sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mercados

Moedas – A expectativa de elevação dos juros (pelo ECB e BoE) continuou favorecendo a alta do Euro ontem. O AUD também subiu com as bolsas da China indicando que o medo de mais aperto diminuiu. Na mesma direção foi o Iene, mas isso traz incômodo ao país e deve gerar reclamações contra o movimento (no limite pode haver a ameaça de intervenção).

BRL – A moeda brasileira apresentou ganho razoável ontem, em linha com o que ocorreu com o Euro e o AUD. A indicação de alta mais forte dos juros (atraindo mais capital), evidenciada pelos DIs futuros, e um possível fluxo positivo no dia (extrapolado de um volume forte no interbancário e de uma compra de 900 MM pelo BC) respaldaram o movimento. A questão a ser respondida hoje é se o BC vem com o swap ou não depois da queda.

Juros – Uma matéria de jornal noticiou que o governo pode estar considerando uma alta maior da Selic no começo de Março para conter a deterioração das expectativas com a inflação. Apesar da maioria dos economistas acreditarem na alta de 0,50, os DIs futuros passaram ontem a precificar uma alta de 0,75 como mais provável. Os curtos tiveram forte elevação e os mais longos caíram (juros maiores no início sugere que sejam menores na ponta).

Bolsas – Ásia – Repercutiram a queda das bolsas européias e de NY no dia anterior. A bolsa de Tóquio recuou mais por conta da apreciação indesejada do Iene e a bolsa de Shanghai pelo segundo dia consecutivo subiu já que a crise acalmou a preocupação com as commodities e a alta do petróleo tem efeito contracionista na economia mundial.

Europa – As bolsas européias abriram com queda acentuada por causa da alta do petróleo na bolsa de Londres, mas foram se recuperando ao longo do dia com a cotação do Brent recuando das máximas do dia. Ajudadas por NY fecharam com quedas menores, principalmente o FTSE.

S&P – Apesar da instabilidade do dia, as bolsas de NY se recuperaram das perdas iniciais e fecharam praticamente estáveis. O recuo no preço do petróleo fez as ações de energia devolverem os ganhos do dia anterior.

Bovespa – Acompanhou as oscilações de fora, repetindo a queda observada nas ações de companhias de petróleo. Fechou em alta apesar da perspectiva de subida dos juros (há alguns dias o tema fazia a bolsa cair)

Commodities – O petróleo acabou fechando em queda (mencionou-se que os US poderiam utilizar os estoques de segurança em caso de ruptura da oferta) e isso fez os metais se recuperarem das perdas iniciais. Já os agrícolas apresentaram baixas.

Ásia – As bolsas asiáticas abriram os negócios repercutindo a queda do preço do petróleo no dia anterior. A alta, entretanto, era tímida, mas a partir da notícia de que a inflação de Fevereiro na China seria menor (implicando menor aperto) ganharam tração e subiram com mais ímpeto. A maior alta foi observada em HK e no Japão também houve ganho, apesar da valorização do Iene. O Euro e o AUD continuaram subindo na sessão asiática, depois faz fortes altas do dia anterior nas sessões européia e americana.

Commodities – Com um comportamento mais estável do que na abertura de ontem, o petróleo sobe ligeiramente em Londres. A calma no mercado de petróleo e a menor inflação na China puxam o cobre. Os agrícolas (com muita volatilidade) hora sobem hora descem no dia.

Treasuries americanos – A melhora de vários mercados e o leilão de papéis de 7 anos não foram suficientes para fazer as taxas subirem ontem. Hoje, sobem ligeiramente com a melhora dos outros mercados.

Europa – As bolsas na Europa também estão em alta, influenciadas pelo petróleo e China. O registro negativo é a parada na LSE por problemas nos sistemas. Como Londres é o principal centro financeiro da Europa, atrapalha os negócios em outras praças. O Euro perde valor por causa do PIB menor em UK limitando a perspectiva de alta dos juros.

S&P futuro – Subia 0,5 (às 08:00) mesmo com Londres parada

O resultado de Janeiro do Governo Central não trouxe pistas sobre os cortes pretendidos pelo governo (Mantega disse que era para esperar os números, mas nada ficou evidenciado). Apesar da melhora mensal (a arrecadação do mês é normalmente maior), os números mostraram que as despesas ainda crescem em ritmo forte e acima do ganho de receitas. Em fevereiro, as entradas normalmente são menores e poderá ser aferido se houve alguma mudança no dispêndio. Hoje será divulgado os números do BC (incluindo estatais, estados e municípios) e se espera que as outras esferas de governo contribuam positivamente para as contas públicas.

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