Moedas – Os dados piores dos US acabaram provocando a queda do USD na sessão americana exclusiva (depois que a Europa estava fechada). A queda nas commodities não afetou o AUD e a visão mais hawkish de alguns membros do ECB (possibilidade de alta de juros) favoreceu o Euro.
BRL – Foi na contramão dos mercados de fora e caiu mesmo com os gringos vendendo USD no futuro (500 MM).
Juros – A fala de Tombini e Carlos Hamilton pela manhã (basicamente reforçando que os juros subirão o que for necessário porque ainda há trabalho a fazer para que a inflação convirja para a meta) e o leilão de papéis pré-fixados acabaram provocando a elevação das taxas dos DIS futuros. Há que se registrar que a liquidez não foi das melhores e a participação de alguns players foi mais destacada ontem.
Bolsas – Ásia – A repercussão da alta das bolsas ocidentais no dia anterior se restringiu a poucas praças (Sidney – por causa da forte subida no preço das commodities – e HK). Eventos específicos prejudicaram o Nikkei (queda do PIB maior que o esperado com o terremoto), Shanghai (medo de medidas restritivas com a continuidade da elevação no preço de imóveis), Kospi e Taiex (crescimento mais forte que pode triggar alta de juros).
Europa – Os mercados europeus repercutiram a subida de NY no pregão do dia anterior (depois que estavam fechadas) e os dados melhores de vendas em UK. Entretanto a alta no spread dos sovereign bonds da Grécia (refletindo a indecisão sobre a ampliação/extensão da ajuda) e Espanha (colocou menos papéis que o desejado no leilão) fizeram a alta diminuir próximo do fechamento.
S&P – Mesmo com dados econômicos ruins, as bolsas de NY subiram arrastadas pelas altas na Europa. O volume de negócios na NYSE continuou fraco.
Bovespa – Outro dia de forte descolamento de fora (na Europa e nos US subiram e aqui caiu). A queda decorreu da movimentação de players locais e as ações de Real Estate e Petróleo se sobressaíram na baixa.
Commodities – Os mercados que tinham deixado os fundamentos de lado na 4ª, ontem voltaram a se guiar por eles. No petróleo, o cenário é de sobra de produção (membros da OPEC reclamam de falta de demanda). Nos metais, a demanda chinesa tem enfraquecido e há temor de que possa se reduzir mais e nos grãos, o último boletim do USDA retratou um quadro de suprimentos mais tranquilo
Ásia – Repetiu o que havia ocorrido ontem. Abriram em alta, tentando acompanhar o movimento europeu e de NY, mas (por apatia e falta de notícias) acabaram cedendo (HK e Seul subiram). As principais quedas ocorreram nas bolsas de Sidney (queda das commodities ontem) e Taiwan (possibilidade de alta de juros). Nada relevante aconteceu com as moedas na sessão asiática.
Commodities – Mais do mesmo: depois de queda mais forte num dia apresenta perspectiva de alta no outro, ou vice-versa. Hoje, os diversos segmentos se recuperam das baixas de ontem.
Treasuries americanos – Apesar do Fed ter comprado pouco papel novamente ontem, os juros fecharam em baixa por conta dos indicadores econômicos piores nos US. Hoje, a queda prossegue com o aumento da incerteza na Europa.
Europa – Novamente o mercado americano melhorou na tarde do dia anterior e condiciona o comportamento das ações nos negócios pela manhã na Europa. Entretanto, a forte alta no spread dos sovereign bonds gregos pode fazer o investidor se retrair e afetar o dia. Em razão do movimento com os títulos públicos, o Euro cai e leva junto o AUD na sessão européia.
S&P futuro – A incerteza na Europa provocava queda de 0,3 às 08:10.
- O Tesouro americano anunciou que irá vender 99 bi de títulos de 2, 5, e 7 anos nos leilões da próxima semana. Se era para valer o que foi dito na 2ª feira (que o teto de endividamento tinha sido alcançado) como é possível explicar essa nova emissão?
Os investidores estão ficando preocupados com a falta de sintonia entre os políticos europeus que consideram possível a renegociação da dívida grega e os membros do ECB que rechaçam a hipótese. Deveriam levar em consideração que qualquer hipótese de contágio seria devastador para a Europa. Apenas contemplar o problema leva ao que está acontecendo hoje: forte subida nos juros de papéis de vários países.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
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