62,4 reais para 79,2 reais por ativo. Além disso, os especialistas preveem um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) acima do esperado para a empresa em 2010 e 2011, algo em torno de 34,3 bilhões de dólares. A instituição espera um aumento de 110% nos contratos.

A "nova" super commodity

O minério de ferro tem o potencial de chegar a segunda ou terceira commodity mais negociada no mundo”, projeta Randall. “Buscar o mercado de capitais é sempre uma solução", afirma o analista da Brascan Corretora, Pedro Montenegro. Esse fenômeno visto hoje com o minério de ferro não é inédito dentro do mundo das commodities. Nos anos 1970 e 1980, por exemplo, foram os sistema de preços do petróleo e do alumínio que mudaram.
E agora é a vez do minério de ferro. Depois de 40 anos, a commodity desenvolveu o seu mercado à vista, pressionando a necessidade de contratos futuros que possibilitem o "travamento" de preços e o planejamento dos custos das siderúrgicas por até dois anos. Agora, não é mais o negócio anual entre uma grande mineradora e siderúrgica que irá criar o novo preço a ser seguido nas demais negociações.
Assim, em 2010, os preços que já estão em na faixa de 110-120 dólares por tonelada métrica, um aumento de quase 100%, podem subir ainda mais ao longo dos próximos trimestres, refletindo as negociações realizadas no mercado à vista. "Haverá a maior volatilidade do mercado à vista e ciclos de preços mais curtos. O comprador e o vendedor vão partir para mecanismo sofisticados de proteção", sugere Gilberto Cardoso analista do Banif.
Em Singapura, o contrato com vencimento para dezembro de 2010 já é negociado a 142 dólares.

Minério de ferro surge como "novo petróleo" do mercado financeiro

O novo sistema de preços de minério de ferro deve levar a commodity a ocupar uma posição de destaque dentro do mercado financeiro mundial. Isso irá acontecer porque a mudança da definição anual dos contratos para trimestral vai incentivar o uso de instrumentos financeiros de proteção contra a variação dos preços pelas mineradoras, siderúrgicas, corretoras e empresas de frete.
Em abril de 2007, a bolsa de Singapura (SGX) foi a primeira a oferecer um contrato de minério de ferro que possibilitasse a proteção contra as oscilações dos preços do mercado à vista. Depois, em junho de 2009, foi a vez da London Clearing House disponibilizar os serviços de compensação dos contratos no mercado de balcão (fora de bolsa). Ou seja, garante a operação entre o vendedor e o comprador, reduzindo os riscos.
"Desde os dois lançamentos, mais de 1 bilhão de dólares foram negociados nesses mercados. É um crescimento muito rápido. Outras commodities demoraram vários anos até começarem a funcionar. O início foi acelerado e o potencial é enorme. Esperamos um crescimento dramático nos próximos anos", analisa Steven Randall, diretor-geral da The Steel Index (TSI), responsável pela referência de preços para os negócios.
O banco Credit Suisse estima que o volume dos contratos passe de 30 milhões de toneladas/ano para até 300 milhões de toneladas em um horizonte de dois anos. De olho no crescimento do mercado, a ICE (IntercontinentalExchange) também lançou em dezembro do ano passado o seu contrato. Além disso, a norueguesa NOS Clearing já anunciou que entrará no mercado em 8 de abril.

Desemprego nos EUA e turbulências no BC podem afetar mercado

A prévia dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos ficou abaixo do esperado pelo mercado e deve influenciar negativamente os negócios de hoje. Há pouco, a Automatic Data Processing (ADP) e a Macroeconomic Advisers anunciaram que a eliminação de 23 mil vagas de emprego
em março, resultado bem pior que a previsão do mercado de que seriam criadas 40 mil vagas no período. No mês anterior foram eliminadas 20 mil empregos. Analistas ouvidos pela Agência Leia lembram que esse dado é uma prévia para o mercado do resultado oficial que será divulgado na sexta-feira, o Payroll, dando um rumo para os investidores. Segundo eles, a expectativa por esses números, no pregão de ontem, fez com que o mercado "andasse de lado". O Ibovespa, principal índice da BM&FBOVESPA, encerrando o dia em alta de 0,03%, a 69.959 pontos. Há pouco, o índice futuro, com vencimento em abril, caía 0,23%, a 70.000 pontos, indicando abertura em queda.
Na Europa também há dados sobre o mercado de trabalho local. Segundo a
agência de estatísticas Eurostat, a taxa de desemprego nos 16 países que compõem a Eurozona subiu para 10% em fevereiro, ante 9,9% registrada em janeiro (dado revisado). Em fevereiro de 2009, a taxa era de 8,8%. A taxa de fevereiro deste ano foi a maior desde agosto de 1998.
Na Alemanha, a Agência Federal de Emprego informou que a taxa de desemprego do país caiu para 8,0% em março ante 8,1% em fevereiro (dado revisado). Além disso, o número de desempregados diminuiu em 75,437 mil ante fevereiro, para um total de 3,567 milhões, segundo dados não ajustados.

Surpreendendo analistas, ADP Employment mostra corte de 23 mil empregos

O número de postos de trabalho no setor privado dos EUA recuou mais um vez em março, de acordo com os dados do ADP Employment Report, divulgados em parceria com a entidade privada Macroeconomic Advisers nesta quarta-feira (31).
Foram fechadas 23 mil vagas no setor privado do país na passagem entre fevereiro e março, resultado bastante inferior às expectativas do mercado, que previam criação de 40 mil vagas. No entanto, o desempenho veio um pouco melhor do que a medição anterior, a qual foi revisada de uma perda de 20 mil para um corte de 24 mil postos de trabalho.
Esses dados do ADP são tidos como uma prévia do Employment Report, esperado para a próxima sexta-feira. O Relatório de Emprego é composto por: taxa de desemprego, número de postos de trabalho, ganho por hora trabalhada e média de horas trabalhadas.
Os indicadores do mercado de trabalho costumam mexer com as expectativas dos investidores no que diz respeito à condução da política monetária.

Fed conclui plano de aquisição de hipotecas depreciadas

Washington, 31 mar (EFE).- O Federal Reserve (Fed, banco central americano) concluiu hoje uma das maiores intervenções na crise financeira dos Estados Unidos após ter adquirido US$ 1,25 trilhão em títulos de hipotecas depreciadas.
O programa começou em novembro de 2008 quando o Fed anunciou que começaria a comprar títulos da dívida e hipotecas emitidos por agências como Freddie Mac e Fannie Mae.
As entidades, criadas durante a Grande Depressão dos anos 1930 para estimular os negócios imobiliários e transformadas em semiautônomas décadas mais tarde, tinham sido o motor principal da construção e compra-venda de casas nos Estados Unidos.
Sua função cresceu desde os anos 1980, quando se envolveram gradualmente na "titularização" de hipotecas, que consistiu na outorga de empréstimos em condições generosas, e a combinação dos títulos em pacotes vendidos a investidores e especuladores.
Quando explodiu a crise das hipotecas de alto risco em 2007, essas entidades se desequilibraram e o Governo federal teve que intervir.
Os negócios imobiliários nos Estados Unidos continuam instáveis, com quedas de preços e um número crescente de propriedades sob execução hipotecária, mas o Fed considera que chegou o momento de retirar alguns dos instrumentos usados desde dezembro de 2007 para evitar o colapso do sistema financeiro.
Em dezembro de 2009, o banco central americano fez uso de sua ferramenta tradicional de política monetária: fixou a taxa básica de juros em menos de 0,25%, eliminando assim quase totalmente os juros nos banco e estimulou os investimentos.
O programa serviu para sustentar os preços dos títulos de hipotecas e o Fed o ampliou em março do ano passado quando se encaminhou à aquisição de US$ 1,25 trilhão em títulos hipotecários, junto com US$ 200 bilhões em dívida de Freddie Mac e Fannie Mae e cerca de US$ 300 bilhões em títulos de curto prazo do Tesouro. EFE jab/sa

China analisa propostas para reformar regime de câmbio do yuan em abril

O governo chinês está analisando uma série de propostas para reformar o sistema de câmbio do yuan em abril, entre elas a ampliação da atual banda de oscilação da moeda e a abertura de espaço para uma maior influência das forças de mercado, informa a revista chinesa Caijing citando fontes não identificadas.
O Banco do Povo da China, o Ministério das Finanças e o Ministério do Comércio estão gradualmente desenvolvendo um consenso sobre a proposta de reforma, prossegue o semanário. A revista não revela a qual proposta os organismos governamentais chinesas estariam mais inclinados.
Atualmente, o movimento diário da taxa de câmbio dólar-yuan está restrito a 0,5% acima ou abaixo da taxa central de paridade, estabelecida diariamente pelo banco central chinês para orientar as negociações de sua divisa. As informações são da Dow Jones.

Relatório desfaz o mistério da ata do Copom

O economista Luiz Roberto Cunha, professor da PUC, acha que o Relatório de Inflação desfaz o mistério da Ata do Copom.
O mistério da Ata é que ela dizia uma coisa para explicar ter feito outra: ou seja, falava dos riscos de inflação da piora do cenário da necessidade de aumentar os juros para relatar uma reunião em que os juros não subiram.
-Mas no Relatório divulgado hoje está claro que o Banco Central decidiu deixar a inflação de 2010 ficar acima da meta e trabalhar para um cenário de convergência mais longo, ou seja, garantir que ela ficará no centro da meta em 2011 - diz Luiz Roberto
Ele ressalta que o documento divulgado hoje de manhã pelo Banco Central conta que há um cronograma de altas de taxas de juros e que alguns diretores quiseram antecipar o início dessa escalada dos juros.
Ou seja: os juros vão subir a partir de abril.
Tudo isso num dia em que houve uma mudança na diretoria do Banco Central e ainda não foi divulgado se o presidente Henrique Meirelles fica ou não. Ele está sem espaço político para sair, mas a decisão não foi sacramentada.
O novo diretor de política econômica Carlos Hamilton Araújo falou que a alta das commodities este ano está impressionante. É uma forma de justificar a elevação da taxa de inflação, e a aceitação de que a taxa fique acima da meta.

Déficit da França chega a 7,5% do PIB em 2009

Os dados, publicados nesta quarta pelo Instituto Nacional de Estatística (INSEE, sigla em francês), são inferiores às previsões oficiais, que tinham antecipado um déficit de 7,9% do PIB.
31 de março de 2010 - O déficit público da França em 2009 foi de 144,8 bilhões de euros, valor que representa 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 3,3% de 2008, enquanto a dívida pública subiu mais de dez pontos, somando agora 77,6% do PIB.
Os números vermelhos nas contas públicas ficaram bem maiores que os valores de 2008, quando somaram 80,1 bilhões de euros, em um resultado da queda de 4,3% na receita e do aumento de 3,8% dos gastos públicos, segundo o INSEE.

EUA/API : ESTOQUES DE PETRÓLEO CRESCEM 421 MIL BARRIS NA SEMANA

terça-feira, 30 de março de 2010

Estados dos EUA já dão sinais parecidos com crise grega

O jornal The New York Times fez um levantamento da situação fiscal de Estados norte-americanos problemáticos e concluiu que alguns deles “mostram os mesmo sinais de sobrecarga de dívida que recentemente levaram a Grécia à beira do precipício”.
No caso da Grécia, a dívida hoje equivale a cerca de 80% do Produto Interno Bruto, enquanto o déficit nas contas públicas (diferença negativa entre arrecadação e gastos do Estado) está em cerca de 12% do PIB. (No Brasil, esses dados são de 3,2% e 44%, respectivamente).
No caso dos EUA, o Alaska tem uma dívida que equivale a cerca de 70% do seu PIB, se considerados não apenas os títulos que o Estado têm a pagar, mas também suas obrigações de pensões não consolidadas. A reportagem chama atenção para o fato de que os dados divulgados pelos Estados não incluem responsabilidades adicionais relacionadas ao pagamento de pensões, o que disfarça o tamanho real da dívida, na opinião do jornal .
Para o NYT, as dívidas dos Estados norte-americanos estão “grandes demais para serem camufladas” com “contabilidades que mascaram os déficits [e] uso de derivativos para tapar buracos”.
Como consequência, há casos de dificuldades para se financiar (como ocorre com a Grécia, ainda que em proporção diferente). O Colorado, por exemplo, tentou captar US$ 500 milhões para cobrir gastos do seu sistema universitário e não conseguiu – levou menos da metade (US$ 200 milhões). O Havaí inaugurou uma semana estudantil de apenas quatro dias.
A Califórnia buscou outro meio de pagar as contas: antecipou a cobrança de taxas, fazendo as empresas pagarem 70% das suas obrigações com o fisco até 15 de junho.

PETROBAS: Projeto de capitalização tem de ser aprovado até maio

O diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, disse há pouco que espera que a votação do projeto de capitalização, que já passou na Câmara, seja aprovada pelo Senado em maio deste ano. "Não trabalhamos com outra hipótese que não seja a aprovação. É um bom negócio para o País. Estamos correndo contra o tempo", afirmou.
"Aliás, quero voltar logo para o Brasil para acompanhar isso de perto, pois o nosso tempo é curto", completou Barbassa, em encontro com empresários na Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Nova York.
Segundo ele, a aprovação é uma das premissas para que a Petrobrás possa investir de US$ 200 bilhões a US$ 220 bilhões entre 2010 e 2014, ante US$ 174,4 bilhões do plano de investimentos de 2009 a 2013.
A outra premissa do plano de investimentos, lembrou Barbassa, é ter um preço médio para o petróleo Brent de US$ 64 a US$ 77 o barril. Barbassa observou que o plano de investimentos para este ano é de US$ 88,5 bilhões, 25% a mais do que o ano passado, quando foram investidos US$ 78,8 bilhões.
"Estamos preparados para aumentar nossa margem na produção de petróleo. Temos projetos sólidos e rentáveis e a aprovação do projeto de capitalização nos dá força financeira", disse. O diretor considera para este plano de investimentos um cenário em que o Brasil tenha um crescimento de PIB de 4% a 5% neste ano e nos subsequentes.

Governo central registra déficit de R$1,091 bi em fevereiro

O governo central registrou um déficit primário de 1,091 bilhão de reais em fevereiro, após um saldo positivo de 13,866 bilhões de reais em janeiro, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira.
Em fevereiro de 2009, o governo central havia registrado déficit de 1,111 bilhão de reais.
No primeiro bimestre deste ano, o superávit acumulado foi de 12,775 bilhões de reais, ou 2,45 por cento do PIB.
O governo central compreende o Tesouro, a Previdência e o Banco Central.

Ações do Pão de Açúcar têm forte queda; Citi vê fusão de rivais com viés negativo

As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR5) caem 2,64%, cotadas a R$ 56,47 nesta terça-feira (30). Para os analistas do Citigroup, a fusão anunciada na última segunda-feira (29) entre as redes varejistas Ricardo Eletro e Insinuante pode ser um fator negativo para o principal player do setor.
“Em nossa visão, o anúncio é negativo para o Grupo Pão de Açúcar desde que a criação de um concorrente forte na região nordeste traga ventos contrários para a intenção do grupo de se expandir naquela área”, afirma o banco, em relatório assinado pelos analistas Carlos Albano e Marcio Kawassaki.
Combinação: Ao comentar o histórico da Ricardo Eletro, a equipe de análise do Citi destaca a aquisição em 2007 da MIG, companhia que trouxe 86 lojas à empresa e permitiu que ela expandisse suas operações para Goiás, Distrito Federal e interior de São Paulo. Atualmente são 273 lojas e uma receita anual de R$ 2,2 bilhões. No caso da Insinuante, o Citi avalia que sua posição como a quarta maior rede de lojas do Brasil (com 249 estabelecimentos) e sua diversidade de formatos (megastores, lojas de desconto e comércio elétrico) agregam um valor importante para a fusão.
“A nova companhia pretende dobrar seu tamanho atual nos próximos quatro anos, com uma receita de R$ 10 bilhões e o número de lojas chegando a 1.000. Eles também esperam abrir 50 novos estabelecimentos neste ano”, comentam Albano e Kawassaki, sobre as perspectivas apresentadas pelas empresas.
Consolidação: Ao mesmo tempo em que tamanha ambição pode comprometer os planos do Grupo Pão de Açúcar de se expandir no Brasil, e em especial no Nordeste, ela mostra uma tendência de mercado na análise do Citi.
“Este acordo mostra que a consolidação do setor de bens duráveis no Brasil é uma tendência que deve continuar por um longo tempo, em nossa visão”, adicionam os analistas.
Pão de Açúcar: A equipe de research lembra que, apesar da fusão resultar no segundo maior player do setor de eletrônicos e produtos para casa do Brasil, o GPA continua com o primeiro lugar no pódio, com uma receita de R$ 21 bilhões e mil lojas (contando Casas Bahia, Pão de Açúcar, Extra Eletro, Extra supermercado e Ponto Frio).
Para o Pão de Açúcar, o preço-alvo estabelecido pelo Citi para 12 meses é de R$ 77,00, com potencial de valorização de 32,75% frente ao último fechamento (R$ 58,00). A recomendação é de manutenção.

Fitch reitera rating AAA da França, mas alerta sobre dívida pública

Há poucos detalhes sobre como a França pretende reduzir o déficit orçamentário para um volume equivalente a até 3% do PIB, conforme regras da zona do euro.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings reiterou a avaliação AAA da França, afirmando que o país emergiu positivamente da crise, sendo necessário apenas um suporte "modesto" do governo ao setor financeiro.
A agência, no entanto, alertou que a recuperação francesa no curto prazo é frágil, levando em consideração "o elevado desemprego e a retirada de algumas medidas de estímulo". O diretor-gerente do Grupo Soberano da Fitch, Brian Coulton, alertou também que o nível da dívida pública da França "estava elevado na véspera da crise e está crescendo substancialmente".
A França saiu da recessão no segundo trimestre do ano passado, quando registrou uma contração de 2% em seu Produto Interno Bruto (PIB) - queda menos acentuada do que a registrada no PIB total da zona do euro, de 4%, durante o período. A economia francesa também teve uma recuperação mais rápida do que a de outros países europeus.
Segundo a Fitch, a França foi beneficiada por medidas flexíveis de financiamento que ajudaram a manter o custo dos empréstimos em um nível baixo e pelo fato de o crédito no país não ter sido tão afetado quanto em seus pares europeus durante a turbulência nos mercados financeiros.
De acordo com a Fitch, há poucos detalhes até o momento sobre como a França pretende reduzir o déficit orçamentário para um volume equivalente a até 3% do PIB, conforme as regras da zona do euro. A agência acrescentou que as taxas de dívida pública do país estão em um processo de deterioração desde o final da década de 1970. As informações são da Dow Jones.

Abate de bovinos caiu 2,5% em 2009 em relação ao ano anterior

O abate de bovinos registrou queda de 2,5% no ano passado em relação a 2008, com um total de 27,975 milhões de cabeças. Também houve redução de 2,4% no abate de frango em 2009, com 4,776 bilhões de unidades, segundo dados divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em sentido contrário houve aumento de 7,1% no abate de suínos no período, com 30,876 milhões de animais. No ano passado, foram comercializados 19,597 bilhões de litros de leite, 1,6% a mais que no ano anterior, e 33,919 milhões de peças de couro cru inteiro de bovinos (queda de 6,8% frente a 2008). A produção de ovos de galinha atingiu 2,359 bilhões de dúzias, volume 3,4% superior ao total de 2008.
O IBGE observa que, comparando-se 2008 e 2009 quanto ao desempenho mês a mês do abate de bovinos, observam-se dois períodos bem distintos: de janeiro a julho de 2009 o número de cabeças abatidas foi sempre menor do que o de 2008, enquanto de agosto a dezembro passou a ser positivo e crescente.
O resultado comparativo de junho (menos 1,9%) e julho (menos 0,5%) já demonstrava recuperação no total de abate, sinalizando que os efeitos da crise financeira internacional estavam mais amenos. No mês de dezembro o abate de bovinos totalizou 2,560 milhões de unidades, nível equivalente aos meses de melhor desempenho em 2008.
No acumulado do ano, revelam os dados do IBGE, o Centro-Oeste respondeu por 35,15% de todo o abate nacional de bovinos; e o Sudeste por 23,3%. Mato Grosso é o estado com o maior percentual de abate, 14,29% do total, seguido de perto por São Paulo, com 12,7%.
Em relação aos frangos, o abate mensal em 2009 esteve por nove meses inferior àquele obtido no ano anterior. A principal região em abate de frangos é a Sul, com 60,2% da produção nacional, seguida pelo Sudeste (22,6%). O Paraná contribui com 26,0% do total de frangos abatidos.
O desempenho mensal do abate de suínos no ano passado, em termos de volume, registrou variação positiva frente a 2008, destacando-se os meses de março (crescimento de 13,9%) e julho (15,7%). O maior percentual de abate de suínos encontra-se na região Sul (67,2% do total). A segunda região é a Sudeste (17,4%). Santa Catarina participa com 27,7% da produção, e Rio Grande do Sul, com 22,5%.
O consumo de leite, com aumento de 1,6% em 2009 em relação a 2008, tem crescido ano a ano desde 2003. Ao se observar a produção distribuída em 2009, verifica-se que durante o primeiro semestre a compra de leite foi inferior à de 2008. A recuperação só ocorreu a partir de agosto, mantendo-se crescente até o final de 2009 e sendo capaz de superar as perdas acumuladas. Os principais estados em aquisição de leite foram Minas Gerais (26,8%), Rio Grande do Sul (14,1%) e Goiás (12,3%).
No ano passado, foram vendidos 33,919 milhões de peças de couro cru inteiro de bovinos (queda de 6,8% em relação a 2008). São Paulo (18,9% do total), Minas Gerais (14,1%) e Rio Grande do Sul (13,0%) foram os estados que mais compraram o produto.

Atividade econômica pode desacelerar no 2º tri de 2010

Esfriamento da atividade auxiliará no combate às pressões inflacionárias
Após três trimestres consecutivos de crescimento acelerado da atividade econômica (PIB), num ritmo superior a 6% ao ano (3º e 4º trimestres de 2009), já divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 1º trimestre de 2010 – de acordo com estimativas de instituições financeiras e consultorias especializadas –, está se consolidando um cenário de desaceleração do crescimento econômico a partir do segundo trimestre de 2010. É o que aponta o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Atividade Econômica que, em janeiro de 2010, recuou 0,3%, a terceira queda mensal consecutiva.
De acordo com nota, o fato do indicador estar acima do nível 100, mas caminhando em direção a este patamar, reforça a impressão de que o ritmo de crescimento efetivo da economia, atualmente acima do seu potencial (estimado em cerca de 4,5% ao ano), está buscando o seu equilíbrio. "Tal fato contribui para amenizar as pressões inflacionárias, fazendo com que o ciclo de aperto monetário, que deverá ter início em abril próximo, tenda a ser de magnitude menor do que se verificou em outras ocasiões", salientam os economistas da Serasa Experian.
Por fim, conforme observam os economistas da Serasa Experian, vários elementos corroboram tais perspectivas de desaceleração do ritmo de crescimento econômico: elevação dos recolhimentos compulsórios sobre os depósitos bancários, fim/redução dos incentivos fiscais para a aquisição de bens duráveis, implementação dos cortes do Orçamento Geral da União visando a recomposição do superávit primário e o início de um novo ciclo de aperto monetário (elevação da taxa básica de juros) a partir do segundo trimestre de 2010.

Bancos brasileiros são os mais rentáveis das Américas

Os bancos brasileiros registraram a maior rentabilidade entre os 20 maiores em ativos da América Latina e dos Estados Unidos no ano passado, segundo levantamento da consultoria Economatica. No ranking, que considera a rentabilidade sobre patrimônio líquido (ROE), o Banco do Brasil aparece na primeira colocação, com ROE médio de 34,74%.
As duas posições seguintes também são de bancos brasileiros: Itaú-Unibanco (24,19%) e Bradesco (23,82%). Os norte-americanos Goldman Sachs (19,82%) e American Express (16,23%) completam os cinco primeiros lugares.
Lucro
Em lucratividade, no entanto, os bancos dos Estados Unidos lideram: no ano passado, o Goldman Sachs teve o melhor resultado neste item, com ganho líquido de US$ 13,38 bilhões, seguido pelo Wells Fargo (US$ 12,27 bilhões), JP Morgan Chase (US$ 11,72 bilhões) e Bank of America (US$ 6,27 bilhões).
Os três maiores bancos brasileiros ocupam da 5ª à 7ª posições: Banco do Brasil (US$ 5,28 bilhões), Itaú-Unibanco (US$ 5,78 bilhões) e Bradesco (US$ 4,6 bilhões).

JP Morgan: underweight no Brasil é questão tática ligada a ciclo de alta da Selic

Depois de realizar uma série de reuniões com investidores, os analistas do JP Morgan expressaram suas estratégias de investimento para a América Latina. De maneira geral, apesar das boas perspectivas para a região, os analistas recomendam certa cautela.
“Poucos investidores parecem estar realmente otimistas, apesar de o consenso não estar especialmente defensivo”, afirmam Ben Laidler, Emy Cherman e Brian Chase, responsáveis pelo relatório. Além da inflação dos emergentes e as preocupações em relação à China, eles explicam que “há uma impressão de que a recuperação da macroeconomia global já atingiu seu pico e que os valuations na América Latina estão altos e não oferecem segurança em caso de baixa, na melhor das hipóteses”.
Os analistas, contudo, ainda veem a região com bons olhos, na esteira da recuperação da demanda dos desenvolvidos e aceleração do crescimento global.
Brasil: Selic dita o tom de cautela
De acordo com o banco norte-americano, a elevação da taxa básica de juro deve ditar o tom dos mercados, trazendo mais cautela em relação ao cenário doméstico. Os analistas apontam diversos pontos positivos no País: diversos setores domésticos – em especial as construtoras – estão bem apoiados por programas do governo e pelo crescimento do País, e não devem se prejudicar da alta da taxa básica de juro. Além disso, alguns investidores acreditam que a eleição presidencial será um processo benigno, já que o mercado já precificou a alta de juro e que os investidores globais já teriam saído do país se fossem fazê-lo.
“Não conseguimos discordar com veemência de nenhuma dessas afirmações, e vemos nossa posição de underweight no País como algo mais tático do que estrutural, na espera de maior visibilidade sobre o ciclo de alta da Selic e um avanço no ciclo político”, afirma o JP Morgan.
Mesmo assim, a relação risco/retorno não parece atraente ao banco atualmente. “Os valuations brasileiros estão acima da média dos emergentes, e devemos considerar também o precedente de ações domésticas mostrando um mau desempenho nos últimos ciclos de alta da Selic”.
Petro, Vale e Natura
Passando para uma avaliação das empresas brasileiras, os analistas expõem suas posições sobre as principais blue chips da região. Em relação à Petrobras, a análise é de que as ações são um “underweight perigoso”, já que o banco tem uma visão otimista em relação ao petróleo – a expectativa é que o barril WTI chegue a US$ 90 no final do quarto trimestre de 2010. “Além disso, os temores envolvendo a capitalização da empresa não devem se concretizar, e já estão precificados”, apontam.
Já a Vale recebe uma recomendação overweight, apoiada na expectativa de alta do preço do minério de ferro. “O movimento das commodities tem se mostrado determinante na decisão dos investidores em ficar neutro ou underweight no Brasil”, afirmam os analistas.
Os bens de consumo, por sua vez, são vistos como um investimento arriscado. “A maioria dos investidores concordou com nossa visão de que ter ações baseadas em expectativa de alto crescimento, altos múltiplos e alto beta no início de um ciclo de aperto monetário é arriscado, apesar das perspectivas em médio e longo prazo serem positivas”, afirmam os analistas. “Ações de empresas de saúde e de companhias como a Natura parecem se beneficiar dessa cautela, com menor exposição ao crescimento local”.
Em relação aos demais setores, energia se mostra “um pouco mais interessante” considerando o risco de alta da inflação, enquanto os bancos recebem uma avaliação mista – contrapondo o valuation, que parece caro considerando alguns múltiplos, mas barato quando considerados os ganhos.
Demais países
Os investidores reconhecem que o México tem mostrado uma performance acima da média do mercado em 2010, - o que trouxe dúvidas sobre quanto espaço ainda há para crescer. Os analistas do JP Morgan, contudo, acreditam que ainda há um bom potencial de valorização dos ativos do país, e indicam uma maior exposição aos setores cíclicos.
O Chile, por sua vez, é apontado como um dos países que pode estar retirando os investimentos brasileiros. “O Chile tem visto mais interesse do que o normal, considerando a diminuição de peso no portfólio brasileiro e o baixo valuation chileno”.
A Argentina continuou a atrair interesse devido ao potencial de upside em curto prazo e boas perspectivas no médio prazo. “Entretanto, continuamos cautelosos devido à falta de perspectivas sobre as eleições”, apontam.
A Colômbia, por sua vez, está sendo considerada cara por diversos investidores, devido à lentidão de sua recuperação. O Peru, por fim, se beneficia das boas perspectivas para as commodities – mas os analistas afirmam que preferem se expor a esse movimento de alta através de outros países.

A Cesar o que é de Cesar: 10 motivos para BC retardar alta de juros - Ricardo Gallo

Toda analise de cenários prospectivos em economia têm dois lados, pelo menos…. Com diria um economista, por um lado …. e por outro lado…. haja lado! Como não podia deixar passar esta , segue , na minha opinião, alguns motivos que podem ter levado os 5 membros do COPOM a deixar a decisão de alta de juros para próxima reunião: Não sabemos ainda o tamanho do aperto monetário Chinês. Se a inflação lá não der trégua, o aperto pode ser muito mais forte, como advoga o renomado banco americano Goldman Sachs. Neste caso, poderíamos ter uma queda mais forte das commodities, que de fato estão pressionando bastante os custos de produção por lá. Aí os efeitos de tal queda poderiam trazer inflação para baixo aqui!
A situação fiscal nos estados periféricos na Europa é crítica e vai demandar uma forte redução de gastos públicos e na demanda interna por lá. E o pior é que tal questão fiscal pode chegar a França assim como já é assunto na Inglaterra. Excluindo a Alemanha, as finanças públicas européias estão em péssimo estado. Há o risco deste ajuste fiscal (necessário…) fazer com que a recuperação econômica por lá seja abortada. Menos demanda externa. O mesmo se aplica aos EUA. Já estão previstos aumento de impostos por lá . Mais uma locomotiva que pode ter que abortar o crescimento. O núcleo da inflação nos USA, Japão e na Europa estão baixo demais. E se continuar assim, teremos 75% da economia global exportando deflação para nós. Os juros internos aqui já estão subindo, pois bancos já começaram a subir suas taxas de empréstimos em antecipação a um aumento de juros do BC do B. O BC já anunciou que vai voltar a subir os depósitos compulsórios, o que tende a diminuir a oferta de crédito e a aumentar ainda mais seu custo. O governo tende a ter um superavit fiscal maior este ano do que no ano passado, pelo fim de algumas renúncias fiscais e pelo aumento da arrecadação. Menos dinheiro para ser gasto e portanto menos demanda. Há em todo ano de eleição um aumento dos gastos públicos no primeiro semestre por motivos legais e políticos. No segundo semestre deve haver uma certa redução no ritmo de contratações e de gastos dos governos federal e estaduais. Redução de demanda.
A taxa do dólar estável e o aumento das importações colocam um freio na vontade dos empresários de aumentar suas margens de lucro.
Nunca antes na história deste País tantos brasileiros deveram tanto! Os consumidores e empresários racionais reagem a alta dos juros conforme o tamanho de sua dívida: quanto maior a dívida mais eles retraem seus gastos num cenário de alta de juros. E aqui vai o conselho, pois meia palavra basta ….
Resumo: a demanda vai cair. Só não sabemos se será devido a uma alta forte dos juros ou por uma reação dos agentes econômicos ao cenário. Fiquemos de olho. O resto é especulação….

O tango chinês e o samba do crioulo doido

Recebi um pedido na caixa de comentários para analisar o artigo “Câmbio: lições da história, tangos, aranhas e leões”. Trata-se de uma bela coleção de barbaridades, mas, confesso, ando sem tempo de examinar cada uma das bobagens lá proferidas (talvez faça aos poucos, pegando um ponto de cada vez). De qualquer forma, leiam o seguinte trecho da obra-prima:“A fim de reduzir o imenso desequilíbrio externo, os EUA têm adotado nos últimos anos uma estratégia de desvalorização do dólar como forma de defesa à política cambial chinesa. Num gráfico temporal, as duas moedas descrevem trajetórias idênticas [grifo meu], como se estivessem dançando um tango.”
Achei a afirmação algo bizarra e explico abaixo o porquê. Caso tracemos o desempenho do dólar contra, digamos, o euro, ou (como prefiro) uma cesta de moedas (o DXY, que contém o euro, o iene, a libra, o dólar canadense, a coroa sueca e o franco suíço), e o desempenho do yuan contra o dólar, veríamos o tango chinês expresso em trajetórias similares, mas, como se pode ver abaixo, este não é certamente o caso. Assim, entre 2002 e meados de 2005 o dólar se depreciou (números mais baixos do DXY significam enfraquecimento do dólar frente à cesta e vice-versa), enquanto o yuan se manteve fixo com relação ao dólar. De meados de 2005 até o terceiro trimestre de 2008 o yuan se apreciou relativamente ao dólar (algo em torno de 17%), enquanto o dólar seguiu se depreciando contra a cesta, embora a um ritmo certamente menos intenso do que antes. Por fim, da crise para cá o dólar, flutuações à parte, se fortaleceu, enquanto o yuan permaneceu constante. Se estiverem dançando um tango, então um ouve Carlos Gardel e o outro Astor Piazzola.
Outra interpretação consistiria em olhar o desempenho do dólar contra a cesta de moedas e do yuan contra a mesma cesta, mas, como na maior parte do tempo o yuan está fixo contra o dólar, por construção o comportamento seria o mesmo (à exceção do período 2005-2008, que mostraria uma menor depreciação do yuan contra a cesta, já que estava se valorizando relativamente ao dólar). Isto é, as tais trajetórias idênticas nada mais seriam do que a expressão do câmbio fixo entre China e EUA. Caso prefiram outro exemplo, seria o mesmo que dizer que o euro alemão e o euro francês têm trajetórias idênticas relativamente ao dólar!
Assim, temos duas possibilidades de interpretação da passagem selecionada: numa interpretação as tais “trajetórias idênticas” não existem; na segunda temos apenas a expressão do “peg” entre o yuan e o dólar em termos de uma terceira moeda (ou moedas), ou seja, um raciocínio circular elevado à categoria de achado empírico. Em nenhum destes as conclusões sobre a qualidade da análise seriam particularmente elogiosas. Alguém ainda se surpreende?

Taxa de desemprego no Japão alcança menor nível em 11 meses

Segundo o governo japonês, a taxa de desemprego permaneceu em 4,9% em fevereiro após duas quedas mensais. O resultado ficou um pouco abaixo do esperado de 5%. 30 de março de 2010 - A taxa de desemprego no Japão alcançou o menor nível desde março de 2009, refletindo maior estabilidade na economia japonesa.
Segundo o governo japonês, a taxa de desemprego permaneceu em 4,9% em fevereiro após duas quedas mensais. O resultado ficou um pouco abaixo do esperado de 5%.
De acordo com os especialistas internacionais, as melhores condições no mercado de trabalho japonês deverá sustentar as despesas de consumo e o aumento do emprego, o que levorá à melhora na renda do consumidor japonês. "Portanto, o consumo aumentará, ajudando a segunda maior economia do mundo a se estabilizar", dizem os analistas.

TEMPORADA DE REAJUSTE DO AÇO NO MERCADO INTERNO COMEÇA EM ABRIL

A temporada de reajuste no preço do aço brasileiro começa em abril. Ontem, o presidente da Frefer, segunda maior distribuidora independente de aço do País, Christiano da Cunha Freire, revelou à Agência Estado que as siderúrgicas já definiram um cronograma de aumento, que começa com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no dia 1º de abril. A Usiminas programou elevar seus preços em 11 de abril e a ArcelorMittal Brasil fará o anúncio no dia 15 de abril, segundo Freire.
Procuradas pela reportagem, CSN informou que não se pronuncia sobre preços e ArcelorMittal Tubarão disse que não comentaria o
assunto. Já a assessoria de imprensa da Usiminas informou que até o momento não encontrou um porta-voz para comentar o assunto.
De acordo com o presidente da Frefer, os preços das bobinas a frio serão elevados em 12% e o das bobinas a quente e de galvanizados,
em 10%. Segundo outra fonte que acompanha o mercado de distribuição, os reajustes anunciados pelas siderúrgicas variam de 10% a
15%.
"Acredito que virá um novo aumento logo no início do segundo semestre. O reajuste de abril é muito comportado diante da alta no preço
das matérias-primas, do aumento no volume de vendas e da subida violenta que o aço teve no mercado externo", avaliou Freire.
O mercado já esperava que os aumentos dos custos das siderúrgicas decorrentes da alta do minério e do carvão se refletissem em
elevação dos preços do aço no mercado interno, reproduzindo um cenário que já ocorre no exterior. Segundo a fonte que pediu para não
ser identificada na reportagem, os valores do aço no mercado internacional subiram, gradualmente, 40% desde novembro do ano
passado. Conforme o presidente da Frefer, o preço médio do aço no mercado internacional saltou de US$ 610 por tonelada em janeiro
para US$ 735 este mês.
Na semana passada, o Credit Suisse informou, em relatório, considerar provável que houvesse aumentos nos preços do aço no mercado
doméstico neste ambiente de alta dos custos com matérias-primas. O banco de investimentos citou que recentes mudanças na taxa de
câmbio e nos preços internacionais do aço levaram a uma redução significativa do prêmio do produto do mercado interno.
Durante a divulgação dos resultados de 2009, a CSN divulgou que o aço vendido pela empresa no mercado interno poderia ter reajuste de
dois dígitos. Já a Usiminas disse que iria avaliar a questão de preços no momento em que ocorressem as prováveis altas das
matérias-primas, apesar de ainda esperar cenário de estabilidade nos valores do insumo no Brasil.
Ontem, o presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou que espera que o reajuste do minério seja fechado até o fim de abril. A Vale propõe
modelo baseado em médias trimestrais de preços, segundo Agnelli. O executivo reiterou que a produção de minério não está
acompanhando a demanda pela commodity. Diante da disparada no preço do minério no mercado à vista (spot) frente ao valor do produto
negociado em contratos de longo prazo (benchmark), a Vale estaria buscando aumentos acima de 100%, conforme o mercado.
A fonte que pediu para não ser identificada disse ter sido informada por siderúrgicas japonesas e europeias que esse patamar de reajuste
buscado pela Vale deve ser aceito por essas empresas, considerando que o mercado de minério de ferro é praticamente abastecido
apenas por três fornecedores. Juntas, Vale, Rio Tinto e BHP Billiton dominam 70% do mercado transoceânico da matéria-prima. O fato de
as siderúrgicas brasileiras já terem divulgado aumentos para a primeira quinzena de abril seria uma sinalização de que o reajuste do
minério está para ser anunciado, conforme a fonte.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Analise Grafica

IBOV: O ÍNDICE BOVESPA APÓS O FUNDO FORMADO COM UM MARTELO EM 67.900 PONTOS, NÃO TEVE FORÇA SUFICIENTE PARA TESTAR OS 70.500 PONTOS E VOLTOU A CAIR, TESTANDO SEU FUNDO. CASO VÁ ABAIXO DESTE SUPORTE, TEM ESPAÇO PARA CHEGAR A 66.900 PONTOS INCIALMENTE. PARA VOLTAR AO MOVIMENTO DE ALTA, DEVE PASSAR DA LTB DE CURTO QUE SE FORMOU, BUSCANDO A RESISTÊNCIA EM
70.500 PONTOS

PETR4: A PETROBRAS VEM PERDENDO SUPORTES, REALIZANDO FORTE O MOVIMENTO DE ALTA ANTERIOR. PODEMOS TER POSSÍVEL PARADA DA QUEDA EM 50% DE CORREÇÃO DO MOVIMENTO ANTERIOR, PRÓXIMO DE R$ 34,15 OU NA RETRAÇÃO DE 62%, QUE COINCIDE COM O PRÓXIMO SUPORTE EM R$ 33,50, QUIÇA R$ 33,25.
ENQUANTO NÃO MOSTRAR A FORMAÇÃO DE FUNDO, O PAPEL SEGUE EM QUEDA.
RESISTÊNCIA: R$ 35,05 / R$ 37,50 / R$ 38,25 SUPORTES: R$ 34,15 / R$ 33,50 / R$ 33,25

VALE5: A VALE ROMPEU O TOPO EM R$ 48,05, DANDO SEQUÊNCIA AO MOVIMENTO DE ALTA E FORMOU NOVA RESISTÊNCIA EM R$ 49,25. ULTRAPASSANDO ESTA RESISTÊNCIA TEM OBJETIVO NO PIVOT DE ALTA DE MÉDIO PRAZO, PRÓXIMO DE R$ 52,00. NO CURTO PRAZO, SE O PAPEL REALIZAR, TEM ESPAÇO PARA CHEGAR A R$ 47,45,
ONDE FECHARIA O GAP DEIXADO ANTERIORMENTE. RESISTÊNCIA: R$ 49,25 / R$ 52,00 / R$ 55,86 SUPORTES: R$ 48,05 / R$ 47,45 / R$ 45,63

BBDC4: O BRADESCO SEGUE EM TENDÊNCIA DE BAIXA NO MÉDIO PRAZO, MAS FORMOU FUNDO EM R$ 30,75, O QUE PODE IMPULSIONAR O PAPEL NOVAMENTE PARA O TESTE DE SUA LINHA DE TENDÊNCIA BAIXISTA. SÓ VOLTAMOS À TENDÊNCIA DE ALTA NO PAPEL SE PASSAR DA LINHA DE TENDÊNCIA BAIXISTA E SUPERAR OS R$ 32,65.
RESISTÊNCIA: R$ 32,50 / R$ 32,65 / R$ 34,00 SUPORTES: R$ 30,75/ R$ 30,10/ R$ 29,39

GGBR4: A GERDAU SEGUE EM TENDÊNCIA DE ALTA SE MANTENDO ACIMA DA LTA. NO MOMENTO FORMOU UM FUNDO NO SUPORTE, EM CIMA DA LTA, E COM UM CANDLE DE MORUBOZU, TODOS INDICANDO FIRMEMENTE A CONTINUIDADE DA TENDÊNCIA DE ALTA NO PAPEL. TEMOS PRÓXIMO OBJETIVO EM R$ 28,41. PASSANDO PELA RESISTÊNCIA, TEM PRÓXIMAS RESISTÊNCIAS EM R$ 28,75 E R$ 30,38. REVERTE A TENDÊNCIA SE PERDER OS R$ 26,35. RESISTÊNCIA: R$ 28,41 / R$ 28,75 / R$ 30,38 SUPORTES: R$ 26,35 / R$ 24,80 / R$ 23,90

MERCADOS

Portugal: A Fitch rebaixou nesta quarta-feira o rating de Portugal de AA para AA- e colocou como negativa a perspectiva para a nota de risco de crédito dos nossos colonizadores. A notícia azedou de vez o humor no exterior e jogou o euro para a casa dos US$ 1,33, no menor nível em 10 meses, o que derrubou as commodities.
China: Presidente do Banco Central afirma que retirada de estímulos monetários acontecerão quando houver evidencias bastante claras de recuperação.
O mercado voltou a balançar com os temores relacionados a crise fiscal na Europa. O euro volta a bater novos recordes de baixa. A ansiedade dos investidores aumenta diante da proximidade da reunião das autoridades da União Européia, uma vez que os líderes da Alemanha e França seguem dando declarações contraditórias sobre um possível socorro à Grécia.
Notícias vindas da Europa ofuscam os resultados da Vale e Petrobras no âmbito interno.
Setor imobiliário ruim nos EUA, também causou instabilidade.
Neste cenário, o Ibovespa seguiu Wall Street e chegou aos 68.913 pontos com a queda de 0,68% deste pregão.

MERCADOS

Na sexta-feira passada a índia elevou a taxa de juros em 0,25pp – O que levanta novamente a questão sobre o aperto monetário nos países emergentes – que tem sido o principal motor de crescimento da economia global. Com isso, s preços de commodities cederam, prejudicando o comportamento da bolsa e da moeda brasileira, que possuem alta correlação com tais mercados. Quando a China aumentará sua taxa de juros?
No começo da semana os mercado internacionais abrirem sob tom apreensivo. A novidade da segunda-feira foi a aprovação do projeto de reforma do sistema de saúde que repercute desfavoravelmente na bolsa de futuro de NY pelo impacto adverso que pode ter sobre os papéis da empresa do setor.
Ainda na segunda o governo alemão jogou um balde de água fria no mercado
financeiro, citando que na próxima reunião de cúpula dos países da zona do
Euro a Grécia não seria tema de discussão e isso trouxe incertezas quanto ao pacote de ajuda financeira.

VALE: FIM DE CONTRATOS DE L. PRAZO NÃO COMPROMETE ESTABILIDADE/CIA

O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse, há pouco, que o fim dos contratos de longo prazo de minério de ferro não compromete a estabilidade da empresa. Segundo ele, esse sistema de longo prazo funcionou por 40 anos, mas, com o aumento da demanda da Ásia, a Índia, que é um grande produtor, passou a consumir mais do seu próprio minério. "O modelo que estamos tentando propõe médias trimestrais", afirmou.
Agnelli reiterou que a produção de minério não está acompanhando a demanda pela commodity. Ele disse que o novo modelo dá conforto para a Vale tocar seus projetos de médio e longo prazo e ressaltou que a volatilidade faz parte do negócio. No ano passado, destacou, apesar do preço de referencia fechado, muitos compradores buscaram o mercado à vista (spot).

Hipótese de Petrobras virar 1ª do mundo não é “implausível”

No cenário padrão, o preço do petróleo é de US$ 130 por barril
O diretor vice-presidente da Energia do Rio, Luiz Carlos Costamilan, afirmou que “a hipótese de Petrobras se tornar a maior petrolífera do mundo em cinco anos não é implausível”.
Durante o seminário sobre produção de commodities e desenvolvimento econômico "O Esforço Empresarial Brasileiro", realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (29), Costamilan destacou as qualidades da estatal.
"As respostas virão em até 24 meses depois de uma sequência de testes do pré-sal. Sabemos que o petróleo está lá, porém não sabemos o volume que será possível extrair da reserva", afirmou ele, que também é conselheiro do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
"O petróleo é diferente das outras commodities. A celulose, por exemplo, você consegue mensurar a capacidade instalada. No caso do petróleo, se você fizer os investimentos iniciais, perde cerca de 10% em declínio de produção. É difícil prever alguma coisa", destacou.
Costamilan afirmou que a Petrobras tem atualmente 1 trilhão de barris de reserva. "Isso suporta 35 anos de consumo", explica. Porém, ele destaca que caso haja aumento na demanda pelo combustível fóssil nos próximos 20 anos, como preveem os analistas, a reserva não será suficiente.
"Vamos precisar descobrir muitas reservas para suprir a expectativa de consumo de cerca de 100 milhões de barris de petróleo por dia em 20 anos", contabilizou.
Pré-sal
Costamilan afirmou que "agora é a vez do pré sal". Segundo ele, a reserva do Brasil foi "a maior descoberta do mundo nos últimos 10 anos".
Para o executivo, isso colabora com as projeções de alta do preço do petróleo. "No cenário padrão, o preço é de US$ 130 por barril. Em um cenário pessimista pode chegar a US$ 50".
De acordo com Costamilan, cerca de US$ 180 bilhões terão de ser aportados pela Petrobras para colocar em prática a previsão de produção de 1,8 milhão de barris em 2020. "Mas acredito nisso, somente até 2009, cerca de 50 mil trabalhadores já foram treinados para a nova realidade do petróleo no país", finalizou.

GOL lança nova estrutura de tarifas

Denominadas de Comfort, Flexível, Programada e Promocional; as opções estão disponíveis por meio do site de venda de passagens (www.voegol.com.br) da empresa a partir de hoje.
29 de março de 2010 – A GOL comunicou hoje o lançamento de uma nova estrutura em sua família tarifária. Segundo a companhia aérea explica em fato relevante, a medida "simplifica as famílias de tarifas, a fim de torná-las mais acessíveis e de fácil entendimento".
Denominadas de Comfort, Flexível, Programada e Promocional; as opções estão disponíveis por meio do site de venda de passagens (www.voegol.com.br) da empresa a partir de hoje.
A tarifa Flexível visa atender o passageiro que precisa de flexibilidade na alteração de horário ou data de voo. Por sua vez, a Programada oferece melhores preços viagens planejadas com antecedência. Já a Promocional tem relação com as tarifas de menor preço, geralmente fruto de oferta. Na Comfort, os benefícios são: maior espaço entre as poltronas, acesso às salas Vip Smiles, prioridade no check-in, entre outros.
“Estamos personalizando nossos serviços para atender às necessidades de cada perfil de cliente, trazendo mais benefícios por um menor preço”, afirma em nota o diretor de Yield e Alianças da GOL, Marcelo Bento.

Bolsas da Europa fecham em alta; mineradoras compensam bancos

Os mercados de ações europeus fecharam em alta nesta segunda-feira, com os ganhos das mineradoras minimizando perdas do setor bancário. Enquanto isso, a Vodafone subiu em meio a notícias de conversas da companhia com sua parceira norte-americana Verizon, para pagamento de dividendos.
O principal índice acionário regional, o FTSEurofirst 300, fechou com alta de 0,16 por cento, a 1,079 pontos.
"Nós estamos chegando ao ponto em que as pessoas começam a dizer que tivemos ganhos fantásticos e, talvez, tenhamos ido muito longe rápido demais e poderíamos ver alguma consolidação," disse Joshua Raymond, estrategista de mercado do City Index.
As mineradoras subiam seguindo a alta dos preços dos metais. Anglo American, Kazakhmys, BHP Billiton, Xstrata e Rio Tinto subiram entre 1,2 e 3,3 por cento.
Vodafone cresceu 3 por cento após o jornal Sunday Telegraph afirmar numa reportagem que a empresa está mantendo conversas com sua sócia norte-americana Verizon Communication sobre o pagamento de dividendos. Um porta-voz da Vodafone evitou comentar o assunto.
Os bancos fecharam no vermelho. Barclays, HSBC, Credit Agricole, Commerzbank e Deutsche Bank caíram entre 0,03 e 2 por cento.
O Allied Irish Banks e o Bank of Ireland desabaram 19,6 e 10,5 por cento, respectivamente, enquanto o governo irlandês prepara-se para assumir o controle de uma fatia do setor financeiro muito maior do que o inicialmente previsto.
Em Wall Street, o Citigroup caía 3 por cento, após o Tesouro dos Estados Unidos informar que planeja vender durante este ano todas as 7,7 bilhões de ações do banco que possui

Brasil: tem peso para virar Potencia Mundial

O diário norte-americano The Wall Street Journal publica nesta segunda-feira um caderno especial sobre o Brasil abrangendo “da sua notável moeda forte e seu explosivo mercado de ações até o ardente debate sobre um astro do futebol [o Ronaldinho Gaúcho]”.
“Para o país do futuro, finalmente é amanhã”, diz a chamada da reportagem principal. “O Brasil virou a esquina e agora é uma nação de peso, ambição e fundamentos econômicos para se tornar uma potência mundial. Mas o país tem enormes desafios que precisa enfrentar até aproveitar integralmente esse potencial.”
Entre os obstáculos que o Brasil tem a encarar, o jornal cita a corrupção “cravejada” no País, o “crime galopante”, a “infraestrutura em mau estado” e o “ambiente de negócios restritivo (”com um código trabalhista arrancado das cartilhas econômicas de Benito Mussolini”). Ainda há ”trabalhos colossais” a serem feitos, diz a reportagem, assinada pelo correspondente Paulo Prada.
Uma das reportagens trata das eleições deste ano e conclui que os brasileiros “querem mais do mesmo”. No plano internacional, o jornal escreve que “de repente”, o que o Brasil fala passa a ter importância no exterior, mas afirma que o País “escorrega no palco global”.
O jornal traz textos, ainda, sobre o projeto de expansão do BTG Pactual (um dos maiores bancos de investimento do País), o crescimento e os desafios da Embraer, a tentativa do governo de resolver os problemas das conexões de internet no País, a dupla de artistas conhecida como Os Gêmeos (veja galeria de imagens), os restaurantes de São Paulo, eventos culturais e dados estatísticos.
O Brasil foi escolhido como o primeiro de uma série de países que serão objetos de reportagens do caderno “The Journal Report”. O objetivo do jornal, diz a “Nota do Editor”, é dar aos leitores “uma compreensão sobre um dos mais vibrantes e importantes lugares do mundo hoje”.

NIKKEI : NIPPON E VALE FECHAM PRÉ ACORDO PARA ALTA DE 90 % NO MINÉRIO

A japonesa Nippon Steel e a Vale chegaram a um acordo provisório para
estabelecer o preço do minério de ferro em cerca de US$ 105 por tonelada no trimestre entre abril e junho deste ano, aproximadamente 90% acima do valor do ano fiscal de 2009, segundo reportagem do jornal japonês The Nikkei. As negociações sobre preços vão continuar porque as duas partes não estão em total acordo, diz o jornal. A Nippon e a Vale esperam resolver as divergências até o fim do próximo mês e o preço a ser fechado então, será aplicado retroativamente a 1º de abril.
O preço final do minério provavelmente vai quebrar o recorde de quase US$ 79 estabelecido no ano fiscal de 2008 e será o primeiro aumento de preços em dois anos. As siderúrgicas provavelmente pedirão às montadoras e outros clientes para aceitarem preços maiores para o aço.
A siderúrgica sul-coreana Posco, que conduz as negociações de preço junto com a Nippon Steel, também já aceitou provisoriamente um aumento de 90%.
Se o preço do minério de ferro consumido pelo Japão subir 90% em todo o ano fiscal de 2010, a indústria siderúrgica japonesa verá seus custos crescerem 570 bilhões de ienes (US$ 6,15 bilhões) em comparação com o ano fiscal anterior.
A Vale propôs um forte aumento nos preços no início deste mês, apoiada no crescimento da demanda em mercados emergentes e na recuperação da produção de aço global. A mineradora também tenta negociar preços trimestralmente, no lugar de uma vez por ano.
A Nippon Steel se opõe ao estabelecimento de preços com maior frequência.
As siderúrgicas japonesas também já concordaram em comprar carvão de coque por US$ 200 por tonelada de grandes mineradoras no período entre abril e junho, o que representa aumento de cerca de 55% em relação ao ano fiscal de 2009. As informações sao da Dow Jones.

Petróleo deve ficar em US$70-80 nos próximos 10 anos, diz Opep

Os preços do petróleo podem permanecer entre 70 e 80 dólares na próxima década, de acordo com um relatório da Opep divulgado antes de uma conferência de petróleo nesta semana que reiterou as estimativas de demanda feitas no ano passado.
Em um documento escrito antes do Fórum Internacional de Energia nesta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmou que a suposição de preço tem como base a percepção de custos marginais de oferta no médio a longo prazo e destacou que isso não reflete nem sugere "qualquer projeção sobre se tal direção de preço é provável ou desejável".
"Para a próxima década, os preços nominais devem permanecer na faixa de 70 a 80 dólares o barril, enquanto que no prazo mais longo eles devem permanecer entre 70 e 100 dólares", disse o documento.
Segundo o estudo, a estimativa reflete a percepção de que os preços muito baixos limitam os gastos em exploração e produção, enquanto que preços muito altos têm um impacto negativo na economia global e crescimento da demanda.
Nesta segunda-feira, o contrato maio do petróleo nos Estados Unidos era negociado em torno de 82 dólares o barril.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Entenda os benefícios de investir em ações

Com a mudança do cenário econômico brasileiro nos últimos 10 anos, aplicações de renda fixa que antes apresentavam boa rentabilidade, já não são mais tão atraentes. Com isso os investimentos em Bolsa de Valores vêm ganhando destaque devido às altas rentabilidades dos últimos anos e as oportunidades que oferece a quem se dedica a este mercado. A Escola de Investidores ajuda você a entender o mercado de capitais em toda sua extensão, e em seu projeto educacional conta com monitores cedidos pela parceria com a SIM Investimentos, a fim de trazer informações atualizadas e experiência prática do mercado para seus alunos.
Investir na Bolsa de Valores é simples, porém requer dedicação para estudar e aprender como funcionam seus mecanismos, estratégias e análises. Você também pode optar por assessorias especializadas na hora de iniciar seus investimentos. O ideal é complementar o estudo com assessoramento, dedicar um pouco do seu tempo a estudar e contar com a ajuda de um profissional qualificado que acompanhe diariamente a bolsa, assim você estará sempre informado das oportunidades que o mercado oferece no curto, médio e longo prazo e terá segurança para tomar suas decisões.
É importante entender porque o investimento em ações hoje se tornou uma das principais alternativas de investimento, portanto, apresentamos algumas razões:
Historicamente, o investimento em ações é uma excelente alternativa ao INSS como previdência complementar para você e seus filhos.
Quando você compra uma ação, compra um pedaço de uma empresa, ou seja, vira sócio do negócio.
O investimento em ações proporciona que você cresça junto com as empresas das quais é acionista, boas empresas tendem a valorizar ao longo dos anos numa proporção muito maior que qualquer outro ativo por agregarem valores intangíveis ao seu preço (marcas, produtos, tecnologias).
Na BOVESPA você pode se tornar sócio de empresas como PETROBRÁS, VALE DO RIO DOCE, GERDAU, AMBEV, BRADESCO, USIMINAS, ITAÚ, NATURA, entre tantas outras empresas líderes de mercado e altamente lucrativas. Você pode participar dos lucros destas empresas!
A taxa de juros SELIC, que é utilizada como indexador dos Títulos de Dívida Pública e Renda Fixa, em apenas 3 anos caiu mais de 55% (de 26,5% para 11,25%), desconte ainda da rentabilidade oferecida pela renda fixa uma inflação aproximada de 4% ao ano, e o que lhe resta são aproximados 7% de rendimentos anuais, menos CPMF, IOF, Imposto de Renda, o que sobra? E vai continuar caindo.
O PIB brasileiro cresceu 3,2% ao ano em média nos últimos 5 anos, e a projeção do governo para 2008 é de 4,5%, em virtude do PAC e do ritmo de aceleração da economia nacional. Isto significa que as empresas negociadas na BOVESPA tendem a crescer, e conseqüentemente o lucro para os acionistas, ou seja, você!
O Brasil está a um passo de receber o título de país com Investiment Grade. Este título é um selo de qualidade dado pelas agências de classificação de risco (rating) aos países que representam boas oportunidades para investidores com um risco controlado. Este título aumenta a confiança dos investidores e possibilita à entrada de grandes fundos de pensão estrangeiros, que realizam investimentos de longo e médio prazo em nossa economia, isto gera uma grande valorização das empresas negociadas em bolsa, ou seja, de suas ações.
Investindo em ações, você passa a ter como sócios os maiores executivos brasileiros, como Jorge Gerdau Johannpeter (Grupo Gerdau), Salim Matar (Localiza), Jorge Paulo Lemann (InBev), Setúbal (Itaú) entre outros inúmeros empresários de sucesso.
O investimento em ações possui grande liquidez, facilmente você pode vender ativos que valem alguns milhões de reais em um dia de pregão da bolsa, ao contrário do que acontece com a venda de imóveis, por exemplo.
Na rentabilidade obtida com a venda de suas ações, o Imposto de Renda é de apenas 15% (exceção para daytrade: 20%) e ISENTO para investidores que venderem até R$ 20.000,00 em ações por mês.
Os dividendos (lucros) distribuídos aos acionistas são pagos em dinheiro e ISENTOS de Imposto de Renda.
No mercado de ações, você consegue obter rentabilidade até mesmo em tempos de queda, por exemplo, em uma operação chamada aluguel de ações.
Você sempre sabe o quanto valem seus ativos, pois o mercado os precifica em tempo real.
Com um bom acompanhamento, você pode trocar rapidamente de um negócio mal sucedido para oportunidades melhores. Ou seja, se a empresa vai mal você troca de sócio no mesmo instante.
Se você aplicar R$ 350,00 por mês, a uma taxa de 2% ao mês, durante vinte anos, é possível acumular R$ 2.000.000,00, e ter uma renda mensal vitalícia de R$ 10.000,00 se mudar para um investimento de 0,5 % ao mês.
Ações de muitas empresas boas negociadas em bolsa renderam acima de 2% ao mês desde 1995, mesmo com todas as crises que tivemos nos últimos 12 anos. Empresas como Petrobras: 2,55%, Vale do Rio Doce: 2,87%, Bradesco: 2,57%, Usiminas: 2,36%, Itaú: 2,87% e Gerdau: 2,74%*.
O Investimento em ações é o investimento em renda variável mais acessível a qualquer porte de investidor, a partir de R$ 100,00 por mês, você já pode começar a montar sua carteira de ações.
O Brasil está entre os 4 melhores países emergentes para investir do mundo, a famosa sigla BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China.
O Real tende a manter sua valorização frente ao Dólar, uma vez que nossas exportações e a entrada de investimentos estrangeiros em nosso país estão aumentando, portanto, não faz mais sentido fazer poupança em dólar.
As reformas necessárias ao nosso país irão acontecer mais cedo ou mais tarde, e quando ocorrerem, vão beneficiar diretamente as empresas listadas em bolsa.Cada vez mais capital migra da renda fixa para a variável, gerando um fluxo de força compradora e fazendo que as ações se valorizem.
Há mais de quatro anos o Ibovespa supera a CDI.
60% da população americana investem em ações, no Brasil, esse número é de 0,2% da população, ainda temos muito para crescer, e quanto mais cedo entrar na bolsa, mais se beneficiará de todo este crescimento.
Investir em ações é um processo seguro e transparente. Todas as empresas negociadas em bolsa são obrigadas a prestar contas aos seus acionistas e a BOVESPA mantém um Fundo de Garantia para assegurar aos investidores do mercado de valores mobiliários o ressarcimento de eventuais prejuízos causados por atuação inadequada de administradores, prepostos e empregados de corretoras BOVESPA.
*Rentabilidade Acumulada de 1995 até 14/09/2007.
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. O investimento em ações é um investimento de renda variável, pode apresentar excelentes resultados em curto, médio e longo prazo, mas pode sofrer oscilações consideráveis no curto prazo e gerar prejuízos ao investidor mal assessorado e sem conhecimento

Copom deve iniciar aperto monetário em abril, sinaliza ata

Segundo o documento do BC, "aumentaram os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória das metas".
25 de março de 2010 - O Comitê de Política Monetária (Copom) deu pistas na ata, divulgada hoje pelo Banco Central (BC), que poderá aumentar os juros na próxima reunião que ocorre em abril se alguns sinais de robustez da demanda doméstica continuarem a por em risco o cenário benigno da inflação e a manutenção das metas. O documento refere-se à reunião de 16 e 17 de março, quando a taxa básica de juros foi mantida em 8,75%.
"Aumentaram os riscos para a concretização de um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória das metas. Nesse ambiente, cabe à política monetária manter-se especialmente vigilante para evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos", destaca o documento.
Além disso, "houve consenso entre os membros do Comitê quanto à necessidade de se implementar um ajuste na taxa básica de juros, de forma a conter o descompasso entre o ritmo de expansão da demanda doméstica e a capacidade produtiva da economia, bem como para reforçar a ancoragem das expectativas de inflação", sinaliza a ata.
Apesar disso, os membros do Copom acharam mais prudente aguardar a evolução do cenário macroeconômico até a próxima reunião do Comitê, para então dar início ao ajuste da taxa básica.
"Por outro lado, os demais membros do comitê entendendo que as projeções de inflação e o balanço de riscos considerado justificariam o inicio do ajuste já nesta reunião, votaram por uma elevação imediata de 0,50 p.p., na taxa de juros básica".

Construção embala novo ciclo de crescimento da Gerdau

Após apertar o cinto e reduzir dívida em R$ 8 bi, siderúrgica vê no aumento do crédito a saída para indústria do aço no Brasil.
De sua austera sede na Avenida dos Farrapos, outrora símbolo do vigor industrial porto-alegrense e que hoje dá espaço a um corredor de ônibus, oficinas mecânicas e comércio popular, a Gerdau traça seus planos para o futuro.
Dos escombros da crise do ano passado, que produziram uma queda na receita líquida de 36,5%, para R$ 26,5 bilhões, e redução na venda bruta de aço de 26,8%, a 13,9 milhões de toneladas, a companhia espera retomar o ciclo de crescimento, após um duro aperto no cinto, que ajudou a baixar sua dívida líquida em 45%.
"Nem o meu tio Germano (membro do conselho de administração presidido pelo irmão mais novo, Jorge Gerdau) se recorda de uma crise tão forte como a do ano passado", diz ao Brasil Econômico André Bier Gerdau Johannpeter, presidente da maior fabricante de aços longos das Américas, como costuma ressaltar em suas credenciais.
No momento em que grandes corporações do ramo siderúrgico apostam na diversificação de negócios, em áreas que vão da mineração ao cimento, os planos da Gerdau prometem seguir o mesmo tom sóbrio da reforma, feita pouco antes do início da crise, em seu escritório central, uma antiga fábrica de pregos erguida pela família em 1901. "Nosso foco está totalmente voltado para a cadeia do aço", esclarece André Gerdau.
Na entrevista a seguir, o empresário explica que, além de Copa e Olimpíadas, o que anima mesmo a siderúrgica são as boas perspectivas lançadas pela indústria da construção civil, que passou a dispor de mais crédito no país.
Como foi o processo de ajuste no caixa da empresa durante a crise e qual a sua capacidade atual de investimento?
Em setembro de 2008, a crise estava vindo e não sabíamos o quão profunda ela ia ser, então nossa meta foi gerar caixa e proteger a liquidez da empresa. Baixamos a dívida em R$ 8 bilhões, reduzimos o capital de giro em R$ 5 bilhões e cortamos ainda os custos fixos com processos industriais em R$ 2 bilhões.
A gestão financeira foi chave nesse processo. Revíamos a meta a cada mês, dois meses, pois não sabíamos a profundidade do problema. A partir de maio, quando tivemos uma dimensão melhor, começamos a nos adaptar melhor ao cenário. Com isso, revisamos nossos planos e aumentamos os recursos para R$ 9,5 bilhões durante os próximos cinco anos, sendo que 80% desse dinheiro será destinado ao Brasil.
Siderúrgicas estão falando em investir em mineração e cimento, enquanto cimenteiras querem ganhar mais espaço na produção de aço. Como a Gerdau vê esse movimento?
Nossa posição é muito clara: o foco da empresa está totalmente direcionado à cadeia do aço. Estrategicamente, a Gerdau vai investir para gerar mais valor agregado ao cliente, especialmente no corte e dobra de aços longos para a construção civil.
De todo modo, a companhia vai elevar sua capacidade de produção de minério, não?
Esse investimento é uma forma de melhorar a competitividade, por isso queremos elevar a produção nas nossas duas reservas em Minas Gerais, para abastecer a Açominas. No momento, queremos elevar a autossuficiência em matéria-prima de 50% para 80%. Essa posição pode mudar no futuro, mas não buscamos novos ativos em mineração.
Quais são os planos para fazer com que a Açominas aproveite oportunidades nos mercados automotivo, naval e a cadeia do pré-sal?
O que temos em Minas é uma linha de fio-máquinas (utilizados para a fabricação de arames e pregos, entre outros), que pode acabar na produção automotiva, e de perfis estruturais (usados na sustentação de edifícios), um mercado que está se desenvolvendo no Brasil.
Nosso grande plano está na produção de chapas grossas, que podem ser utilizadas na indústria naval, de equipamentos pesados e na construção. Ainda não fabricamos, mas vamos agregar uma laminação que a partir de 2012 irá fornecer o produto para esses clientes. Não temos contratos ainda, mas estamos monitorando o mercado e vendo oportunidades.
De que forma Copa e Olimpíada mexem nos planos da Gerdau?
Estamos acompanhando atentamente as novas oportunidades do mercado, a partir das obras do PAC, Copa, Olimpíadas e do Minha Casa, Minha Vida. Os eventos combinados deverão gerar uma demanda, segundo o Instituto Brasileiro do Aço, de 8 bilhões de toneladas. É um número significativo, se considerarmos que a produção deste ano deverá ficar em 32 bilhões de toneladas. Dentro do contexto do país como um todo, esse volume ajuda, mas não é o determinante.
Estamos atentos às oportunidades com toda a infraestrutura que virá a reboque do crescimento da indústria da construção civil, movido principalmente pelo maior acesso ao crédito, que também está puxando a compra de automóveis e eletrodomésticos.
Há previsão de aumento de capacidade?
Hoje a nossa capacidade atende à demanda e as expansões previstas já contemplam essa expectativa. Estimamos um aumento na produção de aço de 22% para este ano (no ano passado, a queda foi próxima a 30%). É ainda uma recuperação.
Como a Gerdau vê o esforço de empresários brasileiros que estão se unindo para comprar aço mais barato no exterior, principalmente da China?
Entendemos que as empresas têm todo o direito de importar aço. Para nós, o importante é garantir o atendimento à demanda e para isso é estratégico manter uma relação estreita com os clientes. Com uma cadeia forte, a indústria brasileira é competitiva.
Estima-se que o preço do minério de ferro poderá mais que dobrar este ano. Qual será o impacto no valor do aço?
Alguns analistas falam nesse aumento, mas isso não está confirmado. Vai haver uma pressão de custos, mas não vamos mexer nos preços.

quinta-feira, 18 de março de 2010

EUA: INDICADORES

Pedidos de Auxílio Desemprego
Fato: O número de pedidos de auxílio-desemprego caiu 5 mil na semana até 13 de março
Expectativa: Analistas estimavam queda de 7 mil pedidos
Comentário: O indicador veio pior que o esperado. A queda nos pedidos abaixo do estimado é negativa, mas lembramos que o indicador pode ser volátil, por ser semanal.

Balanco da Conta Corrente
Fato: O déficit na conta corrente foi de US$ 115,6 bi no quarto trimestre
Expectativa: Analistas estimavam déficit de US$ 118 bi
Comentário: O déficit veio ligeiramente abaixo do esperado. O dado é positivo.

Inflação ao Consumidor (CPI)
Fato: O CPI ficou estável em fevereiro
Expectativa: Analistas estimavam alta de 0,1%
Comentário: O dado veio ligeiramente abaixo do esperado, e é positivo, uma vez que mostra estabilidade dos preços.

MERCADO

A bolsa brasileira fechou em queda ontem, na contramão dos mercados acionários globais, que registraram ganhos, impulsionados por indicadores favoráveis e pelo clima de otimismo depois de o Banco Central Americano anunciar a manutenção do juros e confirmar que a taxa deve permanecer baixa por um longo período. Aqui, o que trouxe volatilidade foi a expectativa com a divulgação da Taxa Selic.
À noite, o Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa Selic em 8,75%. No entanto, a decisão não foi unânime: três dos oito diretores do colegiado votaram em favor de uma elevação de 50 pontos-base.
Os principais mercados asiáticos fecharam a quinta-feira com ligeira queda. Apesar da alta em Wall Street, parte das bolsas da região seguiu fatores locais, com baixa especialmente no setor bancário. Os temores sobre a crise de débito da Grécia e um possível aperto monetário na China
pesaram sobre a bolsa de Honk Kong, assim como a bolsa de Tóquio, que também fechou em queda.
Os Futuros de NY e as principais bolsas européias operam sem direção definida, a espera de indicadores que possam ajudar a ditar o rumo dos negócios. O ambiente de alívio foi perturbado pelos problemas fiscais da Grécia. Hoje, o tema volta a preocupar os investidores devido a
incertezas sobre a real disposição da Zona do Euro para ajudar o país.

COPOM: Copom mantém taxa básica de juro em 8,75% ao ano

As próximas reuniões do Copom nesta primeira metade de 2010 acontecerão nos dias 27 e 28 de abril e 8 e 9 de junho
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (17) não alterar a taxa básica de juros (Selic), atualmente fixada em 8,75% ao ano – nível mais baixo da história.
Sem viés e sem unanimidade, a decisão da autoridade monetária de manter o juro em 8,75% ao ano ocorre pelo quinto encontro consecutivo.
Segundo comunicado do BC, a medida contou com cinco votos a favor da manutenção e três votos pela elevação da taxa Selic em 0,5 ponto percentual (p.p.).
"O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", reiterou a autoridade monetária, que afirmou ter tomado tal decisão avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação.
As próximas reuniões do Copom nesta primeira metade de 2010 acontecerão nos dias 27 e 28 de abril e 8 e 9 de junho.

Medida acertada

A decisão do Copom de manter inalterada a taxa básica de juros da economia foi "uma demonstração de respeito à produção, ao crescimento, ao emprego e, ao Brasil", segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
No mesmo sentido, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma que a medida foi acertada. "Isso indica que o Banco Central percebe que as pressões inflacionárias existentes são temporárias e sazonais", disse Armando Monteiro Neto, presidente da CNI.
Em nota, a Fiesp disse ainda que a decisão mostra que "prevaleceu o bom senso". "A Fiesp, embora entenda que há condições seguras para que a Selic seja mais baixa, recebe bem a decisão do Copom em mantê-la no atual patamar", pondera.
O presidente da instituição, Paulo Skaf, relatou também que governo e sociedade precisam estar unidos. "O governo foi sensível ao nosso apelo, baseado em concreta argumentação técnica, e renovou as condições de crescimento, com a natural geração de novos empregos. Ganham todos, em especial o Brasil", pontuou Skaf.
Por sua vez, Monteiro Neto afirma que um eventual aumento nos juros neste momento seria inadequado porque não teria efeito sobre os preços e prejudicaria a retomada da atividade industrial.
"Apesar dos resultados positivos atualmente observados, a indústria ainda está em recuperação e não alcançou os níveis pré-crise. Em especial, o nível de utilização da capacidade instalada é bem inferior ao de setembro de 2008", lembrou o presidente da CNI, ressaltando que o aumento dos juros neste momento colocaria um freio nas decisões de investimento e comprometeria a retomada do crescimento.
Para a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), mesmo que as projeções indiquem uma inflação um pouco acima da meta até o fim do ano, ainda assim dentro da margem de tolerância determinada pela política monetária, há outros fatores que precisam ser considerados.
"Há uma margem importante de ociosidade na indústria - cerca de 17%, em média - que pode absorver aumento da demanda no curto prazo sem pressionar os preços. Além disso, os investimentos industriais e em infraestrutura estão em trajetória de crescimento, o que elevará a capacidade de ofertar bens e serviços", relatou a associação.
A opinião da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) é de que o aumento de juros teria "efeito inócuo".
"Elevações da taxa básica de juros custam muito caro aos cofres públicos e certamente exigem um esforço extra do governo para conseguir um resultado fiscal mais robusto. Esse custo, se acontecer, será repassado sob a forma de aumento da carga tributária e de encarecimento das prestações no caso dos financiamentos no setor bancário", alerta Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

Juros mais baixos

Já a União Geral dos Trabalhadores (UGT) se posicionou contra a manutenção da taxa Selic a 8,75%. "O Copom perdeu a oportunidade de acelerar o nosso crescimento econômico e tirar do Brasil o título de recordista mundial em juros", protestou.
De acordo com Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, a economia brasileira precisa de juros baixos para estimular os investimentos nos setores industriais e de serviços para conseguir a geração consistente de emprego de qualidade.

terça-feira, 16 de março de 2010

MERCADO

Ontem o dia foi realizações na maioria das bolsas globais, refletindo algumas notícias que deixaram o mercado mais cauteloso. Hoje, o clima é de expectativa, diante de decisões e medidas importantes a serem anunciadas nos Estados Unidos e na Europa. O FED anuncia hoje a taxa de juros americana, os investidores não esperam qualquer mudança na taxa dos Fed Funds, mas estarão atentos a qualquer mudança na linguagem do comunicado, que poderá oferecer pistas sobre quando a política monetária deve começar a ser apertada. Além disso, a Grécia apresentará à União Européia seu plano para redução da dívida.
Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com as notícias mundiais e os fatores locais influenciando os negócios. Na China, após duas sessões de queda os investidores aproveitaram para buscar boas oportunidades de compra, deixando as preocupações em relação
ao aperto monetário um pouco de lado. A Bolsa de Tóquio fechou em queda, ante um modesto movimento de venda de ações das empresas exportadoras, provocado pela valorização do iene.
Os Futuros de NY e as principais bolsas européias operam em alta. O clima positivo predomina nos mercados internacionais nesta manhã, enquanto os investidores aguardam o resultado da reunião do Federal Reserve. Além disso, diminuíram os temores de mais medidas de aperto na política monetária da China e as preocupações com a Grécia. Ontem os ministros de Finanças da União Européia chegaram a um acordo a respeito dos termos
sob os quais poderão oferecer um pacote multibilionário de resgate para a Grécia, já que o país com problemas de dívida apresenta riscos para o euro. No entanto, as autoridades forneceram poucos detalhes sobre o plano, que será colocado em prática somente se auditores europeus acharem que o governo grego não está conseguindo controlar suas finanças.

segunda-feira, 15 de março de 2010

MERCADO

Os investidores começaram a semana fugindo do risco, baseados sobretudo num tripé de notícias negativas: o relatório da Moody´s afirmando que os ratings AAA dos EUA, Reino Unido, Alemanha e França estão seguros, mas com riscos crescentes; as declarações do primeiro-ministro chinês de que a economia global ainda pode ter um duplo mergulho na recessão e de que a moeda chinesa não está subvalorizada; e a negativa do ministro das Finanças da Áustria de que a UE teria um plano para ajudar a Grécia. O quadro nos mercados é típico de aversão ao risco, e a Bovespa segue o movimento de perdas das demais bolsas globais.
As bolsas dos EUA também foram pressionadas também por indicadores econômicos. O índice Empire State de atividade industrial em Nova York caiu para 22,86 em março, enquanto economistas esperavam retração para 24. Já a produção industrial do país cresceu 0,1% em fevereiro, em linha com a previsão de analistas, mas abaixo do crescimento de 0,9% visto em janeiro.
Internamente, os recibos de ações da Laep Investments, controladora da Parmalat, disparavam. A empresa anunciou na noite domingo acordo com a Monticiano Participações, da GP Investimentos, que envolve a transferência das marcas da Laep, entre elas a Parmalat, para a Monticiano, em troca de uma participação de 40% das ações da companhia. Além disso, no começo desta tarde, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a capitalização da Petrobras deverá ocorrer ainda no final do primeiro semestre deste ano. Segundo ele, o texto deve ser aprovado no Senado em um prazo de até 60 dias, o que permitiria à estatal concluir o processo até junho.

Meirelles entre o BC e o palanque

Presidente do Banco Central que mais tempo ficou no cargo - sete anos -, Henrique Meirelles poderá participar nesta semana de sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dar início a um novo ciclo de alta na taxa básica de juros (Selic). Não bastasse o ingrediente político inédito - a possibilidade de saída do seu presidente para uma disputa eleitoral -, o encontro do Copom ocorre em meio à pressão do Ministério da Fazenda para manter a Selic em 8,75%.
Na Fazenda, as apostas são de que o BC vai aguardar para obter mais elementos sobre o aquecimento da economia. "O BC não baixou os juros em dezembro de 2008 (auge da crise) para ter uma ideia mais clara do quadro. Agora pode esperar mais um pouco", disse uma fonte.
Nas últimas semanas, diante da alta recente da inflação e dos indicadores que mostram atividade econômica forte, o mercado financeiro tem consolidado as apostas de que a alta da Selic está próxima. Os analistas estão divididos entre os que preveem subida já na reunião desta semana e os que trabalham com início do ciclo em abril. No mercado futuro de juros, os preços indicam maior chance de alta dos juros nesta semana.
A equipe da Fazenda enxergou no Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre um fator a mais para justificar a manutenção dos juros. Segundo uma fonte, a alta de 4,3% do PIB nos três meses finais de 2009 sobre igual período de 2008 (o pior momento da crise) mostra expansão "moderada" da atividade.
Os técnicos também mencionam que a alta dos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos obrigatoriamente têm de deixar parado no BC), a elevação do superávit primário (economia para o pagamento de juros), o fim das desonerações tributárias e a alta dos juros no mercado futuro colocaram um freio na economia.
Mas o BC demonstra cada vez mais preocupação com o ritmo de crescimento do País - e tem preparado há meses o terreno para subir os juros, a fim de evitar um superaquecimento da economia. Os dados do varejo em janeiro, divulgados no mesmo dia em que saiu o PIB de 2009, reforçaram a preocupação da autoridade monetária.
As vendas subiram 2,7% em relação a dezembro de 2009, no melhor resultado da série histórica. A alta surpreendeu os analistas e também o governo.
Para o BC, o varejo é entendido como a "cereja do bolo" de uma série de dados que mostram aceleração da atividade e pediriam juro mais alto para conter o risco de alta dos preços.
Entre os argumentos para o aperto monetário estão a criação de empregos formais e a expansão do crédito às famílias, fatores que elevam a demanda,
O uso de 84% da capacidade das fábricas - o maior nível desde o agravamento da crise - pode indicar dificuldades de a indústria atender a essa demanda maior.

MERCADOS

Iniciamos uma semana com a agenda econômica movimentada, que por um lado pode ajudar a definir a direção dos mercados para os próximos dias, e por outro, pode aumentar a volatilidade dos negócios. Internamente, teremos a definição da taxa Selic, que divide a opinião de analistas.
Alguns acreditam que a taxa deve ser mantida no patamar atual (8,75%) enquanto outros acreditam que já poderemos ver um aumento ainda nesse mês. Além disso, ao longo da semana teremos dados importantes de inflação nos Estados Unidos, e hoje, o destaque fica por conta do indicador de produção industrial.
A maioria dos mercados da Ásia iniciou a semana no campo negativo. Nesta segunda-feira, assim como ocorreu no pregão da sexta-feira, as contínuas expectativas sobre a adoção de novas medidas de aperto monetário por parte da China nortearam os investidores. A Bolsa de Tóquio fechou quase estável, com um fraco ganho líquido, na medida em que os investidores compraram ações de tecnologia ligadas à chamada "rede inteligente", ante a expectativa de uma crescente demanda chinesa.
Os Futuros de NY e as bolsas européias operam em queda. Nos Estados Unidos, a semana começa com a mudança do horário de negociações nas bolsas de Wall Street, devido ao inicio do horário de verão. Na Europa, as principais bolsas operam em queda, na expectativa de eventos
econômicos, e também de olho nos comentários da Moody´s, sobre o rating das economias européias.

CHINA: alerta para risco de duplo mergulho

Ainda existem incertezas na economia global que podem levar a um "duplo mergulho", apesar dos recentes sinais de recuperação, afirmou ontem o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, em entrevista coletiva concedida no encerramento da reunião anual do Congresso Nacional do Povo.
Entre os problemas enfrentados por algumas das grandes economias mundiais, o premiê citou o alto nível de desemprego, crises da dívida soberana e riscos nos setores bancário e de finanças públicas. Segundo ele, também há ameaça de flutuações do preço de commodities e de algumas das principais moedas globais, além da expectativa de inflação que dificulta a definição de políticas econômicas.
"Tudo isso pode provocar retrocesso na promoção da recuperação da economia global e pode até levar a um duplo mergulho", disse Wen. "Duplo mergulho" é a expressão usada para definir a eventual entrada da economia mundial em uma nova recessão, depois da recuperação experimentada nos últimos meses.
O primeiro-ministro da China ressaltou que seu país não está imune a essas ameaças, já que não tem possibilidade de se desenvolver fora do ambiente global. "É verdade que a economia se estabilizou, mas não houve uma melhoria fundamental na operação de várias empresas chinesas, que continuam a depender das medidas de estímulo para se manter", ressaltou.
A China conquistou no ano passado a invejável marca de 8,7% de expansão do PIB, graças ao pacote de US$ 586 bilhões anunciado pelo governo em novembro de 2008. O principal veículo para injeção de recursos na economia foram os empréstimos bancários, que tiveram expansão de US$ 1,4 trilhão em 2009, o dobro do ano anterior.
Este será o ano "mais complicado" do século para a China. Em razão das incertezas internacionais e dos problemas domésticos que o país continua a enfrentar, disse Wen. "Temos de administrar com habilidade a relação entre rápido e estável crescimento, a reestruturação da economia e o controle das expectativas inflacionárias. " Segundo ele, só com a realização simultânea dos três objetivos a China poderá evitar o "duplo mergulho".
O Índice de Preços ao Consumidor subiu acima do esperado em fevereiro e atingiu 2,7%, o mais alto em 16 meses. No mês anterior, o indicador havia crescido 1,5%. Os preços dos imóveis que não entram na composição da inflação saltaram 10,7% em fevereiro, reforçando os temores de que o setor está envolto em uma bolha cada vez mais inflada.
O governo chinês tem como meta mudar o padrão de crescimento do país, com a redução do peso das exportações e dos investimentos e o aumento da relevância do consumo doméstico. Também pretende reduzir a relevância de indústrias que consomem muita energia e matérias-primas e expandir a de segmentos de alta tecnologia e de serviços. Com isso, diz o premiê, o país conseguirá se afastar dos atuais problemas estruturais, que provocam desenvolvimento "instável, descoordenado e insustentável".

Atenção: Mudança nos horários de negociação

Devido à entrada dos EUA no horário de verão no último domingo, 14 de março, as bolsas americanas iniciarão seus pregões uma hora mais cedo, às 10h30 pelo horário de Brasília. No Brasil, para acompanhar a movimentação das bolsas americanas, a BM&F Bovespa também terá novos horários, antecipando em uma hora os horários de negociação. Hoje também é o vencimento da série C de opções sobre ações, portanto fique atento aos horários de bloqueio e exercício de posições. A pré-abertura dos mercados segmento Bovespa será das 09h45 as 10h00. O pregão regular será das 10h00 as 17h00. O call de fechamento das 16h55 as 17h00. Consulte a página oficial da BM&F Bovespa com todos os horários de negociação atualizados abaixo.

BLOG - NOVO SITE

Bom dia a todos os seguidores do blog e a todas as pessoas que eventualente o consultam, gostaria de informar que devido a criacao/inauguracao do meu escritorio proprio, assim como, do site definitivo, em breve todos os servicoes oferecidos pelo blog, serao redirecionados para o blog da G 8 Investimentos, pelo site: www.g8investimentos.com.br.

Agradeco antecipadamente a atencao e, continuo a disposicao, visando manter o mesmo padrao de atendimento e prestacao de servicos.

Abracos

quinta-feira, 11 de março de 2010

EUA: INDICADORES

Fato: O governo americano teve um déficit de US$ 220,91 Bi em fevereiro
Expectativa: Analistas estimavam um déficit de US$ 222 Bi
Comentário: O indicador veio ligeiramente melhor que o esperado. Esse déficit foi o maior registrado em um mês no país. No entanto, o mercado já tem conhecimento que o governo está com os gastos elevados em função dos investimentos para acelerar a retomada da economia.

quarta-feira, 10 de março de 2010

EUA: INDICADORES

Fato: Os estoques no atacado americano cairam 0,2% em janeiro
Expectativa: Analistas estimavam alta de 0,2% nos estoques
Comentário: O indicador veio melhor que o esperado, podendo indicar o aumento das vendas.

MINERIO DE FERRO

De acordo com as expectativas da CSN (+1,46%), os novos preços do minério de ferro neste ano poderão ter um reajuste significativo. A aposta se baseia nos altos valores praticados no mercado à vista da China e no déficit de oferta, estimado acima de 50 MM de toneladas do produto em 2010. Por conta desse cenário, acredita-se que o aumento de preço poderá ficar em patamares acima de 90%. Se isso se confirmar, é positivo para a CSN, resultando em uma alta expressiva nas receitas.
Outra notícia interessante hoje, que impacta positivamente a Vale (+0,06%), é de que as siderúrgicas na Europa e EUA retomaram os projetos de expansão, mesmo com a demanda por aço ainda fraca no continente europeu. A ArcellorMittal planeja aumentar seu investimento em 43% este ano. A OAO Severstal (russa) planeja uma elevação em 40% no seu capex. Esses incrementos nos investimentos sinalizam que as siderúrgicas acreditam que a recuperação global está em andamento e a demanda por aço deve crescer.

terça-feira, 9 de março de 2010

NOVO BLOG / SITE

Bom dia a todos os seguidores do blog e a todas as pessoas que eventualente o consultam, gostaria de informar que devido a criacao/inauguracao do meu escritorio proprio, assim como, do site definitivo, em breve todos os servicoes oferecidos pelo blog, serao redirecionados para o blog da G 8 Investimentos, pelo site: www.g8investimentos.com.br.

Agradeco antecipadamente a atencao e, continuo a disposicao, visando manter o mesmo padrao de atendimento e prestacao de servicos.

Abracos