quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bolsas europeias fecham com sinais opostos, entre dados da agenda local e externa

Os principais índices acionários europeus fecharam o pregão desta quarta-feira (5) com sinais opostos, pressionados pela desvalorização nos preços das commodities. A agenda, contudo, ajudou a melhorar o humor dos investidores, com os números finais do PMI (Purchasing Managers Index) e dados sobre o setor de serviços e o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O índice FTSE 100 da bolsa de Londres apresentou leve alta de 0,50% e atingiu 6.044 pontos, acumulando no ano alta de 2,44%. Por outro lado, CAC 40 da bolsa de Paris encerrou em leve baixa de 0,29%, atingindo 3.905 pontos chegando a uma valorização de 2,62% no ano. A Bolsa de Frankfurt, apresentou uma baixa de 0,51%, atingindo 6.940 pontos, acumulando uma valorização de 0,37% no ano.
FTSE 100 +0,50
CAC 40 -0,29
DAX 30 -0,51
SMI +0,38
FTSE MIB +0,02

O dado final do PMI para a Zona do Euro superou a estimativa de 55 pontos ao registrar 55,5 pontos em dezembro, sendo que a Alemanha e a França foram apontados como os principais drivers da economia da região, ao passo que economias periféricas, como a da Itália, Espanha e Irlanda, mostraram recuo.
Por outro lado, dados do instituto de estatísticas da Espanha indicaram que a produção industrial no país apontou para expansão pela primeira vez em três meses em dezembro, ao registrar avanço de 2,3%, ante recuo de 1,9% em outubro. Ainda entre as economias apontadas como as de risco acerca da dívida soberana, Portugal venderá títulos de dívida nesta sessão com prazo de seis meses, pretendendo captar o valor de € 500 milhões.
O anúncio de abertura de 297 mil vagas no setor privado do mercado de trabalho norte-americano entre novembro e dezembro superou as expectativas do mercado de criação de 100 mil vagas na passagem mensal.
Os dados do setor de serviços nos EUA também encorajaram investidores. O indicador ISM Services, que mede o nível de atividade não industrial no país, marcou desempenho acima do esperado pelo mercado no mês de dezembro, ao registrar 57,1 pontos.
Na ponta negativa, destaque para a queda das ações ligadas à commodities. Os papéis da BHP Billiton recuaram 0,97%, seguidos pelas quedas da Rio Tinto e Xstrata, de 0,57% e 0,7%, respectivamente.
A Repsol YPF também entrou em foco após a informação de que a espanhola está em negociações com a chinesa Sinopec para a formação de uma joint-venture, em operação que poderá envolver a venda de 40% da fatia da Repsol YPF no Brasil para a Sinopec.
Já a Galp viu seus papéis recuarem 1,35% no dia. Após a Petrobras anunciar, na véspera, que estuda a possibilidade de adquirir participação na petrolífera portuguesa, nesta quarta-feira a Eni – empresa que estaria envolvida na negociação ao negociar a participação de 33% que possui na Galp com a Petrobras – enviou um comunicado confirmando que estuda diversas opções, incluindo oportunidades com a estatal brasileira.
Por fim, entre as maiores quedas, as ações da varejista britânica HMV recuaram 20% em Londres, após a empresa anunciar que sua meta de lucros anuais poderia ficar na extremidade menor das previsões e o cumprimento das regras de empréstimo seria mais rígido após o mau tempo que prejudicou as vendas de Natal.

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