quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mercados

Moedas – Ao longo do dia observou-se idas e vindas nas cotações do Euro e do AUD. No fechamento, a subida no preço das commodities, o recuo no spread dos sovereign bonds de países periféricos (perspectiva de mais ajuda financeira para a Grécia) e a valorização das ações acabaram fazendo prevalecer a queda no valor do USD.

BRL – A fala de Aldo Mendes não ajudou apenas os juros a subirem. O BRL que já apresentava tendência de alta (por causa da melhora dos mercados no exterior) consolidou o movimento com as palavras do diretor do BC (com juros maiores fica mais atraente trazer USD para o país). Os gringos voltaram a vender dólares (900 MM) e a atuação do BC nos leilões (330 MM) dá indicações de que o fluxo cambial vai voltando.

Juros – A subida no preço das commodities e as palavras de um diretor do BC – a elevação da Selic durará o tempo que for necessário para que a meta seja alcançada em 2012 – colocaram os juros de volta à trajetória de alta depois de vários dias.

Bolsas – Ásia – O mercado preferiu seguir a cautela dos investidores europeus ao otimismo do americano. Por isso, as bolsas acompanharam as quedas observadas na Europa. Dados positivos de balança comercial (crescimento das exportações dentro do esperado) fizeram a bolsa de Shanghai subir e alguns balanços positivos de empresas japonesas levaram à reação do Nikkei no final do pregão.

Europa – As especulações sobre um pacote de ajuda à Grécia (em valor suficiente par suprir as necessidades de 2012 e 2013) ajudaram as bolsas européias a descontarem a melhora de NY na tarde do dia anterior.

S&P – A alta das bolsas européias deu suporte para uma nova subida de NY. Diferentemente dos dois dias anteriores, as altas não se concentraram nos Basic Materials e Oil & Gas (se disseminaram pelos diversos setores). Entretanto, cabe assinalar dois aspectos relevantes: (1) o volume de ações negociadas continuou fraco e (2) os índices voltam a se aproximar das highs.

Bovespa – Acompanhou as altas de fora (mais timidamente), com destaque para a subida nas ações de Bancos (um dos mais importantes divulgou resultado) e Real Estate.

Commodities – Ontem foi outro dia de alta nos diversos segmentos (novamente nada triggou a elevação – o comportamento dos diversos mercados auto-alimentou o movimento).

Ásia – Ontem, as bolsas asiáticas haviam seguido a tendência européia das ações (que caíram na 2ª por conta da crise grega). Hoje com a perspectiva de novo pacote de ajuda para a Grécia, que fez a Europa se recuperar ontem, o mercado abriu com gap de alta. Entretanto, os dados econômicos chineses não vieram como o esperado: a inflação caiu menos que o esperado e a produção e vendas foram menores. Com isso, as bolsas chinesas acabaram no vermelho (Shanghai, HK e até Taiwan), afetando as demais praças (o Nikkei parou de subir – as ações eram ajudadas pela queda do Iene que favorece as exportadoras - com o dado). As exceções foram as bolsas da Austrália e Coréia que após tocarem a low do dia no momento da divulgação dos números engataram alta firme e fecharam com ganhos acima de 1 pct. Em Sidney, os investidores receberam positivamente a iniciativa do governo de reduzir fortemente a presença do governo na economia (cortar o déficit pela metade), abrindo espaço para o setor privado.

Commodities – Os dados chineses piores (mais inflação e menos produção e vendas) fazem os metais caírem. O petróleo e os agrícolas acompanham o movimento de forma mais discreta.

Treasuries americanos – A venda de papéis pelo Tesouro, a subida das commodities e a melhora dos mercados provocaram alta nos juros americanos ontem. Com a realização de novo leilão (24 bi de papéis de 10 anos), o mercado apresenta alta hoje.

Europa – Pelo segundo dia consecutivo, as bolsas americanas subiram nos negócios da tarde. Com isso, as bolsas européias abriam o dia com viés de alta para compensar essa diferença. A continuidade da queda nos juros dos spreads dos sovereign bonds dá sustentação à melhora, apesar dos dados chineses trazerem algumas incertezas para o cenário prospectivo.

S&P futuro – Como a Europa se limita a compensar a subida das bolsas americanas de ontem à tarde, o índice estava no zero a zero às 08:15.

- A China divulgou ontem à noite a rodada de dados mensais – referente a Abril - mais importante: CPI de 5,3 (esperado 5,2), PPI de 6,8 (contra 7,0 estimado), Produção Industrial = 13,4 (expecativa +14,6) e Retail Sales de 17,1 contra 17,5 ( todos os dados são YoY).

- O BC inglês prevê que a economia cresça menos e a inflação seja maior ao final do ano, caso o preço do petróleo continue em alta. Após a divulgação da Ata, a moeda e os juros subiram (o mercado viu no texto a perspectiva de alta de juros ainda este ano).

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