A maioria dos mercados asiáticos fechou em queda nesta sexta-feira. Os temores sobre a adoção de medidas de aperto monetário na China, durante o fim de semana, dominaram o sentimento dos investidores. Não houve negociações na Tailândia por ser feriado.
A Bolsa de Hong Kong fechou estável, com os fortes números econômicos da China ofuscados pelo declínio nas ações de companhias imobiliárias chinesas, por conta dos temores de que Pequim irá adotar medidas restritivas. O índice Hang Seng caiu apenas 8,9 pontos, ou 0,04%, e terminou aos 23.162,91 pontos - na semana, o índice teve perda de 0,7%.
China Overseas Land recuou 1,2% e China Resources Land teve queda de 0,7%.
Já as Bolsas da China apresentaram alta, impulsionadas pela demanda por ações de mineradoras e empresas de telecomunicações, após o anúncio de números recordes de importações e exportações em novembro. O índice Xangai Composto subiu 1,1% e terminou aos 2.841,04 pontos - o índice manteve-se estável na semana. O índice Shenzhen Composto ganhou 1,4% e encerrou aos 1.298,25 pontos. China Nonferrous Metal Industry's Foreign
Engineering & Construction atingiu a alta limite diária de 10% e Western Mining adicionou 6,1%. China United Network Communications avançou 3,4%.
O yuan caiu levemente ante o dólar por causa da demanda pela moeda norte-americana por clientes de bancos. Mas uma inesperada baixa na taxa de paridade central dólar/yuan e fortes números de exportações de novembro criaram expectativa de apreciação da moeda chinesa e limitaram os ganhos do dólar. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,6556 yuans,
de 6,6550 yuans do fechamento de quinta-feira. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,6604 yuans, de 6,6654 yuans ontem.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipei apresentou queda. O setor de construção liderou as perdas, com preocupações de que o governo poderá adotar medidas para esfriar o mercado imobiliário. O índice Taiwan Weighted caiu 0,4% e encerrou aos 8.718,83 pontos. Kindom Construction baixou 4,4% e Huang Hsiang Construction desabou 6,1%. O segmento financeiro sofreu com a realização de lucros. First Financial perdeu 1,1%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou praticamente estável, dividido entre o avanço das ações do setor de tecnologia e a queda dos papéis da Hyundai Motor e de suas subsidiárias. As companhias tecnológicas continuam se beneficiando das expectativas em
relação às vendas de final de ano, enquanto a Hyundai e suas afiliadas caíram depois que a companhia intensificou a batalha para adquirir o controle da Hyundai Engineering & Construction, numa operação que pode custar caro, segundo a avaliação do mercado. O Kospi recuou 0,1% e fechou aos 1.986,14 pontos. Samsung Electronics subiu 0,2% e Hynix Semiconductor avançou 1,5%. Hyundai Motor perdeu 4,1%.
Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney também oscilou numa faixa estreita, com alta no setor financeiro e queda nas empresas de matérias-primas, em meio à espera pelos dados econômicos e possível aumento de juros da China. O índice ganhou 0,10% e fechou aos 4.745,94 pontos. Entre as mineradoras, Rio Tinto baixou 0,7%.
Nas Filipinas, as realizações de lucros derrubaram o índice PSE da Bolsa de Manila, que perdeu 1,8% e fechou aos 4.135,75 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve baixa, seguindo os outros mercados regionais e com os investidores realizando lucros de ganhos feitos na semana. O índice Straits Times cedeu 0,8% e fechou aos 3.185,42 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 1,0% e fechou aos 3.747,71 pontos, uma vez que os fundos institucionais realizaram lucros depois de recente rali. "A desvalorização da rupia e as perdas na maioria das bolsas da Ásia levaram os investidores a fazer caixa na véspera do fim de semana", disse um trader.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve baixa de 0,9% e fechou aos 1.507,28 pontos, seguindo as perdas na maioria dos mercados regionais e com preocupações de alta de juros na China