terça-feira, 30 de março de 2010

Atividade econômica pode desacelerar no 2º tri de 2010

Esfriamento da atividade auxiliará no combate às pressões inflacionárias
Após três trimestres consecutivos de crescimento acelerado da atividade econômica (PIB), num ritmo superior a 6% ao ano (3º e 4º trimestres de 2009), já divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 1º trimestre de 2010 – de acordo com estimativas de instituições financeiras e consultorias especializadas –, está se consolidando um cenário de desaceleração do crescimento econômico a partir do segundo trimestre de 2010. É o que aponta o Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Atividade Econômica que, em janeiro de 2010, recuou 0,3%, a terceira queda mensal consecutiva.
De acordo com nota, o fato do indicador estar acima do nível 100, mas caminhando em direção a este patamar, reforça a impressão de que o ritmo de crescimento efetivo da economia, atualmente acima do seu potencial (estimado em cerca de 4,5% ao ano), está buscando o seu equilíbrio. "Tal fato contribui para amenizar as pressões inflacionárias, fazendo com que o ciclo de aperto monetário, que deverá ter início em abril próximo, tenda a ser de magnitude menor do que se verificou em outras ocasiões", salientam os economistas da Serasa Experian.
Por fim, conforme observam os economistas da Serasa Experian, vários elementos corroboram tais perspectivas de desaceleração do ritmo de crescimento econômico: elevação dos recolhimentos compulsórios sobre os depósitos bancários, fim/redução dos incentivos fiscais para a aquisição de bens duráveis, implementação dos cortes do Orçamento Geral da União visando a recomposição do superávit primário e o início de um novo ciclo de aperto monetário (elevação da taxa básica de juros) a partir do segundo trimestre de 2010.

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