segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CÂMBIO

Os negócios no mercado de câmbio seguem em ritmo lento e as oscilações até o momento são mínimas, com o dólar girando ao redor da estabilidade ante as demais moedas. A principal notícia para o mercado veio de sábado, com a decisão da China em elevar suas taxas de juros em 0,25 ponto porcentual. No entanto, isso não foi o suficiente para dar força aos negócios.
Às 14h02, o dólar balcão era cotado a R$ 1,692, com leve alta de 0,12%, interrompendo, até agora, uma sequência de cinco quedas. Na mínima, a moeda norte-americana caiu 0,06%, a R$ 1,689. Na máxima, o dólar foi a R$ 1,693 (+0,18%). No mesmo horário, o pronto da BM&F estava em R$ 1,6925 (-0,14%). O dólar para janeiro valia R$ 1,692, com pequeno recuo de 0,12%.
"A flutuação de hoje é mínima e acho difícil o dólar oscilar com mais força neste ano. Além disso, a liquidez deve seguir baixa", afirma um especialista. O volume total de dólares registrado na clearing da BM&F até às 14h04, estava em cerca de US$ 1,609 bilhão.
A decisão chinesa de elevar os juros em pleno dia de Natal foi mais uma ação das autoridades com o objetivo de conter a crescente inflação e controlar os empréstimos bancários. Em novembro, a inflação na China atingiu 5,1%, o maior nível em mais de dois anos. A elevação dos juros ocorre a despeito dos seis aumentos do compulsório bancário neste ano. As taxas para concessão de empréstimo de 5,81% e para depósito de 2,75%
entraram em vigor ontem. Segundo um analista, a alta dos juros na China serviu apenas "como aviso de que podem ocorrer novas altas no próximo ano".
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve de Dallas divulgou que o índice de atividade industrial da região do Texas caiu para 12,8 em dezembro, de 16,2 no mês anterior. O índice de produção industrial também caiu para 12,8, de 13,1 em novembro. Apesar do declínio dos índices, tanto a atividade quanto a produção continuaram crescendo, já que leituras
superiores a zero indicam expansão.
Às 15 horas, será a vez de o Federal Reserve de Chicago anunciar seu índice de atividade industrial do Meio-Oeste em novembro. "Os dados que têm saído até agora não tiveram força para mexer com o mercado. Por isso, o mercado deve continuar parado", afirma um operador.
Sem indicadores de impacto na Europa, os investidores continuam de olho na situação fiscal dos países da região. Às 14h05, o euro valia US$ 1,3156, em alta ante o patamar de US$ 1,3117 do fim da quinta-feira em Nova York.
Internamente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que o superávit de US$ 3,950 bilhões na balança comercial brasileira no acumulado de dezembro, até a quarta semana, já é o maior resultado mensal do ano. Até agora, o maior superávit para um único mês foi registrado em maio, quando a balança comercial apresentou saldo positivo de US$ 3,448 bilhões. No acumulado do ano, a balança
comercial registra um saldo positivo de US$ 18,860 bilhões, com importações de US$ 179,139 bilhões e exportações de US$ 197,999 bilhões, batendo a meta de US$ 195 bilhões fixada pelo governo para 2010.

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