Moedas – A moeda européia chegou a romper o 1,49, mas fechou o dia próximo do fechamento de 6ª. Com a proximidade da reunião do ECB é natural que as apostas diminuam e o mercado caia um pouco por causa da realização de ganhos recentes. Já o AUD em nenhum momento do dia apresentou alta. A perspectiva de manutenção dos juros (confirmada) pelo RBA inibiu as operações de carry trade (há preocupação com a alta recente da moeda e perspectiva de crescimento menor na China).
BRL – Após gravitar em torno da estabilidade na parte da manhã, o dólar apresentou tendência de queda e fechou na low do dia. O volume de negócios foi menor do que a média recente e as evidências são de que há certa resistência do mercado em romper o nível de 1,57. A atuação do BC foi maior ontem (estimativa de 330 MM) e pode ter contribuído para acentuar o movimento de alta (num dia em que o interbancário teve volume fraco). Os gringos continuaram reduzindo suas posições, mas continuam com 16 bi vendidos.
Juros – Mesmo com a inflação mais elevada (IPC-S e Focus), os juros continuaram em queda na 2ª (mais os longos que os curtos). Entretanto, é necessário acrescentar que o volume de negócios foi muito fraco (500 mil contratos transacionados – por volta de 30 pct da média de Abril).
Bolsas – Ásia – Por causa das comemorações do Dia do Trabalho, as bolsas da China e Taiwan não puderam repercutir o PMI chinês mais fraco e a notícia da morte de Bin Laden. No Japão, a aprovação do pacote de estímulo pós-terremoto animou os investidores (depois de ficar fechada na 6ª e reabrir ontem, a bolsa só retomará os negócios na 6ª) e em Seul, o crescimento das exportações, a inflação menor e medidas do governo para dar sustentação ao mercado imobiliário, fizeram o Kospi subir 1,7. A bolsa de Sidney ficou estável apesar da perspectiva do RBA manter os juros inalterados (queda no preço dos metais e alta do AUD são os fatores de risco).
Europa – A animação com a notícia da morte de Bin Laden se perdeu ao longo do dia. A falta de liquidez dos mercados por causa do feriado em Londres acabou prevalecendo e as bolsas européias terminaram o dia praticamente estáveis.
S&P – Com volume menor de negócios por causa do feriado em Londres, as bolsas de NY não conseguiram sustentar o otimismo com a morte do líder da Al Qaeda e fecharam em baixa.
Bovespa – A bolsa paulista voltou a recuar mais que as bolsas americanas. As quedas foram generalizadas, mas a baixa das ações de siderurgia e mineração foi o destaque do dia. No final de semana saiu o indicador industrial que acusou menor otimismo entre os empresários chineses (grande comprador de minério de ferro e produtor de siderúrgicos).
Commodities – Os diversos segmentos apresentaram queda depois das altas de 6ª (os metais voltaram a cair em NY – a LME não funcionou).
Ásia – As bolsas asiáticas devolveram a alta do dia anterior por causa do evento Bin Laden (que acabou não causando o efeito desejado). As preocupações econômicas (alta das moedas e da inflação) voltaram a afetar o ânimo dos investidores. Curiosamente na China (uma das fontes de incerteza), as bolsas fecharam em alta (a queda de HK ocorreu na sessão européia do índice). A bolsa japonesa não funcionou e mesmo a manutenção dos juros na Austrália (e queda do AUD) não foi suficiente para mudar o rumo de queda da bolsa de Sidney. As ações de Basic Materials, Oil & Gas, Industrials e de Consumo se destacaram na baixa.
Commodities – Continuam com tendência de baixa (principalmente os metais).
Treasuries americanos – As compras do Fed continuaram determinando as taxas dos treasuries, num dia de menor liquidez por causa do feriado em Londres (no início o mercado até que ficou animado com a morte de Bin Laden, mas o efeito não durou). O recuo, entretanto, foi tímido. Hoje, prosseguem caindo
Europa – Apesar do efeito Bin Laden já ter esvaziado no final dos pregões de ontem, as quedas das bolsas asiáticas hoje, ajudam a derrubar as bolsas européias. O mercado vai deixando de lado os eventos corporativos e se prende às dúvidas econômicas.
S&P futuro – Recua na sessão européia, num dia de agenda fraca (poucos balanços e dado econômico irrelevante). Queda de 0,6 às 08:15.
- A forte queda nas importações de petróleo (o dado da semana anterior era um número muito fora do tradicional) e a alta das exportações de soja (início de um processo de elevação do volume embarcado que deve durar uns dois meses) fez a balança comercial da semana apresentar o maior saldo semanal do ano.
- O BC australiano manteve a taxa de juros básica em 4,75 (como esperado).
Amanhã o IBGE divulgará a produção industrial do mês de Março para a qual projetamos queda de 0,9 pct, disseminada entre os grupos que compõem o índice. Após forte crescimento do mês anterior, mais uma vez o número deve ser impactado pelo efeito calendário (carnaval), que assim como ocorreu no mês de fevereiro, tem potencial para provocar ruído na produção industrial, em razão das mudanças na estratégia de produção por parte dos empresários. Dessa forma, o resultado deve ser avaliado com cautela, já que o número por si só revela pouco sobre o real comportamento da indústria, sendo mais prudente uma avaliação posterior a esse período turbulento da produção. De toda forma, vale mencionar que segundo nossas projeções, a produção deverá encerrar o trimestre com crescimento de apenas 1,0 pct.
terça-feira, 3 de maio de 2011
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