segunda-feira, 29 de março de 2010

Hipótese de Petrobras virar 1ª do mundo não é “implausível”

No cenário padrão, o preço do petróleo é de US$ 130 por barril
O diretor vice-presidente da Energia do Rio, Luiz Carlos Costamilan, afirmou que “a hipótese de Petrobras se tornar a maior petrolífera do mundo em cinco anos não é implausível”.
Durante o seminário sobre produção de commodities e desenvolvimento econômico "O Esforço Empresarial Brasileiro", realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (29), Costamilan destacou as qualidades da estatal.
"As respostas virão em até 24 meses depois de uma sequência de testes do pré-sal. Sabemos que o petróleo está lá, porém não sabemos o volume que será possível extrair da reserva", afirmou ele, que também é conselheiro do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
"O petróleo é diferente das outras commodities. A celulose, por exemplo, você consegue mensurar a capacidade instalada. No caso do petróleo, se você fizer os investimentos iniciais, perde cerca de 10% em declínio de produção. É difícil prever alguma coisa", destacou.
Costamilan afirmou que a Petrobras tem atualmente 1 trilhão de barris de reserva. "Isso suporta 35 anos de consumo", explica. Porém, ele destaca que caso haja aumento na demanda pelo combustível fóssil nos próximos 20 anos, como preveem os analistas, a reserva não será suficiente.
"Vamos precisar descobrir muitas reservas para suprir a expectativa de consumo de cerca de 100 milhões de barris de petróleo por dia em 20 anos", contabilizou.
Pré-sal
Costamilan afirmou que "agora é a vez do pré sal". Segundo ele, a reserva do Brasil foi "a maior descoberta do mundo nos últimos 10 anos".
Para o executivo, isso colabora com as projeções de alta do preço do petróleo. "No cenário padrão, o preço é de US$ 130 por barril. Em um cenário pessimista pode chegar a US$ 50".
De acordo com Costamilan, cerca de US$ 180 bilhões terão de ser aportados pela Petrobras para colocar em prática a previsão de produção de 1,8 milhão de barris em 2020. "Mas acredito nisso, somente até 2009, cerca de 50 mil trabalhadores já foram treinados para a nova realidade do petróleo no país", finalizou.

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