Moedas – As reações iniciais da Europa ao terremoto não foram boas e as diversas moedas sofriam na sessão européia. Já quando os negócios abriram em NY, o comportamento foi diametralmente oposto e a tendência de recuperação não foi interrompida em nenhum momento e tanto o Euro quanto o AUD fecharam na high do dia. O movimento de melhora ganhou corpo quando circularam informações de que as autoridades européias chegaram a um consenso sobre alguns pontos que podem favorecer um entendimento mais amplo – no encontro que será realizado no próximo dia 25 - sobre questões que poderiam afastar de vez o risco de instabilidade na Zona (será?).
BRL – O aumento da incerteza em relação ao cenário internacional tem favorecido o BC/Fazenda na estratégia de impedir a apreciação do BRL. Mesmo com a alta do Euro e AUD a moeda brasileira caiu (ligeiramente). A semana passada foi a primeira em que o BC não fez leilão de swap desde que iniciou as vendas (o fato de ser uma semana muito curta pode ser a justificativa, mas para que o mercado acredite que nada se alterou deveria fazer um novo leilão logo no início desta semana).
Juros – Ao ressaltar as incertezas externas, o BC colocou no radar do mercado os movimentos de fora. Pelo segundo dia consecutivo, as circunstâncias favoreceram o alerta da autoridade e as taxas mais uma vez recuaram (no final do dia, entretanto, boa parte da queda sumiu). Os acontecimentos no Japão são mais um ingrediente no já confuso quadro internacional.
Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas caíram, mas não repercutiram (exceção do Nikkei) o terremoto no Japão porque ele ocorreu próximo do fechamento em Taiwan e em Seul (a Austrália já estava fechada). Na China, o presidente do PBoC reiterou a disposição de apertar a política monetária para segurar a inflação e as bolsas recuaram.
Europa – A bolsa de Frankfurt foi a que mais sentiu os efeitos dos problemas no Japão (as seguradoras têm peso maior no Dax). Nas outras praças, a melhora das bolsas de NY (e das moedas na sessão americana) acabou provocando a recuperação dos índices nas últimas horas de pregão.
S&P – Os investidores americanos resolveram apostar que os problemas japoneses são passageiros e que as expectativas não se deteriorarão com o terremoto. Com isso as bolsas subiram, na contramão do que aconteceu na Europa e Ásia.
Bovespa – Mesmo com o temor de medidas que possam inibir o ingresso de recursos para a compra de ações (no momento em que circulou boatos sobre quarentena para a bolsa o índice chegou a recuar 1 pct do nível que estava), a bolsa paulista resolveu seguir NY.
Commodities – Com exceção dos metais que se recuperaram, os outros segmentos pouco se alteraram no fechamento do dia e caíram. China e Japão são os principais responsáveis pelo esfriamento do mercado.
Ásia – Apesar da bolsa japonesa ter caído mais de 6 pct, as demais praças acabaram se recuperando ao longo do pregão acreditando que o Japão poderá demandar produtos de fora para a reconstrução de algumas cidades (principalmente os chamados raw materials). As bolsas da China (Shangai e HK) e da Coréia acabaram subindo. No caso das bolsas chinesas, a divulgação de um crescimento menor dos empréstimos (fato que evidencia que as medidas do governo começam a surtir efeito) agradou os investidores.
Commodities – Os preços dos diversos segmentos continuam caindo repercutindo o aumento das incertezas provocadas pelo terremoto no Japão que está levando o mercado diminuir posições especulativas.
Treasuries americanos – Apesar da instabilidade observada no dia, ao final da 6ª prevaleceu a alta das taxas (o mercado acredita que os japoneses podem vender títulos americanos para fazer face aos prejuízos com o terremoto). Hoje, cai com o recuo das bolsas e commodities.
Europa – Apesar da queda no spread dos títulos dos países europeus com problemas (em razão de evidências que os países da Zona chegaram a um consenso sobre medidas que aliviariam a pressão financeira que os periféricos enfrentam) e da conseqüente alta do Euro, as bolsas européias recuam com as incertezas provocadas pelo Japão.
S&P futuro – Caía 0,5 na sessão européia do índice.
- O crescimento dos empréstimos na China ficou abaixo do esperado e sinaliza que o governo está tendo algum êxito com as medidas tomadas para colocar um freio na economia e na inflação.
- O terremoto no Japão provocou a alta do Iene e subida nos juros americanos. As famílias japonesas podem estar repatriando suas poupanças para fazer face aos custos com o acidente (o primeiro ministro disse que os prejuízos foram significativos para o país). A política do Fed (QE2) pode estar facilitando a saída de capitais do país e prejudicando o financiamento (de longo prazo) do crescente déficit. Um dilema que não pretendia enfrentar tão cedo.
segunda-feira, 14 de março de 2011
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