Moedas – O euro definiu a trajetória de baixa do dia desde a abertura da sessão européia (pressão sobre um banco da Zona para que ajuste seus problemas financeiros triggou a piora – o único dado divulgado no dia também não ajudou). A melhora observada na sessão americana não foi suficiente para alterar a tendência e a moeda fechou em queda de 0,5.
BRL – O recuo do Euro e a volta do BC à prática do leilão a termo fizeram o USD subir ligeiramente. Há que se registrar, entretanto, que a liquidez dos negócios foi baixa (no futuro e no interbancário). Mesmo assim o BC comprou 500/600 MM nos dois leilões tradicionais.
Juros – A piora na expectativa de inflação (seja por causa do Focus ou da continuidade na alta das commodities agrícolas – trigo e café) e a facilidade de operar na venda com o Tesouro ratificando nos leilões semanais a elevação que o mercado promove nas taxas, fizeram os juros subirem novamente.
Bolsas – Ásia – Os dados de comércio exterior de Janeiro na China reforçaram a expectativa de recuperação no crescimento mundial (corrente de comércio maior) e mais a alta das bolsas de NY e Europa na 6ª (por conta da renúncia de Mubarak) fizeram as bolsas asiáticas fechar na high do dia. Os destaques foram as bolsas de Shanghai e os Basic Materials.
Europa – As bolsas européias tiveram comportamento mais tímido não embarcando na euforia asiática com os dados chineses. Esperaram pela abertura de NY que não empolgou já que não houve a divulgação de nenhum dado econômico ou corporativo relevante.
S&P – A Europa ficou esperando NY e NY ficou olhando a Europa e como nenhum dos investidores destas praças se decidiu as bolsas fecharam próximas do zero a zero. A ligeira alta decorreu da subida no preço das ações das petroleiras por causa da elevação dos preços em Londres.
Bovespa – A indefinição de fora não impediu a bolsa paulista de descontar as perdas relativas que vêem tendo há mais de dois meses. O mercado deu sinal de estar realizando os lucros da aposta de baixa.
Commodities – Mesmo com a questão egípcia encaminhada, o petróleo subiu em Londres por causa dos dados de importações chinesas maiores. O fator China também provocou altas nos metais, mas nos agrícolas o comportamento foi misto com fortes quedas no açúcar e milho e alta suave no trigo.
Ásia – O foco das atenções era a divulgação da inflação na China. Apesar dos 4,9 (contra 5,4 esperados) e uma reação inicial positiva, os mercados foram perdendo ímpeto depois que foi informado que o número menor decorreu de mudança no peso dos diversos componentes e que implicou na redução da importância dos alimentos (itens que sobem muito forte). Como não foi afastada a hipótese de mais restrições, as bolsas de HK, Sidney e Seul fecharam em baixa. O Nikkei ainda terminou com alta por causa do call positivo que o BoJ fez da economia em sua reunião mensal. Já a bolsa de Taiwan subiu mesmo com a saída de investidores estrangeiros (que levou o Taiwan Dollar a perder valor) porque no dia anterior tinha apresentado alta mais tímida. O USD teve tendência de queda na sessão asiática.
Commodities – Como nada de conclusivo deu para tirar do número de inflação divulgado na China, as commodities operam sem um rumo definido. O Brent prossegue em alta, os metais apresentam comportamento misto (cobre cai e níquel sobe) e os agrícolas voltam a recuar.
Treasuries americanos – Os mercados ficaram de lado nos US e na Europa e em decorrência os juros fecharam em baixa ontem. Se o anúncio de que o governo pretende cortar o déficit nos próximos dez anos poderia fazer as taxas caírem, por outro a estimativa de maior déficit este ano teve impacto inverso. Hoje, os juros voltam a subir ligeiramente.
Europa – Assim como na Ásia a expectativa era pela inflação na China, na Europa os números de UK (inflação) e Alemanha/Zona do Euro (PIB) também eram aguardados com certa apreensão. Os mercados ficaram de lado (assim como já tinha sido no dia anterior) até a divulgação dos primeiros indicadores e permaneceram do mesmo jeito já que nada surpreendeu. Há que se ressaltar que os 4 pct de inflação em UK coloca o BoE em situação complicada porque necessita cumprir um mandato que conflita com a situação fraca da economia. Se as bolsas apresentam pouca oscilação, as moedas não se comportam diferente na sessão asiática.
S&P futuro – O mercado demonstra querer repetir hoje o que ocorreu ontem (um mercado esperando pelo outro). A Europa espera os dados americanos e a abertura de NY para definir seu rumo. Com isso, o índice recua 0,1 na sessão européia.
- A inflação ao consumidor e no atacado na China ficaram em 4,9 e 6,6. O mercado esperava um IPC maior, mas a mudança de pesos promovida no índice – com a queda da importância dos alimentos – fez o índice ter alta menor.
A continuidade da distorção no grupo de petróleo e derivados – o resultado semanal normalmente é negativo e veio positivo – produziu mais um superávit (de 548 MM) na semana passada. Nos demais itens não ocorreram eventos que mudassem a tendência já observada
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
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