A semana comprimida entre o Natal e o Ano Novo mantém a liquidez
esvaziada no globo, mas a China segue preenchendo as lacunas com novas determinações.
Hoje, o Ministério das Finanças anunciou elevação do imposto para a aquisição de carros com motores 1.6 litro ou abaixo disso. O imposto atual de 7,5% passará para 10% em 1 de janeiro, em mais uma etapa de remoção de um incentivo fiscal concedido ao setor automotivo em janeiro de 2009, quando o imposto foi reduzido para 5%. As perdas de ontem nas bolsas de
Frankfurt e Paris são substituídas por altas modestas nesta manhã, após vários mercados asiáticos fecharem em baixa, repercutindo ainda a elevação da taxa de juros na China para tentar conter as pressões inflacionárias no país. Na Bolsa da China, o Xangai Composto caiu 1,7% e completou o quinto pregão em baixa. Os futuros de Nova York tem um ganho marginal
nesta manhã que começa fria, mas sem neve em Manhattan, segundo canais de previsão do tempo. O petróleo acompanha a recuperação leve das ações e os metais estão estáveis com base em referências de preços em mercados como o da Índia, já que a London Metal Exchange, principal plataforma de negociação de commodities industriais, segue fechada hoje.
EUA divulgam dados de imóveis e confiança - Às 12 horas, será divulgado os índices S&P/Case-Shiller de preços de moradias em 20 cidades e em 10 cidades norte-americanas em outubro. Às 13 horas, a Conference Board apresenta seu índice de confiança do consumidor em dezembro e o Federal Reserve de Richmond anuncia seu índice de atividade industrial regional de dezembro. Às 19h30, o American Petroleum Institute divulga seus
estoques de petróleo bruto na semana até 24 de dezembro. No Reino Unido, as bolsas seguem sem operar, em razão do feriado.
Nuci da indústria cresce para 84,9% em dezembro - O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria com ajuste sazonal avançou em dezembro para 84,9%, após registrar 84,5% em novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu
1,6% em dezembro ante novembro. No mês passado, o índice havia registrado queda de 1,1% em relação a outubro. Às 11h, o coordenador técnico do Ibre, Jorge Braga, apresentará os resultados em entrevista coletiva, em São Paulo.
Tesouro divulga resultado do Governo Central às 15h - A Secretaria do Tesouro Nacional divulga, às 15 horas, o relatório do Tesouro Nacional, que traz o resultado primário do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) referente ao mês de novembro. Às 15h30, o secretário Arno Augustin comenta o resultado. Economistas ouvidos pelo AE Projeções estimam um resultado primário entre um déficit de R$ 5,000 bilhões e um superávit de R$ 4,900 bilhões, com mediana de +R$ 2,350 bilhões.
Recompra leve nas ações - Em condições de baixa liquidez e sem notícias de impacto amplo, a Bolsa de Paris subia 0,31% e a de Frankfurt, 0,17%, em uma tentativa de superação do clima negativo gerado pela decisão da China de elevar as taxas básicas de juros em pleno dia de Natal. Entre os futuros de Nova York, o S&P 500 subia 0,19% e o Nasdaq 100 futuro,
0,01%, às 8h23. Petróleo tem recomposição de preços - O contrato do petróleo para fevereiro subia 0,13%, a US$91,12 por barril, recuperando parte da queda de 0,55% do dia anterior, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Revisão em baixa do PIB francês - A economia francesa cresceu 0,3% no trimestre entre junho e setembro, ante o trimestre imediatamente anterior, segundo dados revisados divulgados hoje pela Insee. O desempenho é mais fraco do que o dado original, que havia apontado expansão de 0,4% na margem.
Aperto monetário chinês continua pesando na Ásia - A Bolsa da China fechou em baixa pelo quinto dia consecutivo, em razão da persistente preocupação sobre as medidas para combate à inflação. O índice referencial Xangai Composto recuou 1,7%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1%, na primeira sessão após a elevação da taxa básica de juros na China no dia 25. Em
Tóquio, o Nikkei perdeu 0,6%, com as vendas em exportadoras como a Canon e Advantest influenciando na queda do índice.
Índia amplia provisionamento em financiamento imobiliário - O Banco Nacional de Habitação da Índia, principal agência de regulação e fomento de financiamentos imobiliário do país, pediu para que as companhias que atuam no segmento de crédito imobiliário façam um provisionamento geral de 0,4% sobre os empréstimos para aquisição de casa própria e aumentem a reserva de capital para empréstimos hipotecários de difícil recuperação.
Perdas do caos aéreo - Os números das perdas provocadas pelas recentes nevascas no Hemisfério Norte começam a sair. Os problemas gerados pela neve devem ter custado à operadora de aeroportos BAA uma perda de pelo menos 40 milhões de libras esterlinas (US$ 61,69 milhões), de acordo com o Financial Times, que cita fontes familiares ao assunto. O valor é calculado com base no prejuízo de 40 milhões de libras com o fechamento dos
aeroportos por seis dias por causa da nuvem de fumaça da erupção de um vulcão no início do ano.
Efeito China afetou Bolsas e Bovespa perdeu os 68 mil pontos
Em meio a liquidez reduzida, Ibovespa caiu 1% - A semana derradeira de 2010 começou pautada pela liquidez reduzida e pela repercussão do anúncio de alta de juros na China, no sábado. Entre os mercados, a informação do novo aperto monetário teve efeito mais nítido nas ações, especialmente das exportadoras de commodities, que fecharam em baixa, refletindo a percepção de que o consumo do país pode esfriar, o que afetaria a balança
comercial de vários de seus parceiros. O Dow Jones recuou 0,16%, aos 11.555,03 pontos, o S&P subiu 0,06%, para 1.257,54 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,03%, para 2.667,27 pontos. A Bovespa, castigada pelas perdas de Vale e siderúrgicas, perdeu o patamar dos 68 mil pontos e encerrou na mínima da sessão, aos 67.803,16 pontos.
Dólar cravou o sexto dia seguido de queda - A moeda norte-americana cedeu 0,06%, encerrando abaixo de R$ 1,69 (R$ 1,689), em meio a um giro fraco de negócios. O pronto da BM&F encerrou a sessão cotado a R$ 1,6903 (-0,27%). O giro financeiro total registrado na clearing da BM&F somou US$ 2,605 bilhões, com US$ 1,887 bilhão em D+2.
Juros futuros tiveram oscilações discretas - As taxas longas apontaram leve alta, enquanto as demais ficaram perto dos ajustes anteriores. O DI janeiro de 2012 (78.725 contratos) marcava 12,14%, ante ajuste de 12,15% do dia 23 de dezembro. O DI julho de 2011 (41.965 contratos)
projetava 11,63%, de 11,64% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2013 (43.805 contratos) fechou a 12,41% e o DI janeiro de 2017 (6.785 contratos) sinalizava 12,05%%, de 12,40% e 12,02%, respectivamente, no ajuste da quinta-feira.
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