quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mercados

Moedas – O Euro e o AUD penderam para a queda quando o BoE explicitou que não aumentará a taxa de juros por causa da inflação maior (refrescando na mente dos traders que a postura do ECB é a mesma). A partir dos dados americanos piores de produção industrial o movimento se reverteu e as moedas ganharam valor. O AUD também teve ao seu favor o fato do mercado não acreditar na fala do presidente do RBA de que não aumentará os juros.

BRL – A moeda brasileira seguiu apenas uma perna do movimento pendular das moedas no mercado internacional. O BRL abriu em alta, mas quando o Euro e o AUD viraram, passando a cair, a moeda foi para o terreno negativo. Quando houve a melhora lá fora o mercado aqui não acompanhou a alta com a mesma intensidade.

Juros – Os dados de inflação mais baixos (o esvaziamento dos efeitos das variações de escolas, ônibus e alimentos não está sendo substituído por fatores altistas tão relevantes – o cigarro subiu, mas não é páreo), levaram o mercado a fechar as taxas dos futuros mais uma vez. O IBC-BR veio dentro do que o mercado estima tenha sido o crescimento do último trimestre de 2010. Outro fator de influência para a queda foi a votação do salário mínimo já que o ruído político diminuiu muito no decorrer do dia (fato que se confirmou mais tarde com uma ampla vitória do governo na Câmara).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas apresentaram comportamento misto ontem. Influenciadas por questões corporativas e técnicas (não foram divulgados dados relevantes) algumas bolsas subiram (na China e no Japão) e outras caíram (Austrália, Coréia e Taiwan).

Europa – A clareza de posicionamento do BoE sobre os juros (não vão ser elevados por causa da inflação) fez as bolsas européias subirem. Na Alemanha, o Dax apresentou alta menor no dia em que Merkel apontou seu assessor econômico como futuro presidente do Bundesbank.

S&P – Com o discurso de juros estáveis na Europa e crescimento maior nos US (na ata do FOMC) as bolsa americanas voltaram a subir.

Bovespa – Vários países têm feito restrição ao aumento de juros acreditando que a inflação irá arrefecer no futuro. No Brasil, a inflação menor observada nos índices divulgados ontem que fez os juros recuar ajudou a diminuir o temor com o futuro e as bolsas descontaram as quedas maiores do passado com muita facilidade. As chamadas ações cíclicas recuperaram o terreno perdido e foram destaque de alta.

Commodities – O petróleo fechou em alta com o alerta de Israel sobre navios do Irã. Os metais que tinham aberto em alta viraram e caíram no decorrer do dia (o cobre abriu em baixa a aprofundou a queda) e os agrícolas tiveram o comportamento mais instável das commodities. Abriram em alta, chegaram a recuar forte e fecharam próximo do zero a zero com a expectativa de um PIB maior nos US.


Ásia – Como as economias asiáticas estão mais aquecidas que os US ou Europa, a pressão por alta de juros que americanos e europeus evitam é maior. Essa disparidade fica refletida no comportamento das ações. As bolsas asiáticas não embarcaram no otimismo das bolsas ocidentais ontem (porque a melhora trigga a possibilidade de elevação dos juros). A bolsa de HK apresentou o melhor desempenho da região que subiu no final do pregão por causa das ações de bancos (expectativa positiva em relação ao resultado de um dos principais). Também houve reflexo da disparidade mencionada nas moedas que se movimentaram de forma apática na sessão asiática.

Commodities – Os metais continuam caindo, o petróleo recua depois de alta fundamentada apenas num alerta e os agrícolas seguem em sua vol (a mais alta entre as commodities) e sobem ligeiramente.

Treasuries americanos – A projeção do Fed de um crescimento maior ajudou a consolidar a alta dos juros ontem. Hoje, eles recuam (como entender? – a perspectiva de crescimento é o não pra valer?)

Europa – Sem muita novidade (corporativa ou econômica), as bolsas gravitam em torno zero (hora para cima hora para baixo) depois das fortes altas dos últimos dias. As moedas (Euro, AUD, Iene) prosseguem de lado também.

S&P futuro – Numa sessão européia meio apática, caía 0,2 às 08:05.

O fluxo cambial da semana passada ficou positivo 2,6 bi, mas o BC enxugou quase integralmente o fluxo. Só deixou sobrar dólares no mercado no dia em que fez a venda de swap reverso (o dólar subiu naquele dia), numa clara intenção de retirar o efeito da entrada com derivativo e deixar que os bancos reduzissem a posição vendida no spot (dentro do objetivo de fazer com que eles ajustem o saldo para os 10 bi pretendidos).

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