segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MERCADOS INTERNACIONAIS

A decisão da China de elevar a taxa de juros no sábado determinou o rumo dos negócios nesta segunda-feira. As bolsas da Europa e dos Estados Unidos operaram em queda, enquanto o euro subiu em relação ao dólar e ao iene. No mercado de commodities, o cobre operava perto da estabilidade e o petróleo recuava com os temores de que a alta dos juros na China possa reduzir a demanda energética do país.
O Banco do Povo da China (PBOC) anunciou elevação das taxas de juros pela segunda vez em dois meses, indicando que as autoridades chineses estão determinadas a combater a inflação. As taxas de depósito e de empréstimo foram elevadas em 0,25 ponto porcentual. A decisão foi tomada apesar do aumento na entrada de recursos no país por investidores que buscam melhor remuneração à oferecida pelos EUA e pelo Japão, onde o juro está
extremamente baixo.
Nos EUA, as ações das produtoras de matérias-primas recuaram com as preocupações de que a demanda chinesa poderá esfriar. Às 14h (de Brasília), CF Industries Holdings caía 1,42%, Titanium Metals cedia 2,33% e AK Steel Holding perdia 1,20%.
Os papéis das companhias aéreas também operaram no vermelho, em razão das
tempestades de inverno que prejudicaram severamente as viagens no país. US Airways Group recuava 0,10% no horário citado acima, United Continental Holdings perdia 0,34% e Jet Blue caía 0,30%.
As operadoras da Bolsa de Nova York (Nyse) e da Nasdaq enviaram alertas aos clientes afirmando que eles devem esperar que o mercado opere em seus horários normais, apesar das fortes nevascas que atingem a Costa Leste dos EUA.
No noticiário macroeconômico, os mercados apresentaram pouca reação à divulgação do índice de atividade industrial da região do Texas, que caiu para 12,8 em dezembro, de 16,2 no mês anterior, de acordo com dados do Federal Reserve de Dallas. O índice de produção industrial também recuou para 12,8, de 13,1 em novembro. Apesar do declínio dos índices,
tanto a atividade quanto a produção continuaram crescendo, já que leituras superiores a zero indicam expansão.
Às 14h05 (de Brasília), Dow Jones recuava 0,27%; Nasdaq cedia 0,52%; S&P 500 caía 0,18%.
Na Europa, os mercados acionários também operaram em queda, afetados pela alta dos juros na China, que desencadeou temores sobre o crescimento global, e por uma realização de lucros após o rali observado na semana passada. A Bolsa de Londres não abriu em razão do feriado do Boxing Day, celebrado um dia após o Natal. No horário citado acima, a Bolsa
de Frankfurt recuava 1,15%, a de Paris cedia 0,94%.
No mercado de câmbio, o euro avançou em relação ao dólar e ao iene, beneficiado pela melhora do apetite por risco na Ásia, com os traders de câmbio ignorando as preocupações sobre o aumento dos juros na China.
"O mercado minimizou a alta dos juros na China porque era esperado que isso acontecesse em algum momento antes do final do ano", disse Omer Esiner, analista de mercado da Commonwealth Foreign Exchange. Segundo ele, o momento foi um pouco surpreendente, o que causou uma breve queda nos preços de ativos mais arriscados. Mas, depois de uma breve reação inicial ao aumento da taxa, os traders impulsionaram o euro levemente para
cima.
Normalmente, um aumento da taxa na China teria levado os traders a buscarem
investimentos em moedas consideradas mais seguras, como o dólar, visto que a decisão seria considerada como um sinal de uma potencial desaceleração de uma das economias que mais cresce no mundo.
Às 14h05 (de Brasília), o euro operava em US$ 1,3154, de US$ 1,3117 no fim da tarde de quinta-feira. A moeda também era cotada em 109,01 ienes, de 108,65 ienes. O dólar estava em 82,88 ienes, de 82,96 ienes. A libra operava em US$ 1,5387, de US$ 1,5444.
Entre as commodities, o cobre apresentava desempenho estável, com a elevação dos juros na China sendo contrabalançada pelo enfraquecimento do dólar. Às 13h47 (de Brasília), o contrato do cobre com entrega em março subia 0,52% na Comex, divisão da New York Mercantile Exchange (Nymex), para US$ 4,2805 a libra-peso no pregão eletrônico.
O CME Group informou que adiou o início das operações no pregão viva-voz da Nymex e da Comex para as 14h (de Brasília) por causa das nevascas nos EUA. O pregão viva-voz da Nymex e da Comex geralmente começa às 11h30 (de Brasília).
O petróleo operava em queda em Nova York, abaixo dos US$ 91 o barril, após ter atingido as máximas em dois anos na semana passada. Às 14h10 (de Brasília), o contrato do petróleo com entrega para fevereiro recuava 0,70% no pregão eletrônico da Nymex, para US$ 90,87 o barril. Em Londres, os contratos do petróleo Brent para fevereiro caíam 0,27% no pregão eletrônico da Intercontinental Exchange (ICE), para US$ 93,54 por barril.
No mercado de Treasuries, os preços recuaram (com a respectiva alta dos juros). No horário citado acima, o juro do T-note de 2 anos subia para 0,72540%, o do T-note de 10 anos avançava a 3,41230% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,49025%.

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