Moedas – Depois dos fortes movimentos observados no final da semana passada, os mercados se comportaram de forma mais equilibrada ontem e o USD voltou à tendência de desvalorização, principalmente, em relação às moedas de emergentes (curiosamente isso não deveria acontecer já que a perspectiva da política monetária na China ainda é de contenção). O euro teve uma alta menor (0,3), mas já tinha subido forte antes (a moeda européia chegou a cair durante o dia, mas se recuperou com o call mais hawkish de alguns membros do ECB sobre a política monetária).
BRL – O dia foi de poucos negócios no futuro e no interbancário (típica 2ª preguiçosa) e a atuação do BC foi tímida (comprou 200 MM em um leilão), Com isso, o USD teve uma volatilidade menor no dia, fechando estável.
Juros – Num dia de poucos negócios (repetindo a 6ª), as taxas de juros caíram ontem desprezando o temor de que o governo venha a se valer de outras medidas que não os juros. A volta da perspectiva de alta das commodities, depois que as dúvidas em relação ao Japão e à Líbia diminuíram, foi determinante para que tal fato ocorresse.
Bolsas – Ásia – Como a situação no Japão vai voltando à normalidade e a incursão militar internacional na Líbia não enfrenta resistência, os investidores voltaram a apostar no crescimento mundial e as ações subiram nas principais praças (a bolsa de Tóquio não funcionou ontem). Na China (e na Austrália) os mercados mostraram mais cautela por causa do aperto monetário promovido pelo PBoC na 6ª.
Europa – Repercutiram com mais ênfase os acontecimentos (Líbia e Japão) e apresentaram variação significativa para cima, com destaque para a bolsa de Frankfurt que por causa das seguradoras e do Japão tinham registrado perdas maiores a semana passada.
S&P – Acompanhou novamente a alta da Europa em decorrência da bem sucedida intervenção da aliança internacional na Líbia e da diminuição das preocupações com o Japão. Apesar do comunicado da AT&T sobre a aquisição de uma empresa, o setor de Telecom caiu (o único).
Bovespa – O anúncio de que uma empresa siderúrgica faria uma oferta de ações que poderia chegar a mais de cinco bilhões de Reais fez a bolsa paulista se descolar do movimento de fora e cair ligeiramente. As ofertas (primárias e secundárias) têm drenado recursos do mercado secundário e atrapalhado o desempenho do índice.
Commodities – A reação dos mercados às notícias sobre a Líbia e Japão foi dúbia. Enquanto o petróleo subiu, as demais mercadorias recuaram (especialmente o cobre que caiu por causa da alta do compulsório na China). Os agrícolas apresentaram um maior vol e alguns itens caíram ou ficaram estáveis (açúcar, trigo e soja).
Ásia – Na volta do feriado, a bolsa de Tóquio repercutiu com força (o Nikkei subiu 4,36) a melhora da situação no país e a alta das bolsas européias e americanas do dia anterior (Líbia). Já as demais praças se limitaram a descontar a alta mais forte da Europa e NY, apesar de terem aberto com desempenho melhor arrastadas pelo Japão. Ainda há incertezas a serem superadas até que possa se confirmar a expectativa de que a reconstrução do Japão terá um efeito positivo sobre as economias da região. Quanto às moedas, a nota de destaque é a valorização da moeda chinesa (apresentou a maior cotação desde que a política de flutuação foi iniciada). O Euro, o Iene e o AUD apresentaram oscilação em torno da estabilidade na sessão asiática.
Commodities – Depois da forte recuperação de preços observada nos últimos dias, os diversos segmentos apresentam tendência de baixa para hoje (a exceção é o cobre que subia apenas 0,1).
Treasuries americanos – Visualizando que a crise na Líbia pode tomar um rumo melhor depois do ataque das forças internacionais e com o Japão dando sinais de que a vida possa retomar seu curso, os mercados antevêem a retomada do processo de crescimento e subiram as taxas de juros dos papéis públicos americanos ontem. O anúncio de que o Fed começará a vender parte dos MBS (títulos de securitização das dívidas imobiliárias) que tem em carteira (primeira vez que toma uma iniciativa nesse sentido desde a crise de 2008) ajudou a consolidar a alta. Hoje, os mercados continuam apresentando tendência de alta para os juros
Europa – As bolsas européias abriram com tendência de alta, mas o número pior de inflação em UK esfriou o mercado. Ontem, membros do ECB já tinham externado uma posição altista dos juros para a próxima reunião e o número de hoje reforça ainda mais essa perspectiva também para a Inglaterra. O Euro não sobe em resposta à perspectiva de mais juros (já subiu nos últimos dias) porque a dificuldade de Portugal aprovar medidas de mais contenção fiscal põe em dúvida os resultados da reunião que acontecerá na próxima 5ª/6ª feira.
S&P futuro – Com as bolsas de lado na Europa, será preciso esperar a abertura dos negócios em NY para ver que tendência prevalecerá (por enquanto está no zero a zero). Não há números importantes para serem divulgados aumentando as chances de que o dia seja morno.
- Alguns membros do ECB externaram viés de preocupação maior com a inflação, crescendo as indicações de alta dos juros na próxima reunião do banco daqui a duas semanas (Trichet já havia dado a mesma indicação anteriormente).
- A inflação ao consumidor voltou a surpreender em UK e coloca o BoE em uma situação ainda pior para a reunião do próximo dia sete (vai ficando difícil sustentar o discurso diante do grande desvio da inflação corrente (4,4) em relação a meta (2).
O déficit de 100 MM da balança comercial na semana passada decorreu do forte aumento nas importações (a média da semana é semelhante aos padrões observados para final de ano). O crescimento das compras não se limitou ao petróleo e derivados (o déficit do grupo não ficou muito diferente do observado na semana anterior) e se ampliou em alguns outros setores (equipamentos mecânicos, químicos).
terça-feira, 22 de março de 2011
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