sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

BOLSA DE TÓQUIO CAI 1,6% COM PREOCUPAÇÃO SOBRE JUROS NA CHINA

A Bolsa de Tóquio fechou com forte queda, depois que o crescimento das
expectativas de uma elevação de juros na China deflagrou vendas generalizadas. Ações como as da Sony e da Komatsu empurraram o índice Nikkei 225 para a maior baixa do ano. O índice afundou 162,79 pontos, ou 1,6%, para 10.274,52 pontos. Foi a maior perda de pontos desde
30 de novembro e a primeira vez, desde os dias 22 e 24 de dezembro, em que o índice teve duas sessões consecutivas de baixa. Na quinta-feira, o Nikkei 225 já havia declinado 1,1%.
O pregão já começou no território negativo e caiu mais após o intervalo da hora do almoço. As preocupações com a taxa de juros da China, que já haviam contribuído para a onda de vendas na quinta-feira, foram exacerbadas no meio do dia. De acordo com um comentário do jornal
estatal China Securities Journal, o índice de preços ao consumidor chinês pode chegar a 6% ao ano no primeiro semestre. O cenário é "chocante, mas não completamente irrealista", disse Soichiro Mori, estrategista da FXOnline Japan.
As ações das empresas exportadoras caíram de forma generalizada, com várias líderes do setor fechando em forte baixa. Sony perdeu 3,7%, Fanuc cedeu 4,2%, Honda caiu 1,7% e Toyota recuou 2,2%. Companhias que operam no atacado ficaram entre as mais atingidas, como a Mitsubishi Corp., que teve queda de 4,5%.
O temor de um aperto monetário na China combinou-se ao recuo nos preços do petróleo e a um surpreendente aumento dos estoques de petróleo nos EUA para derrubar as ações do setor de energia, como a Inpex, que caiu 3,2%.
Entre as ações que contrariaram a tendência predominante estava a NEC, que fechou em alta de 2,1% com a notícia de que a empresa fará uma parceria com a chinesa Lenovo no segmento de computadores pessoais. NTT Data fechou em alta de 3,3% depois que a agência de notícias Nikkei informou que a empresa de tecnologia deve ter queda de quase 10% no lucro operacional do período abril-dezembro de 2010 em relação ao mesmo intervalo de 2009.
Apesar da redução, os dados foram interpretados positivamente porque representam uma melhora em comparação aos do período abril-setembro

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