Depois de abrir em queda o Ibovespa, principal índice da BM&FBOVESPA, acelerou as perdas e há pouco caía 1,71% a 65.625 pontos, enquanto o futuro, com vencimento em fevereiro, recuava 1,72% a 65.685 pontos. O volume de negócios chegava, há pouco, a R$ 2,6 bilhões.
Há um impacto do mercado externo nesse cenário, mas o principal motivo da queda do índice está no temor de medidas macroeconômicas por parte do Banco Central que limitem o investimento estrangeiro no País.
O economista-chefe da Sul América, Newton Rosa, acredita que o indicador
para a taxa de desemprego, divulgado nos Estados Unidos, teve um papel na queda do Ibovespa, embora os índices americanos comecem a subir. "Era o driver da semana e como veio frustrante acabou afetando o resultado de hoje", diz.
Em janeiro, segundo a Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, a taxa
de desemprego do País teve queda de 9%. Além disso, foram criados 36 mil
postos de trabalho na economia norte-americana (sem contar os empregos na área rural), depois da abertura de 121 mil vagas em dezembro (dado revisado).
Analistas projetavam a criação de 148 mil vagas após os dados
inicialmente reportados para dezembro terem mostrado a abertura de 103 mil
postos de trabalho. A estimativa para a taxa de desemprego era de que subisse para 9,5% em janeiro.
Alem do impacto do indicador norte-americano,o índice da bolsa brasileiro está caindo muito mais do que os índices norte-americanos, o que leva a crer que há um fator interno também pressionando o Ibovespa.
"Há aqui o medo de o governo tributar o dinheiro do estrangeiro na Bolsa.
Enquanto o governo não se manifestar quanto a isso, ainda teremos esse
cenário".
Outro aspecto que continua pressionando as perdas do Ibovespa é a
expectativa de que o governo continue aumentando o juros para conter o consumo.
Isso está afetando principalmente o setor de consumo e construção que tinham, há pouco, desvalorização em quase todos os papéis.
No setor de consumo, a maior perda vinha das ações ordinárias da Marfrig
(MRFG3) que desvalorizavam 3,12% a R$ 13,35 e no setor de construção das
ordinárias da MRV (MRVE3) que tinha perdas de 5,05% a R$ 13,72 e também eram a maior queda do Ibovespa.
No cenário de notícias corporativas, o grupo Fleury adquiriu 100% das
cotas da empresa Diagnoson Ultrasonografia e Densitometria Óssea S/S Ltda por um total de R$ 53,2 milhões. Além disso, o grupo assumirá uma dívida de R$ 2,9 milhões referentes a investimentos colocados em operação após o período de levantamento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado.
Os sócios permanecerão na operação e poderão receber valor adicional de
até R$ 8,0 milhões condicionado ao alcance de metas de receita líquida e
margem operacional no período entre 2011 a 2013. Consequentemente, o valor
adicional poderá alcançar até 0,7 vezes o Ebitda previsto.
Ainda, em audioconfêrencia com analistas, Washington Cristiano Kato, diretor econômico-financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil informou hoje que a empresa bateu recorde na operação de contêneires nos terminais portuários. Durante o ano passado, a companhia movimentou 938.924 contêineres em todos os terminais, um aumento de 30,2%em comparação ao ano de 2009.
O aumento nas importações foi o principal propulsor do movimento. "No
quarto trimestre, as importações representaram 53% das operações de longo
curso nos nossos terminais. Elas foram o driver do crescimento em 2010",
explicou.
No setor de energia, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão declarou
nesta manhã que uma falha no sistema de proteção da subestação de São Luiz
Gonzaga (PE) foi a provável causa do apagão que atingiu sete estados do
Nordeste na madrugada desta sexta-feira. De acordo com o ministro, não é
possível determinar, porém, se esta é realmente a causa do desligamento de
energia que atingiu a região.
Segundo o ministro a falha no sistema ocorreu por volta de 00h08, quando
ocorreu o desligamento da subestação de São Luiz Gonzaga. Com a tentativa de religamento manual da subestação o sistema entendeu o ato como uma
anormalidade e desligou automaticamente uma série de subestações, o que
provocou o apagão. "Na tentativa de religar o sistema da subestação de São
Luiz Gonzaga o sistema todo se autodesligou", explicou Lobão.
Antes do apagão, informou o ministro, a região recebia uma carga de
aproximadamente 8.800 megawatts, no pico do apagão a transmissão caiu para
cerca de 800 MW.
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