Moedas – Como os dados europeus e americanos vieram parecidos (sem indicar muitas coisas), o Euro flutuou no dia, mas acabou fechando próximo da estabilidade. Já o AUD sofreu com a perspectiva dos juros se manterem estáveis (depois da decisão recente o presidente do RBA deu indicações de manutenção da taxa por período mais longo) e com a incerteza que ainda reina sobre os reflexos econômicos das chuvas e com a perspectiva de medidas restritivas na China (que podem segurar os preços das commodities). Curiosamente a moeda australiana perdeu valor mesmo com os juros evidenciando que o mercado não está apostando dinheiro nas palavras de Stevens.
BRL – O retorno do BC à mesmice do leilão de compra de pronto e a queda do USD ante o Euro deu suporte para apostas de valorização do BRL na parte da manhã. A vol intraday foi baixa porque a liquidez do mercado permaneceu fraca (no futuro e no interbancário) e o mercado acabou fechando ligeiramente em queda com o recuo do Euro e de outras moedas.
Juros – Mais um dado de atividade que faz o mercado segurar o ímpeto de alta das taxas. O “x”da questão será encontrar o ponto em que as duas variáveis que estão determinando o comportamento diário do mercado (inflação e atividade) caminhem numa direção única já que as dúvidas sobre o fiscal (exeqüível os cortes ou não) só serão dirimidas com o tempo. Não se pode esquecer que o trabalho de gerenciamento da dívida pelo Tesouro (previsibilidade da ação semanal) tem colocado um viés altista nas taxas. Na 5ª, teremos um novo leilão de papéis pré-fixados.
Bolsas – Ásia – Os dados de inflação da China não afastaram o temor de mais medidas restritivas e as bolsas recuaram. O melhor desempenho do Nikkei decorreu da perspectiva econômica delineada pelo BoJ e o da bolsa de Taiwan da menor alta observada no dia anterior (o mercado descontou o view pior do dia anterior).
Europa – A queda observada no FTSE não foi a regra das bolsas da Europa. Com uma inflação alta e uma economia com sinais de fraqueza e diante da incerteza do que o BoE fará, a bolsa londrina caiu por causa do recuo nas ações de Basic Materials e Industrials. Nas outras praças, o PIB e o superávit menores interferiram no ânimo dos investidores, apesar das ações não terem caído.
S&P – Como as bolsas americanas têm subido de forma sistemática nos últimos meses, a queda de ontem pode ser considerada uma pausa momentânea como já visto anteriormente. Não há nada de muito relevante pressionando por uma realização mais acentuada.
Bovespa – Há algumas semanas, a bolsa paulista acentuava a baixa depois da abertura de NY. Nestes últimos dois dias, o que se tem visto é o inverso (mesmo com a bolsa americana em alta ou em baixa) e pode ser um sinal que os gringos estão revertendo suas posições. No fechamento dos negócios, o mercado teve uma recaída e apresentou queda próxima da verificada em NY.
Commodities – Se o mercado abriu o dia sem rumo definido (os números de inflação chineses não firmaram tendência), a queda foi se delineando ao longo do dia com dados europeus e americanos de atividade mais fracos. Os recuos ocorreram em todos os segmentos e foram maiores nos agrícolas.
Ásia – As bolsas asiáticas apresentaram comportamento misto (Sidney, Seul e Taiwan do lado negativo e bolsas da China – Shanghai e HK – e do Japão em alta). Questões corporativas de um lado (uma empresa mineradora comunicou evento que desagradou investidores australianos) e a continuidade da venda de ações por gringos ou o comportamento das moedas de outro (caso da perda de valor do Iene que ajuda as exportadoras japonesas), influenciaram os negócios. Do ponto de vista macro, nada de importante aconteceu. Noticias de que a Moody`s pode rebaixar o rating de alguns bancos australianos prejudicam a recuperação do AUD (ontem caiu 0,6).
Commodities – Com exceção dos metais que continuam caindo (pouco), petróleo e agrícolas se recuperam das perdas de ontem.
Treasuries americanos – A queda das commodities e das ações levou a ligeiro recuo dos juros ontem, num dia que se observou o aumento do debate sobre os reflexos do comportamento recente dos preços de matérias primas sobre a inflação nos US. Hoje, as taxas voltam a subir porque o mercado espera que o dado de produção industrial ratifique a perspectiva de crescimento da economia americana.
Europa – A bolsa londrina tenta se recuperar das perdas de ontem (foi uma das poucas a cair), mas os dados divulgados não ajudam. Houve queda acentuada na confiança do consumidor e aumento (inesperado) na solicitação do seguro desemprego. Mesmo assim, o FTSE subia 0,58 pct às 08:05. O Dax subia 0,2.
S&P futuro – Segue a perspectiva de alta da Europa e subia 0,4 às 08:25.
OBS: - O BoE divulgou o relatório de inflação e vê a inflação convergindo para a meta em meados de 2012, mas pontuou que os riscos de desvio para cima aumentaram
- Embora ainda incipiente, começa a crescer a preocupação com o comportamento da inflação nos US. O presidente do Fed de Richmond espera que a inflação suba no 2º semestre e algumas empresas já pensam em repassar para os consumidores os custos mais altos das matérias primas. É importante lembrar que as compras de Treasuries pelo Fed vão até Junho. Uma alta da inflação naquele momento pode pressionar os juros num momento de transição perigoso. Sem as compras do Fed o mercado vai questionar as elevadas colocações do Tesouro por causa do alto déficit.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
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