segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mercados

Moedas – Com o dado de emprego americano melhor (e indicações de que a economia dos US deve persistir em crescimento) e commodities se recuperando, as moedas dos chamados players de commodities reverteu o movimento de queda da 5ª e subiu (há que se mencionar que a tendência se esvaziou ao longo do dia e algumas moedas “netaram” o ganho). Inicialmente contaminou o Euro, mas o mercado corrigiu a trajetória e a moeda acabou perdendo valor (se a economia americana está melhor a justificativa para a queda do USD se enfraquece - então o Payroll deveria aprofundar a baixa do Euro e não causar alta). No caso do AUD, a persistência da alta da moeda se deveu à afirmação do RBA de que os juros podem voltar a subir mais à frente (mas isso vai depender de desdobramentos futuros).

BRL – O dia foi de reações confusas ao número de emprego americano (as commodities inicialmente corrigiram a tendência de baixa, mas no fechamento acabaram caindo). Com isso, as moedas dos chamados players de commodities oscilaram e o BRL acompanhou o movimento. No fechamento, a alta ficou bem menor que os 1,3 do pico alcançado pela manhã.

Juros – O IPCA veio abaixo do esperado e o breakdown reforça a previsão de queda nos números de Maio e Junho. As taxas dos DIs recuaram (chegaram a estar no zero a zero quando as commodities subiam em razão do Payroll).

Bolsas – Ásia – Depois de abrir em forte queda as bolsas asiáticas se recuperaram ao longo do pregão (Tóquio e Seul fecharam com queda mais forte – a bolsa japonesa não abria desde 2ª e a coreana ficou fechada na 5ª).

Europa – A sustentação que o Euro apresentou por causa da fala de Trichet fez as bolsas iniciarem o dia menos propensas a manter a queda do dia anterior (Londres caía com dados econômicos e corporativos piores e o Dax subia com a produção industrial melhor na Alemanha). A partir da divulgação do Payroll maior, a alta das bolsas americanas provocou a reversão dos vários mercados (moedas e commodities) e as bolsas passaram a subir forte. Fecharam próximas das highs do dia.

S&P – O dado americano triggou fortes oscilações nos diversos mercados. As bolsas européias subiram forte. Entretanto, o comportamento se alterou na parte da tarde e as bolsas de NY chegaram a zerar a alta (fecharam com elevação em torno de 0,5).

Bovespa – Depois de quatro dias de baixas, a bolsa paulista se aproveitou da subida de fora e se recuperou das fortes perdas. O destaque foi para as ações de Financials, Real Estate e Consumo (a possibilidade dos juros subirem menos com a queda das commoditites ajudou estes setores). As de Basic Materials e Oil & Gas continuaram com performance sofrível.

Commodities – Os dados de emprego americano provocaram forte reversão na trajetória dos mercados que haviam caído muito no dia anterior por causa da parada nos juros europeus que fez o Euro e várias moedas recuar. Entretanto, a força de tração do evento americano não é relevante para esse mercado que tem na perda de valor do USD e na demanda chinesa os principais vetores. De fato, o Payroll deveria aprofundar a baixa do Euro (mais um motivo e não um evento contrário a estabilidade dos juros) e fazer os diversos segmentos caírem. Foi o que aconteceu na tarde de 6ª e os metais, o petróleo e os agrícolas voltaram a cair.

Ásia – Nem todas as praças descontaram as altas da Europa e de NY na 6ª (Payroll bem melhor). No Japão, a perspectiva de fechamento de usinas nucleares e as incertezas que traz para as empresas e para a economia afastaram os investidores e a bolsa de Tóquio já abriu com tendência de baixa. Nas demais, a recuperação nos preços das commoditites (fruto da tendência de queda do USD) fez os preços das ações de Oil & Gas e Basic Materials subirem.

Commodities – As fortes quedas de 5ª e 6ª atraíram os compradores e os preços apresentam alta significativa nos diversos segmentos.

Treasuries americanos – Os juros oscilaram de acordo com o que se viu em todos os mercados na 6ª. Chegaram a subir com o dado de emprego americano, mas passaram a cair a partir do momento em que as altas das moedas, mercadorias e ações se esvaziaram. Com commodities em alta e USD em baixa voltavam a subir na sessão européia.

Europa – A necessidade da ampliação da ajuda à Grécia que faz os spreads do sovereign bonds subirem, a queda na receita dos bancos por causa de provisão exigida pelo governo e alta do Euro (expectativa de maior juro) joga as bolsas para baixo nesta manhã na Europa. Nem as ações de Basic Materials ou Oil & Gas (commodities em alta) se salvam.

S&P futuro – Apoiado na alta das commodities e na perda de valor do USD, o índice da bolsa americana não acompanha a baixa das bolsas européias e subia 0,2 às 08:10.

Desde que o ECB anunciou que ia aumentar os juros a moeda européia subiu (de 1,39 para 1,49). Ao parar a alta é natural que haja recuo. O forte movimento de desvalorização da 5ª levou Trichet a tentar amenizar a tendência (mencionou que o banco continua atento às pressões inflacionárias). O dado do Payroll, indicando perspectiva positiva para a economia americana, deveria ter feito o USD ganhar valor, mas isso não aconteceu - inicialmente. A recuperação no preço das commodities avalizou o movimento porque várias moedas subiram com isso (os chamados players de commodities). Com juros parados e perspectiva melhor da economia americana, o Euro deveria persistir em baixa. À tarde, o mercado reverteu o movimento e a moeda européia voltou a perder valor de forma intensa.

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