segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

AUTORIZAÇÃO PARA FSB AGIR NOS DERIVATIVOS PUXA DÓLAR

O dólar voltou a subir esta manhã, mas sem nervosismo, após o mercado ter sido surpreendido por uma resolução do Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil (FSB), que autoriza o BC a operar para o Fundo também no mercado futuro de câmbio. A atuação do FSB no mercado à vista já havia sido definida no ano passado. A definição de hoje é vista como mais uma medida do governo para deter a valorização do real e, segundo
especialistas, adicionar mais incertezas sobre as intervenções da autoridade monetária no câmbio. Ao final da manhã, o dólar valia R$ 1,695 (+0,65%). Na semana que antecede a reunião do Copom, o mercado de juro se mostra mais corajoso para apostar em alta da Selic de 0,75 pp, embora a corrente majoritária ainda seja a de 0,50pp. Após o IPCA salgado de
sexta-feira, a aceleração do IPC-S endossa a alta das taxas futuras de juros, ainda que a inflação medida pela primeira prévia do IGP-M tenha perdido força. A Bolsa brasileira opera no terreno negativo, atrelada ao exterior, onde a cautela impera diante do receio cada vez maior de que Portugal seja mais um país na zona do euro a ter de receber socorro financeiro da União Europeia. O euro sobe frente ao dólar, repercutindo as declarações de uma autoridade chinesa de que Pequim deveria diversificar as reservas externas, a compra pelo BCE de títulos de países periféricos e a melhora da produção industrial forte da França. Sem indicadores econômicos relevantes na agenda, os investidores norte-americanos aguardam
a abertura da temporada de balanços do quarto trimestre pela Alcoa após o fechamento dos negócios.

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