sexta-feira, 25 de março de 2011

Mercados

Moedas – O Euro repercutiu o otimismo com a reunião de líderes da UE para o programa de ajuda aos países da Zona com problemas e viu a questão portuguesa sob um ângulo positivo (Portugal pode acabar tendo que recorrer a ajuda financeira e ser obrigado a praticar o ajuste fiscal). Já o AUD se valorizou por causa das altas recentes das commodities (particularmente dos metais).

BRL – Na ausência de uma atuação mais forte do BC, a moeda brasileira seguiu o movimento de fora. Mais uma semana está para terminar e o BC não faz leilão de swap, nem de dólar a termo, por que de certa forma foi favorecido pela cautela externa (que diga-se vai sendo abandonada).

Juros – Os juros dos DIs curtos - os de maior liquidez - continuaram recuando ontem ainda repercutindo o número do IPCA15 que apresentou indicações de arrefecimento na alta de itens que preocupavam. Já os longos subiram em razão do leilão do Tesouro (como o volume negociado é bem menor nesses vencimentos, eles são mais sensíveis ao evento)

Bolsas – Ásia – A situação no Japão ainda apresenta instabilidade, mas as bolsas asiáticas subiram, relevando também as afirmações de membro do PBoC sobre o uso das taxas de juros para conter a alta da inflação.

Europa – Focados na reunião de líderes da EU e num acordo que afaste de vez a chance de crise nos países periféricos, os investidores compraram ações e as bolsas subiram forte na Europa. A possibilidade de Portugal pedir ajuda formal (ao FMI e a EU) pode resolver o impasse em relação a aprovação de medidas fiscais na visão dos mesmos investidores (será?).

S&P – Assim como ocorreu todos os dias desta semana, as bolsas americanas se limitaram a acompanhar os movimentos da Europa. Uma explicação para isso é que as bolsas européias sobem forte para recuperar as perdas, também, fortes que tiveram na semana passada por causa do terremoto no Japão e acaba tracionando NY (já que se dependesse dos dados que saíram possivelmente teriam caído na semana).

Bovespa – Num dia de fraca liquidez se descolou do movimento de fora e caiu influenciada pelo comportamento das ações da Vale (problemas com Agnelli) e da Petrobrás.

Commodities – O destaque do dia de ontem ficou por conta dos agrícolas que voltaram a subir forte.

Ásia – O Japão parece estar superando as dificuldades e a reação positiva do Nikkei ajudou a consolidar a alta que já vinha se observando em outras praças da região esta semana. Foi a primeira vez na semana que todas as bolsas subiram no dia. A bolsa japonesa ainda tem muito a recuperar e isso e esse fato gera expectativa positiva para as próximas semanas.

Commodities – O petróleo e o cobre estão estáveis e os grãos sobem com mais intensidade.

Treasuries americanos – Subiram ontem com a alta das bolsas e recuo do USD e persistem na mesma trajetória hoje.

Europa – Os problemas portugueses desta vez não estão contaminando a Europa como no episódio de 2010 com a Grécia. Sinal de que as autoridades evoluíram e conseguem conter a propagação do problema. No mercado de sovereign bonds apenas o papel de Portugal sofre (o que deve induzir o país a abandonar a resistência e solicitar a ajuda). Com isso, as bolsas européias mais uma vez sobem e desconsideram o risco português. Já o Euro se mantém gravitando em torno da estabilidade (hora caindo, hora subindo).

S&P futuro – O resultado e o warning da Oracle provocou a subida do índice já no after de ontem (alcançou uma alta de 0,9). Como a Ásia e a Europa sobem a perspectiva se mantém positiva. Às 08:00 subia 0,4.

A Standard & Poors também rebaixou o rating de Portugal.

Os líderes europeus aprenderam com a crise de 2010. Estão muito mais atentos em conter ruídos que possam gerar instabilidade. Nesse episódio com Portugal até já sabem qual o montante necessário de ajuda (setenta e cinco bilhões de Euros). Agora só falta convencer os próprios portugueses a aceitarem a oferta.

O Fed vai imitar o ECB e fará um conference call logo após as reuniões do comitê (apenas em quatro das reuniões anuais) para explicitar o que foi decidido. A primeira já será no encontro de Abril. Será que isso não seria produtivo também para o Brasil.

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