Em uma sexta-feira (10) instável nos mercados, por conta dos bons indicadores econômicos norte-americanos e do novo aperto monetário na China, os principais índices acionários europeus terminaram o dia com sinais opostos, apresentando variações bem tímidas. Dentre os destaques do pregão, montadoras apareceram entre as maiores altas, corrigindo as fortes perdas acumuladas na semana.
O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou leve alta de 0,09% e atingiu 5.813 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, recuou 0,02%, para 3.857 pontos. O DAX 30, de Frankfurt, apresentou alta de 0,60%, atingindo 7.006 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, e o SMI, de Zurique, fecharam com quedas de 0,23% e 0,28%, respectivamente.
Apesar do dia instável, todos esses índices fecharam a semana com valorização, com destaque para o CAC 40, que relatou ganhos de 2,85% - as variações dos outros índices ficaram entre 0,8% e 1,8%.
DAX 30 +0,60
FTSE 100 +0,09
CAC 40 -0,02
SMI -0,28
FTSE MIB -0,23
Uma compilação feita pela Bloomberg mostra que os analistas de mercado esperam um 2011 positivo para as bolsas europeias. Segundo a agência de notícias, a média das 13 projeções colhidas aponta que os mercados do continente deverão relatar ganhos de 12% no final do próximo ano. Os especialistas sustentas suas expectativas no crescimento dos lucros corporativos e nas taxas de juro em níveis historicamente baixos, que deverão se sobrepor aos problemas de âmbito fiscal presente em algumas economias da região.
Destaques corporativos
As ações das montadoras figuraram entre as maiores altas do dia, corrigindo as fortes perdas acumuladas na semana por conta dos cortes de incentivos para compra de carros de passeio anunciados na China para o ano que vem. Em Frankfurt, BMW e Volkswagen tiveram as maiores valorizações no DAX 30, com ganhos de 4,23% e 4,2%, respectivamente. Já em Paris, a fabricante de pneus Michelin, diretamente relacionada ao mercado automobilístico, teve a segunda maior alta do CAC 40 (+2,3%).
Já os bancos, que tiveram uma quinta-feira (9) de valorização após o BoE (Bank of England) anunciar a manutenção do programa de compra de ativos, não tiveram uma tendência definida. Em Londres, as ações de Royal Bank of Scotland (-1,47%) Barclays (-1,38%) fecharam no vermelho, enquanto em Frankfurt os papéis do Deutsche Bank subiram 0,77%.
EUA e China
Referências da agenda econômica norte-americana trouxeram bons ares aos mercados na última sessão da semana. Por lá, o déficit comercial registrou queda de 13% em outubro, enquanto os preços de importação subiram 1,3% em novembro, reduzindo as preocupações deflacionárias. Por fim, a confiança do consumidor subiu para 74,2 pontos em dezembro, superando as expectativas dos analistas.
Já na China, as referências não foram tão bem recebidas pelos investidores. Em meio às especulações de alta da taxa de juro já no final desta semana, o banco central chinês elevou o compulsório em 0,5 ponto percentual, o terceiro aumento em um mês. A expectativa é de que a medida reduza o montante disponível para empréstimos nos bancos, diminuindo a geração de crédito no país. Ainda por lá, o saldo da balança comercial caiu para US$ 22,9 bilhões em novembro.
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