terça-feira, 12 de abril de 2011

ÁSIA: BOLSAS CAEM C/CRISE NUCLEAR NO JAPÃO; HK -1,34% E YUAN RECUA

Os mercados asiáticos fecharam em baixa acentuada nesta terça-feira. A crise nuclear japonesa, com o governo admitindo que o acidente na usina nuclear de Fukushima atingiu o mais alto de magnitude, afetou as bolsas da região. A baixa das commodities também influenciou.
Em Hong Kong, a bolsa seguiu o declínio dos demais mercados, com as empresas energéticas e de commodities liderando a queda. O índice Hang Seng recuou 326,70 pontos, ou 1,34%, e encerrou aos 23.976,37 - o índice apresentou baixa de 1,7% nas duas últimas sessões, após acumular ganho de 2,5% na semana passada. PetroChina caiu 4,9% e Cnooc baixou 2,9%. A produtora de carvão China Shenhua perdeu 0,8%.
Já as Bolsas da China tiveram leve queda. O declínio no setor de recursos naturais, com retração nos preços das commodities, acabou contrabalançado pelos ganhos nas siderúrgicas, com expectativas de aumento da demanda no segundo trimestre. O índice Xangai Composto caiu 0,1% e fechou aos 3.021,37 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,3% e terminou aos 1.272,21 pontos. As mineradoras de ouro lideraram o declínio.
Shandong Gold-Mining recuou 2,9% e Zhongjin Gold perdeu 2,2%. Wuhan Iron & Steel teve rali de 4,8% e Baoshan Iron & Steel adicionou 2,9%.
O yuan se desvalorizou sobre o dólar, após o Banco Central chinês elevar a taxa de paridade central dólar-yuan para 6,5440 yuans, de 6,5401 yuans na segunda-feira, para refletir o fortalecimento da moeda norte-americana no overnight. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5403 yuans, de 6,5383 yuans do fechamento de ontem.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou em baixa, com a consolidação do mercado após o aumento de 2,4% registrado desde o início de abril. O índice Taiwan Weighted retrocedeu 1,66% terminando aos 8.732,59 pontos. Os investidores também se mostraram preocupados com o efeito da quebra da cadeia de suprimentos do Japão no longo prazo. Entre as empresas que perderam, Hon Hai recuou 3,2%, HTC retrocedeu 4,2% e TSMC registrou baixa
de 1,4%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, caiu 1,6% e encerrou aos 2.089,40 pontos. Após 18 pregões, os investidores estrangeiros finalmente se tornaram vendedores e realizaram lucros. Entre os pesos pesados, Samsung Electronics perdeu 1,3% e Hyundai Motor cedeu 2,9%. Posco subiu 0,4%, após quatro pregões de baixa, com os investidores
procurando por ofertas.
Já na Austrália, o mercado sofreu a maior perda diária em um mês, também por conta do declínio no peso pesado BHP Billiton. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, caiu 1,5% e fechou aos 4.898,7 pontos. As mineradoras de urânio estiveram entre as maiores perdedoras do dia, com Paladin em baixa de 4,9%. Woodside Petroleum caiu 2,8%. BHP perdeu 1,3% e Rio Tinto recuou 1,5%.Nas Filipinas, a Bolsa de Manila fechou em baixa provocada também pela realização de lucros. O índice PSE recuou 0,67% e encerrou aos 4.199,48 pontos.
A Bolsa de Cingapura fechou em baixa, uma vez que novas preocupações sobre a intensificação da crise nuclear no Japão - que comparou o acidente na usina da Fukushima após o terremoto de 11 de março ao de Chernobyl - pesaram sobre o sentimento do investidor em meio a um geral estado de precaução ante o início de divulgação de balanços nos EUA. O
índice Straits Times perdeu 0,7% e encerrou aos 3.138,00 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,7% e fechou aos 3.719,23 pontos, liderado por vendas de investidores estrangeiros de papéis relacionados a petróleo na expectativa de queda de preços.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, teve alta de 0,8% e fechou aos 1.084,91 pontos, com compras de última hora de papéis de bancos antes dos ex-dividendos na próxima semana. Expectativas de sólidos lucros no primeiro trimestre, com balanços a serem divulgados na próxima semana, também atraíram investidores para esses papéis.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, caiu 1,2% e fechou aos 1.525,92 pontos, com as ações de primeira linha liderando o declínio. Segundo um dealer, os investidores aguardaram o pronunciamento do primeiro-ministro em uma conferência, não havendo, até lá, razões para comprar.

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