sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mercados

Moedas – Os mercados abriram o dia ampliando o movimento do dia anterior (as commodities caíam e o USD perdia valor). Entretanto, a melhora observada depois que NY abriu fez o rumo se alterar e o Euro passou a subir (os comentários de um membro do ECB – Lec Coene, dizendo que a elevação dos juros no mês passado não foi um evento isolado, ajudou na alta). A perspectiva de corte fiscal e menos juros na Austrália (além das medidas de contração na China e de dados que mostraram corte de pessoal no país) limitaram a recuperação do AUD que fechou no vermelho.

BRL – Replicou a vol externa e sem a perspectiva fiscal contracionista que limite a alta dos juros, como na Austrália, acabou subindo como o Euro (muito timidamente).

Juros – Também oscilou com o movimento externo. A continuidade da alta das commodities provocava deslocamento da curva de juros para baixo que foi se revertendo com o decorrer do dia. Entretanto, como a inflação pode recuar no curto prazo com a queda prevista no preço dos combustíveis não houve força para as taxas subirem e recuperarem a queda do dia anterior (mesmo com Tombini reforçando um ciclo longo de altas da Selic ou com o leilão de pré-fixados que normalmente faz as taxas subirem nos dias em que são realizados).

Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas aprofundaram as quedas observadas na Europa e em NY no dia anterior sem que uma informação nova ocorresse (o aumento do compulsório na China veio depois que os negócios já estavam encerrados). A perspectiva de queda no preço das commodities foi o responsável pelas baixas e as ações de Basic Materials e Oil & Gas continuaram se destacando.

Europa – A recuperação das bolsas americanas e a queda nos spreads dos sovereign bonds acabaram compensando os dados econômicos piores, com isso o FTSE e o Dax fecharam com quedas bem menores que as observadas nas lows do dia.

S&P – Recentemente, nos dias em que a China toma alguma iniciativa monetária e as expectativas pioram na Europa os mercados melhoram depois da abertura de NY e isto não foi diferente ontem. A alta das ações se apoiou na recuperação dos preços das commodities e levou o USD a perder valor.

Bovespa – Chegou a fazer a low do ano no início dos negócios, mas se recuperou com NY.

Commodities – Os grãos continuaram repercutindo o relatório do USDA que indica um quadro de suprimento mais folgado. Os metais acabaram se recuperando das perdas iniciais, apesar do aumento do compulsório na China e o petróleo ainda sofreu com os reflexos do aumento de margem nas operações futuras (embora tenha subido na sessão americana dos futuros).

Ásia – A queda do Nikkei (chegou a cair 1,7 pct) provocou baixas nas bolsas asiáticas. A possibilidade dos bancos japoneses terem que provisionar perdas nos empréstimos para a empresa que administra a usina nuclear com problema assustou os investidores. Entretanto como as bolsas chinesas pegam uma parte da sessão européia (principalmente HK), elas se beneficiaram da subida das bolsas na Europa e fecharam em alta. O mercado acabou desconsiderando (como já havia ocorrido em NY ontem) a alta do compulsório.

Commodities – Após estarem caindo na sessão asiática, sobem com a virada que a divulgação do PIB da Alemanha e Europa provocou nos mercados.

Treasuries americanos – Os mercados abriram a 5ª com tendência de queda, mas melhoraram ao longo do dia. Com isso, e com o leilão de papéis de 30 anos, as taxas passaram a subir e fecharam em alta. Os leilões darão uma pausa e só retornam em duas semanas; então as compras diárias colocam um viés baixista na taxa. Por isso, apesar da alta das bolsas, commodities e moedas a subida dos juros hoje é tímida.

Europa – Com a informação de forte incremento no PIB da Alemanha, as bolsas européias já abriram com gap de alta (antes mesmo da divulgação do PIB da Zona do Euro), desprezando as baixas na Ásia. As moedas (Euro e AUD) seguem o mesmo caminho.

S&P futuro – Uma parte da alta que se observa hoje nas bolsas da Europa já foi embolsada na parte da tarde de ontem pelas bolsas de NY. Apesar disso, o índice continua subindo (0,2 às 08:00) indicando que o dia pode voltar a ser positivo para as ações. A agenda do dia traz dados que pode afetar o rumo do dia (principalmente o sentimento de Michigan).

- Enquanto o BC do Chile aumentou a taxa de juros básica em 50 pontos (de 4,5 para 5,0), o da Coréia manteve inesperadamente a taxa em 3 pct.

- O PIB do 1º Trimestre da Alemanha e da Europa surpreendeu para cima.

Na 2ª feira acontecerá a reunião mensal entre governantes da Zona do Euro. Para atender à questões políticas internas, o discurso tentará mostrar que a liberação de dinheiro para a Grécia dependerá de mais aperto. Entretanto, é importante lembrar que a falta de alternativa afeta os dois lados e ambos podem perder (mais aqueles que hoje se encontram em situação confortável). Considerando isso, os spreads dos sovereign bonds continuam recuando hoje, apostando que o problema financeiro será resolvido no curto prazo.

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