quinta-feira, 31 de março de 2011

Mercados

Moedas – Como na 3ª, o Euro apresentou dificuldade para subir ontem, pois ainda não houve tempo para que o aumento das incertezas (que certos eventos recentes provocaram) fosse diluído. Há que se considerar também que a reunião do ECB está se aproximando e o jogo de expectativas terá que se defrontar com a realidade da decisão. Já o AUD não captou as preocupações com a China (medo de juros que tem feito os metais caírem) e alcançou highs históricas.

BRL – Dois fatos pouco comuns afetaram a precificação da moeda brasileira ontem. O primeiro foi a demora do BC em atuar (reforçando o movimento de alta que já era intenso no dia anterior) e a segundo foi ter vendido um volume irrisório de swap (290MM) dos 1,5 bi oferecidos. O mercado acredita que foi o BC que não quis vender (por isso a continuidade da queda depois do leilão), mas o fato do mercado ter solicitado uma taxa maior pode ter feito o BC recuar. Se apenas ocorreu um desacerto momentâneo, ele poderá ser corrigido hoje.

Juros – O mercado esperava um tom mais hawkish no documento que o BC divulgou ontem (na 3ª os acontecimentos – dados de crédito e alta de commodities - conspiraram a favor do view). Entretanto, o BC aproveitou para reforçar as convicções que têm sido externas para o mercado (crença no fiscal e nos efeitos das medidas macroprudenciais). Além disso, ao mencionar que se permitirá a reavaliação da intensidade da alta dos juros levou o mercado a precificar como proporcionalmente justificável uma alta de 0,25 na próxima reunião. O aumento da inclinação da ponta longa foi tímido (desconfiança com o BC) porque a oferta de papéis longos no leilão semanal do Tesouro se limitará à LTN Janeiro 15 (leilão de NTN-F só na semana que vem).

Bolsas – Ásia – Os investidores enxergam a possibilidade de melhora no cenário de curto prazo com a redução das incertezas em torno das questões japonesas e líbia e fizeram as bolsas subirem. Entretanto, a recuperação traz de volta um problema que foi deixado de lado: a necessidade de alta dos juros. As bolsas chinesas já sofrem com isso e ontem ficaram praticamente estáveis, descolando do movimento de outras praças.

Europa – Tinha que descontar a subida de NY na 3ª à tarde e confirmou essa tendência. Entretanto, algumas bolsas apresentaram alta muito tímida, como a londrina, por exemplo, que mesmo com o S&P subindo mais de 0,5 apresentou alta de 0,27. A baixa liquidez – comum nos últimos tempos, mas incompreensível dada a farta liquidez mundo afora - tem afetado o comportamento do FTSE (o baixo interesse por ações tem limitado o desempenho). Já o Dax subiu forte deixando de lado as incertezas políticas na Alemanha.

S&P – Os investidores americanos continuam acreditando na recuperação econômica (os dados de emprego divulgados ontem justificaram o otimismo) e em bons resultados das empresas e por isso as ações voltaram a subir em NY.

Bovespa – No dia em que o mercado mostrou vontade de descontar o descolamento em relação ao desempenho melhor das bolsas de fora, as ações da Vale não ajudaram (por causa da queda no preço dos metais no mercado internacional e das desconfianças que as alterações no comando da empresa estão provocando) e a alta ficou parecida com as de NY.

Commodities – A flutuação de preços já não é tão intensa no dia como há algumas semanas. A tendência da abertura dos negócios prevaleceu no fechamento de ontem. O petróleo e os metais caíram e os agrícolas apresentaram comportamento dúbio (trigo e milho recuaram e soja, açúcar e café subiram).

Ásia – Os investidores asiáticos ficaram divididos entre acreditar nos sinais de alta vindo das bolsas de NY ou temer pela elevação dos juros principalmente na China. Após hesitarem o dia todo (altas e baixas ao longo do dia na maioria das bolsas) deixaram a cautela de lado e deram crédito ao Ocidente. Já na bolsa de Shanghai os investidores preferiram o outro lado e o índice voltou a cair pelo terceiro dia seguido. Hoje à noite sai o PMI (expectativa nas indústrias) e um número bom pode triggar a ação do PBoC.

Commodities – Com o temor de alta de juros na China, os metais caem. Já o petróleo sobe ligeiramente e os agrícolas se comportam como ontem (alguns sobem e outros caem); sem oscilações bruscas.

Treasuries americanos – Superada a pressão dos leilões na semana, as taxas de juros voltaram a recuar no fechamento do dia de ontem. Entretanto há que se ressaltar que eles estarão de volta em poucos dias – com um déficit tão elevado não dá para ficar muito tempo fora do mercado. Hoje os mercados oscilam em torno da estabilidade.

Europa – A alta da inflação em Março faz prevalecer no mercado as apostas de elevação dos juros na próxima semana. Com isso o Euro sobe e as bolsas apresentam desempenho fraco. Após o fechamento dos mercados, o resultado do teste de estresse feito nos bancos irlandeses será divulgado e isso pode travar os negócios no dia.

S&P futuro – Diante da fraqueza das bolsas da Europa, o índice estava no zero a zero

- O fluxo cambial da semana passada voltou a ficar negativo (o primeiro do ano), mas o fato passou despercebido pelo mercado já que o volume de entradas superou mais de 30 bi em três meses. O fluxo financeiro teve comportamento atípico (ficou no zero a zero). Entretanto, isso já havia ocorrido anteriormente; só que desta vez a contratação comercial não ajudou.

- O BC de Taiwan subiu os juros de 1,625 para 1,75.

No relatório de inflação foi mencionado que o cenário é benigno em relação a três meses atrás. Disse que o custo de convergência da inflação para a meta já em 2011 é excessivo e que trabalha com um cenário mais realista apenas para 2012. Entretanto, o ponto crucial foi a menção de que a política monetária pode eventualmente ser reavaliada, em termos de sua intensidade, de sua distribuição temporal ou de ambos. O mercado leu como se houvesse possibilidade de surpresa na próxima reunião.

Amanhã o IBGE divulga a produção industrial de Fevereiro, para a qual a BGC Liquidez projeta crescimento de 0,4 pct. Aspectos sazonais que influenciam a produção no mês de fevereiro dificultam a análise do número, mesmo levando em consideração que o processo de dessazonalização contempla tais eventos (número de dias úteis e ocorrência, ou não, do carnaval). Outro evento relevante, que acabou “distorcendo” o número de fevereiro, foi o apagão ocorrido no Nordeste no início de Fevereiro que forçou indústrias do Pólo Petroquímico de Camaçari na Bahia a realizar paralisações não programadas para manutenção comprometendo toda a cadeia do setor e trazendo nossa projeção de 0,7% para 0,4%. Dessa forma, excluídos os eventos pontuais, o que se pode inferir é que não ficou evidenciada nenhuma mudança substantiva na dinâmica industrial brasileira no mês de Fevereiro. Os destaques positivos foram: Metalurgia Básica, Têxteis, e em razão do grande peso na indústria, a alta em Alimentos e Refino de Petróleo. Em Março, a ocorrência do carnaval, novamente tem potencial de causar ruídos (dessa vez negativamente) na produção do mês.

ÁSIA: BOLSAS FECHAM EM ALTA; COREIA +0,73% E YUAN RENOVA MÁXIMA

A maioria dos mercados asiáticos voltou a apresentar bons resultados,
estendendo os ganhos do dia anterior. A alta em Wall Street foi um dos fatores que animou os investidores da região.
A Bolsa de Hong Kong teve o segundo dia consecutivo de alta, embora o declínio na Foxconn International, por conta de um prejuízo líquido maior do que o esperado em 2010 tenha limitado os ganhos. O índice Hang Seng subiu 76,09 pontos, ou 0,32%, e encerrou aos 23.527,52 - no primeiro trimestre, o índice acumulou alta de 2,1%. Bank of Communications
saltou 2,9%. PetroChina avançou 0,9%. Foxconn despencou 4,5%.
Já as Bolsas da China fecharam em queda pela segunda sessão consecutiva. Os investidores ficaram preocupados com a adoção de medidas de aperto monetário por parte de Pequim, à medida que os economistas esperam que a inflação de março se a maior que a de fevereiro.
O índice Xangai Composto caiu 0,9% e encerrou aos 2.928,11 pontos - no trimestre, contudo, o índice apresentou valorização de 4,3%. O índice Shenzhen Composto também perdeu 0,9% e terminou aos 1.253,68 pontos. Siderúrgicas e bancos lideraram o declínio. Bengang Steel Plates desabou 7,3% e Angang Steel deslizou 2,7%. Bank of Nanjing baixou 2,8% e Banco
Industrial e Comercial da China (ICBC) teve baixa de 1,2%.
O yuan teve valorização recorde sobre o dólar, após o Banco Central chinês fixar a taxa de paridade central dólar-yuan numa mínima recorde, no dia de abertura do encontro dos ministros da Economia do G-20, em Nanjing. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5485 yuans, sua menor cotação desde junho do ano passado, quando a moeda chinesa
deixou de ser efetivamente atrelada ao dólar. Na quarta-feira, a divisa norte-americana fechou em 6,5559 yuans. A taxa de paridade foi fixada em 6,5564 yuans - menor patamar recorde -, de 6,5586 yuans ontem.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em alta, influenciada, em parte, pelo bom desempenho de empresas de tecnologia com a HTC - que teve valorização de 5%. A realização de lucros em ações do setor financeiro também pesou sobre o resultado geral da bolsa. O índice Taiwan Weighted avançou 0,43% e fechou aos 8.683,30 pontos. Fubon Financial recuou 0,1%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou com alta de 0,73% e total de 2.106,70 pontos, maior nível dos últimos dois meses. Korean Air Lines saltou 5,6%, Asiana Airlines subiu 7,3%. As siderúrgicas, entretanto, ficaram abaixo do desempenho do mercado, depois de ganhos recentes. Posco cedeu 1,8% e Hyundai Steel baixou 2,1%. Entre as
tecnológicas, Samsung Electronics teve alta de 0,7% e LG Electronics registrou queda de 2,8%.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou com o índice S&P/ASX 200 em alta de 0,33%, terminando aos 4.837,88 pontos. Com o desaquecimento das especulações em torno de uma possível compra da petrolífera Woodside por parte da BHP Billiton, as ações da mineradora encerraram com ganho de 2%. Ao mesmo tempo, a BHP aprovou um projeto de US$ 554 milhões para a expansão da mina Escondida, maior mina de cobre do mundo. A Rio Tinto
terminou com alta de 0,6%.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila também fechou em alta. O índice PSE subiu 0,78% e terminou aos 4.055,14 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve alta, mas com negociações cautelosas em meio à vagarosa recuperação do apetite pelo risco, uma vez que os investidores observaram novas preocupações com a inflação regional, a crise nuclear no Japão e dados sobre o mercado do trabalho dos EUA a serem divulgados hoje. O índice Straits Times adicionou 0,34% e fechou aos 3.105,85 pontos, fechando abaixo do importante nível psicológico de 3.100 pontos pela
primeira vez desde 8 de março e trazendo o índice a uma valorização de 1,2% este mês.
Sinais positivos de Wall Street ajudaram a elevar o Straits Times ao patamar de 3.115,47 pontos no intraday, embora os ganhos tenham sido contidos nas negociações da tarde.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, avançou 1,04% e fechou aos 3.678,67 pontos, em moderado volume, liderado por ganhos em papéis de bancos que divulgaram fortes lucros em 2010.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 0,3% e fechou aos 1.047,48 pontos, com os investidores realizando lucros depois que o índice tocou brevemente o patamar de 1.056,52 pontos no intraday, seu maior nível desde outubro de 1996.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, subiu 0,9% e fechou aos 1.545,13 pontos, uma vez que o sentimento permaneceu positivo, em linha com os fortes resultados dos mercados regionais. Papéis de construtoras e do setor agrícola lideraram os ganhos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mercados

Moedas – A expectativa de alta dos juros na próxima semana não está sendo suficiente para fazer a moeda européia subir. A fraqueza política dos mandatários da Alemanha e França, a resistência de Portugal em recorrer ao EFSF, o corte no rating promovido pelas agências e dúvidas em relação à capacidade financeira de alguns bancos irlandeses estão atrapalhando o desempenho da moeda. Sem os problemas que a Europa enfrenta, o AUD voltou a ganhar valor por causa da perspectiva positiva em relação à questão líbia e a diminuição das preocupações com o Japão. A moeda japonesa perdeu valor e deve ajudar as empresas exportadoras japonesas.

BRL – O governo tirou a carta da manga – IOF sobre emissão de títulos de até 360 dias - e liberou o mercado para operar sem o receio de medidas ao final do dia. Com isso, o espaço que havia para alguma valorização foi ocupado rapidamente (as atuações mais intensas do BC ocorrem quando a paridade ameaça romper os 1,65), já que as atuações do BC têm sido mais tímidas. Ajudado pelo quadro externo ao longo das últimas semanas, a autoridade vai ter que alterar sua estratégia para levar adiante o propósito de não permitir a subida do BRL.

Juros – Hoje será divulgado o Relatório de Inflação e o mercado espera que a rigidez técnica do documento prevaleça (nele não há muito espaço para rodeios). Acreditando num tom mais duro contra a inflação, o mercado antecipou a alta dos juros na BM&F ontem. Há que se considerar, entretanto, que a liquidez dos negócios não foi das melhores. A subida das commodities agrícolas e petróleo também favoreceram o movimento, assim como o crescimento das operações de crédito em Fevereiro (número que evidencia o esvaziamento dos efeitos das medidas tomadas em Dezembro que objetivavam um recuo mais duradouro).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas se recuperaram das perdas iniciais (decorrentes da queda de NY e da instabilidade que ainda reina no Japão). Na Austrália, Coréia e Seul os índices fecharam em alta, mas as bolsas chinesas fecharam no vermelho porque voltou a se especular sobre um provável aumento dos juros nos próximos dias.

Europa – As bolsas européias passaram uma boa parte do dia de ontem descontando a perda da bolsa americana no dia anterior. Depois que as bolsas americanas abriram e sinalizou que o recuo do dia anterior não persistiria, a maioria se recuperou das perdas. A bolsa de Londres subiu porque o peso das commodities é maior no FTSE (as ações de Basic Materials foram destaque de alta).

S&P – Na 2ª, as bolsas haviam recuado sem que nada justificasse. Ontem, recuperaram – com folga - a perda do dia anterior sem um trigger específico (a liquidez continuou fraca). No pré-mercado o S&P caía repercutindo a fraqueza da Europa, mas o investidor americano não ratificou tal tendência.

Bovespa – Ontem a bolsa paulista voltou a underperformar o S&P (nesta semana a diferença de desempenho soma quase 1 pct a favor da bolsa americana). As ações de real estate, da Petrobrás e de bancos estão apresentando queda.

Commodities – Os metais voltaram a cair (receio com alta dos juros na China), mas os grãos e o petróleo se recuperam das perdas do dia anterior. O que deve ser ressaltado, entretanto, é que a vol desses mercados diminuiu nesses últimos dias.


Ásia – Acompanhando o vai e vem de NY, hoje as bolsas asiáticas abriram o dia descontando a subida das bolsas americanas (ontem foi o contrário). O movimento de recuperação do Nikkei (com as empresas retomando a produção, o Iene caindo e diminuindo as preocupações com a usina nuclear) ajudou a reforçar a alta na região. A exceção mais uma vez foi Shanghai que recuou ligeiramente porque continua repercutindo a expectativa de uma iminente elevação nos juros. Apesar de várias praças apresentarem alta, a preocupação com a elevação de juros não é exclusiva dos chineses. Nas moedas, o destaque ficou por conta do Iene que voltou a perder valor para tranqüilidade das autoridades japonesas. O Euro e o AUD tiveram oscilações pequenas na sessão asiática. A moeda européia, como já foi dito, sofre com as incertezas políticas e o AUD continua apresentando tendência de alta em decorrência das expectativas positivas de crescimento mundial que dá sustentação às commodities.

Commodities – Voltam a apresentar pequenas oscilações na abertura dos negócios na Europa. O cobre e o petróleo recuam ligeiramente. Já nos agrícolas, trigo e café recuam e soja e milho sobem.

Treasuries americanos – O leilão de títulos do Tesouro (papéis de cinco anos) ajudou a consolidar a alta dos juros ontem que já se delineava no mercado com a alta das bolsas e commodities. Hoje tem o leilão de papéis de sete anos e as taxas persistem em alta com a melhora das expectativas.

Europa – Enfrentando as incertezas políticas e financeiras que assolam a região, as bolsas européias se apóiam no movimento de fora (Ásia e US) e sustentam alta pela manhã. Já o Euro sem o mesmo suporte recua ligeiramente. Os diversos indicadores de expectativas divulgados à pouco desapontaram mas não impedem a melhora das bolsas.

S&P futuro – Prosseguia em alta como na tarde de ontem, registrando elevação de 0,6 às 08:15.

O BC divulgou os dados das operações de crédito do mês de Fevereiro e elas voltaram a crescer de forma mais robusta que em Janeiro. Como a autoridade tem mencionado que é saudável um nível menor (que o atual) de crescimento das operações, especulações sobre novas medidas devem começar a circular.

No mês de Janeiro, o resultado das contas do Tesouro não permitia uma avaliação precisa da real disposição do governo em conter gastos. As despesas apresentaram um crescimento muito forte em função dos restos a pagar de 2010. Isso ficava nítido quando se olhava a despesa de outros custeios e capitais que somava 19,s bi (contra 13,1 de Janeiro do ano anterior). Em Fevereiro, a conta mencionada cresceu pouco mais de 500 milhões – 5,7 pct – em relação ao ano anterior. Como a receita, nominalmente, cresce a um ritmo superior o Governo conseguiu entregar o que prometeu. Como foi só um primeiro número, a desconfiança que os analistas externam ainda levará algum tempo para ser totalmente superada

terça-feira, 29 de março de 2011

Mercados

Moedas – O Euro mudou o curso no dia em razão da fala de Trichet (que levou o mercado a acreditar na alta dos juros na próxima semana – se o juro sobe a tendência da moeda é de alta). No entanto, é preciso salientar que a liquidez dos diversos mercados anda muito baixa e isso torna a cotação sensível a qualquer informação mesmo que não tão relevante. De fato Trichet não adicionou informação nova e a moeda européia acabou terminando no zero a zero. O AUD acompanhou o Euro e fechou estável.

BRL – Também colou no movimento do Euro e fechou praticamente sem variação, mesmo com o BC fazendo um leilão de dólar a termo e antecipando a rolagem do vencimento de swap de 6ª. Assim como lá fora o volume de negócios também foi fraco. A expectativa com a divulgação de medidas tem retraído o mercado.

Juros – O Focus veio com inflação mais alta como o esperado, mas o mercado devolveu a subida de 6ª. A queda das commodities no mercado internacional ajudou a consolidar a baixa do dia.

Bolsas – Ásia – O Japão (novo tremor e problemas com Fukushima) voltou a afetar o desempenho das bolsas asiáticas.

Europa – As bolsas européias apresentaram desempenho pífio acompanhando a Ásia e repercutindo a derrota eleitoral do partido da chanceler alemã. O volume de negócios continuou muito fraco. Durante um momento do dia, as ações chegaram a subir com a valorização do Euro (Trichet disse que a inflação acima de 2 pct traz desconforto e o mercado leu aumento de juros na próxima reunião), entretanto, o movimento não se sustentou.

S&P – Nos últimos dias, as bolsas de NY não têm tido força (volume baixo de negócios) para romper com a apatia da Europa. Ontem, fraquejaram no final do dia e fecharam em baixa desprezando os dados melhores de dispêndio das famílias (indicador do PIB do 1º trimestre)

Bovespa – A bolsa paulista subia enquanto a Europa estava aberta e as bolsas americanas se sustentavam. Entretanto com a queda de NY acabou fechando na low do dia sem uma razão explícita.

Commodities – O movimento das diversas commodities que vinha apresentando comportamento distinto do observado nos outros mercados passou a acompanhar a vol das ações e moedas. Será que o efeito do QE2 estaria terminando? O fato é que com a baixa liquidez observada nos diversos mercados (até de commodities) os preços recuaram.

Ásia – As bolsas asiáticas, principalmente a japonesa, abriram em baixa acompanhando a queda de NY no final da tarde de ontem. Entretanto, se recuperaram ao longo do dia já que uma notícia sobre a usina de Fukushima agradou os investidores – que as tentativas de resfriar um dos reatores foram retomadas. O Kospi e o Taiex acabaram subindo mais de 0,5 pct. Já as bolsas chinesas não acompanharam o movimento porque os investidores se acautelaram com as palavras de membro do PBoC mencionando que o controle da inflação continua a principal tarefa da autoridade (receio de que a alta dos juros seja iminente). Nas moedas, nada de surpreendente ocorreu na sessão asiática.

Commodities – Parecem querer repetir o movimento de ontem: petróleo e metais recuam (situação líbia favorável às tropas de coalizão e medo de mais juros na China) e os agrícolas mais uma vez iniciam o dia em alta (ontem foi do mesmo jeito, mas terminaram em baixa).

Treasuries americanos – O leilão dos papéis de 2 anos (verificou-se que a colocação ocorreu com taxas maiores) não foi suficiente para alterar a trajetória de queda dos juros mais longos ontem (decorrente da piora do humor nos diversos mercados). Hoje, os juros sobem ligeiramente com o receio de que se repita no leilão de papéis de cinco anos o que aconteceu ontem com o de dois anos (demanda menor e juros maiores).

Europa – As bolsas européias descontam a queda de NY de ontem, ocorrida depois dos negócios encerrados. A situação no mercado de sovereign bonds é tranqüila,apenas o spread dos papéis da Irlanda sobem um pouco por causa da necessidade de aporte de capital em alguns bancos (o de Portugal permanece estável). O Euro apresenta alguma vol na sessão asiática, mas se mantinha inalterado às 08:20.

S&P futuro – Já no after aprofundava a queda observada no decorrer da tarde ontem. Às 08:20, recuava 0,2. Os dados a serem divulgados não são tão relevantes.

- O governo divulgou que os empréstimos com prazo se até 360 dias serão tributados em 6 pct de IOF

O BC fez a rolagem do vencimento de 1º de Abril (que no relatório de ontem erroneamente foi assinalado como sendo 18.280 e de fato foi de 16.360). Em março, o único leilão realizado foi o da rolagem de ontem. Além da expectativa em relação à divulgação de medidas cambiais (que vem sendo adiada), houve a piora da situação na Europa e o terremoto no Japão. Isso fez com que a taxa de câmbio tivesse alguma sustentação no mês e autoridade atuasse menos. O estoque de swap permaneceu estável em 9,5 bi.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mercados

Moedas – O Euro repercutiu o otimismo com a reunião de líderes da UE para o programa de ajuda aos países da Zona com problemas e viu a questão portuguesa sob um ângulo positivo (Portugal pode acabar tendo que recorrer a ajuda financeira e ser obrigado a praticar o ajuste fiscal). Já o AUD se valorizou por causa das altas recentes das commodities (particularmente dos metais).

BRL – Na ausência de uma atuação mais forte do BC, a moeda brasileira seguiu o movimento de fora. Mais uma semana está para terminar e o BC não faz leilão de swap, nem de dólar a termo, por que de certa forma foi favorecido pela cautela externa (que diga-se vai sendo abandonada).

Juros – Os juros dos DIs curtos - os de maior liquidez - continuaram recuando ontem ainda repercutindo o número do IPCA15 que apresentou indicações de arrefecimento na alta de itens que preocupavam. Já os longos subiram em razão do leilão do Tesouro (como o volume negociado é bem menor nesses vencimentos, eles são mais sensíveis ao evento)

Bolsas – Ásia – A situação no Japão ainda apresenta instabilidade, mas as bolsas asiáticas subiram, relevando também as afirmações de membro do PBoC sobre o uso das taxas de juros para conter a alta da inflação.

Europa – Focados na reunião de líderes da EU e num acordo que afaste de vez a chance de crise nos países periféricos, os investidores compraram ações e as bolsas subiram forte na Europa. A possibilidade de Portugal pedir ajuda formal (ao FMI e a EU) pode resolver o impasse em relação a aprovação de medidas fiscais na visão dos mesmos investidores (será?).

S&P – Assim como ocorreu todos os dias desta semana, as bolsas americanas se limitaram a acompanhar os movimentos da Europa. Uma explicação para isso é que as bolsas européias sobem forte para recuperar as perdas, também, fortes que tiveram na semana passada por causa do terremoto no Japão e acaba tracionando NY (já que se dependesse dos dados que saíram possivelmente teriam caído na semana).

Bovespa – Num dia de fraca liquidez se descolou do movimento de fora e caiu influenciada pelo comportamento das ações da Vale (problemas com Agnelli) e da Petrobrás.

Commodities – O destaque do dia de ontem ficou por conta dos agrícolas que voltaram a subir forte.

Ásia – O Japão parece estar superando as dificuldades e a reação positiva do Nikkei ajudou a consolidar a alta que já vinha se observando em outras praças da região esta semana. Foi a primeira vez na semana que todas as bolsas subiram no dia. A bolsa japonesa ainda tem muito a recuperar e isso e esse fato gera expectativa positiva para as próximas semanas.

Commodities – O petróleo e o cobre estão estáveis e os grãos sobem com mais intensidade.

Treasuries americanos – Subiram ontem com a alta das bolsas e recuo do USD e persistem na mesma trajetória hoje.

Europa – Os problemas portugueses desta vez não estão contaminando a Europa como no episódio de 2010 com a Grécia. Sinal de que as autoridades evoluíram e conseguem conter a propagação do problema. No mercado de sovereign bonds apenas o papel de Portugal sofre (o que deve induzir o país a abandonar a resistência e solicitar a ajuda). Com isso, as bolsas européias mais uma vez sobem e desconsideram o risco português. Já o Euro se mantém gravitando em torno da estabilidade (hora caindo, hora subindo).

S&P futuro – O resultado e o warning da Oracle provocou a subida do índice já no after de ontem (alcançou uma alta de 0,9). Como a Ásia e a Europa sobem a perspectiva se mantém positiva. Às 08:00 subia 0,4.

A Standard & Poors também rebaixou o rating de Portugal.

Os líderes europeus aprenderam com a crise de 2010. Estão muito mais atentos em conter ruídos que possam gerar instabilidade. Nesse episódio com Portugal até já sabem qual o montante necessário de ajuda (setenta e cinco bilhões de Euros). Agora só falta convencer os próprios portugueses a aceitarem a oferta.

O Fed vai imitar o ECB e fará um conference call logo após as reuniões do comitê (apenas em quatro das reuniões anuais) para explicitar o que foi decidido. A primeira já será no encontro de Abril. Será que isso não seria produtivo também para o Brasil.

Bolsas asiáticas encerram em alta; HK ganha 1,1%

Os mercados da Ásia fecharam no campo positivo nesta sexta-feira. Os investidores ignoraram os problemas econômicos da zona do euro e as turbulências no Oriente Médio para se focar na alta em Wall Street e em fatores econômicos de cada país.
A Bolsa de Hong Kong foi alavancada pelas ações da estatal Bank of China, que apresentou balanço anual melhor do que o esperado - isso estimulou as esperanças de fortes resultados para outros bancos chineses de crédito. O índice Hang Seng ganhou 243,39 pontos, ou 1,1%, e encerrou aos 23.158,67 - na semana, o índice acumulou alta de 3,9%. Bank of China avançou 2,6%.
Na China, as bolsas tiveram a presença de investidores em busca de ofertas de ocasião nos bancos e nas imobiliárias, após os bons resultados de Bank of China. O índice Xangai Composto subiu 1,1% e fechou aos 2.977,81 pontos - na semana, o índice teve ganhos de 2,4%. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,7% e encerrou aos 1.308,18 pontos.
O yuan beirou sua valorização recorde em relação ao dólar, após o Banco Central chinês fixar, pela terceira vez na semana, uma baixa recorde para a taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,5625 yuans para 6,5580 yuans). No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5576 yuans, de 6,5561 yuans do fechamento de quinta-feira.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em alta, impulsionada pelos ganhos dos mercados asiáticos. Na sexta sessão positiva consecutiva, o índice Taiwan Weighted avançou 0,40% e fechou aos 8.610,39, pontos.
O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, avançou 0,9% e terminou aos 2.054,04 pontos, apoiado na entrada de investidores estrangeiros, em meio à recuperação do sentimento após o impacto do terremoto e da crise nuclear no Japão.
Na Austrália, o setor de energia liderou a alta da Bolsa de Sydney, onde o índice S&P/ASX 200 ganhou 0,9% e encerrou aos 4.742,6 pontos.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila também fechou em alta. O índice PSE avançou 0,89%, atingindo 3.875,81 pontos.
A Bolsa de Cingapura terminou em alta pela quinta sessão seguida, acompanhando outros mercados asiáticos, uma vez que o apetite pelo risco continua a se recuperar do choque dos destrutivos terremoto e tsunami no Japão. Ganhos nos mercados europeus também deram suporte à tarde. O índice Straits Times subiu 0,9% e fechou aos 3.070,84 pontos. Na semana, o índice soma alta de 4,6%.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve baixa de 0,1% e fechou aos 3.607,11 pontos, com realizações de lucros em papeis de bancos e relacionados a commodities.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, ganhou 0,3% e fechou aos 1.037,73 pontos, abaixo da alta intraday de 1.039,28 pontos, devido a realizações de lucros em algumas ações, acompanhando fortes ganhos da bolsa na semana passada; os mercados acionários globais estão começando a mostrar sinais de vida, o que está impulsionando o sentimento local, disse um analista.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,1% e fechou aos 1.515,55 pontos, com melhora do sentimento de risco, em linha com os resultados positivos dos mercados regionais

terça-feira, 22 de março de 2011

Analise Tecnica

INDÍCE FUTURO- A alta da abertura formou um pico parcial em
68.370, sendo que a boa queda na sequencia respeitava no
fechamento a terceira retração em 66.970. Se perder este ponto
pode vir a 66.590 (principal) e abaixo deste a queda começará a
preocupar. Se romper 67.550 a alta ganha força e chegará a 68.090
(principal) e 68.370.

IBOVESPA- Depois de chegar a romper os 67.500 tivemos nova
realização, que provavelmente entre 66.430 e 66.094(principal)
montará um pivô de alta e na sequencia vai buscar os 68.225, que
é a resistência mais relevante. O quadro só se complica se perder
os 66.094, podendo voltar a zona de fundo em torno de 65.500, onde
pode reagir parcialmente.

DOW JONES - Em mais uma forte alta na abertura o Dow só arrefeceu
ao se aproximar da principal correção curta em 12.107, mas como
o ajuste foi muito bem absorvido o quadro é positivo. Se voltar a subir
vai a 12.107 e 12.212, este sua principal correção total e onde deve
voltar a cair. A perda de 11.954 apontará nova queda, que se
confirma abaixo de 11.878 e chegará a 11.754 e 11.667.

PETROBRÁS PN - Ao se aproximar na última hora da resistência
mais forte em R$28,42 o papel iniciou uma realização, que se vier a
perder R$28,09(stop) pode ganhar força e chegar a R$27,82 /
R$27,77, que será uma boa faixa de compra. Se romper os R$28,42
acelerará para R$28,80 e depois dispara para os R$29,25, onde
deve realizar.

VALE PNA- A alta da abertura parou na menos comum segunda
correção curta de R$47,25, sendo que se perder R$46,69 (stop
curto) deve se definir por uma nova queda e chegar a R$45,97 e
R$45,65, este onde pode montar um pivô de alta. Se respeitar R$46,69
ainda pode ir a R$47,88, que será bom ponto para se realizar as
posições.

GERDAU PN - O papel caiu forte com um dos maiores volumes da
história e como já perdeu a principal retração em R$20,50 aumentou
a chance de voltar a um fundo em R$19,35, que seria um bom ponto
de compras. Um pull-back tem que romper R$20,71 para que ganhe
força e chegue a R$21,27(principal) e R$21,57, níveis onde deve
voltar a cair.

Mercados

Moedas – Depois dos fortes movimentos observados no final da semana passada, os mercados se comportaram de forma mais equilibrada ontem e o USD voltou à tendência de desvalorização, principalmente, em relação às moedas de emergentes (curiosamente isso não deveria acontecer já que a perspectiva da política monetária na China ainda é de contenção). O euro teve uma alta menor (0,3), mas já tinha subido forte antes (a moeda européia chegou a cair durante o dia, mas se recuperou com o call mais hawkish de alguns membros do ECB sobre a política monetária).

BRL – O dia foi de poucos negócios no futuro e no interbancário (típica 2ª preguiçosa) e a atuação do BC foi tímida (comprou 200 MM em um leilão), Com isso, o USD teve uma volatilidade menor no dia, fechando estável.

Juros – Num dia de poucos negócios (repetindo a 6ª), as taxas de juros caíram ontem desprezando o temor de que o governo venha a se valer de outras medidas que não os juros. A volta da perspectiva de alta das commodities, depois que as dúvidas em relação ao Japão e à Líbia diminuíram, foi determinante para que tal fato ocorresse.

Bolsas – Ásia – Como a situação no Japão vai voltando à normalidade e a incursão militar internacional na Líbia não enfrenta resistência, os investidores voltaram a apostar no crescimento mundial e as ações subiram nas principais praças (a bolsa de Tóquio não funcionou ontem). Na China (e na Austrália) os mercados mostraram mais cautela por causa do aperto monetário promovido pelo PBoC na 6ª.

Europa – Repercutiram com mais ênfase os acontecimentos (Líbia e Japão) e apresentaram variação significativa para cima, com destaque para a bolsa de Frankfurt que por causa das seguradoras e do Japão tinham registrado perdas maiores a semana passada.

S&P – Acompanhou novamente a alta da Europa em decorrência da bem sucedida intervenção da aliança internacional na Líbia e da diminuição das preocupações com o Japão. Apesar do comunicado da AT&T sobre a aquisição de uma empresa, o setor de Telecom caiu (o único).

Bovespa – O anúncio de que uma empresa siderúrgica faria uma oferta de ações que poderia chegar a mais de cinco bilhões de Reais fez a bolsa paulista se descolar do movimento de fora e cair ligeiramente. As ofertas (primárias e secundárias) têm drenado recursos do mercado secundário e atrapalhado o desempenho do índice.

Commodities – A reação dos mercados às notícias sobre a Líbia e Japão foi dúbia. Enquanto o petróleo subiu, as demais mercadorias recuaram (especialmente o cobre que caiu por causa da alta do compulsório na China). Os agrícolas apresentaram um maior vol e alguns itens caíram ou ficaram estáveis (açúcar, trigo e soja).

Ásia – Na volta do feriado, a bolsa de Tóquio repercutiu com força (o Nikkei subiu 4,36) a melhora da situação no país e a alta das bolsas européias e americanas do dia anterior (Líbia). Já as demais praças se limitaram a descontar a alta mais forte da Europa e NY, apesar de terem aberto com desempenho melhor arrastadas pelo Japão. Ainda há incertezas a serem superadas até que possa se confirmar a expectativa de que a reconstrução do Japão terá um efeito positivo sobre as economias da região. Quanto às moedas, a nota de destaque é a valorização da moeda chinesa (apresentou a maior cotação desde que a política de flutuação foi iniciada). O Euro, o Iene e o AUD apresentaram oscilação em torno da estabilidade na sessão asiática.

Commodities – Depois da forte recuperação de preços observada nos últimos dias, os diversos segmentos apresentam tendência de baixa para hoje (a exceção é o cobre que subia apenas 0,1).

Treasuries americanos – Visualizando que a crise na Líbia pode tomar um rumo melhor depois do ataque das forças internacionais e com o Japão dando sinais de que a vida possa retomar seu curso, os mercados antevêem a retomada do processo de crescimento e subiram as taxas de juros dos papéis públicos americanos ontem. O anúncio de que o Fed começará a vender parte dos MBS (títulos de securitização das dívidas imobiliárias) que tem em carteira (primeira vez que toma uma iniciativa nesse sentido desde a crise de 2008) ajudou a consolidar a alta. Hoje, os mercados continuam apresentando tendência de alta para os juros

Europa – As bolsas européias abriram com tendência de alta, mas o número pior de inflação em UK esfriou o mercado. Ontem, membros do ECB já tinham externado uma posição altista dos juros para a próxima reunião e o número de hoje reforça ainda mais essa perspectiva também para a Inglaterra. O Euro não sobe em resposta à perspectiva de mais juros (já subiu nos últimos dias) porque a dificuldade de Portugal aprovar medidas de mais contenção fiscal põe em dúvida os resultados da reunião que acontecerá na próxima 5ª/6ª feira.

S&P futuro – Com as bolsas de lado na Europa, será preciso esperar a abertura dos negócios em NY para ver que tendência prevalecerá (por enquanto está no zero a zero). Não há números importantes para serem divulgados aumentando as chances de que o dia seja morno.


- Alguns membros do ECB externaram viés de preocupação maior com a inflação, crescendo as indicações de alta dos juros na próxima reunião do banco daqui a duas semanas (Trichet já havia dado a mesma indicação anteriormente).

- A inflação ao consumidor voltou a surpreender em UK e coloca o BoE em uma situação ainda pior para a reunião do próximo dia sete (vai ficando difícil sustentar o discurso diante do grande desvio da inflação corrente (4,4) em relação a meta (2).

O déficit de 100 MM da balança comercial na semana passada decorreu do forte aumento nas importações (a média da semana é semelhante aos padrões observados para final de ano). O crescimento das compras não se limitou ao petróleo e derivados (o déficit do grupo não ficou muito diferente do observado na semana anterior) e se ampliou em alguns outros setores (equipamentos mecânicos, químicos).

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mercados

Moedas – A moeda européia, que por dois dias ficou descolada do Iene e do AUD (enquanto a moeda européia deu mais importância às iniciativas das autoridades em costurarem um acordo que possa por fim às desconfianças em relação ao equilíbrio - financeiro e econômico - dos chamados países periféricos, o Iene e o AUD se prenderam aos problemas mundiais – China, terremoto/repatriação de capitais e conflitos políticos nos países árabes), finalmente andou de acordo com o padrão usual e caiu como as outras. A propósito do Iene, a moeda entrou em uma espiral de alta no fechamento (as especulações sobre repatriação de capitais se ampliaram apesar do BOJ ter mencionado que isso não esteja ocorrendo).

BRL – Mesmo com a possibilidade de adiamento das medidas na área cambial e uma atuação mais tímida do BC, o BRL seguiu o movimento (as incertezas) externo. Os eventos de fora estão conspirando a favor das autoridades.

Juros – Apesar de ter ficado a maior parte do tempo em alta (principalmente enquanto os mercados globais apresentavam melhora), os DIs acabaram fechando em queda na BM&F (o ambiente ainda é de muita incerteza, o que significa que a postura de adiar a alta de juros que se observa mundo afora pode prosseguir e contaminar as decisões aqui).

Bolsas – Ásia – A recuperação da bolsa japonesa após as fortes quedas dos dias anteriores embalou a recuperação dos mercados na Ásia. A visão oportunista do terremoto voltou a predominar em algumas praças e ajudou a consolidar a alta das ações (assim como as indicações melhores para a economia chinesa fizeram a bolsa de Shanghai subir).

Europa – Desde a abertura os mercados europeus se mostravam reticentes em acompanhar o movimento asiático. Como NY não apresentou o mesmo comportamento (mais otimista) dos dois dias anteriores e as incertezas em relação ao Japão voltaram a se elevar, as bolsas firmaram na baixa.

S&P – NY cansou de carregar o mundo nas costas e sucumbiu à instabilidade derivada do terremoto no Japão. Desde que o QE2 começou a afetar os mercados não tinha havido um período em que as quedas próximas de 2 pct fossem tão frequentes como agora.

Bovespa – Depois de dois dias descolada de fora (na intensidade do movimento), não resistiu à fraqueza das bolsas de NY e recuou em linha com o S&P (o momento é de muita instabilidade).

Commodities – Apresentaram forte melhora no início dos negócios na sessão européia (respondendo ao humor dos asiáticos), mas perderam o ímpeto de alta ao longo do dia por causa da instabilidade observada nas bolsas e moedas.

Ásia – Entre o fechamento das bolsas em NY e a abertura dos negócios na Ásia, a expectativa piorou com a súbita valorização do Iene (prenúncio de repatriação), dando uma perspectiva ruim para a abertura das bolsas. O Nikkei abriu caindo 5 pct e arrastou as demais bolsas asiáticas para baixo. Entretanto, a bolsa japonesa iniciou um processo de recuperação que foi até o final (não foi suficiente para sair do vermelho, mas as quedas foram mais suaves – as bolsas da Coréia e da Austrália fecharam no zero a zero) por causa de uma reversão brusca na trajetória do Iene. Nenhuma atuação do BoJ na moeda foi confirmada. O que deve ter provocado a reversão foram rumores de que o G7 se reuniria (confirmado por Noda que ainda hoje – 20:00 - ocorrerá uma teleconferência).

Commodities – A reunião do G7 acalmou os mercados asiáticos e faz a Europa começar o dia em alta. Por isso, as diversas commodities se recuperam do recuo na sessão americana (esvaziaram muito do ganho ontem à tarde) e sobem forte.

Treasuries americanos – Continuaram recuando forte ontem em decorrência da instabilidade observada nos diversos mercados. Hoje, depois das quedas acentuadas dos dois últimos dias voltam a subir.

Europa – A movimentação do Iene no final do dia de ontem está possibilitando aos mercados reafirmarem sua visão oportunista do problema do Japão (a reconstrução traz benefícios), principalmente após a confirmação da reunião de emergência do G7 hoje. Com isso, as bolsas européias e o Euro já abriram em alta.

S&P futuro – Vai no embalo da reunião do G7 e subia 0,9 às 08:00.

- O G7 agendou uma reunião (teleconferência) para hoje às 20:00. As questões envolvendo o Japão estarão em pauta e deve servir para que qualquer dúvida que possa existir seja resolvida e, principalmente, que o discurso seja unificado (atitudes como essa têm sido positivas nos momentos de crise).

O fluxo cambial foi superavitário em seis bilhões de dólares, apesar da semana passada ter tido apenas três dias úteis. A magnitude das entradas em período muito curto de tempo fez com que as sobras de mercado (liquidas das compras do BC) fossem elevadas e provocassem um recuo das posições vendidas dos bancos para nove bilhões.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mercados

Moedas – A recuperação do Euro, observada na sessão americana, não foi seguida pelas demais moedas (Iene e AUD). Enquanto a primeira se fixou na recuperação das bolsas americanas e européias (acreditando que as medidas que serão tomadas na próxima semana darão um rumo positivo para a estabilidade financeira da região), as duas outras continuaram atreladas aos problemas japoneses.

BRL – Após uma abertura com um forte gap de baixa (1,1 de queda em relação ao valor de fechamento do dia anterior), a cotação foi se recuperando (acompanhando o movimento de melhora do Euro e das bolsas americanas e européias). Ao final do dia, 2/3 da perda havia sido anulada. O volume do interbancário sugere que o fluxo pode ter sido positivo e o BC (comprando apenas 450 MM) pode ter deixado sobrar divisas no mercado (na 4ª da outra semana se poderá confirmar isso)

Juros – Apoiado na estatística de criação de emprego (com metodologia confusa é bom que se registre) e desprezando a forte baixa das commodities (acreditando que seja passageira), os juros subiram ontem. É importante não esquecer que hoje tem leilão e isso normalmente favorece a posição altista (se o Tesouro já aceitou colocar papéis à taxas mais altas que as atuais porque não aproveitaria a oportunidade para aumentar a venda – afinal tem que rolar parcela substantiva da dívida).

Bolsas – Ásia – Os problemas com os reatores da usina de Fukushima provocaram pânico entre os investidores japoneses e fizeram a Ásia abandonar a visão oportunista (pelo menos momentaneamente) de que as dificuldades no Japão possam criar uma demanda adicional de seus produtos.
Europa – Apesar das quedas observadas na Europa, os mercados melhoraram na parte da tarde após a abertura das bolsas americanas. O movimento seguiu a alta do Euro e repete de certa forma o que já havia ocorrido na 2ª.

S&P – Apesar de caírem ao final do dia, as bolsas americanas romperam com o pessimismo que reinou depois da forte queda da bolsa japonesa. Os termos do statement do FOMC agradaram os investidores (há um view positivo sobre o desempenho da economia nele e algumas preocupações externas no documento anterior foram deixadas de lado).

Bovespa – Embora não tenham subido como na 2ª, o movimento de recuperação (e de descolamento) foi igual.

Commodities – A melhora das bolsas e do Euro não foi acompanhada pelo preço das commodities. O petróleo e principalmente os grãos caíram forte na esteira dos problemas com o Japão.

Ásia – Embaladas pela alta do Nikkei (as preocupações com a usina nuclear diminuíram – ou deixaram de piorar), as bolsas asiáticas subiram. Os mercados já abriram guepados (pois as quedas foram excessivas nos dias anteriores) e embora tenham perdido ímpeto ao longo do dia (pois vai levar algum tempo para sair totalmente da situação de sobressalto) se recuperaram e fecharam próximos das highs estabelecidas na abertura. Algumas praças (Taiwan e Seul) voltaram a ver o problema japonês como uma oportunidade para o país. O Iene tentou inverter o comportamento de alta que vinha tendo, mas não conseguiu e fechou praticamente no zero a zero (O Euro e o AUD apresentaram oscilação pequena na sessão asiática).

Commodities – A atenuação das preocupações com o Japão está levando os diversos mercados a corrigirem os movimentos de queda dos dias anteriores e isso não é diferente nas commodities. Os grãos são os produtos com maior alta (o recuo de ontem foi muito forte), mas o petróleo e o cobre não ficam muito atrás.

Treasuries americanos – Após uma abertura em forte baixa (Japão), se recuperaram como os demais mercados.

Europa – O comportamento das bolsas européias ainda se mostra instável (subiu no inicio e voltou a cair) e não acompanha a recuperação observada na Ásia. Como já foi mencionado, vai levar alguns dias para o mercado sair totalmente do modo de sobressalto que a situação no Japão provocou. O downgrade de Portugal não pode ser responsabilizado pelo que acontece porque o spread dos títulos dos países periféricos não se alterou profundamente hoje e as expectativas quanto ao encaminhamento da crise financeira são positivas com as medidas esperadas para a semana que vem. Após se sustentar nos dois dias anteriores, o Euro perde valor hoje na sessão européia (o AUD e o Iene estão estáveis).

S&P futuro – Acompanha a queda da Europa e caía 0,4 às 08:10. Entretanto nos últimos dias, o mercado só tem se definido após a abertura de NY (e foi melhor do que os futuros previam).

- A Moody’s cortou o rating de Portugal, com outlook negativo (entretanto os spreads dos chamados países periféricos – em relação ao título alemão – não tiveram mudança substantiva já que há uma expectativa muito positiva em relação às medidas que serão adotadas a semana que vem).

Ontem, o MTB divulgou as contratações de Fevereiro. O Ministério preferiu seguir um critério de divulgação estatística que dificulta a interpretação dos dados. Definiu que incorporaria mensalmente, os dados não informados anteriormente, mas preservaria uma série sem ajustes para que o resultado do mês pudesse ser comparado temporalmente. Acontece que é um erro comparar um número real (embora ainda preliminar) com uma série irreal (pois de fato os números sem ajuste não existem). Parece óbvio que o ritmo de contratação de Fevereiro tenha mais a ver com os 2,55 MM de aumento no emprego do que com os 2,13 aferidos sem ajuste. Apesar dessa ressalva, o número do mês passado indica que a demanda por pessoal aumentou (voltou aos padrões do início de 2010). Entretanto, não é possível dizer ainda se ele persistirá.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mercados

Moedas – As reações iniciais da Europa ao terremoto não foram boas e as diversas moedas sofriam na sessão européia. Já quando os negócios abriram em NY, o comportamento foi diametralmente oposto e a tendência de recuperação não foi interrompida em nenhum momento e tanto o Euro quanto o AUD fecharam na high do dia. O movimento de melhora ganhou corpo quando circularam informações de que as autoridades européias chegaram a um consenso sobre alguns pontos que podem favorecer um entendimento mais amplo – no encontro que será realizado no próximo dia 25 - sobre questões que poderiam afastar de vez o risco de instabilidade na Zona (será?).

BRL – O aumento da incerteza em relação ao cenário internacional tem favorecido o BC/Fazenda na estratégia de impedir a apreciação do BRL. Mesmo com a alta do Euro e AUD a moeda brasileira caiu (ligeiramente). A semana passada foi a primeira em que o BC não fez leilão de swap desde que iniciou as vendas (o fato de ser uma semana muito curta pode ser a justificativa, mas para que o mercado acredite que nada se alterou deveria fazer um novo leilão logo no início desta semana).

Juros – Ao ressaltar as incertezas externas, o BC colocou no radar do mercado os movimentos de fora. Pelo segundo dia consecutivo, as circunstâncias favoreceram o alerta da autoridade e as taxas mais uma vez recuaram (no final do dia, entretanto, boa parte da queda sumiu). Os acontecimentos no Japão são mais um ingrediente no já confuso quadro internacional.

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas caíram, mas não repercutiram (exceção do Nikkei) o terremoto no Japão porque ele ocorreu próximo do fechamento em Taiwan e em Seul (a Austrália já estava fechada). Na China, o presidente do PBoC reiterou a disposição de apertar a política monetária para segurar a inflação e as bolsas recuaram.

Europa – A bolsa de Frankfurt foi a que mais sentiu os efeitos dos problemas no Japão (as seguradoras têm peso maior no Dax). Nas outras praças, a melhora das bolsas de NY (e das moedas na sessão americana) acabou provocando a recuperação dos índices nas últimas horas de pregão.

S&P – Os investidores americanos resolveram apostar que os problemas japoneses são passageiros e que as expectativas não se deteriorarão com o terremoto. Com isso as bolsas subiram, na contramão do que aconteceu na Europa e Ásia.

Bovespa – Mesmo com o temor de medidas que possam inibir o ingresso de recursos para a compra de ações (no momento em que circulou boatos sobre quarentena para a bolsa o índice chegou a recuar 1 pct do nível que estava), a bolsa paulista resolveu seguir NY.

Commodities – Com exceção dos metais que se recuperaram, os outros segmentos pouco se alteraram no fechamento do dia e caíram. China e Japão são os principais responsáveis pelo esfriamento do mercado.

Ásia – Apesar da bolsa japonesa ter caído mais de 6 pct, as demais praças acabaram se recuperando ao longo do pregão acreditando que o Japão poderá demandar produtos de fora para a reconstrução de algumas cidades (principalmente os chamados raw materials). As bolsas da China (Shangai e HK) e da Coréia acabaram subindo. No caso das bolsas chinesas, a divulgação de um crescimento menor dos empréstimos (fato que evidencia que as medidas do governo começam a surtir efeito) agradou os investidores.

Commodities – Os preços dos diversos segmentos continuam caindo repercutindo o aumento das incertezas provocadas pelo terremoto no Japão que está levando o mercado diminuir posições especulativas.

Treasuries americanos – Apesar da instabilidade observada no dia, ao final da 6ª prevaleceu a alta das taxas (o mercado acredita que os japoneses podem vender títulos americanos para fazer face aos prejuízos com o terremoto). Hoje, cai com o recuo das bolsas e commodities.

Europa – Apesar da queda no spread dos títulos dos países europeus com problemas (em razão de evidências que os países da Zona chegaram a um consenso sobre medidas que aliviariam a pressão financeira que os periféricos enfrentam) e da conseqüente alta do Euro, as bolsas européias recuam com as incertezas provocadas pelo Japão.

S&P futuro – Caía 0,5 na sessão européia do índice.

- O crescimento dos empréstimos na China ficou abaixo do esperado e sinaliza que o governo está tendo algum êxito com as medidas tomadas para colocar um freio na economia e na inflação.

- O terremoto no Japão provocou a alta do Iene e subida nos juros americanos. As famílias japonesas podem estar repatriando suas poupanças para fazer face aos custos com o acidente (o primeiro ministro disse que os prejuízos foram significativos para o país). A política do Fed (QE2) pode estar facilitando a saída de capitais do país e prejudicando o financiamento (de longo prazo) do crescente déficit. Um dilema que não pretendia enfrentar tão cedo.

TÓQUIO DESPENCA 6,2%, MAIOR QUEDA DESDE DEZ DE 2008; TEPCO CAI 24%

As ações despencaram na Bolsa de Tóquio nesta segunda-feira, levando o índice Nikkei 225 a uma queda de 6,2%, em meio às preocupações com a situação de emergência nuclear no país depois do devastador terremoto e tsunami de sexta-feira. O índice perdeu 633,94 pontos e fechou aos 9.620,49 pontos, com a maior queda porcentual desde dezembro de 2008. O volume de negócios atingiu o recorde de 4,88 bilhões de papéis negociados. As ações das empresas exportadoras e das operadoras de usinas de energia foram as mais atingidas.
Segundo os analistas, o mercado pode se estabilizar nas próximas semanas, na medida em que os investidores locais busquem se aproveitar dos preços mais baixos, mas isso depende muito da situação numa problemática usina nuclear no nordeste do país, e de quando as empresas vão retomar a produção nos setores de tecnologia e automotivo. Os economistas
também começam a examinar os dados para fazer as estimativas iniciais do prejuízo econômico, o que por sua vez pode afetar a situação fiscal do governo.
Na sexta-feira, os investidores tiveram pouca chance de reagir ao terremoto de 9 graus de magnitude, que atingiu o Japão pouco antes do fechamento do mercado. Nesta segunda-feira, porém, eles foram rápidos em vender os papéis. "Os investidores estrangeiros que vinham comprando ações japonesas podem ver o terremoto como uma chance de realizar lucros",
escreveram num relatório os estrategistas Kiichi Murashima e Kenji Abe, da divisão japonesa do Citigroup. Dados recentes tinham apontado um fluxo de entrada nas bolsas japonesas a partir do exterior.
As ações foram conduzidas em grande medida pelo fluxo de notícias ligadas ao terremoto.
Enquanto diminuíam as notícias sobre os efeitos devastadores do tsunami no nordeste do Japão, espalhavam-se novas preocupações, em meio à luta para conter o derretimento em reatores na usina nuclear Daiichi, da Tokyo Electric Power (Tepco), em Fukushima.
A atenção dos investidores se concentrou nos reatores 1 e 3 da instalação, que foram destruídos pelos efeitos do terremoto e do tsunami. As vendas se aceleraram à tarde depois de uma nova explosão no reator 3, semelhante à que atingiu uma outra parte do complexo no sábado. As ações da Tepco ficaram em grande parte sem serem negociadas, fechando no limite de baixa, com queda de 24%. Tohoku Electric Power também encerrou no limite de
baixa, com perda de 21%. Entre as duas empresas, cerca de 15 usinas nucleares estão em situação duvidosa. A Tepco disse que começará a implementar racionamentos de energia a partir desta segunda-feira. Muitos terminais de Tóquio já foram afetados seriamente pelos atrasos e cancelamentos nas linhas de trem.
Entre as montadoras, Toyota caiu 7,9%, Honda baixou 6,5% e Nissan despencou 9,5%, depois que as companhias anunciaram a suspensão de suas operações em quase todas as suas fábricas no Japão. No setor de eletrônica, Sony caiu 9,1%, Toshiba despencou 16% e Hitachi também desabou 16%. As empresas de construção foram as únicas a fechar em alta,
com a expectativa de aumento da demanda. Kajima disparou 22% e Taisei saltou 20%.

Wall Street fecha em alta, mesmo com terremoto no Japão

A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (11/3), mesmo com o devastador terremoto no Japão. O Dow Jones subiu 0,50% e o Nasdaq, 0,54%.
O dia foi marcado por um terremoto 8,9 graus de magnitude e um posterior tsunami que atingiram o Japão e provocaram a morte de centenas de pessoas e enormes dados nas infraestruturas do arquipélago.
No Dow Jones, que na quinta-feira (10/3) tinha registrado sua queda mais forte desde agosto (-1,87%), passou uma grande parte da manhã no vermelho. Recuperou-se no meio do dia.
"O mercado tentou avaliar as repercussões econômicas e não considera que estas serão muito grandes tendo em vista a parte do país que sofreu danos", estimou Scott Marcouiller, da Wells Fargo Advisors.
"Então o mercado se recupera em reação à queda do preço do petróleo".
O barril de petróleo perdeu US$ 1,50 em Nova York, e fechou em US$ 101.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mercados

Moedas – A postura passiva do BoE em relação à inflação afastou as preocupações com a reunião do ECB da próxima semana e o Euro caiu. Além disso, a queda no crescimento do comércio externo da China, que provocou recuo no preço de commodities, atrapalhou o desempenho das moedas dos chamados players de commodities e fez o USD ganhar valor (até frente ao Iene).

BRL – Apesar do temor com o anúncio de novas medidas, a moeda brasileira apenas repercutiu o movimento de fora.

Juros – A leitura da Ata (mais dovish em relação ao aumento de juros) provocou o deslocamento da curva de juros para baixo. O BC teria externado sua preferência por medidas adicionais de contenção do crédito que não juros. A queda das commodities e a preocupação com as economias européias e asiáticas ajudaram a reforçar o movimento.

Bolsas – Ásia – A forte queda no crescimento do comércio externo chinês trouxe dúvida sobre a perspectiva econômica do país que traciona o crescimento mundial e, particularmente, da Ásia e fez as bolsas asiáticas recuarem (o petróleo passaria a ter um reflexo apenas secundário diante da importância da China para o mundo e para o próprio petróleo). A reação pode ter sido exagerada porque o próprio governo chinês reconhece que deve mudar o enfoque de sua economia para um modelo mais voltado para o consumo (as exportações deixariam de ter papel fundamental).

Europa – A reação asiática aos dados da China, a volta das preocupações com a dívida de países periféricos, a vista grossa do BoE com a inflação e os dados piores nos US fizeram a Europa amplificar a queda das bolsas asiáticas.

S&P – A propensão à queda das bolsas americanas (reagindo ás quedas da Ásia e Europa) foi reforçada com os dados piores de emprego e da balança comercial e NY fechou na low do dia.

Bovespa – Foi arrastada pelos acontecimentos de fora, repercutindo também informações de medidas adicionais para se conter a demanda por crédito.

Commodities – Vislumbrar dificuldades na China é visualizar problemas para as commodities e foi o que aconteceu ontem (houve queda em todos os segmentos).

Ásia – As bolsas abriram acompanhando as quedas mais fortes da Europa e de NY ontem e o Nikkei foi fortemente afetado próximo do fechamento pelo terremoto no Japão (como as bolsas de Taiwan e Seul estavam próximas do encerramento dos negócios e a da Austrália já tinha fechado o efeito não se disseminou). O Iene perdeu valor no início, mas a tendência se inverteu na sessão européia, afetando o desempenho do Euro e das moedas de vários emergentes (aumentou a preocupação com o desempenho econômico mundial). Na China, o presidente do PBoC disse em entrevista coletiva que o país usará os juros (e não a moeda) para conter a inflação e fez as bolsas chinesas acentuarem a baixa.

Commodities – Se as dúvidas quanto ao desempenho chinês atrapalhou os diversos segmentos ontem, hoje o terremoto no Japão adicionou mais incerteza ainda sobre o crescimento mundial. O petróleo, os metais e os grãos recuam.

Treasuries americanos – A perspectiva de problemas na Ásia e na Europa e dados econômicos ruins nos US provocaram a queda dos juros ontem. Hoje, as incertezas provocadas pelo terremoto no Japão reforçam a queda (antes do fenômeno os juros se recuperavam do recuo de ontem).

Europa – Repercutem as incertezas geradas pelos acontecimentos no Japão e caem.

S&P futuro – Caía 0,4 na sessão européia do índice.

- A inflação (de preços ao consumidor) na China veio, praticamente, dentro do esperado. Já a produção industrial e as vendas no varejo vieram conflitantes (o primeiro surpreendeu para cima e o segundo para baixo). O presidente do PBoC afirmou que o país usará as taxas de juros para controlar a inflação e que a política monetária tem objetivos mais amplos do que apenas o controle inflacionário.

- Um forte terremoto atingiu o Japão e afetou os mercados na Ásia e provoca quedas também na Europa.

A Ata do Copom aventou a possibilidade de reavaliação da estratégia atual de política monetária caso a desaceleração esperada da economia se acentue e algo de novo surja no complexo (no sentido de imprevisível) cenário internacional. Segundo cálculos do BC, com o câmbio no patamar atual e as taxas de juros projetadas pelo mercado (coletadas pelo Gerin na expressão dele), a inflação ficaria abaixo da meta em 2012 (e isso permitiria a reavaliação). De certa forma, o BC voltou, como no ano passado, a chamar a atenção para o cenário internacional e o fato dos acontecimentos de ontem terem conspirado a seu favor fez o mercado deslocar para baixo a curva de juros. O cenário de atividade assume importância maior já que no início de 2010 ainda eram muito incipientes os indícios de recuo na taxa de crescimento e revela que a autoridade também se preocupa com essa variável (e não apenas com a inflação - e dá a entender que não tem a intenção de fazer a convergência a qualquer custo).

O fluxo cambial da semana passada ressalta novamente que o BC vem retirando todo o saldo e isso pode complicar o ajuste que os bancos terão que fazer nas próximas três semanas. Segundo a BGC Liquidez, a posição vendida dos bancos estava em 13,5 bi na 6ª passada (ainda falta computar as operações a termo) e esse valor deveria cair para 10 bi até o dia 04/04 para que os bancos não incorram em custos. Felizmente para eles, os gringos resolveram assumir maiores riscos no mercado futuro ampliando suas posições vendidas (em quase 3,5 bi entre os dias 28/Fev e 04/Mar). A disposição dos gringos em venderem dólar futuro deve fazer com que o BC volte a atuar no swap com mais intensidade (faz sentido deixar a sobra de spot com os bancos e retirar o excedente via derivativo).

Apesar do volume maior esta semana, as últimas colocações de títulos pré-fixados pelo Tesouro são insuficientes para rolar os vencimentos estimados em cinco bi semanais (média calculada pela BGC Liquidez para o período de Ago.10 a Jul.11). Com isso, o papel de coordenação de expectativas exercido pelo BC será de vital importância para que as vendas voltem a subir. Entretanto, o mercado ainda vê a inflação e as contas públicas com muita desconfiança.

Bolsas da Ásia fecham em queda por terremoto no Japão

As bolsas de valores da Ásia fecharam em queda nesta sexta-feira, após um forte terremoto no Japão que atingiu Tóquio com violência, piorando a confiança do mercado que já estava ruim por dados econômicos decepcionantes e insurgências na Arábia Saudita.
O terremoto aconteceu pouco antes do encerramento das operações na bolsa japonesa. O índice Nikkei fechou no menor nível em cinco semanas, caindo 1,72 por cento. Às 8h07 (horário de Brasília), o índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico exceto o Japão caía 1,5 por cento.
Em Hong Kong, o mercado perdeu 1,5 por cento, e os futuros do Nikkei em Cingapura tombaram mais de 3 por cento. Os contratos do Nikkei para junho recuavam 2,8 por cento, mas investidores acreditam que a queda não será prolongada.
A bolsa de Tóquio "provavelmente cairá na segunda-feira, especialmente as ações de companhias que têm fábricas nas áreas afetadas, mas no geral o declínio deve ser temporário", disse Mitsuhsige Akino, gestor de fundos da Ichiyoshi Investment Management, após o fechamento do mercado.
Um terremoto de 8,9 graus de magnitude afetou vastas áreas no nordeste do Japão e provocou um tsunami de 10 metros de altura que arrasou casas, prédios e áreas agrícolas.
O iene ampliou as perdas frente ao dólar, caindo a 83,29 ienes por dólar, ante a cotação de 82,80 antes do sismo.
O petróleo Brent operou perto de 115 dólares o barril, com investidores monitorando os acontecimentos no Oriente Médio e no norte da África. Forças leais ao líder líbio Muammar Gaddafi enfrentaram rebeldes em um porto de petróleo, enquanto a polícia saudita atirou para o alto para dispersar manifestantes xiitas.

Wall Street tem sua maior queda desde agosto

A Bolsa de Nova York fechou nesta quinta-feira (10/3) na maior baixa desde agosto, cedendo ao peso dos dados macroeconômicos ruins e da geopolítica inquietante. O Dow Jones perdeu 1,87% e o Nasdaq, 1,84%.
O Dow Jones, que não tinha visto uma queda tão forte desde 11 de agosto, fechou abaixo do piso psicológico dos 12.000 pontos pela primeira vez desde 31 de janeiro. Entre os 30 papéis que o compõem, apenas o McDonald's fechou em alta.
"A realidade é que a crise europeia continua, o barril de petróleo vale mais de US$ 100 e o desemprego (nos EUA) continua muito alto", disse Mace Blicksilver, de Marblehead Asset Management.
A queda do mercado ocorre apesar da baixa do preço do petróleo, cujo barril cedeu mais de US$ 1,50 em Nova York, abaixo dos US$ 103.
Mas desde a abertura do mercado, essa relativa boa notícia foi "ofuscada por vários indicadores decepcionantes", afirmaram os analistas da Charles Schwab.
Nos Estados Unidos, os novos pedidos de seguro-desemprego subiram mais de 4% na semana passada, e o déficit comercial aumentou fortemente em janeiro.
A China, por sua vez, sofreu em fevereiro seu primeiro déficit comercial em 11 meses, particularmente devido a um modesto crescimento das exportações.
Na Europa, a agência Moody's baixou a nota soberana da Espanha, em um anúncio mal recebido na véspera de uma cúpula de dirigentes da Zona do Euro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Analise Tecnica

INDÍCE FUTURO- Depois da abertura em leve alta o índice passou
por forte queda intraday, o que aumentou muito a chance de chegar
a 66.360 e 65.500 / 65.400, acelerando de vez se perder esta
principal retração. Um pull-back tem que romper 67.160 e 67.410 para
que elimine o perigo de queda forte e possa chegar na sequencia a
68.100 (principal) e 68.470.

IBOVESPA- Ao praticamente tocar a principal correção em 67.757
o Ibovespa iniciou uma consistente queda, que aumentou muito a
chance de chegar a 65.623 e 64.915, este sua principal retração total
e que se perdida deve engrenar em tendência de baixa. Um pull-back
precisa romper 66.802 para que engrene novamente e possa levar
ao teste de 67.395(principal) e 67.710.

DOW JONES - A consistente queda durante toda a sessão foi uma
sinalização negativa e se perder a principal retração curta em 12.042
aumenta muito a chance de cair mais forte até 11.834 / 11.811, nível
onde deve passar por nova reação. Um pull-back tem que romper
12.134 para que ganhe força e vá a 12.217(principal) e 12.262,
acelerando acima deste.

PETROBRÁS PN - Ao se aproximar do objetivo de R$28,84 o papel
caiu quase todo o pregão e se perder o fundo de curto prazo em
R$28,15 vem a R$27,89 e R$27,52 (principal), este um bom ponto
de compras de giro, com stop máximo em R$27,45. O rompimento
de R$28,42 o levará a R$28,66(principal) e R$28,82, acelerando
acima deste para R$29,26.

VALE PNA- Ao se aproximar da principal correção em R$50,11 o
papel parece ter montado um importante pivô de baixa, sendo que se
perder R$48,64(principal) aumentará a chance de perder o último
fundo em R$48,17 e chegar na projeção de R$47,11. Se romper
R$49,26 pode registrar uma reação parcial até R$49,69(principal), só
se formando acima deste.

BRADESCO PN - A queda iniciada deve ganhar força se perder
R$31,32, o que o levará a R$30,82(principal) e R$30,44, mas em um
destes níveis deve registrar uma reação intermediária. Se romper
R$31,71 apontará nova alta, que ainda terá que romper R$32,03
(principal) e R$32,20 para que engrene mais forte e vá no último pico
em R$32,53.

Mercado europeu fecha em queda por conflitos na Líbia

As bolsas de valores da Europa fecharam em baixa nesta quarta-feira (2), com o aprofundamento dos conflitos na Líbia e tensões crescentes em outros países do mundo árabe fazendo o petróleo alcançar máximas recordes e incentivando o nervosismo entre os investidores de ações.
Temores de que a alta do petróleo possa prejudicar o crescimento econômico fizeram o índice das principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, cair 0,58%, aos 1.155 pontos. O fluxo de capital migrou para ativos de menor risco, como o ouro e o franco suíço.
A divulgação de dados positivos sobre a geração de emprego nos Estados Unidos ajudou a limitar o declínio após Wall Street abrir em alta, mas preocupações geopolíticas com o Oriente Médio e o norte da África continuavam no foco dos europeus.
"Os investidores da Europa ainda estão um pouco céticos sobre o mercado, considerando a alta do petróleo, e não estão, portanto, seguindo os EUA", disse Daron Anyangwe, operador de ações do IG Index. "Você não verá muitos compradores com pressa em meio à persistência das preocupações políticas."
Contudo, o mercado pode avançar na quinta-feira se as bolsas norte-americanas fecharem no azul, acrescentou Anyangwe.
O setor automobilístico teve um dos piores desempenhos, perdendo 1,8%. BMW e Daimler caíram mais de 2,7% por receios sobre as vendas na Ásia e a demanda em geral em meio aos preços elevados de petróleo.
Mercados
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,35%, a 5.914 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,58%, para 7.181 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,81%, para 4.034 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,05%, para 22.238 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 1,1%, para 10.643 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,18%, para 7.974 pontos.

Mercados

Moedas – A volta da instabilidade no mercado de petróleo mudou o rumo dos mercados e a aversão ao risco provocou a subida do USD (até o Iene subiu).

BRL – O BC teve uma atuação mais discreta ontem (um leilão a termo e um a vista) porque a liquidez do mercado foi menor (o interbancário negociou apenas 1,4 bi) e o USD fechou praticamente estável (mundo afora ele subiu).

Juros – Na expectativa do número a ser divulgado hoje para a Selic, o DI futuro oscilou em torno da estabilidade e acabou fechando em ligeira baixa. O BC tem sido breve em seus comunicados, mas o mercado espera que desta vez seja diferente (para segurar as expectativas que mostram contínua deterioração). A maioria prevê que a autoridade continue no mesmo padrão de alta (0,50).

Bolsas – Ásia – A menor instabilidade observada no preço do petróleo, nas sessões londrina e americana do dia anterior, que fez as bolsas européias e americanas subirem, também provocou alta na Ásia. O recuo (esperado) nos PMIs da China levou o mercado a considerar a hipótese de um menor aperto monetário fortalecendo a onda positiva. No Japão, a alta do Iene e a aprovação do Orçamento para o exercício fiscal que se inicia no próximo mês fizeram o Nikkei apresentar o melhor desempenho da região. A bolsa de Sidney foi o contraponto e apresentou queda (um menor crescimento na China pode significar perda de valor para os metais e prejudicar o país).

Europa – A estabilidade no preço do petróleo não durou e as bolsas que estavam subindo na parte da manhã voltaram a cair na Europa. Pela primeira vez Bernanke mencionou que a recente alta no preço das commodities pode afetar os US, embora tenha ressaltado que os efeitos tendem a ser passageiros. Com isso, acabou anulando o efeito dos dados melhores e à medida que o preço do óleo subia as bolsas caíam.

S&P – A alta do petróleo se aprofundou na sessão americana e as bolsas fecharam na low do dia. Além do petróleo pesaram a notícia de que o Goldman Sachs pode perder causas jurídicas no valor de mais de 3 bilhões de dólares e afirmações de Bernanke que denotaram alguma preocupação com o efeito da alta de commodities sobre o desempenho da economia americana.

Bovespa – Assim como em NY fechou na low do dia.

Commodities – A situação se mostra mais frágil do que ela aparenta e os mercados são dominados pela volatilidade. Ontem sem que uma informação nova indicasse qualquer mudança, o preço do petróleo voltou a disparar assustando investidores e traders. Os mercados que apontavam na direção da normalização voltaram a ser afetados e os preços dos metais e dos grãos recuaram (pelo medo de que a recuperação – ainda incipiente – possa ser abortada).

Ásia – Como a Europa e os US não puderam partilhar do otimismo da Ásia por causa da forte alta do petróleo, as bolsas asiáticas devolveram os ganhos do dia anterior e caíram. Entretanto, a queda não foi tão pronunciada. Só no Japão ela foi mais forte porque a bolsa de Tóquio é a mais correlacionada com o Ocidente. Não houve informação nova relevante, até o petróleo ficou estável na sessão asiática.

Commodities – Depois da forte alta de ontem, o petróleo está estável. Os metais caem e os agrícolas continuam na vol de sempre (o que caiu ontem sobe hoje e vice versa).

Treasuries americanos – No dia anterior, a melhora dos mercados não havia feito os juros subirem, mas ontem enquanto os mercados subiam as taxas subiram. Com a piora no preço do petróleo (alta) e queda das bolsas, a alta se dissipou e os juros dos treasuries fecharam em baixa. Hoje, sobem na sessão européia, mas só quando NY abrir é que a tendência será definida (como ontem).

Europa – As bolsas européias descontam a piora das bolsas de NY depois que estavam fechadas e os investidores estão de olho no comportamento do mercado do petróleo para definirem suas estratégias. Na abertura dos negócios, o Brent chegou a cair para 114,50. Rapidamente subiu (116,36) e gravita em torno da estabilidade.

S&P futuro – Oscila com o preço do petróleo. Caía 0,2 às 08:00.

Nas duas semanas anteriores, o superávit semanal ficou em torno de 550 milhões na média. O item petróleo (incluído derivados) que historicamente apresenta déficit teve desempenho positivo. Isso fez uma grande diferença no resultado. Na semana passada, tudo voltou ao normal e o petróleo devolveu todo o ganho que tinha. Com isso, o saldo da balança de Fevereiro continuou (como nos meses recentes) sendo determinado pela exportação de minério de ferro que cresce substantivamente (efeito preço). No ano passado, as exportações de minério somaram 1.313 MM e este ano alcançaram 2.850 MM

Ásia: bolsas caem diante da alta do petróleo

As bolsas asiáticas fecharam em queda, diante da preocupação de que a turbulência política no norte da África e no Oriente Médio e a consequente elevação dos preços do petróleo afetem o crescimento econômico mundial.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,49% e fechou aos 23.048,66 pontos.
A queda generalizada das bolsas asiáticas provocou realizações de lucros nos mercados da China. O índice Xangai Composto baixou 0,2% e terminou aos 2.913,81 pontos. O índice Shenzhen Composto recuou 0,5% e encerrou aos 1.292,99 pontos.
O yuan teve leve baixa diante do dólar, em meio à cautela que prevaleceu antes da sessão anual de dois dias do Congresso Nacional do Povo, que começa no sábado. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5727 yuans, acima dos 6,5703 yuans do fechamento de terça-feira. O banco central fixou a paridade central em 6,5736 yuans por dólar, pouco acima dos 6,5706 de terça-feira e em grande medida refletindo as tendências dos mercados externos, disseram os operadores.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou em baixa, finalizando um período de três dias em alta, com os investidores realizando lucros em pesos pesados do setor de tecnologia e em empresas financeiras. O índice Taiwan Weighted retrocedeu 1,23% e fechou aos 8.619,90 pontos.
A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em baixa, com investidores estrangeiros vendendo ações pela 6ª sessão consecutiva em meio à tensão que permanece na Líbia. Papéis de empresas aéreas e de construção permaneceram aquém do mercado amplo. O índice Kospi teve queda de 0,57% e encerrou aos 1.928,24 pontos.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou na maior baixa em quatro semanas. O índice S&P/ASX 200 teve baixa de 0,48% e fechou aos 4.803,21 pontos.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila Também fechou em baixa, arrastada pelos resultados do mercado regional. O índice PSE caiu 0,28% e fechou aos 3.773,71 pontos.
A Bolsa de Cingapura fechou em baixa em meio aos resultados negativos nas demais bolsas asiáticas, uma vez que as contínuas agitações no Oriente Médio elevaram os preços dos petróleo e aumentaram as preocupações sobre a inflação e o enfraquecimento do crescimento econômico na Ásia. O índice Straits Times caiu 1,3% e terminou aos 3.027,51 pontos. Também pesaram no sentimento as perdas em Wall Street e nos mercados europeus.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, cedeu 0,8% e fechou aos 3.486,19 pontos, com realizações de lucros em muitas blue chips após recentes ganhos.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, perdeu 0,7% e fechou aos 987,59 pontos, seguindo as baixas nas bolsas regionais. Preocupações com as pressões inflacionárias influíram no resultado, uma vez que as prolongadas tensões no Oriente Médio e no norte da África conduziram os preços do petróleo a alta.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,2% e fechou aos 1.499,28 pontos, em amplo movimento de vendas, com o sentimento afetado pela alta dos preços do petróleo e contínuas preocupações com os distúrbios no Oriente Médio

Tóquio cai 2,4%, maior baixa desde 31 de agosto

A Bolsa de Tóquio sofreu sua maior baixa desde 31 de agosto do ano passado, com a continuação dos levantes no norte da África e a disparada dos contratos futuros de petróleo despertando dúvidas sobre as perspectivas de crescimento econômico global. O índice Nikkei 225 caiu 261,65 pontos, ou 2,4%, e fechou aos 10.492,38 pontos, sua mínima intraday. O índice apagou a maior parte da valorização de 2,9% acumulada nas três sessões anteriores.
As ações caíram fortemente desde a abertura do pregão, depois de os contratos futuros de petróleo dispararem outra vez na Nymex nesta terça-feira, levando as bolsas da Europa e dos EUA a mergulharem. "Todo mundo está nervoso com o petróleo e a situação no norte da África", disse Yutaka Shiraki, estrategista da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley Securities

terça-feira, 1 de março de 2011

Analise Tecnica

INDÍCE FUTURO- A alta da abertura chegou a romper a principal
correção curta em 68.230, mas na sequencia passou por forte
realização intraday, que voltou a subir ao se aproximar da principal
retração em 67.250. Se romper os 68.230 deve ganhar força e
chegar a 69.120 e 69.800, este onde pode passar por ajuste. Se
perder 67.790(stop) deve vir a 67.250, 66.970 e 66.360.

IBOVESPA- O nível de oscilação segue muito elevado, mas como
a queda da tarde respeitou a principal retração em 66.572 pode
passar por uma alta mais forte e chegar ao objetivo não tocado de
67.757 e acima dele acelera para 68.900, onde deve ajustar
parcialmente. A perda de 66.952(stop) apontará nova queda, que
chegará a 66.388 e 65.623.

DOW JONES - Ao testar a terceira correção em 12.235 o Dow de
fato passou por um ajuste técnico, que sequer chegou na primeira
retração em 12.137, o que foi um sinal positivo. Se romper os 12.235
vai a 12.304(principal) e 12.391, sendo que acima do pico acelera
para o ainda não tocado 12.545. A perda de 12.137 aponta queda
e potencial teste de 12.078 e 12.036(principal).

PETROBRÁS PN - Mais uma vez o papel respeitou o suporte formado
em R$28,15, o que foi positivo, mas ainda terá que romper
R$28,84 para que engrene de novo em alta e possivelmente chegará
a R$29,26 e R$29,90, este novo ponto de realização. Sto agora
somente se perder R$28,15 o que o levará a R$ R$27,89 e R$27,52
(principal), este um bom ponto de compras.

VALE PNA- A alta da última hora tende a ganhar força se confirmar
o rompimento da primeira correção em R$49,60, chegando inicialmente
a R$50,11 (principal) e R$50,38, sendo que acima deste vai a
R$50,73, onde deve realizar. Uma nova queda se complica abaixo de
R$49,01 e deverá chegar a R$48,17,acelerando abaixo deste fundo
para R$47,11.

Mercados

Moedas – O mercado acredita que o ECB vá aumentar os juros antes do Fed e isso tem favorecido a alta do Euro. Ontem, o primeiro ministro de Luxemburgo disse que em duas semanas é possível que seja anunciada a nova regra de socorro aos países europeus com problemas e que ela afastará o risco da região (mais um ponto favorável à moeda européia). Depois da alta de 6ª, o AUD ficou praticamente estável à espera da reunião do RBA (manteve os juros).

BRL – A atuação do BC para tentar conter a alta do BRL começou logo que o horário comercial dos bancos se iniciou e em ½ hora anunciou quatro leilões em sequência (os dois primeiros a termo; logo depois um de swap - 1,5 bi - e por último o leilão à vista – à tarde anunciou um outro). A forte interferência alterou o rumo do mercado e fizeram a moeda perder valor no final do dia (na contramão do mercado internacional). No mês de Março, os bancos deverão usar mais de 3 bi do fluxo de spot para equalizar a posição vendida (para os 10 bi anunciados pelo BC em Janeiro). Se o BC continuar colocando os mesmos 6,3 bi que colocou de swap, o mercado necessitará de 9,3 bi para cumprir com os dois compromissos.

Juros – O detalhamento dos cortes fiscais provocou a queda dos juros e o mercado devolveu o prêmio de alta maior que ocorreu na 5ª da semana passada. Em consequência a ponta longa apresentou tendência de inclinação positivamente maior.

Bolsas – Ásia – Apesar do receio com a crise do Oriente Médio, as altas da Europa e NY na 6ª prevaleceram e os mercados asiáticos após abrirem em queda se recuperaram e fecharam na high do dia (casos do Nikkei, Shanghai e HK). A exceção foi a bolsa de Seul que fechou próximo da low (queda de 1,2) por causa de ameaças do vizinho do Norte (como era feriado hoje os investidores preferiram não correr riscos).

Europa – Com exceção do FTSE que caiu por causa do balanço de um grande banco, as bolsas européias subiram repercutindo a diminuição da incerteza com o preço do petróleo depois que a Arábia Saudita aumentou o bombeamento do óleo.

S&P – Com a ajuda de dados econômicos positivos, as bolsas americanas também repercutiram as boas novas do mercado de óleo.

Bovespa – Mesmo com a queda das ações do setor de empreendimentos imobiliários (por causa do corte no programa Minha Casa Minha Vida), a bolsa paulista acompanhou o movimento externo e subiu.

Commodities – O mercado já não vê com tanto problema a crise líbia (Arábia Saudita pode suprir qualquer parada brusca no fornecimento e já começou a produzir mais) e o petróleo caiu puxando os metais para cima e também os agrícolas (a exceção foi a soja que caiu). A fala tranquilizadora de Wen Jiabao também ajudou a fortalecer a alta das commodities (ele disse que o país perseguirá um crescimento entre 7 e 7,5 e acham que neste patamar não estariam agredindo a natureza).

Ásia – A menor instabilidade no mercado de óleo, a alta das bolsas na Europa e nos US ontem e as indicações de moderação no crescimento industrial chinês (que pode diminuir a pressão por mais aperto monetário) fez as bolsas asiáticas subirem, com destaque para o Nikkei (as empresas japonesas são muito interdependentes do que ocorre no Ocidente). A tendência de queda do Iene na sessão asiática também ajudou o movimento. A pior performance ficou com a bolsa australiana, apesar do RBA ter mantido os juros estáveis e levado o AUD a perder valor (menor crescimento na China não é um bom indicador para a Austrália).

Commodities – Os diversos voltam para o modo de alta e as commodities sobem (inclusive o petróleo que tanto causou confusão nos últimos dias). Entretanto, os ganhos são modestos para os metais (por causa da perspectiva de menor crescimento na China) e os agrícolas apresentam a mesma vol.

Treasuries americanos – A melhora dos mercados com a diminuição das incertezas com o petróleo não provocou alta nos juros ontem por causa das compras do Fed (ração diária do QE2). Hoje, o mercado responde ao movimento dos demais mercados e sobe.

Europa – A alta na Ásia já seria um reforço para a continuidade dos ganhos das bolsas européias. Com dados positivos de emprego na Zona do Euro, alta de preços de imóveis e perspectiva melhor da indústria em UK, os mercados sobem (mesmo com o petróleo subindo). O que atrapalha um pouco o desempenho do FTSE é a revisão para baixo do crescimento da Inglaterra.

S&P futuro – No vácuo da Ásia e da Europa subia 0,4 às 08:15.

- O BC vendeu US$ 6,3 bi de swaps no mês de Fevereiro e o estoque dessas operações soma mais de US$ 9,8 bi (um valor que começa a fazer frente aos 11/12 bi vendidos por gringos no futuro).

- Amanhã o IBGE divulga a Produção Industrial do mês de Janeiro, a projeção da BGC Liquidez é de estabilidade em relação ao mês de dezembro (0,0%). Embora a produção de veículos automotores tenha contribuído para o resultado insatisfatório da indústria no mês, em razão das medidas de restrição ao crédito implantadas pelo BC, fica cada vez mais evidente que o momento ruim atravessado pela indústria não tem origem em eventos pontuais e já tem impactos em setores diversos da estrutura industrial brasileira. O constante aprofundamento do déficit comercial dos produtos industrializados e o iminente aperto monetário não prospectam alterações nesse cenário.

Bolsas da Ásia fecham em alta com atividade industrial da China

A maior parte das bolsas asiáticas fechou em alta, estimuladas pelos dois indicadores da atividade industrial da China divulgados nesta terça-feira. Os Índices de Gerentes de Compra (PMIs, na sigla em inglês) divulgados pela Federação de Logística e Compra da China (CFLP, na sigla em inglês) e pelo HSBC mostraram que a atividade continuou a se expandir do país em fevereiro, embora num ritmo menor, o que diminuiu o temor de um aperto monetário. A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, não teve operações por causa de um feriado.
A Bolsa de Tóquio fechou em alta, na medida em que o iene mais fraco e as renovadas esperanças em relação aos dados econômicos dos EUA sustentaram as ações das principais exportadoras, enquanto as ações da agência de publicidade Dentsu tiveram forte alta com o anúncio de uma aliança da empresa com o Facebook. O índice Nikkei 225 avançou 129,94 pontos, ou 1,2%, e fechou aos 10.754,03 pontos.
A Bolsa de Hong Kong fechou em alta pelo terceiro dia seguido, acompanhando a tendência dos mercados chineses. O índice Hang Seng avançou 0,25% e fechou aos 23.396,42 pontos.
Na China, a diminuição do temor de novo aperto monetário fez o Xangai Composto ter alta de 0,5%, fechando aos 2.918,92 pontos; enquanto o Shenzhen Composto avançou 0,2%, terminando aos 1.298,87 pontos.
O yuan subiu ligeiramente diante do dólar após o banco central fixar a paridade próxima à mínima histórica. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5703 yuans, de 6,5716 yuans de segunda-feira e com alta acumulada de 3,9% desde junho, quando a China abandonou efetivamente a âncora cambial. A paridade central foi fixada em 6,5703 yuans, contra 6,5752 yuans na segunda-feira e bem perto da mínima histórica de 6,5705 yuans, fixada em 21 de fevereiro.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta, estendendo os 0,68% registrados na sexta-feira. O índice Taiwan Weighted avançou 1,49% e fechou aos 8.727,56 pontos.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney encerrou o dia em leve baixa, apesar dos resultados positivos do mercado norte-americano. As quedas das ações de companhias financeiras e de energia neutralizaram os ganhos das mineradoras e de empresas de bens de consumo. O índice S&P/ASX 200 teve baixa de 0,11% e fechou aos 4.826,40 pontos.
A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também encerrou o dia em alta. O índice PSE subiu 0,46% e fechou aos 3.784.23 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve alta, uma vez que os preços estáveis do petróleo e positivos sinais de levantamentos sobre o crescimento do setor manufatureiro na China amenizaram o sentimento negativo originado das agitações no Oriente Médio e temores sobre mais medidas de aperto da política monetária. O índice Straits Times ganhou 1,9% e fechou aos 3.067,60 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, avançou 1,2% e fechou aos 3.512,61 pontos, ajudado por expectativas de que o banco central vai manter inalterada a taxa de juros em 6,75% na sua reunião de política monetária sexta-feira depois de divulgada benigna inflação de fevereiro.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, valorizou 0,7% e fechou aos 994,48 pontos, em sintonia com os ganhos nas demais bolsas regionais. Papeis de bancos se sobressaíram, uma vez que estavam atrasados em relação ao recente rali do mercado.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,7% e fechou aos 1.502,24 pontos