Moedas – Nos últimos dias, o AUD seguiu a oscilação do Euro. Entretanto na 6ª, o movimento do Euro decorreu da forte alta no spread dos sovereign bonds dos chamados países problemáticos. Como a razão foi específica e não de ordem geral, a moeda australiana se descolou do movimento (o driver é a China e as commodities).
BRL – Apesar do nosso driver também serem as commodities, a moeda brasileira (depois de altos e baixos) colou no Euro e também caiu. O volume do mercado interbancário (3,6 bi) e a pequena compra do BC (200 MM) sugerem que o fluxo foi positivo e sobrou USD no mercado, mas isso não afetou a cotação da moeda para baixo.
Juros – O dia foi de oscilação. A divulgação do IPCA-15, a fala de membros do Copom e a piora dos mercados fora provocaram um vai-e-vem na taxas. No final, a alta acabou prevalecendo, mas o comportamento do dia demonstra que a trajetória futura permanece incerta.
Bolsas – Ásia – Repetiram o movimento de 5ª: abriram em alta tentando compensar a subida das bolsas ocidentais no dia anterior, mas acabaram cedendo no final às incertezas (dúvidas sobre recuperação do Japão, desaquecimento na China e alta de juros em alguns países).
Europa – As bolsas européias tentaram descontar a melhora de NY na tarde do dia anterior. Entretanto como o Euro, elas acabaram caindo por conta da alta nos juros dos papéis dos países periféricos que acentuam o risco de uma piora econômica na região.
S&P – A instabilidade na Europa arrastou as bolsas americanas para o vermelho num dia sem indicadores econômicos.
Bovespa – Como já tinha caído nos dias anteriores, acabou fechando em ligeira alta. A recuperação no preço do petróleo e dos metais incentivou os investidores a recomprarem as ações de Petrobrás e Vale que tinham caído muito na semana (repuseram também as ações de Real Estate).
Commodities – O dia foi de oscilação com a piora na Europa. Os mercados que abriram em alta chegaram a cair forte com a virada dos mercados (ações e moedas que subiam inverteram o rumo). No final, as altas prevaleceram.
Ásia – Os mercados asiáticos tinham que descontar a baixa das bolsas ocidentais na 6ª. Entretanto, o outlook negativo para a Itália dado pelo S&P na 6ª e as eleições na Espanha que expõem um quadro social e econômico difícil acentuaram a perspectiva de baixa e as ações recuaram forte. A queda nos preço das commodities, seguida da desvalorização das moedas em relação ao USD, complementou o quadro da piora.
Commodities – A alta do USD decorrente de uma perspectiva econômica pior com o agravamento da crise na Europa faz as quedas se generalizarem entre os diversos segmentos.
Treasuries americanos – Prosseguiram em queda na 6ª com as compras maiores do Fed e recuo das bolsas. Hoje, a perspectiva econômica mundial parece pior e a alta do USD aprofunda as baixa das taxas.
Europa – Depois que os mercados fecharam na 6ª, a S&P colocou o rating da Itália em outlook negativo. Isso já seria péssimo para os títulos dos chamados países periféricos. Para piorar as coisas a derrota do governo espanhol nas eleições de ontem e a onda de protestos no país acaba expondo os riscos sociais e políticos da estratégia de controle da crise econômica. A deterioração de expectativas no setor industrial e de serviços na Europa (e também na Alemanha – o carro chefe) agravam ainda mais a situação e as bolsas caem forte (ratificando as preocupações asiáticas). O Euro vai junto e arrasta as outras moedas.
S&P futuro – No embalo da Europa e da Ásia recuava 0,9 pct às 08:00.
- A S&P colocou em outlook negativo o rating da Itália (na 6ª depois que os mercados americanos fecharam.
- O partido governista perdeu as eleições na Espanha, em meio a protestos que já duram mais de uma semana.
Na 6ª, o spread de títulos de países europeus considerados problemáticos subiu forte (movimento igual a de um mês atrás) e evidencia que o mercado vê com muita apreensão o debate entre as autoridades européias sobre a questão grega. O que foi mostrado para eles é que não se deve brincar com o risco de contágio e quando se fala nisso o primeiro da fila é a Espanha (já que Portugal acabou de entrar no programa de ajuda). Não adianta vir com promessas como fez a Ministra das Finanças francesa Christiane Lagarde que disse que não haverá reestruturação da dívida grega. Para que isso não ocorra será fundamental darem o dinheiro que o país precisa para fechar as contas de 2012 e 2013 que o mercado calcula ser de 60 milhões de Euros. Hoje, os spreads sobem ainda mais e a crise ameaça se aprofundar.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
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