quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mercados

Moedas – Entre seguir o call de alta das commodities dos bancos americanos e refletir a dúvida sobre a perspectiva de crescimento da China (que afetou as bolsas asiáticas), o mercado de moedas preferiu seguir a segunda opção e o Euro e o AUD tenderam a perder valor durante o dia mesmo com as commodities subindo forte.

BRL – Colou no racional chinês (como as moedas européia e australiana) e caiu ligeiramente. Mesmo com os gringos vendendo dólares (340 MM), acreditando no call de alta das commodities e consequente perda de valor do USD. A atuação do BC voltou a ser praticamente nula num dia razoável de negócios no interbancário (por volta de 2 bi).

Juros – O mercado ontem anulou boa parte da alta do dia anterior (importante registrar que não teve um trigger claro). A alta das commodities e o outlook da S&P foram deixados de lado. O mercado relevou até o leilão de hoje que exerce viés altista sobre as taxas futuras (principalmente com a sede de venda demonstrada pelo Tesouro nas semanas recentes – para tirar o atraso?). Duas notícias de atividade colocam viés baixista nas taxas: (1) a Abras acusou desaceleração nas vendas dos supermercados e (2) a FGV registrou queda na confiança do consumidor pelo terceiro mês consecutivo.

Bolsas – Ásia – Ainda presas à incerteza sobre o desempenho futuro da economia chinesa e com a situação japonesa pós-terremoto ainda indefinida (aos problemas econômicos se soma a perda de credibilidade do primeiro ministro Naoto Kan), as bolsas asiáticas fecharam em queda (na low do dia, com exceção de HK onde os investidores se entusiasmaram com a melhora das bolsas européias – erradamente porque depois caíram forte). Os investidores não se deixaram levar pela projeção de alta no preço de metais e óleo feita por bancos americanos e as ações de Raw Materials caíram.

Europa – As bolsas européias tinham que descontar a piora de NY no dia anterior (a Ásia também caiu ontem) e abriram em queda. Os dados divulgados na Alemanha (queda na confiança do consumidor) e em UK (PIB qualitativamente ruim) também justificavam a baixa. Entretanto desde a abertura, NY indicou alta para o dia (fundamentada no call de bancos americanos que prevêem alta para as commodities no curto prazo) e com isso a Europa inverteu o movimento e passou a subir (no fechamento apresentaram ligeira alta).

S&P – A nova alta das commodities e das ações de Raw Materials deram sustentação às bolsas americanas ontem (na 3ª não havia conseguido). Só o tempo irá dizer se a previsão de alta das commodities no curto prazo, feita por bancos americanos, prevalecerá ou o receio demonstrado por investidores asiáticos sobre China (desaceleração de crescimento) imperará sobre o movimento de preços.

Bovespa – Após três dias se descolando positivamente das bolsas de fora (ontem até que tentou prosseguir com o mesmo movimento), a bolsa paulista ficou praticamente no zero a zero e performou pior que lá fora. Assim como observado em outros mercados (juros e câmbio), o mercado não embarcou no call de bancos americanos de alta para as commodities no curto prazo (o desempenho das ações de Raw Materials foi muito mais fraco aqui do que em NY).

Commodities – A precificação seguiu o call (especulativo) de bancos americanos que apostam na alta do petróleo e metais no curto prazo. Os grãos acabaram indo no embalo dos dois outros segmentos.

Ásia – As bolsas asiáticas tinham que descontar o dia anterior (caíram desprezando a alta das commodities enquanto a Europa e NY fizeram o movimento inverso). Para ajudar ainda mais, os dados divulgados vieram melhores. Destaque para a confiança do consumidor na Coréia e os investimentos das empresas na Austrália (Seul e Sidney acusaram as maiores altas). Ainda a favor teve a subida das moedas – Euro e AUD – com notícias que podem fazer diminuir a preocupação com a dívida dos países periféricos na Europa. Os investidores asiáticos tiveram participação forte nos leilões de títulos (realizado ontem) em que os recursos serão utilizados na ajuda a Portugal. Além disso, surgiram rumores de que a China estaria interessada em ampliar essa participação. Capitaneadas pelas altas das ações de Raw Materials, as bolsas fecharam com fortes altas. A China foi a exceção (as ações de Basic Materials ou Oil & Gas não apresentaram o mesmo comportamento que nas demais praças). Hoje será divulgado o indicador que mede o sentimento dos empresários em relação aos negócios e será importante para dirimir as dúvidas sobre o crescimento que tem afetado as bolsas asiáticas nos últimos dias.

Commodities – Depois das fortes altas dos dois anteriores, hoje o petróleo e os metais recuam ligeiramente. Já os grãos se mantêm em alta.

Treasuries americanos – O dia foi de altas e baixas, mas no fechamento acompanhou a subida das bolsas e commodities. A pequena alta também refletiu a colocação de papéis no leilão tradicional. Hoje, a melhora dos mercados e a expectativa com o leilão de papéis de sete anos faz as taxas subirem novamente.

Europa – Apesar da queda no spread dos sovereign bonds (rumores de que a China poderia comprar títulos e ajudar no funding para Portugal) e da alta do Euro, as bolsas européias caem. O FTSE é exceção por causa do peso maior das ações de Raw Materials no índice.

S&P futuro – O índice chegou a subir na sessão asiática (timidamente), mas com a queda das bolsas na Europa, recuava 0,1 às 08:20.

- O fluxo cambial da semana passada voltou a ficar negativo depois de duas semanas apresentando saldo robusto (no da semana anterior com indicações de que o fluxo financeiro estaria voltando). Como era de se esperar, pois houve uma forte concentração de ACC/ACE na primeira quinzena do mês, o saldo comercial diminuiu. Já o financeiro voltou a ficar negativo evidenciando que o grupo deve apresentar maior oscilação semanal com as medidas adotas pela Fazenda. O grande problema que o governo enfrentará para diminuir/coibir a compra do Real é a volta dos superávits comerciais na contratação (pelo menos nos próximos meses que concentram o grande volume de exportações do ano).

As contas do BP de Abril mostra que houve resposta às medidas tomadas pelo governo no final de Março. Ao invés de se observar entrada, houve fluxo negativo nas operações de curto prazo e o fluxo das operações intercompanies se reduziu drasticamente. Entretanto, os números de Maio (que só serão abertos daqui a 30 dias) indicam que o movimento não persistiu – o fluxo voltou a ficar fortemente positivo. Vai demorar algum tempo para que se tenha uma avaliação mais precisa da conseqüência das medidas.

O ministro das finanças grego disse que se o país não receber o dinheiro da quinta tranche (12 bi de euros previstos para ser liberado em 26/06) o país será obrigado a declarar a impossibilidade de pagar as obrigações. Embora suas palavras não tenham nenhum tom de ameaça, ressaltam que a EU e o FMI não têm outra alternativa senão liberar o dinheiro. Do lado dos gregos, ou entregam o ajuste fiscal ou entram em default.

A perda do poder político em várias províncias pelo partido socialista pode esvaziar o governo do primeiro ministro Zapatero. Embora ele não admita antecipar as eleições que ocorrerão em Março do ano que vem, a situação econômica difícil pode fazê-lo mudar de opinião. Espera-se que seja sensato e não desafie o desejo popular se assim o for (as conseqüências econômicas seriam ainda piores).

Bolsas da Ásia fecham em elevação; HK ganha 0,7%

Após as perdas registradas em sessões anteriores, os mercados asiáticos se recuperaram nesta quinta-feira e apresentaram elevação - à exceção da China. A alta das commodities, os resultados positivos em Wall Street e a presença de investidores em busca de ofertas de ocasião influenciaram os negócios nas bolsas da região.
Em Hong Kong, a Bolsa teve números positivos, puxada pelos ganhos nas empresas de commodities e pelo peso pesado HSBC. O índice Hang Seng subiu 153,51 pontos, ou 0,7%, e terminou aos 22.900,79.
Na China, a Bolsa de Xangai apresentou a sexta sessão seguida de queda, derrubada pela realização de lucros e por preocupações sobre as perspectivas da economia doméstica, que ofuscaram os ganhos da manhã alavancados por Wall Street. O índice Xangai Composto caiu 0,2% e fechou aos 2.736,53 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 1% e terminou aos 1.123,15 pontos.
O yuan se valorizou em relação ao dólar, após o Banco Central chinês reduzir a taxa de paridade central dólar-yuan para um novo patamar histórico (de 6,4949 yuans para 6,4921 yuans). No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,4915 yuans, de 6,4934 yuans do fechamento de quarta-feira.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em alta, liderada pela HTC e por ganhos amplos nos papéis de empresas financeiras. O índice Taiwan Weighted subiu 0,70% e fechou aos 8.788,40 pontos.
O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, adicionou 2,8% e terminou aos 2.091,91 pontos, recuperando-se da mínima de dois meses com que havia fechado na quarta-feira.
A Bolsa de Sydney, na Austrália, registrou a maior alta desde o começo de dezembro, impulsionada pela recuperação nos preços das commodities. O índice S&P/ASX 200 subiu 1,7% e encerrou aos 4.660,23 pontos.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila encerrou o dia positiva, com os investidores buscando pechinchas após a sequência de cinco dias em baixa. O índice PSE subiu 0,94% e fechou aos 4.230,56 pontos.
A Bolsa de Cingapura terminou em leve alta em linha com os mercados regionais e liderado por papeis ligados a recursos naturais, que têm tido rali com a recuperação dos preços das commodities. O índice Straits Times subiu 0,2% e fechou aos 3.123,70 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, avançou 0,9% e fechou aos 3.814,82 pontos, com as compras, por parte de investidores estrangeiros, de papeis recentemente abatidos dos setores de produtos de consumo e bancário.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, teve alta de 0,9% e fechou aos 1.065,45 pontos, com pesos pesados de bancos e energia retornando à lista dos mais comprados, sugerindo que os investidores estrangeiros voltaram à compras, após passarem o mês vendedores líquidos até agora.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,5% e fechou aos 1.540,94 pontos, com papeis de empresas ligadas a produtos de consumo e do setor imobiliário liderando os ganhos, enquanto os fortes preços do óleo de palma cru ajudaram ações de empresas agrícolas em meio a positivos resultados nos mercados regionais. O governo adiou o corte de subsídio aos combustíveis, ajudando os gastos com consumo e os lucros das companhias.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mercados

Moedas – Os mercados apresentaram melhora desde a sessão asiática (na sessão americana as bolsas acabaram caindo no final do pregão) e as moedas subiram em relação ao USD. No caso do Euro, apesar de dados econômicos conflitantes a moeda acabou respondendo à queda nos spreads dos sovereign bonds dos chamados países europeus periféricos (a Grécia se comprometeu a ampliar a privatização). Já o AUD subiu por conta da alta dos metais. Tanto o Euro quanto o AUD fizeram o movimento inverso ao do dia anterior.

BRL – Novamente acompanhou o movimento das principais moedas e subiu ajudado pelas vendas de gringos no futuro (900 MM) que estão apostando em alta das commodities no mercado internacional e que provoca a subida das moedas dos países que são exportadores desses produtos.

Juros – A única notícia diferente no dia foi a mudança de postura da S&P em relação ao Brasil, mas isso não deveria ter servido como justificativa para a alta dos juros observada na BM&F. O fato é que a elevação foi substantiva (há algum tempo não ocorria com essa intensidade). O argumento da alta das commodities não parece razoável porque os agrícolas caíram.

Bolsas – Ásia – Abriram o dia indicando queda (ainda repercutindo baixas nas bolsas ocidentais e preocupação com a desaceleração chinesa), mas se recuperaram ao longo do dia. A postura do PBoC nas operações de curto prazo (menos dura) e que fez a taxas caírem no money-market trouxe certo otimismo aos investidores.

Europa – Os indicadores divulgados no dia não foram positivos (na Alemanha a surpresa foi o sentimento dos empresários não ter recuado como o esperado), mas as ações apresentaram alta no dia. A recuperação das bolsas asiáticas e a perspectiva da Grécia colocar à venda empresas estatais de forma rápida que fez os spreads dos sovereign bonds recuar deram sustentação para que o mercado fechasse em ligeira alta. No FTSE, a subida das commodities ajudou os setores de Oil & Gas e Basic Materials subirem e compensar a queda dos Financials (a Moody’s avisou que analisará o rating de 14 bancos ingleses e pode rebaixá-los). Setorialmente, o Dax teve comportamento parecido.

S&P – A subida das commodities e das ações de Raw Materials não foi suficiente para fazer as bolsas americanas se sustentarem no azul. NY demonstra preocupação com a possibilidade de perda de dinamismo da economia (principalmente porque daqui a pouco o QE2 termina).

Bovespa – Ontem foi o terceiro dia seguido em que a bolsa paulista teve desempenho melhor que as bolsas de fora e apesar da alta mais forte das ações de uma empresa do setor de telecomunicações, a elevação dos preços foi generalizada (sugerindo que o mercado buscou descontar as diferenças de comportamento entre a bolsa daqui e as de fora). A recuperação no preço dos metais e do petróleo deu substância ao movimento (as ações de Raw Materials têm peso significativo no índice). Difícil é aferir o impacto do outlook positivo dado pela S&P.

Commodities – O petróleo e os metais se recuperaram das perdas do dia anterior, mas os agrícolas (apesar da vol recente) ainda se prendem ao fundamento de baixa delineado pelo USDA (quadro de suprimento adequado).

Ásia – O movimento dos mercados ocidentais no dia anterior não sensibilizou os investidores asiáticos. As bolsas já abriram com tendência de baixa e fecharam nas lows (exceção de HK que se recuperou no final do pregão arrastada pela tendência de melhora das bolsas européias depois da abertura). Nem a alta das commodities segurou a quedas das ações de Raw Materials (as ações de Oil & Gas subiram em algumas praças). A preocupação central é a China (receio de desaceleração). Os dados da balança comercial japonesa vieram melhores que o esperado (não houve o crescimento estimado das importações), apesar de expor as dificuldades que o país enfrenta depois do terremoto. O Euro e o AUD seguiram as bolsas e caíram na sessão asiática.

Commodities – As bolsas asiáticas caíram com receio de desaceleração na China, mas os metais sobem por causa do call de compra de bancos americanos. Esse conflito de posições é alimentado pelo excesso de liquidez e taxas de juros baixas que o QE2 tem disseminado. A situação de mercado do petróleo é o mesmo (mas estão, praticamente, no zero a zero hoje). Já os grãos se recuperam das perdas de ontem.

Treasuries americanos – Apesar da melhora dos mercados mundo afora, os juros americanos voltaram a recuar mesmo com o leilão de papéis de dois anos. NY se mostra preocupada com a possibilidade de perda de dinamismo da economia americana. Hoje, os mercados ainda estão praticamente de lado e o dia vai ser definido depois que NY abrir.

Europa – Deveria descontar o recuo das bolsas de NY ontem à tarde, depois que estavam fechadas (além disso, as bolsas asiáticas também recuaram hoje). Abriu em baixa e inexplicavelmente se recuperou. Às 08:15, gravitavam em torno da estabilidade, mesmo com dados piores em UK e na Alemanha.

S&P futuro – O índice chegou a recuar 0,8 na sessão asiática, mas se recuperou na sessão européia. Às 08:15, recuava 0,2.

- Apesar da revisão do PIB do 1º trimestre ter vindo como o esperado (+0,5) em UK. A qualidade do resultado não é boa, pois: o consumo das famílias e a FBCF vieram piores que o esperado. O número não decepcionou por causa dos maiores gastos do governo (ruim porque o objetivo é reduzir o déficit) e corrente de comércio favorável - as exportações cresceram mais e as importações caíram mais (também ruim porque a possibilidade disso reverter no futuro é elevada).

O BC terá que definir nos próximos dias a rolagem do swap reverso que vence na próxima quarta-feira (33.100 ou 1,65 bi). Nos mês passado deixou para fazer isso em cima da hora. Seria saudável que antecipasse o processo caso tenha interesse em rolar (para não criar tumulto como em Abril).

ÁSIA FECHA EM QUEDA COM TEMORES SOBRE CHINA E EUROPA; XANGAI

Os mercados asiáticos apresentaram números negativos nesta quarta-feira. As
contínuas preocupações sobre a redução do crescimento econômico chinês, somadas à crise europeia e à queda das bolsas de Nova York, continuaram a influenciar as bolsas da região.
Em Hong Kong, a Bolsa voltou a fechar estável, com a presença dos caçadores de ofertas. O índice Hang Seng subiu apenas 16,50 pontos, ou 0,07%, e terminou aos 22.747,28 pontos - no mês, o índice acumula queda de 4,1%. A varejista Esprit, com a mais alta exposição a negócios europeus entre as blue chips, perdeu 5,2%. Glencore International estreou com baixa de 2,5%. China Resources Power avançou 2,9%.
Na China, a Bolsa de Xangai apresentou a quinta sessão seguida de queda, liderada pelos bancos, após a agência Standard & Poor's alertar que a política de aperto monetário e de crédito de Pequim deve enfraquecer a lucratividade dos cedentes de crédito e levar a um forte aumento dos empréstimos inadimplentes. O índice Xangai Composto caiu 0,9% e fechou aos
2.741,74 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 1,5% e terminou aos 1.134,19 pontos.
Agricultural Bank of China baixou 2,5% e China Minsheng Banking recuou 1,9%. Entre as imobiliárias, Poly Real Estate deslizou 0,8% e China Vanke teve declínio de 2%.
O yuan se valorizou em relação ao dólar, após o Banco Central chinês reduzir a taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,5038 yuans para 6,4949 yuans), próximo de seu recorde histórico. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,4934 yuans, de 6,4975 yuans do fechamento de terça-feira.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipé encerrou o dia em baixa, com o índice Taiwan Weighted recuando 0,34% e fechando aos 8.727,09 pontos. Mas durante a sessão, o indicador chegou a atingir a marca de 8.682,49 pontos, graças à caça por pechinchas feita por investidores locais.
As ações do setor de tecnologia apresentaram perdas: TSMC retrocedeu 0,4%, HTC perdeu 0,9% e Hon Hai recuou 1,9%. Os papéis de construtoras, consideradas um "porto seguro" por investidores, subiram com força. Kuo Yang avançou 6,9%, enquanto Prince Housing valorizou 3%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul baixou 1,3% e fechou aos 2.035,87 pontos, na décima sessão consecutiva de baixa. Samsung Electronics encerrou em queda de 1% e Posco declinou 1,8%.
A Bolsa de Sydney, na Austrália, o índice S&P/ASX 200 teve queda de 1% e fechou aos 4.584,7 pontos. Além das preocupações globais com o crescimento econômico e com a crise da dívida da Europa, pesou no sentimento do mercado a venda de ações da seguradora AIG pelo Tesouro dos EUA, numa oferta equivalente a US$ 8,7 bilhões, e temores sobre a exposição dos bancos norte-americanos a processos judiciais relacionados a execução de hipotecas. BHP Billiton recuou 0,6% e Rio Tinto, 0,4%.
Na Bolsa de Manila, nas Filipinas, o índice PSE caiu 0,85% e fechou aos 4.190,88 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve alta, mas o sentimento geral do mercado continuou fraco devido a crescentes preocupações sobre os problemas das dívidas na Europa e desaceleração na China. O índice Straits Times subiu 0,2% e fechou aos 3.118,65 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,2% e fechou aos 3.780,16 pontos, uma vez que os investidores realizaram lucros em papéis de bancos e relacionados ao consumo em meio a preocupações sobre os lançamentos de dívidas da Europa.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 0,8% e fechou aos 1.055,54 pontos, seguindo as baixas nos mercados asiáticos motivadas pelas preocupações com os problemas de dívidas da zona do euro.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,1% e fechou aos 1.533,57 pontos, com abundância de transações de um dia e negócios especulativos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Índice europeu de ações fecha no menor nível em 5 semanas

O principal índice das ações europeias atingiu o menor nível em cinco semanas e passou a registrar perdas em 2011, após a piora da nota da Grécia e a revisão da perspectiva da Itália por agências de risco aumentarem a preocupação sobre a dívida da zona do euro.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,6 por cento, para 1.117 pontos, no menor patamar desde meados de abril. O índice agora registra queda de 0,3 por cento no ano.
O índice Euro STOXX 50 de volatilidade, um dos principais termômetros do sentimento do mercado, disparou 11 por cento, indicando uma queda do apetite por ações.
"Simplesmente há pouquíssimos motivos para comprar neste mercado. As pessoas estão usando esses fatores como uma desculpa para vender. Vai ser um verão bem volátil (no Hemisfério Norte) e acho que já vimos as máximas, pelo menos para os próximos meses", disse um operador em Londres.
A agência Standard & Poor's reduziu no sábado a perspectiva da dívida da Itália para "negativa", citando a fraca projeção de crescimento da economia e as menores possibilidades de o país reduzir sua dívida. A notícia aconteceu um dia depois da Fitch cortar a nota da Grécia.
As ações do setor automobilístico estiveram entre as maiores quedas, com o índice setorial em baixa de 2,9 por cento, em meio à preocupação sobre a demanda global por veículos após dados decepcionantes nos EUA e na Europa.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em queda de 1,89 por cento, a 5.835 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 2,0 por cento, para 7.121 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 recuou 2,1 por cento, a 3.906 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,32 por cento, a 20.532 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou perda de 1,41 por cento, a 10.082 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve desvalorização de 1,15 por cento, aos 7.600 pontos.

Mercados

Moedas – Nos últimos dias, o AUD seguiu a oscilação do Euro. Entretanto na 6ª, o movimento do Euro decorreu da forte alta no spread dos sovereign bonds dos chamados países problemáticos. Como a razão foi específica e não de ordem geral, a moeda australiana se descolou do movimento (o driver é a China e as commodities).

BRL – Apesar do nosso driver também serem as commodities, a moeda brasileira (depois de altos e baixos) colou no Euro e também caiu. O volume do mercado interbancário (3,6 bi) e a pequena compra do BC (200 MM) sugerem que o fluxo foi positivo e sobrou USD no mercado, mas isso não afetou a cotação da moeda para baixo.

Juros – O dia foi de oscilação. A divulgação do IPCA-15, a fala de membros do Copom e a piora dos mercados fora provocaram um vai-e-vem na taxas. No final, a alta acabou prevalecendo, mas o comportamento do dia demonstra que a trajetória futura permanece incerta.

Bolsas – Ásia – Repetiram o movimento de 5ª: abriram em alta tentando compensar a subida das bolsas ocidentais no dia anterior, mas acabaram cedendo no final às incertezas (dúvidas sobre recuperação do Japão, desaquecimento na China e alta de juros em alguns países).

Europa – As bolsas européias tentaram descontar a melhora de NY na tarde do dia anterior. Entretanto como o Euro, elas acabaram caindo por conta da alta nos juros dos papéis dos países periféricos que acentuam o risco de uma piora econômica na região.

S&P – A instabilidade na Europa arrastou as bolsas americanas para o vermelho num dia sem indicadores econômicos.

Bovespa – Como já tinha caído nos dias anteriores, acabou fechando em ligeira alta. A recuperação no preço do petróleo e dos metais incentivou os investidores a recomprarem as ações de Petrobrás e Vale que tinham caído muito na semana (repuseram também as ações de Real Estate).

Commodities – O dia foi de oscilação com a piora na Europa. Os mercados que abriram em alta chegaram a cair forte com a virada dos mercados (ações e moedas que subiam inverteram o rumo). No final, as altas prevaleceram.

Ásia – Os mercados asiáticos tinham que descontar a baixa das bolsas ocidentais na 6ª. Entretanto, o outlook negativo para a Itália dado pelo S&P na 6ª e as eleições na Espanha que expõem um quadro social e econômico difícil acentuaram a perspectiva de baixa e as ações recuaram forte. A queda nos preço das commodities, seguida da desvalorização das moedas em relação ao USD, complementou o quadro da piora.

Commodities – A alta do USD decorrente de uma perspectiva econômica pior com o agravamento da crise na Europa faz as quedas se generalizarem entre os diversos segmentos.

Treasuries americanos – Prosseguiram em queda na 6ª com as compras maiores do Fed e recuo das bolsas. Hoje, a perspectiva econômica mundial parece pior e a alta do USD aprofunda as baixa das taxas.

Europa – Depois que os mercados fecharam na 6ª, a S&P colocou o rating da Itália em outlook negativo. Isso já seria péssimo para os títulos dos chamados países periféricos. Para piorar as coisas a derrota do governo espanhol nas eleições de ontem e a onda de protestos no país acaba expondo os riscos sociais e políticos da estratégia de controle da crise econômica. A deterioração de expectativas no setor industrial e de serviços na Europa (e também na Alemanha – o carro chefe) agravam ainda mais a situação e as bolsas caem forte (ratificando as preocupações asiáticas). O Euro vai junto e arrasta as outras moedas.

S&P futuro – No embalo da Europa e da Ásia recuava 0,9 pct às 08:00.

- A S&P colocou em outlook negativo o rating da Itália (na 6ª depois que os mercados americanos fecharam.

- O partido governista perdeu as eleições na Espanha, em meio a protestos que já duram mais de uma semana.

Na 6ª, o spread de títulos de países europeus considerados problemáticos subiu forte (movimento igual a de um mês atrás) e evidencia que o mercado vê com muita apreensão o debate entre as autoridades européias sobre a questão grega. O que foi mostrado para eles é que não se deve brincar com o risco de contágio e quando se fala nisso o primeiro da fila é a Espanha (já que Portugal acabou de entrar no programa de ajuda). Não adianta vir com promessas como fez a Ministra das Finanças francesa Christiane Lagarde que disse que não haverá reestruturação da dívida grega. Para que isso não ocorra será fundamental darem o dinheiro que o país precisa para fechar as contas de 2012 e 2013 que o mercado calcula ser de 60 milhões de Euros. Hoje, os spreads sobem ainda mais e a crise ameaça se aprofundar.

Bolsas asiáticas têm forte queda; Xangai perde 2,9%

Os mercados da Ásia fecharam em baixa acentuada nesta segunda-feira, influenciados principalmente pelos números preocupantes da economia chinesa.
Na Bolsa de Hong Kong, a espetacular estreia da varejista Milan Station não foi suficiente para alavancar os negócios. Os investidores mostraram temores com dados da atividade manufatureira na China, que indicam redução do crescimento econômico. O índice Hang Seng caiu 488,37 pontos, ou 2,11%, e terminou aos 22.711,02 pontos.
Na China, as bolsas também caíram em virtude das preocupações com as pressões inflacionárias. O índice Xangai Composto caiu 2,9% e terminou aos 2.774,57 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 3,6% e encerrou aos 1.149,39 pontos.
O yuan se desvalorizou em relação ao dólar, após o Banco Central chinês elevar a taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,4983 yuans para 6,4998 yuans), depois de a moeda norte-americana apresentar ganhos nos mercados internacionais. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5050 yuans, de 6,4923 yuans do fechamento de sexta-feira.
Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em baixa devido à realização de lucros após a explosão da fábrica da Foxconn em Chengdu, na noite de sexta-feira. O Índice Taiwan Weighted caiu 1,01% e terminou aos 8.747,51 pontos.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul teve queda de 2,6% e fechou aos 2.055,71 pontos, com realização de lucros por parte dos investidores estrangeiros e baixa nas ações das montadoras.
A Bolsa de Sydney, na Austrália, sofreu sua maior queda em dois meses e meio, com o índice S&P/ASX 200 em baixa de 1,9%, terminando aos 4.643,0 pontos.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila estendeu seu recuo para seis das últimas oito sessões, influenciada pelo declínio do mercado norte-americano na sexta-feira. O índice PSE recuou 0,51% e fechou aos 4.263,19 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve baixa por causa de renovadas preocupações sobre a crise da dívida grega e temores de que um possível recuo na economia chinesa afete o sentimento do mercado. Perdas nos mercados europeus também pesaram na bolsa local à tarde. O índice Straits Times cedeu 1,8% e fechou aos 3.110,48 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, perdeu 2,4% e fechou aos 3.778,45 pontos, liderado por vendas de blue chips em meio a preocupações sobre a situação das dívidas europeias.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, caiu 1,8% e fechou aos 1.053,97 pontos, em linha com os demais mercados regionais. Principais perdas concentraram-se em pesos pesados dos setores de energia e bancário.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,8% e fechou aos 1.528,98 pontos, com realizações de lucros em meio a amplas preocupações sobre a crescente crise da dívida europeia

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bolsas europeias recuam com preocupação sobre dívida soberana

O principal índice das ações europeias fechou em baixa nesta sexta-feira, com os investidores reduzindo a exposição a risco antes do final de semana após o rebaixamento da Grécia pela agência Fitch.
A confiança dos investidores também foi fragilizada pelas eleições na Espanha e pela incerteza sobre o combate aos problemas da dívida grega, disseram operadores.
De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 caiu 0,2 por cento, para 1.136 pontos. O índice STOXX Europe 600 do setor bancário caiu 0,8 por cento.
"Perto do final de semana, as pessoas decidiram embolsar algum lucro. Ainda há incertezas sobre a reestruturação na Grécia", disse Markus Huber, operador da ETX Capital.
A Fitch colocou a Grécia ainda mais fundo dentro do grau especulativo e alertou que pode reduzir a nota do país ainda mais se não for elaborado um plano com credibilidade para resolver a crise da dívida do país.
As perdas, no entanto, foram amortecidas pela alta de 2,7 por cento da BP após a petrolífera conseguir que a Mitsui aceitasse pagar 1,1 bilhão de dólares referentes a uma parte dos prejuízos causados pelo vazamento no Golfo do México, no ano passado.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em queda de 0,13 por cento, a 5.948 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,24 por cento, para 7.266 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 recuou 0,92 por cento, para 3.990 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 1,5 por cento, a 21.236 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou perda de 1,45 por cento, para 10.226 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,56 por cento, para 7.688 pontos.

Mercados

Moedas – Os dados piores dos US acabaram provocando a queda do USD na sessão americana exclusiva (depois que a Europa estava fechada). A queda nas commodities não afetou o AUD e a visão mais hawkish de alguns membros do ECB (possibilidade de alta de juros) favoreceu o Euro.

BRL – Foi na contramão dos mercados de fora e caiu mesmo com os gringos vendendo USD no futuro (500 MM).

Juros – A fala de Tombini e Carlos Hamilton pela manhã (basicamente reforçando que os juros subirão o que for necessário porque ainda há trabalho a fazer para que a inflação convirja para a meta) e o leilão de papéis pré-fixados acabaram provocando a elevação das taxas dos DIS futuros. Há que se registrar que a liquidez não foi das melhores e a participação de alguns players foi mais destacada ontem.

Bolsas – Ásia – A repercussão da alta das bolsas ocidentais no dia anterior se restringiu a poucas praças (Sidney – por causa da forte subida no preço das commodities – e HK). Eventos específicos prejudicaram o Nikkei (queda do PIB maior que o esperado com o terremoto), Shanghai (medo de medidas restritivas com a continuidade da elevação no preço de imóveis), Kospi e Taiex (crescimento mais forte que pode triggar alta de juros).

Europa – Os mercados europeus repercutiram a subida de NY no pregão do dia anterior (depois que estavam fechadas) e os dados melhores de vendas em UK. Entretanto a alta no spread dos sovereign bonds da Grécia (refletindo a indecisão sobre a ampliação/extensão da ajuda) e Espanha (colocou menos papéis que o desejado no leilão) fizeram a alta diminuir próximo do fechamento.

S&P – Mesmo com dados econômicos ruins, as bolsas de NY subiram arrastadas pelas altas na Europa. O volume de negócios na NYSE continuou fraco.

Bovespa – Outro dia de forte descolamento de fora (na Europa e nos US subiram e aqui caiu). A queda decorreu da movimentação de players locais e as ações de Real Estate e Petróleo se sobressaíram na baixa.

Commodities – Os mercados que tinham deixado os fundamentos de lado na 4ª, ontem voltaram a se guiar por eles. No petróleo, o cenário é de sobra de produção (membros da OPEC reclamam de falta de demanda). Nos metais, a demanda chinesa tem enfraquecido e há temor de que possa se reduzir mais e nos grãos, o último boletim do USDA retratou um quadro de suprimentos mais tranquilo

Ásia – Repetiu o que havia ocorrido ontem. Abriram em alta, tentando acompanhar o movimento europeu e de NY, mas (por apatia e falta de notícias) acabaram cedendo (HK e Seul subiram). As principais quedas ocorreram nas bolsas de Sidney (queda das commodities ontem) e Taiwan (possibilidade de alta de juros). Nada relevante aconteceu com as moedas na sessão asiática.

Commodities – Mais do mesmo: depois de queda mais forte num dia apresenta perspectiva de alta no outro, ou vice-versa. Hoje, os diversos segmentos se recuperam das baixas de ontem.

Treasuries americanos – Apesar do Fed ter comprado pouco papel novamente ontem, os juros fecharam em baixa por conta dos indicadores econômicos piores nos US. Hoje, a queda prossegue com o aumento da incerteza na Europa.

Europa – Novamente o mercado americano melhorou na tarde do dia anterior e condiciona o comportamento das ações nos negócios pela manhã na Europa. Entretanto, a forte alta no spread dos sovereign bonds gregos pode fazer o investidor se retrair e afetar o dia. Em razão do movimento com os títulos públicos, o Euro cai e leva junto o AUD na sessão européia.

S&P futuro – A incerteza na Europa provocava queda de 0,3 às 08:10.


- O Tesouro americano anunciou que irá vender 99 bi de títulos de 2, 5, e 7 anos nos leilões da próxima semana. Se era para valer o que foi dito na 2ª feira (que o teto de endividamento tinha sido alcançado) como é possível explicar essa nova emissão?

Os investidores estão ficando preocupados com a falta de sintonia entre os políticos europeus que consideram possível a renegociação da dívida grega e os membros do ECB que rechaçam a hipótese. Deveriam levar em consideração que qualquer hipótese de contágio seria devastador para a Europa. Apenas contemplar o problema leva ao que está acontecendo hoje: forte subida nos juros de papéis de vários países.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bolsas europeias avançam, puxadas pelo setor de energia

As bolsas de valores europeias subiram nesta quinta-feira, mas fecharam abaixo das máximas do dia após dados econômicos divergentes nos Esados Unidos.
Alguns estrategistas dizem que as ações podem ficar presas dentro de uma faixa até que o cenário macroeconômico melhore.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,64 por cento, para 1.138 pontos.
O número de norte-americanos que apresentaram pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, mas outros dados sobre o setor imobiliário e sobre a atividade industrial regional sugeriram que a economia continua com um ritmo moderado de crescimento.
"Estamos um pouco presos a uma faixa. Uma parte dessa incerteza macroeconômica precisa ficar menos visível para rompermos essa faixa para cima", disse Bill Dinning, diretor de estratégia de investimentos da Aegon Asset Management, em Edimburgo. Ele administra 48,8 bilhões de libras em ativos.
O índice do setor de energia subiu 1,1 por cento, acompanhando a alta dos preços do petróleo na quarta-feira após a queda dos estoques nos Estados Unidos. A BP subiu 1,9 por cento, ajudada por uma recomendação de "compra" do Bank of America Merrill Lynch.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,55 por cento, a 5.955 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX avançou 0,75 por cento, para 7.358 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,25 por cento, para 4.027 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib encerrou em alta de 0,54 por cento, a 21.559 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou ganho de 0,32 por cento, aos 10.376 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 teve valorização de 0,46 por cento, a 7.732 pontos.

Mercados

Moedas – Na 3ª, o AUD subiu com afirmações feitas por membro do RBA sobre a possibilidade de alta dos juros e os benefícios da valorização da moeda. Ontem, os dados de salários e confiança do consumidor colocaram dúvidas sobre a trajetória futura e a moeda australiana passou o dia todo em queda. No fechamento apresentou estabilidade em razão do movimento observado nas commodities e bolsas. Já o Euro fez o caminho inverso: subia durante o dia e zerou a alta no fechamento. Pelo que se viu nos mercados de commodities e ações, era de se esperar outro comportamento das duas moedas.

BRL – A informação da volta das entradas financeiras deu o tom do mercado ontem. Antes da divulgação do dado pelo BC o mercado apresentava ligeira alta que foi ampliada a partir de então, mesmo com o Euro devolvendo o ganho que tinha ao longo do dia. O volume do interbancário foi bem melhor (2,8 bi) do que nos últimos dias e chamou o BC para uma compra mais forte (470 MM). Já os gringos, venderam apenas 250 MM, liquidamente, na BM&F.

Juros – As commodities subiram forte, mas os DIs fecharam praticamente na estabilidade. Hoje tem leilão e pode exercer pressão sobre o mercado de juros futuros (o Tesouro tem colocado volumes maiores recentemente).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas deram prosseguimento a alta observada no pregão anterior e já abriram guepadas capitaneadas por Tóquio que repercutiam a subida do Iene (bom para as exportadoras) e o anúncio de um plano para resolver o problema com a usina de Fukushima. Influenciadas pelo comportamento do investidor japonês, as bolsas chinesas relevaram a alta no preço de imóveis que pode fazer com que o PBoC aperte mais a política monetária. A bolsa da Austrália esvaziou a alta em razão de dados de salários e confiança do consumidor que sugerem uma economia mais fraca (fato evidenciado pela perda de valor do AUD).

Europa – As bolsas européias descontaram a recuperação das bolsas americanas (por dois dias NY se recuperou à tarde com a Europa fechada) e a alta da Ásia, mesmo com dados ruins de emprego em UK e incertezas na Zona do Euro que fizeram o spread dos títulos gregos e portugueses voltarem a subir (os comentários pós-reunião de ministro de finanças sugerem a hipótese de renegociação da dívida grega) .

S&P – Acompanhou a tendência de alta das bolsas asiáticas e européias e fechou na high. O movimento foi reforçado pela significativa elevação de preços das commodities que fez as ações de Energy, Basic Materials e Industrials se destacarem. A divulgação de balanços das varejistas também beneficiou o setor de Consumo.

Bovespa – Os gringos continuaram como destaque de venda na bolsa, mas o que fez o mercado cair e se descolar de fora foi o viés de venda de alguns players (domésticos) no mercado futuro. O índice da bolsa paulista que na 3ª havia subido 1,3 pct mais que o S&P, ontem, compensou a diferença caindo 1,9 pct mais.que o índice americano. Os destaques de baixa foram as ações de Real Estate e Financials.

Commodities – Os fundamentos que guiaram os mercados nas duas últimas semanas foram deixados de lado pelo mercado e as commodities subiram forte. No petróleo, nada de se prender ao excesso de oferta que a Arábia Saudita vê hoje. Nos metais, para que se preocupar com a demanda chinesa mais fraca. Nos grãos, para que serviria a avaliação do quadro de suprimentos (mais confortável) feito pelo USDA. Tudo isso sem falar que um dos principais motivos de alta dos mercados – o QE2 – terminará em pouco mais de um mês.

Ásia – O mercado de ações bem que tentou reproduzir as altas da Europa e de NY ontem, mas a maioria das praças terminou o dia no vermelho (Sidnei, por causa da forte alta das commodities, e HK subiram). No Japão, o PIB mais fraco que o esperado (terremoto) atrapalhou. Em Shanghai, os investidores se mostraram temerosos que o dado divulgado ontem – alta no preço dos imóveis – possa levar o governo a apertar as regras. Nas praças de Seul e Taiwan pesou o medo de alta de juros (o crescimento está forte demais). As moedas ficaram praticamente estáveis na sessão asiática.

Commodities – Depois da forte alta de ontem, os diversos segmentos dão uma pausa nos negócios da sessão européia. O trigo destoa e prossegue em alta (risco de safra nos US e na Europa).

Treasuries americanos – As compras do Fed foram menores ontem e por isso não foi páreo para a onda de alta que tomou conta dos mercados e fez diversos ativos se valorizarem. Com isso os juros subiram, embora ainda timidamente. Hoje, a tendência de alta permanece

Europa – A continuidade da alta das ações em NY e dados de vendas melhores em UK faz as bolsas européias subirem apesar da subida no spread dos sovereign bonds dos chamados países problemáticos (a Espanha vendeu menos títulos do que pretendia no leilão de papéis de 10 e 30 anos).

S&P futuro – Acompanha a alta da Europa e subia 0,3 às 08:10.

- O Diretor-Gerente do FMI renunciou ao cargo. Os nomes mencionados para sucedê-lo são: Christine Lagarde (Ministra de Finanças da França) e Trichet.

O fluxo cambial da semana passada trouxe uma informação nova e relevante. A volta de forte saldo financeiro que fez o superávit semanal alcançar os 5,2 bi. Desde a primeira quinzena de Março isto não ocorria (momento em que começou a circular rumor de medidas – confirmadas no final daquele mês – e que levaram a antecipação das operações). Não dá para dizer se representa um movimento isolado, mas se vier a se consolidar ao longo tempo pode fazer com que o fluxo volte a ficar bastante positivo. É que o fluxo comercial tem melhorado nos últimos meses e devem continuar assim pelos próximos (a fase de ajuste pós-crise de 2008 já terminou no comercial e o saldo deve ficar parecido com o físico; de fato maior porque o financiamento de importações com mais de 360 dias transita pelo financeiro).

Bolsas da Ásia fecham sem sinal definido

Os mercados da Ásia fecharam sem tendência definida, influenciados por fatores locais. A Bolsa de Hong Kong fechou em elevação pelo segundo pregão seguido, no embalo da alta em Wall Street e liderada pela China Unicon, por conta das fortes vendas antecipadas de seu novo smartphone. O índice Hang Seng subiu 152,24 pontos, ou 0,7%, e terminou aos 23.163,38 pontos.
Já as Bolsas da China encerraram em queda, com o mercado alimentado por preocupações de que a economia chinesa pode estar reduzindo seu crescimento, enquanto a inflação segue em elevação. O índice Xangai Composto caiu 0,5% e fechou aos 2.859,57 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,4% e terminou aos 1.197,31 pontos.
O yuan teve pouca variação em relação ao dólar, com a demanda por parte dos importadores ofuscando a venda da moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5039 yuans, de 6,5047 yuans do fechamento de quarta-feira. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,5048 yuans, de 6,5074 yuans ontem.
Em Taiwan, o Índice Taiwan Weighted da Bolsa de Taipé encerrou o dia em baixa de 0,68%, terminando aos 8.892,88 pontos, após subir 0,90% durante a sessão.
Na Coreia do Sul, os investidores estenderam pelo sexto pregão consecutivo a onda de venda de ações e o índice Kospi da Bolsa de Seul caiu 1,9%, fechando aos 2.095,51 pontos.
Na Austrália, o setor de matérias-primas liderou uma recuperação da Bolsa de Sydney depois da alta dos preços das commodities. O índice S&P/ASX 200 avançou 1,3%, maior elevação em quatro semanas, e fechou aos 4.756,4 pontos.
A Bolsa de Manila, nas Filipinas, encerrou em leve baixa, com a realização de lucros nas principais blue chips pesando no resultado final. O índice PSE caiu 0,13% e terminou aos 4.297,93 pontos.
A Bolsa de Cingapura terminou em alta, uma vez que os investidores festejaram a elevação das perspectivas econômicas da cidade-Estado para 2011 (a previsão de alta do PIB deste ano foi revista de 4% a 6% para 5% a 7%) e sinais de que o Federal Reserve dos EUA não deverá subir a taxa de juros tão logo. Ganhos nos mercados europeus também deram ânimo à bolsa local à tarde. O índice Straits Times avançou 1% e fechou aos 3.172,56 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, ganhou 0,5% e fechou aos 3.859,81 pontos, com investidores estrangeiros avançando sobre papeis de bancos e de empresas relacionadas a produtos de consumo na expectativa de números favoráveis da inflação de maio e altos pagamentos de dividendos.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, valorizou 0,2% e fechou aos 1.077,50 pontos, em negociações morosas, com investidores cautelosos ante as eleições gerais de 3 de julho, além de incertezas quanto à direção dos preços globais do petróleo nos próximos dias.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,2% e fechou aos 1.544,02 pontos, com as ações referentes ao setor agrícola liderando os ganhos devido aos fortes lucros e perspectivas de preços para o óleo de palma cru.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bolsa europeia fecha em alta; Dell impulsiona tecnológicas

As bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, ajudadas pela valorização do setor de tecnologia após fortes resultados da norte-americana Dell, enquanto as companhias de mineração seguiram o avanço dos metais.
O pregão foi volátil, em meio a preocupações sobre a crise de dívida em países da zona do euro ainda presentes na cabeça de muitos investidores.
O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 subiu 0,35 por cento, aos 1.130 pontos. O volume de negócios representou apenas 78 por cento da média diária de 90 dias.
Depois de abrir em alta e reduzir os ganhos, o mercado avançou, acompanhando Wall Street com os resultados trimestrais da fabricante de computadores Dell ajudando a melhorar a confiança no setor europeu de tecnologia.
O índice STOXX Europe 600 de tecnologia subiu 0,7 por cento, com a fabricante de chips ARM em alta de 3,7 por cento.
"O mercado está subindo por Wall Street, mas os volumes estão baixos", disse Richard Batty, estrategista global de investimentos da Standard Life Investments, que administra 157 bilhões de libras em ativos.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 1,07 por cento, a 5.923 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,65 por cento, para 7.303 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,92 por cento, para 3.978 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,16 por cento, para 21.444 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 avançou 0,36 por cento, para 10.343 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,44 por cento, para 7.696 pontos.

Mercados

Moedas – A afirmação do RBA de que a alta do AUD ajuda no combate a inflação e que mais subida de juros é desejável deram sustentação à moeda australiana. Entretanto, a volatilidade das commodities trouxe muita oscilação intraday. Já no caso do Euro, o mercado acabou desprezando a fala de Juncker (Presidente da Comissão Européia) que disse: alguma reestruturação da dívida Grega pode ter que vir a ser considerada. Os dados americanos piores deveriam ter implicado na perda de valor do USD e foi o que se viu ao final do dia.

BRL – Apresentou grande vol no dia, acompanhando os demais mercados. Fechou com valorização maior que o AUD e o Euro (movimento que não se observava à vários dias) apesar dos gringos não terem aumentado a venda no futuro. O movimento do interbancário foi melhor (2,2 bi), sendo possível que o fluxo tenha sido positivo no dia (a atuação do BC se limitou a 25 MM).

Juros – Apesar das taxas curtas terem fechado estável, o mercado continuou fazendo apostas baixistas para o juro longo. As commodities agrícolas subiram, mas o petróleo e os metais voltaram a cair. Há que se ressaltar que o fundamento dos grãos continua de baixa segundo o último relatório do USDA que estima um quadro de suprimento adequado.

Bolsas – Ásia – Abriram com tendência de reproduzir a queda de NY na 2ª (o warning da HP sobre um trimestre difícil que afetava o futuro do S&P no after respingava sobre as ações de Tecnologia). Entretanto, os mercados se recuperaram ao longo do dia. No caso do Japão, a alta do Iene ajudou as exportadoras. Em algumas outras praças, a subida das ações de Basic Materials respaldou o ganho dos índices.

Europa – Tinha que descontar a piora de NY na tarde do dia anterior. Para complicar, os dados do dia levaram as bolsas americanas para o terreno negativo pela manhã. Com isso, a Europa fechou na low do dia. A maior perda de Frankfurt deveu-se ao indicador de confiança do investidor que recuou forte. As ações de Tecnologia lideraram as quedas. Ao contrário do que se observou na Ásia, as ações de Raw Materials recuaram por causa da queda mais acentuada dos metais e petróleo depois que a sessão americana se iniciou.

S&P – O movimento em NY foi o oposto do observado no dia anterior. Pela manhã ajudou a consolidar a baixa mundialmente. À tarde, se recuperou das fortes perdas. A rápida queda do petróleo que afetava as ações de Energy amainou, assim como, as ações de IT se recuperaram. Ainda assim, as bolsas fecharam em ligeira baixa.

Bovespa – Uma forte briga entre players locais (compradores) e gringos (vendedores) provocou muita volatilidade intraday. Mas o apetite dos brasileiros foi maior e a bolsa paulista se descolou das baixas de fora. Não há como desprezar o fato das ações terem caído muito mais, por aqui, nas últimas semanas. Mesmo com o petróleo caindo, as ações da Petrobrás voltaram a se destacar (o resultado melhor do 1º trimestre ainda mexe positivamente com o sentimento do investidor). O destaque dos Raw Materials não se restringiu ao petróleo (Mineração e Siderurgia também subiram). As ações de Real Estate que tinham caído na 2ª se recuperaram ontem.

Commodities – Novamente, os fundamentos prevaleceram e petróleo e metais recuaram. Entretanto, há que se acentuar que o dia foi de muita oscilação. Nos agrícolas, observa-se que o mercado deixou de lado a tendência de baixa depois dos problemas climáticos americanos. Ainda não se sabe a real extensão dos prejuízos e o mercado deveria aguardar o novo relatório do USDA para um posicionamento mais seguro (o último divulgado na semana passada triggou fortes baixas nos grãos).


Ásia – Capitaneadas por Tóquio, as bolsas asiáticas subiram. A queda do Iene que ajuda as exportadoras e perspectiva positiva para Fukushima (anúncio de plano que possa controlar a situação na usina) animaram os investidores. Mesmo com a alta no preço de imóveis na China, que pode triggar mais medidas de contenção, as bolsas de Shanghai e HK subiram. A Austrália destoou por causa de dados de salários menores e queda na confiança do consumidor. O AUD caiu por conta dos mesmos fatores (menor possibilidade dos juros subirem). O corte no rating de quatro bancos australianos reforçou o movimento.

Commodities – Acompanham a melhora dos outros mercados (bolsas e moedas) e os diversos segmentos apresentam alta.

Treasuries americanos – As taxas subiam na sessão européia dos futuros até os dados americanos serem divulgados e frustrarem o mercado. Com a piora dos diversos mercados acabou fechando em baixa mais uma vez ontem. Hoje, o movimento de queda prossegue.

Europa – Ontem, as bolsas européias não descontaram a melhora que NY tinha tido na 2ª. Hoje, reforçadas pelo movimento de alta da Ásia e recuperação das bolsas americanas ontem à tarde, já abriram guepadas, apesar de dados de emprego piores em UK.

S&P futuro – Sobe ligeiramente na sessão européia.

Bolsas asiáticas fecham em alta; Hong Kong ganha 0,5%

Os mercados da Ásia se recuperaram nesta quarta-feira. A maioria das bolsas da região, que teve baixa nas últimas semanas, acabou alavancada pela presença de investidores em busca de ofertas de ocasião. E também reagiu a fatores locais.
Este foi o exemplo na Bolsa de Hong Kong, estimulada pela entrada dos caçadores de barganhas, após apresentar queda em 12 das últimas 14 sessões. O índice Hang Seng subiu 110,06 pontos, ou 0,5%, e terminou aos 23.011,14.
Nas Bolsas da China, houve também ganhos moderados. A alta foi liderada pelos setores imobiliário, bancário e de geradoras de energia, à medida que os preços dos imóveis continuam a subir e os investidores sentiram segurança nas empresas altamente capitalizadas. O índice Xangai Composto subiu 0,7% e fechou aos 2.872,77 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,5% e terminou aos 1.202,70 pontos.
O yuan se valorizou ligeiramente em relação ao dólar, após o Banco Central chinês reduzir a taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,5108 yuans para 6,5074 yuans) por conta do enfraquecimento da moeda norte-americana nos mercados internacionais. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5047 yuans, de 6,5060 yuans do fechamento de terça-feira.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em alta, ensaiando uma leve recuperação depois de uma sequência de três sessões com perdas. O Índice Taiwan Weighted avançou 0,68% e fechou aos 8.944,84 pontos.
A recuperação das bolsas asiáticas levou a Bolsa de Sydney, na Austrália, a fechar em alta firme. O índice S&P/ASX 200 avançou 0,2% e terminou aos 4.693,7 pontos.
O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, teve alta de 1,6% e fechou aos 2.135,78 pontos, encerrando uma sequência de quatro pregões de baixa.
Nas Filipinas, a Bolsa de Manila fechou positiva, com os investidores acumulando ações após os declínios em três das quatro últimas sessões. O Índice PSE subiu 0,98% e encerrou aos 4.303,31 pontos.
A Bolsa de Cingapura terminou em leve alta, em meio a fortes fechamentos nos mercados asiáticos, uma vez que o apetite pelo risco aumentou após negociações variáveis nas últimas sessões. O índice Straits Times ganhou 0,2% e fechou aos 3.141,21 pontos, com destaques para papeis de bancos e de produtores de palma.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, avançou 1,1% e fechou aos 3.840,20 pontos, com procura por barganhas após recentes quedas. Investidores domésticos responderam por 70% das negociações, enquanto os estrangeiros estiveram vendidos, principalmente por causa de preocupações com as dívidas da zona do euro.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 0,8% e fechou aos 1.075,91 pontos, com pesos pesados liderando as perdas, com os investidores estrangeiros mantendo-se vendedores líquidos há duas sessões.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,3% e fechou aos 1.541,27 pontos, liderado por papeis do setor agrícola após fortes resultados no primeiro trimestre. Expectativas de bons números do PIB também animaram os investidores

terça-feira, 17 de maio de 2011

Analise Tecnica

INDÍCE FUTURO- Depois de formar um fundo parcial em 63.200, o
índice oscilou muito, mas chegou a perdere ste ponto na última hora,
o que se confirmado o levará a 62.620 e 62.040, sempre na busca
pelo objetivo maior em 61.400, que seria excelente ponto de entradas.
Se romper 63.610 apontará nova alta, que ganhará força acima de
64.100(principal) e 64.360, chegando a 64.580 (principal) e 64.950.

IBOVESPA- Depois de formar um fundo parcial em 62.675 registrou
uma reação técnica, mas no fechamento já brigava de novo neste
suporte e o mais provável é que continue caindo até 60.960, agora
com suportes fracos em 62.115 e 61.545. Se romper 63.115 pode
tentar um novo pull-back, que só ganha força se vencer 63.582
(principal) e 63.830.

DOW JONES - No fechamento o Dow brigava em torno do fundo do
atual processo secundário de baixa, em 12.537, com boa chance de
perdê-lo e chegar até 12.392 e 12.260(principal) este onde deve
novamente passar por uma boa reação. Se romper 12.608 deve ir
a 12.677(principal) e 12.718, níveis onde deve novamente realizar.
Resistência 12.781.

PETROBRÁS PN -Ao testar o relevante fundo dos R$23,35, logo na
abertura, o papel reagiu com força e só arrefeceu ao se aproximar
da principal correção curta em R$24,37. A realização da tarde possivelmente
vai montar um pivô de alta entre R$23,81 e R$23,54
(principal), mas compras tem que ter stop em R$23,50. Uma nova
alta vai inicialmente a R$24,37 e R$24,65.

OGX ON - Um pouco acima da principal retração curta, em R$14,71,
o papel caiu forte, mas na última hora respeitou a principal retração
em R$13,56, o que deixou o quadro indefinido. Se romper R$14,09
pode tentar nova alta, que ganha força acima de R$14,55 e R$14,80.
Já se perder R$13,56 deve vir efetivamente nos R$12,95 e abaixo
deste bom suporte acelera forte a tendência de baixa.

GERDAU PN - O papel vai acelerando a tendência de baixa e agora
deve chegar a R$16,15, sendo que se perder este ponto vem no
objetivo mais importante de R$15,25, que seria um bom nível para se
arriscar compras com stop em R$15,10. Se romper R$16,67 deve
passar por uma correção, que chegaria a R$17,03 e R$17,42, este
um bom ponto de vendas.

VALE PNA- A abertura com bom gap de baixa formou um fundo
parcial em R$41,73, mas se perder este ponto deve seguir na sua
busca pelos R$39,70, que é nosso objetivo esperado para as
próximas semanas e bom ponto para uma compra de giro. Se romper
R$42,32 deve ir a R$42,82 e R$43,06, este um bom ponto de vendas
novamente.

Commodities pressionam e bolsas da Ásia fecham estáveis

A maioria das bolsas de valores asiáticas fecharam quase estáveis nesta terça-feira, com sinais de uma desaceleração na retomada econômica dos Estados Unidos somados à queda do petróleo e à alta do dólar.
Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou com leve alta de 0,09 por cento e o índice mais amplo Topix recuou 0,08 por cento.
O mercado do Japão perdeu mais de 3 por cento nos últimos três pregões, seguindo a queda dos ativos mais arriscado, com investidores avaliando o esperado fim do programa de estímulos do Federal Reserve, em junho.
"Todos os olhos estão nas commodities", disse Takashi Ohba, estrategista da Okasan Securities. "Normalmente, a queda das commodities seria considerada positiva para a economia, mas nesses dias o mercado se tornou um barômetro de exposição a risco -- as commodities estão em baixa, então todos estão em um humor de aversão a risco."
O índice de Seul caiu 0,08 por cento, superando a pressão de venda de investidores estrangeiros e os declínios em ações de tecnológicas como a Samsung Electronics.
O setor de tecnologia tinha a maior perda do índice da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, que operava perto da estabilidade. As ações da Samsung caíram mais de 1 por cento.
Alguns mercados da Ásia, como o de Cingapura, estavam fechados por feriado.
Em Hong Kong, o mercado perdeu 0,26 por cento e a bolsa de Taiwan retrocedeu 0,31 por cento. Os índices de Xangai e Sydney fecharam em alta de 0,13 e 0,73 por cento, respectivamente.

Mercados

Moedas – A dificuldade do governo americano em convencer o Congresso a aprovar a ampliação do limite de endividamento federal pode levar à paralisia do Estado e criar problemas para a economia. Como nos últimos dias, tanto Obama quanto Geithner e Bernanke elevaram o tom de alerta sobre o assunto e hoje venceu o primeiro prazo mencionado pelo secretário do Tesouro, o USD apresentou tendência de queda (agravada pela perspectiva de recuo da atividade industrial na região de NY). O AUD apresentou resistência maior por causa da pretensão do governo australiano (reforçada ontem) de cortar gastos e reduzir os juros. Já o Euro subiu mais porque os Ministros de Finanças concordaram com a ajuda a Portugal e espera-se que os problemas que Strauss-Kahn enfrenta com a justiça americana não atrapalharão a ampliação/extensão da ajuda à Grécia.

BRL – Oscilou de acordo com o movimento de fora e fechou com ligeira baixa. Qualquer possibilidade de descolamento (valorizar mais que fora) só se o fluxo financeiro voltar a ficar positivo. Ontem, o movimento do interbancário (1,6 bi) e a compra do BC (apenas 60 MM) indicam que isso não aconteceu.

Juros – A maior instabilidade dos mercados fora e a queda na projeção de inflação futura fizeram os juros recuarem na BM&F (num dia de fraca liquidez mais uma vez).

Bolsas – Ásia – Descontaram a alta indevida de 6ª, porque a Europa que havia motivado a subida de algumas bolsas na hora final do mercado (PIB alemão surpreendeu para cima) fechou em baixa. Além disso, os juros de curto prazo subiram na China com o compulsório, desmontando o view positivo da 6ª.

Europa – As bolsas americanas que nos últimos dias vinham sinalizando o movimento correto para as bolsas européias, ontem atrapalharam. A Europa que caía forte (no embalo da Ásia, Strauss-Khan e repercutindo as notícias da política americana) se recuperou e fechou com perdas pequenas quando NY chegou a apresentar variação positiva. Entretanto à tarde as bolsas americanas devolveram tudo e fecharam no vermelho.

S&P – As incertezas derivadas da falta de aprovação de medida no Congresso e a forte queda do Empire Manufacturing prevaleceram e as bolsas de NY fecharam em queda. Curiosamente, a maior baixa foi no setor de tecnologia e no after a HP informou que enfrenta dificuldades de manter os lucros no trimestre corrente (o S&P recuava mais 5 pontos).

Bovespa – O balanço da Petrobrás até que chegou a animar a bolsa paulista ontem, mas o efeito durou enquanto NY ajudou. Como NY caiu, aqui acompanhou e alta das ações da petroleira foi compensada pelas baixas nas ações de Bancos e Real Estate.

Commodities – Os fundamentos acabaram prevalecendo e petróleo e metais recuaram. No caso dos agrícolas, os problemas climáticos nos US deram suporte para altas no trigo e milho.

Ásia – As bolsas asiáticas abriram apáticas, reproduzindo as baixas de NY, mas se recuperaram no final. O setor de Basic Materials que, nos últimos dias tem sido destaque de baixa, hoje subiu. O call da HP de um trimestre corrente difícil que chegou a fazer o S&P futuro cair 7 pontos no after de ontem, não triggou baixas mais acentuadas na Ásia (o setor de IT tem peso relevante nas bolsas da região e a bolsa com maior contribuição – Taiwan – foi a que mais caiu ). As moedas começaram a esboçar ganho na sessão asiática (no caso do Iene houve desvalorização; o que é visto como positivo pelo governo e empresas). A alta do AUD foi ajudada por comentários do RBA: disse que a alta de juros pode ser necessária para conter a inflação (fazendo contraponto aos estudos de cortes de gastos que poderia levar os juros para baixo).

Commodities – Sem uma justificativa cabível, os diversos segmentos apresentam alta. A mais expressiva é no cobre (+0,9). Petróleo e grãos sobem mais timidamente.

Treasuries americanos – A combinação da compra de títulos pelo Fed com a possibilidade do Tesouro suspender a venda de títulos até que o Congresso aprove a ampliação do limite de endividamento deu sustentação a mais uma queda dos juros ontem. Embora nada tenha se alterado significativamente, hoje as taxas se recuperam das baixas dos últimos dias (no geral as taxas têm subindo nos dias de melhora de mercado).

Europa – As bolsas européias tentam acompanhar a melhora observada na Ásia. A bolsa de Frankfurt cai por causa de dado indicando piora na expectativa de investidores com a economia. Em UK, a maior inflação de Abril não causou apreensão (o call do BoE é de que a inflação é passageira e as quedas recentes das commodities reforça o view). O acordo da EU/IMF com Portugal reforça o movimento.

S&P futuro – O call da HP sobre um trimestre difícil chegou a fazer o índice cair ontem no after. Entretanto, tanto a Ásia quanto a Europa não repercutiram o fato e às 08:15 o S&P futuro apontava para ligeira alta.

- A inflação voltou a subir em UK no mês de Abril (4,5 YoY), mas curiosamente os mercados não reagem de maneira negativ. Indicação de que o call do BoE – que a inflação irá cair no futuro – tem credibilidade. A recente queda no preço das commodities justifica tal comportamento

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bolsas na Europa mantém sequência e fecham em baixa

As bolsas europeias mantiveram a sequência de queda e fecharam em baixa nesta segunda-feira por conta de temores de que a dívida externa de alguns países europeus não possa ser paga a tempo e potencializados pela prisão, neste final de semana, do chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, em New York.
Segundo agências internacionais, os investidores estavam preocupados que a prisão de Strauss-Kahn atrase a solução para as dívidas que assolam a zona do euro e os países periféricos, principalmente a Grécia. A prisão do executivo, apontam estes veículos, aconteceu em um período difícil para os mercados, pois há alguns eventos programados que requerem alto nível de envolvimento do Fundo Monetário Internacional.
De acordo com Joshua Raymond, estrategista ouvido pelo Wall Street Journal, o momento é de cautela, pois os operadores estão esperando para saber como a situação grega irá evoluir, principalmente no contexto de uma reestruturação da dívida e das cláusulas obrigatórias de austeirdae que possam acompanhá-las.
Ao final dos negócios, a Espanha, o índice Ibex 35, da bolsa de Madri, caiu 0,36%, aos 21.685 pontos; em Paris, o índice CAC-40 cedeu 0,72%, aos 3.989 pontos; na bolsa de Milão, o índice FTSE-MIB caiu 0,36%, aos 21.685 pontos; em Frankfurt, o índice DAX perdeu 0,21%, aos 7.387 pontos, e em Londres, o índice DAX perdeu 0,21%, aos 7.387 pontos.
No continente, a inflação anualizada nos países da zona do euro subiu um décimo em abril, passando de 2,7% para 2,8%. No conjunto da União Europeia, este percentual foi de 3,2%, também um décimo acima do número de março (3,1%).
De acordo com o escritório estatístico comunitário (Eurostat), os componentes com maior elevação no período foram os transportes (5,9%), habitação (5,0%) e álcool e tabaco (3,4%), já as menores taxas foram registradas por comunicações (-0,9%), recreação e cultura (0,9%) e eletrodomésticos (1,0%).

Mercados

Moedas – Durante a sessão asiática, o Euro e o AUD esboçavam perda na 6ª. Após o PIB da Alemanha a tendência se inverteu. Entretanto, como os mercados voltaram a piorar e as incertezas sobre o aumento dos juros pelo ECB cresceram (no caso do AUD a perspectiva de manutenção é maior), a moeda européia caiu forte. É importante lembrar que em meados de Março (quando a perspectiva de alta de juros começou a ser delineada) o Euro era cotado a 1,39. Outro fato relevante é que o QE2 – que provocou a onda de queda no USD, alta de commodities e ações - está próximo do fim.

BRL – No fechamento do dia se pôde constatar que o movimento da moeda brasileira ficou parecido com a oscilação de fora (Euro e AUD). Entretanto, é importante mencionar que a queda do BRL ocorreu antes que o recuo das moedas ocorresse lá fora. A exposição do mercado ao Real é elevada (uma parte grande das reservas internacionais decorre de passivos assumidos por vários agentes) e ajustes nas posições causam as oscilações para cima ou para baixo. A tentativa de reduzir a exposição num mercado com fluxo financeiro pequeno tem provocado algum atrito nos últimos dias.

Juros – Mais uma vez na semana o volume de negócios foi baixo e isso acaba comprometendo qualquer inferência sobre a ligeira alta observada na taxas dos DIs nos minutos finais do mercado de 6ª.

Bolsas – Ásia – O desejo do governo japonês de que os bancos assumam parte do prejuízo que a usina nuclear de Fukushima está tendo (não quer assumir os custos com dinheiro público) acabou fazendo as bolsas asiáticas caírem – o Nikkei chegou a cair 1,7 na low do dia. Entretanto, aquelas que fecham mais tarde e casam com a abertura da Europa (bolsas chinesas) se recuperaram com o otimismo provocado pela divulgação do PIB maior do 1º trimestre na Alemanha (o problema é que as bolsas européias acabaram fechando em queda depois).

Europa – O Fed e o ECB deram ênfase, conjuntamente, a importância de se prosseguir com a regulamentação das operações bancárias (principalmente em relação aos grandes bancos). O mercado que já vinha sofrendo com a instabilidade nas ações ligadas às commodities (Basic Materials e Oil & Gas) passou a pesar com os Financials. O mercado iniciou o dia otimista com os dados de crescimento na Zona do Euro, mas as incertezas mencionadas prevaleceram e no final caíram.

S&P – Apesar das baixas serem maiores nos setores de Financials, Basic Materials e Oil & Gas, como na Europa, as quedas se generalizaram (mesmo com o dado de Michigan melhor). As ações de Tecnologia acompanharam o movimento observado na Ásia. O mercado está próximo das highs pós-crise de 2008 e encontra alguma dificuldade de superar o patamar por causa das várias incertezas dominando o cenário econômico (Japão, crise árabe, Europa e fim do QE2). Além disso, o volume de negócios tem sido muito baixo, evidenciando pouco interesse dos investidores nos negócios com ações.

Bovespa – Acompanhou o movimento de fora e fechou na low do ano. Os setores com pior desempenho foram idênticos aos das bolsas de fora (ênfase para Financials e Raw Materials).

Commodities – Apesar da ligeira alta dos metais, em parte fruto do otimismo que tomou conta dos mercados com o PIB na Europa (principalmente a recuperação das bolsas chinesas no fechamento), o viés ainda é de baixa por causa das incertezas com o ritmo de crescimento da China. Os grãos chegaram a subir no melhor momento do dia, mas o quadro de suprimento mais tranqüilo, segundo o USDA, acabou prevalecendo e os produtos recuaram. No petróleo a vol não foi menor e o produto acabou fechando em ligeira alta. Não se pode deixar de relembrar dois pontos importantes: (1) que a margem subiu na CME e (2) que países importantes estão cortando a produção porque a demanda está fraca.


Ásia – Algumas bolsas tinham que descontar a alta de 6ª por causa do comportamento positivo das bolsas européias no início dos negócios (reação ao PIB melhor da Alemanha) que foi revertida durante o dia. O mercado já abriu com gap de baixa e a sessão terminou com a Ásia reproduzindo o movimento de 6ª da Europa e NY, mesmo com dados positivos no Japão – Machinery Orders. Os investidores que no pregão anterior haviam relevado a ação do PBoC tiveram tempo para refletir no final de semana. A alta das taxas do Money Market, hoje, ajudou a modificar o view. Os destaques de baixa foram os mesmos: Basic Materials, Oil & Gas e Financials (este último apesar de ter sido mencionado que as exigências normativas serão menores para os bancos asiáticos nesta nova rodada de regulamentação.

Commodities – Os problemas climáticos em certas regiões americanas alteraram o panorama de produção e podem levar o USDA a mudar o call sobre o suprimento agrícola. Com isso, os grãos sobem na sessão européia. Nos demais mercados (petróleo e metais) os fundamentos permanecem os mesmos e os preços caem.

Treasuries americanos – O viés baixista do mercado (compras do Fed não terão contrapartida de leilões do Tesouro por duas semanas) prevaleceu na 6ª ajudado pela queda das commodities e alta do USD. A possibilidade do Tesouro vir a paralisar (momentaneamente) a emissão de títulos, associada às compras do Fed, pode fazer os juros recuarem nas próximas semanas. Hoje, as taxas caem.

Europa – As incertezas já não eram pequenas. Com os problemas de Domenique-Khan e as dúvidas sobre os efeitos da paralisia que a não aprovação da ampliação do teto de endividamento pode ter sobre a economia, os investidores se mostram reticentes e as bolsas européias recuam. Entretanto ao invés de perder valor, o USDA se valoriza diante das principais moedas.

S&P futuro – Desde a sessão asiática reflete o tom mais forte da cobrança do governo americano em relação à aprovação da ampliação do endividamento. Às 08:15, recuava. Uma parte da alta que se observa hoje nas bolsas da Europa já foi embolsada na parte da tarde de ontem pelas bolsas de NY. Apesar disso, o índice continua subindo (0,2 às 08:00) indicando que o dia pode voltar a ser positivo para as ações. A agenda do dia traz dados que pode afetar o rumo do dia (principalmente o sentimento de Michigan).

- O problema com o Diretor-Gerente do FMI adiou o debate (importantíssimo) que deveria ter ocorrido ontem e cujo foco seria a extensão/ampliação da ajuda à Grécia. Quem sabe, o fato não precipite um sentido de urgência nos governantes da Zona (no passado foi preciso um empurrãozinho do mercado para eles se mexerem). Hoje, o spread dos papéis gregos volta a subir depois de vários dias em baixa.

Inicialmente, o Secretário do Tesouro americano havia mencionado a data de hoje como limite para que a não ampliação do valor de endividamento federal pelo Congresso pudesse paralisar o governo e colocar a economia em situação difícil. O prazo foi estendido para dois de Agosto. Entretanto, Geithner subiu o tom de urgência do tema. Mensalmente, o Tesouro coloca Treasuries/Notes à venda em duas tranches semanais. Esta semana terá que anunciar a venda de papéis de dois, cinco e sete anos que ocorrerá entre os dias 24 e 26 e aí de fato se poderá constatar se algum problema já existe no presente.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Índices europeus fecham em queda após comentários de Trichet

As bolsas de valores europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, pressionadas por comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, sobre a crise de dívida em países da periferia da zona do euro. Dados de inflação nos Estados Unidos também pesaram.
O índice FTSEurofirst 300 <.FTEU3>, que mede o desempenho dos principais papéis do continente, caiu 0,4 por cento, aos 1.140 pontos, abandonando os ganhos verificados mais cedo após fortes dados sobre a economia de Alemanha e França terem mais do que ofuscado a fraqueza em algumas nações periféricas do continente.
Trichet instou a Grécia a reforçar seu plano de reformas e reiterou a visão de que o país não deveria reestruturar sua dívida.
"Os discursos de Trichet nos últimos dois meses têm indicado uma postura mais 'hawkish' (a favor da elevação de juros)", disse Veronika Pechlaner, que gerencia 100 milhões de euros (144 milhões de dólares) no fundo de ações Ashburton European, embora "a maioria do mercado esteja esperando algum tipo de reestruturação de dívida grega".
As ações de bancos figuraram entre as de pior desempenho, com o índice de bancos STOXX Europe 600 <.SX7P> em queda de 0,9 por cento. Commerzbank e Dexia , que têm exposição a títulos gregos, caíram 3,3 e 2,4 por cento, respectivamente.
Em LONDRES, o índice Financial Times <.FTSE> fechou em baixa de 0,32 por cento, a 5.925 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX <.GDAX> caiu 0,55 por cento, para 7.403 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 <.FCHI> perdeu 0,11 por cento, a 4.018 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib <.FTMIB> teve desvalorização de 0,11 por cento, para 21.764 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 <.IBEX> retrocedeu 1,25 por cento, a 10.356 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 <.PSI20> encerrou em queda de 0,1 por cento, para 7.766 pontos.

Mercados

Moedas – Os mercados abriram o dia ampliando o movimento do dia anterior (as commodities caíam e o USD perdia valor). Entretanto, a melhora observada depois que NY abriu fez o rumo se alterar e o Euro passou a subir (os comentários de um membro do ECB – Lec Coene, dizendo que a elevação dos juros no mês passado não foi um evento isolado, ajudou na alta). A perspectiva de corte fiscal e menos juros na Austrália (além das medidas de contração na China e de dados que mostraram corte de pessoal no país) limitaram a recuperação do AUD que fechou no vermelho.

BRL – Replicou a vol externa e sem a perspectiva fiscal contracionista que limite a alta dos juros, como na Austrália, acabou subindo como o Euro (muito timidamente).

Juros – Também oscilou com o movimento externo. A continuidade da alta das commodities provocava deslocamento da curva de juros para baixo que foi se revertendo com o decorrer do dia. Entretanto, como a inflação pode recuar no curto prazo com a queda prevista no preço dos combustíveis não houve força para as taxas subirem e recuperarem a queda do dia anterior (mesmo com Tombini reforçando um ciclo longo de altas da Selic ou com o leilão de pré-fixados que normalmente faz as taxas subirem nos dias em que são realizados).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas aprofundaram as quedas observadas na Europa e em NY no dia anterior sem que uma informação nova ocorresse (o aumento do compulsório na China veio depois que os negócios já estavam encerrados). A perspectiva de queda no preço das commodities foi o responsável pelas baixas e as ações de Basic Materials e Oil & Gas continuaram se destacando.

Europa – A recuperação das bolsas americanas e a queda nos spreads dos sovereign bonds acabaram compensando os dados econômicos piores, com isso o FTSE e o Dax fecharam com quedas bem menores que as observadas nas lows do dia.

S&P – Recentemente, nos dias em que a China toma alguma iniciativa monetária e as expectativas pioram na Europa os mercados melhoram depois da abertura de NY e isto não foi diferente ontem. A alta das ações se apoiou na recuperação dos preços das commodities e levou o USD a perder valor.

Bovespa – Chegou a fazer a low do ano no início dos negócios, mas se recuperou com NY.

Commodities – Os grãos continuaram repercutindo o relatório do USDA que indica um quadro de suprimento mais folgado. Os metais acabaram se recuperando das perdas iniciais, apesar do aumento do compulsório na China e o petróleo ainda sofreu com os reflexos do aumento de margem nas operações futuras (embora tenha subido na sessão americana dos futuros).

Ásia – A queda do Nikkei (chegou a cair 1,7 pct) provocou baixas nas bolsas asiáticas. A possibilidade dos bancos japoneses terem que provisionar perdas nos empréstimos para a empresa que administra a usina nuclear com problema assustou os investidores. Entretanto como as bolsas chinesas pegam uma parte da sessão européia (principalmente HK), elas se beneficiaram da subida das bolsas na Europa e fecharam em alta. O mercado acabou desconsiderando (como já havia ocorrido em NY ontem) a alta do compulsório.

Commodities – Após estarem caindo na sessão asiática, sobem com a virada que a divulgação do PIB da Alemanha e Europa provocou nos mercados.

Treasuries americanos – Os mercados abriram a 5ª com tendência de queda, mas melhoraram ao longo do dia. Com isso, e com o leilão de papéis de 30 anos, as taxas passaram a subir e fecharam em alta. Os leilões darão uma pausa e só retornam em duas semanas; então as compras diárias colocam um viés baixista na taxa. Por isso, apesar da alta das bolsas, commodities e moedas a subida dos juros hoje é tímida.

Europa – Com a informação de forte incremento no PIB da Alemanha, as bolsas européias já abriram com gap de alta (antes mesmo da divulgação do PIB da Zona do Euro), desprezando as baixas na Ásia. As moedas (Euro e AUD) seguem o mesmo caminho.

S&P futuro – Uma parte da alta que se observa hoje nas bolsas da Europa já foi embolsada na parte da tarde de ontem pelas bolsas de NY. Apesar disso, o índice continua subindo (0,2 às 08:00) indicando que o dia pode voltar a ser positivo para as ações. A agenda do dia traz dados que pode afetar o rumo do dia (principalmente o sentimento de Michigan).

- Enquanto o BC do Chile aumentou a taxa de juros básica em 50 pontos (de 4,5 para 5,0), o da Coréia manteve inesperadamente a taxa em 3 pct.

- O PIB do 1º Trimestre da Alemanha e da Europa surpreendeu para cima.

Na 2ª feira acontecerá a reunião mensal entre governantes da Zona do Euro. Para atender à questões políticas internas, o discurso tentará mostrar que a liberação de dinheiro para a Grécia dependerá de mais aperto. Entretanto, é importante lembrar que a falta de alternativa afeta os dois lados e ambos podem perder (mais aqueles que hoje se encontram em situação confortável). Considerando isso, os spreads dos sovereign bonds continuam recuando hoje, apostando que o problema financeiro será resolvido no curto prazo.

Bm&fbovespa : dupla listagem com cme deve começar até fim do 3º tri/11

A dupla listagem de contratos de derivativos com o CME Group deve ter inicio ate o final do terceiro trimestre deste ano, afirmou o diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto.
O acordo preve num primeiro momento a listagem do mini contrato futuro do S&P 500 e de soja com liquidação financeira, e o de Ibovespa futuro na bolsa de Chicago.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Índice europeu de ações fecha em alta após balanços corporativos

O principal índice de ações da Europa fechou em alta nesta quarta-feira, impulsionado por sólidos balanços corporativos, embora gestores de fundos avaliem que no curto prazo o mercado deve se mostrar volátil até que a situação de dívida em países periféricos da zona do euro seja resolvida.
O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente, subiu 0,3 por cento, aos 1.153 pontos, reduzindo os ganhos verificados mais cedo após as bolsas de valores em Nova York abrirem em baixa por fracos resultados.
"No longo prazo, o preço das ações europeias será justo e o mercado vai subir, ainda que a volatilidade continue até que a questão de dívida soberana seja resolvida", disse Caroline Vincent, que gerencia 45 milhões de libras na Cavendish Asset Management.
Fortes balanços corporativos foram os principais responsáveis pela alta do mercado. Investidores compraram ações da grupo francês de bens de luxo Hermes, que subiu 3,5 por cento após reportar que as vendas do primeiro trimestre superaram as estimativas. O volume de negócios com esse papel somou mais que o triplo da média dos últimos 90 dias.
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,71 por cento, a 5.976 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX teve oscilação negativa de 0,09 por cento, para 7.495 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,14 por cento, a 4.058 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,21 por cento, para 22.031 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 avançou 0,55 por cento, a 10.531 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,65 por cento, para 7.773 pontos.

Mercados

Moedas – Ao longo do dia observou-se idas e vindas nas cotações do Euro e do AUD. No fechamento, a subida no preço das commodities, o recuo no spread dos sovereign bonds de países periféricos (perspectiva de mais ajuda financeira para a Grécia) e a valorização das ações acabaram fazendo prevalecer a queda no valor do USD.

BRL – A fala de Aldo Mendes não ajudou apenas os juros a subirem. O BRL que já apresentava tendência de alta (por causa da melhora dos mercados no exterior) consolidou o movimento com as palavras do diretor do BC (com juros maiores fica mais atraente trazer USD para o país). Os gringos voltaram a vender dólares (900 MM) e a atuação do BC nos leilões (330 MM) dá indicações de que o fluxo cambial vai voltando.

Juros – A subida no preço das commodities e as palavras de um diretor do BC – a elevação da Selic durará o tempo que for necessário para que a meta seja alcançada em 2012 – colocaram os juros de volta à trajetória de alta depois de vários dias.

Bolsas – Ásia – O mercado preferiu seguir a cautela dos investidores europeus ao otimismo do americano. Por isso, as bolsas acompanharam as quedas observadas na Europa. Dados positivos de balança comercial (crescimento das exportações dentro do esperado) fizeram a bolsa de Shanghai subir e alguns balanços positivos de empresas japonesas levaram à reação do Nikkei no final do pregão.

Europa – As especulações sobre um pacote de ajuda à Grécia (em valor suficiente par suprir as necessidades de 2012 e 2013) ajudaram as bolsas européias a descontarem a melhora de NY na tarde do dia anterior.

S&P – A alta das bolsas européias deu suporte para uma nova subida de NY. Diferentemente dos dois dias anteriores, as altas não se concentraram nos Basic Materials e Oil & Gas (se disseminaram pelos diversos setores). Entretanto, cabe assinalar dois aspectos relevantes: (1) o volume de ações negociadas continuou fraco e (2) os índices voltam a se aproximar das highs.

Bovespa – Acompanhou as altas de fora (mais timidamente), com destaque para a subida nas ações de Bancos (um dos mais importantes divulgou resultado) e Real Estate.

Commodities – Ontem foi outro dia de alta nos diversos segmentos (novamente nada triggou a elevação – o comportamento dos diversos mercados auto-alimentou o movimento).

Ásia – Ontem, as bolsas asiáticas haviam seguido a tendência européia das ações (que caíram na 2ª por conta da crise grega). Hoje com a perspectiva de novo pacote de ajuda para a Grécia, que fez a Europa se recuperar ontem, o mercado abriu com gap de alta. Entretanto, os dados econômicos chineses não vieram como o esperado: a inflação caiu menos que o esperado e a produção e vendas foram menores. Com isso, as bolsas chinesas acabaram no vermelho (Shanghai, HK e até Taiwan), afetando as demais praças (o Nikkei parou de subir – as ações eram ajudadas pela queda do Iene que favorece as exportadoras - com o dado). As exceções foram as bolsas da Austrália e Coréia que após tocarem a low do dia no momento da divulgação dos números engataram alta firme e fecharam com ganhos acima de 1 pct. Em Sidney, os investidores receberam positivamente a iniciativa do governo de reduzir fortemente a presença do governo na economia (cortar o déficit pela metade), abrindo espaço para o setor privado.

Commodities – Os dados chineses piores (mais inflação e menos produção e vendas) fazem os metais caírem. O petróleo e os agrícolas acompanham o movimento de forma mais discreta.

Treasuries americanos – A venda de papéis pelo Tesouro, a subida das commodities e a melhora dos mercados provocaram alta nos juros americanos ontem. Com a realização de novo leilão (24 bi de papéis de 10 anos), o mercado apresenta alta hoje.

Europa – Pelo segundo dia consecutivo, as bolsas americanas subiram nos negócios da tarde. Com isso, as bolsas européias abriam o dia com viés de alta para compensar essa diferença. A continuidade da queda nos juros dos spreads dos sovereign bonds dá sustentação à melhora, apesar dos dados chineses trazerem algumas incertezas para o cenário prospectivo.

S&P futuro – Como a Europa se limita a compensar a subida das bolsas americanas de ontem à tarde, o índice estava no zero a zero às 08:15.

- A China divulgou ontem à noite a rodada de dados mensais – referente a Abril - mais importante: CPI de 5,3 (esperado 5,2), PPI de 6,8 (contra 7,0 estimado), Produção Industrial = 13,4 (expecativa +14,6) e Retail Sales de 17,1 contra 17,5 ( todos os dados são YoY).

- O BC inglês prevê que a economia cresça menos e a inflação seja maior ao final do ano, caso o preço do petróleo continue em alta. Após a divulgação da Ata, a moeda e os juros subiram (o mercado viu no texto a perspectiva de alta de juros ainda este ano).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bolsas europeias fecham em alta por bancos e mineradoras

O principal índice das ações europeias fechou em alta nesta terça-feira, na cola de fortes ganhos no setor bancário, com o otimismo de que as instituições não devam sofrer prejuízos em breve com os títulos públicos gregos.
As mineradoras também avançaram, amparadas por fortes dados comerciais chineses que alimentaram esperanças com a recuperação econômica.
O FTSEurofirst 300 ganhou 0,8 por cento, aos 1.149 pontos, após a queda da véspera devido a preocupações com a situação fiscal em países periféricos da zona do euro.
"Há uma visão de que caso haja uma reestruturação de dívida, será de forma ordenada", disse Bob Parker, consultor sênior do Credit Suisse, que gerencia 1,28 trilhão de francos suíços em ativos.
"Houve temor na semana passada de que investidores e bancos teriam que assumir prejuízos no futuro muito próximo. O fator medo está agora reduzido. Qualquer revés será digerido aos poucos em vez de imediatamente, o que é muito importante."
O índice que mede o desempenho dos bancos gregos subiu 5,4 por cento, com Alpha Bank disparando 9,3 por cento. Outras instituições bancárias também tiveram alta, como os franceses BNP Paribas (+2,3 por cento) e Société Générale (+2,1 por cento).
Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 1,28 por cento, a 6.018 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,23 por cento, para 7.501 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,13 por cento, a 4.052 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,47 por cento, para 21.984 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 avançou 0,75 por cento, a 10.474 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,58 por cento, para 7.723 pontos

Analise Tecnica

IBOV - Com um volume bem abaixo da média, o Ibovespa iniciou a semana em alta de 0,32%, acima dos 64.200 pontos, fundo marcado em fevereiro deste ano e suporte intermediário neste momento.
Superando os 64.900 pontos, por onde passa a média móvel de 9 dias, o índice encontrará resistência em 65.450 pontos, voltando negociar próximo da banda superior do canal de baixa que liga os topos de 6 e 21 de abril.
Perdendo os 64.200 pontos e posteriormente a faixa de 63.700 pontos, o Ibovespa segue para o fundo dos 63.100 pontos, por onde passa a banda inferior de Bollinger. Abaixo, suporte em 62.355 pontos, mínima verificada em 19 de julho do ano passado.

DJI - Pressionado pela média móvel de 9 dias, o Dow Jones iniciou a semana com alta de 0,36%, sem forças para ultrapassar a resistência intermediária em 12.750 pontos, visto o volume abaixo da média registrado na última segunda-feira.
Deste modo, abrindo abaixo de 12.520 pontos, por onde passa a média móvel de 21 dias, o índice norte-americano segue para 12.480 pontos, testando a LTA que passa pelos fundos formados em 16 de março e 18 de abril. Abaixo deste patamar, suporte apenas em 12.400 pontos.
Do outro lado, a superação dos 12.750 pontos, resistência intermediária neste momento, abre espaço para a busca do topo anual em 12.875 pontos, de olho nos 13 mil pontos, máxima verificada em maio de 2008.

S&P 500 - Sustentado pela média móvel de 21 dias, o S&P 500 segue em busca de uma definição do curtíssimo prazo, uma vez que se encontra em congestão entre 1.330 pontos e 1.355 pontos, máxima verificada na última sexta-feira.
Ultrapassando sua LTA de curto prazo, o S&P 500 segue para 1.320 pontos, mínima verificada em 20 de abril, dia que fora aberto um gap. Perdendo o patamar, o índice fecha o gap em 1.313 pontos.
Do outro lado, a manutenção dos 1.330 pontos gera uma expectativa positiva e o rompimento da resistência intermediária em 1.355 pontos abre espaço para a retomada da faixa de 1.365 pontos.

DOL FUT - Sem forças para ultrapassar os 1.638, o DOLFUT vai configurando uma congestão entre a resistência e a faixa de 1.600, região de importante suporte onde está concentrada a média móvel de 9 dias (1.603) e topo do mês de abril (1.607).
Superando a região de 1.638, o DOLFUT mira os 1.644 e posteriormente a faixa de 1.666, fechando o gap aberto em 30 de março. Do outro lado, perdendo os 1.607, o ativo segue para o patamar de 1.600, anulando sua tendência de alta no curtíssimo prazo.

PETR4 - Se os próximos dias da semana forem iguais à essa segunda-feira, haverá motivos para acreditar que PETR4 finalmente encontrou fundo em R$ 24,04 e poderá agora ensaiar uma recuperação dos preços, corrigindo a última perna de baixa que já se estende desde o início de abril.
Apesar do baixo volume negociado, o ativo foi o principal responsável por manter o Ibovespa no campo positivo ao longo do pregão de ontem, já que outras blue chips não tiveram uma performance tão boa.
De qualquer forma, o cenário ainda é de cautela, pois apesar do candle deixado no gráfico diário ser de alta, o baixo volume deixa em dúvida a continuidade desse movimento. Além disso, pelo fato da tendência ser claramente de baixa, operações contra a tendência devem ser analisadas com
maior rigor, pois no curtíssimo prazo podem oferecer entradas falsas.

VALE5 - O pregão dessa segunda-feira não trouxe grandes impactos para VALE5. Com um baixo volume negociado e os preços de abertura e fechamento bem próximos, o ativo deixou no gráfico diário um candle de indecisão sobre o suporte anterior em R$ 44,11.
Sem qualquer indicação mais clara de um possível repique dos preços, o ideal é continuar apenas observando o comportamento do ativo, aguardando pela melhor hora de operá-lo. Com as médias de 9 e 21 períodos pressionando os preços e as bandas de bollinger abrindo para baixo, não se pode afirmar que o suporte mencionado será capaz de segurar os preços acima dele.
No entanto, caso a máxima do candle de ontem em R$ 44,66 seja superado com volume bem acima da média perto do término do pregão, é possível abrir uma posição na compra, porém com objetivos bem curtos, visto que a tendência é de baixa.

BVMF3 - O início da semana não poderia ter sido melhor para BVMF3, depois de ter confirmado o rompimento do triângulo simétrico no pregão dessa segunda-feira. Operando praticamente todo o tempo no campo positivo, o ativo conseguiu inclusive, superar a faixa dos R$ 11,85, acionando um
pivot de alta.
Dessa forma, o papel agora já se encontra em tendência terciária de alta por três critérios, já que os topos e fundos estão ascendentes, os preços estão acima da média e a média de 21 períodos já vai virando para cima.
Assim, aos que seguiram a recomendação no relatório anterior, já devem ter montado posição no fechamento de ontem. O objetivo agora é buscar os R$ 12,27 que se superado, passa a ter como resistência os R$ 12,54.

GGBR4 - A exemplo de CSNA3 e USIM5, que estão testando o suporte de 2 anos atrás, GGBR4 encontra-se exatamente na mesma situação. Acumulando perdas de quase 30% desde o início do ano, o ativo agora encontra-se numa região importante, onde o fundo em R$ 16,93 pode ser consolidado ou perdido.
Com as médias de 9 e 21 períodos apontando para baixo pressionando os preços, o papel vem a três pregões consecutivos testando o suporte em R$ 16,93, tendo exclusivamente nessa segundafeira, montado um candle de dúvida sobre o mesmo. Com os preços distantes cerca de 9% da média de 21 períodos, a expectativa é a de que o ativo possa recuperar-se parcialmente das perdas que vem sofrendo, abrindo caminho para operações de compra no curtíssimo prazo.
Dentro desse cenário negativo e de tendência baixista, é possível operar o ativo na compra, caso a superação da máxima do candle de ontem em R$ 17,38 seja superada com um candle forte e volume acima da média, próximo ao final do dia. Nesse caso, o objetivo inicial e o stop devem ser bem curtos para preservar sua posição de perdas mais intensas.

BBAS3 - Negociadas com um volume um pouco abaixo da média, as ações do Banco do Brasil deram seguimento ao movimento corretivo da última perna de baixa, tendo atingido no último pregão, o equivalente à 61,8% de Fibonacci. O ativo precisa agora superar a casa dos R$ 28,60, para que o próximo objetivo em R$ 29,55 possa ser alcançado. No entanto, para isso, o papel terá que
apresentar força para superar as médias de 9 e 21 períodos que foram testadas e respeitadas nessa segunda-feira.
De qualquer forma, a expectativa sobre o ativo é positiva e espera-se que o mesmo possa novamente testar a LTB, assim como ocorreu nas outras duas vezes em que o suporte em R$ 27,38 foi atingido. Contudo, o contra do atual cenário, é que por estar em tendência de baixa, o ativo pode estar configurando um “topinho” abaixo do topo anterior, caracterizando a
continuidade da atual tendência. Por esse motivo, operações na ponta compradora não devem ser efetuadas nesse momento. Aos que entraram na posição, adotando a estratégia de compra contra a tendência, devem reajustar o stop para garantir os lucros até então obtidos, caso os preços voltem
a recuar.

Mercados

Moedas – A alta das commodities fez as moedas subirem em relação ao USD (o AUD ganhou quase 1 pct). O Euro teve uma vol maior no dia, por causa das incertezas em relação aos países periféricos, mas no fechamento prevaleceu o view otimista com as altas do petróleo, metais e ações.

BRL – Acompanhou a vol da moeda européia e também acabou em alta (muito pequena). As compras do BC foram maiores nas operações diárias (430 MM) e ajudou a diminuir a tendência de apreciação que seria natural em decorrência da forte alta das commodities. Em contrapartida, o gringo voltou a vender (650 MM) depois de alguns dias de ajustes na posição.

Juros – Apesar do número corrente de inflação ter subido na primeira quadrissemana de Maio (IPC-S) e da alta das commoditites, a expectativa menor de inflação do Focus e a queda da NUCI, segundo a CNI, motivaram os ajustes dos DIS para baixo. Cabe ressaltar, entretanto, que o volume de negócios ficou muito abaixo da média mensal (uma típica 2ª feira preguiçosa).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas tinham que descontar a subida da Europa e de NY na 6ª, por causa dos dados melhores de emprego. Entretanto, as preocupações econômicas no Japão (tirar de funcionamento usinas nucleares prejudicará várias atividades do país) limitaram os ganhos (as bolsas de Tóquio e Seul caíram).

Europa – Ao abandonar uma ação judicial de cobrança (no valor de 8,0 bi), os bancos ingleses terão que fazer uma provisão de perdas que afetará o resultado do próximo trimestre. Isso fez as ações de Financials recuar, levando o FTSE a fechar no vermelho. A insegurança com a dívida dos chamados países problemáticos (intensificada com o rebaixamento da Grécia pela Standard & Poos) provocou perdas generalizadas para as bolsas européias.

S&P – O receio dos investidores com a situação na Europa segurou os mercados na parte da manhã. Entretanto assim que as bolsas européias fecharam, NY deu um salto e acabou fechando em alta de 0,45 (na high do dia alcançou 0,2 à mais de valorização). Os destaques de alta foram as ações de Oil & Gas e Basic Materials (acompanhando a elevação no preço das commodities).

Bovespa – A forte elevação no preço do petróleo no mercado internacional deu sustentação às ações da Petrobrás e a bolsa paulista fechou em alta. As ações de Real Estate, que já tinham subido forte na 6ª, continuaram com a mesma tendência ontem e ajudaram a consolidar a elevação do índice.

Commodities – Sem nenhum trigger, as commodities voltaram a subir forte (em todos os segmentos). O destaque foi o petróleo que aumentou quase 6 pct

Ásia – Apesar da recuperação das bolsas americanas na tarde de ontem, os mercados asiáticos abriram em baixa hoje (HK não funcionou). Os dados da balança comercial chinesa fizeram a bolsa de Shanghai se firmar no terreno positivo (as exportações vieram em linha com o esperado) e as demais caírem (importações menores). A bolsa japonesa acabou subindo no final do pregão porque algumas notícias corporativas (balanços melhores) favoreceram algumas ações. O USD subiu contra o Euro e AUD na sessão asiática (na sessão européia o movimento se reverteu).

Commodities – A tendência de recuperação de ontem se mantém hoje para os metais e agrícolas. O petróleo recuava ligeiramente, mas ainda tem muito dia pela frente e o quadro pode se reverter.

Treasuries americanos – Voltaram a cair ontem, apesar da alta das commodities. O leilão de papéis de três anos faz os juros subirem hoje.

Europa – As bolsas européias tinham que descontar a melhora de NY ontem à tarde. A queda nos spreads de papéis gregos (colocou papéis de 180 dias em taxas melhores e boatos de que o IMF ampliará a ajuda) reforça as altas. O movimento faz o Euro recuperar uma grande parte da perda observada na sessão asiática e a alta dos metais dá sustentação ao AUD.

S&P futuro – A subida na Europa puxa o índice (+0,4 às 08:05).

- O superávit da balança comercial continuou forte na semana passada, apesar da queda nas exportações e importações (soja e minérios continuam fazendo diferença nas exportações e o saldo líquido do grupo petróleo foi menos negativo, por causa de importações menores – grupo com muita oscilação semanal).

A situação grega está fazendo acender a luz amarela na Europa. O mercado dá indicações de que não irá financiar as necessidades de 2012. Os dirigentes da EU se reuniram na 6ª passada e admitiram que será necessário ampliar o montante emprestado. Além disso, as condições impostas poderão ser abrandadas (já que apertar mais pode complicar ainda mais a situação econômica do país). Acontece que os vários governos vêem sofrendo derrotas políticas, recentemente, e isso pode provocar embaraços internos. Apesar das autoridades rechaçarem os vários boatos dos últimos dias, a verdade é que nada pode ser excluído do cardápio de opções. Hoje, Angela Merkel se recusou a conversar sobre o assunto e disse que só se pronunciará depois da avaliação concluída.