Moedas – Em dias de perdas generalizadas, como o observado ontem, geralmente o USD/Iene são tracionados para cima. Curiosamente, o fato não se estendeu para a moeda européia, mesmo com as dúvidas em relação a Portugal. A alta dos juros pelo ECB está tornando os juros europeus atraentes diante das incertezas provocadas pelo Japão e precificadas de forma tão forte nos diversos mercados. Se esta tendência se firmar, Trichet pode se arrepender de ter apertado os juros.
BRL – Colou no movimento de deterioração de fora. A atuação do BC foi maior que a dos dias anteriores (400 MM) e o fluxo cambial deve ter sido fraco a considerar o movimento do interbancário. Já os gringos ficaram com suas posições praticamente estáveis na BM&F (indício de que apostam que a alta do BRL prevaleça).
Juros – O receio de que os problemas japoneses venham a prejudicar o desempenho de outras economias asiáticas e ocidentais, e que triggou um forte recuo no preço das commodities, deslocou para baixo a estrutura de juros futuros, anulando a alta do dia anterior. O mercado vê perigos no comportamento da inflação, mas não deixa de olhar fatores que possam implicar numa alta menor da Selic na próxima reunião do Copom.
Bolsas – Ásia – O terremoto da segunda-feira no Japão (que havia apenas afetado a Europa e NY na 3ª porque os mercados asiáticos já tinham fechado) levou os investidores asiáticos a diminuírem suas posições, temendo que possam aprofundar os problemas no país (política e economicamente). Com isso, as principais bolsas da região recuaram forte.
Europa – Se os problemas econômicos se aprofundarem no Japão, a Ásia e várias outras economias ocidentais sofrerão. O medo de que haja essa propagação contaminou os mercados (commodities, moedas, juros e equities) e provocou recuos acentuados nas principais bolsas européias.
S&P – Arrastadas pelas quedas das ações de petroleiras e de Materials (muito afetadas pelo brusco recuo das commodities), as bolsas americanas voltaram a cair.
Bovespa – Dado o peso das empresas que transacionam commodities no índice geral, a bolsa paulista apresentou uma das maiores baixas no dia de ontem (mais de 2 pct).
Commodities – O medo que a situação no Japão prejudique as demais economias asiáticas, assim como as ocidentais, provocou fortes baixas em todos os segmentos.
Ásia – Os mercados asiáticos que haviam piorado no final da 3ª, triggando baixas mundo afora, hoje tiveram o comportamento inverso. Depois de abrirem o dia hesitante ganharam força (tanto as ações quanto as moedas) na 2ª metade do pregão. Os movimentos de ontem e de hoje evidenciam que os investidores não estão sabendo lidar com a presença mais constante de eventos físicos que trazem muito ruído ao ambiente econômico.
Commodities – Iniciam o dia se recuperando ligeiramente (o cobre é exceção) das fortes perdas de ontem, apoiadas na alta das ações e de algumas moedas.
Treasuries americanos – Acompanhou a piora dos mercados e recuou ontem, mesmo com o leilão de 32 bi de papéis de três anos. Hoje será a vez dos títulos de dez anos (21 bi) e as taxas voltam a subir com a melhora esboçada pelos mercados.
Europa – Ontem haviam caído por conta da Ásia e hoje fazem o caminho inverso pelo mesmo motivo. Os dados econômicos divulgados ajudam a consolidar a recuperação.
S&P futuro – Parte da recuperação da Europa já foi observada ontem em NY (caiu bem menos) e por isso a alta do índice é menor hoje (0,40 às 08:05).
- A temporada de earnings – do 1º tri – começa pra valer hoje nos US. O resultado do JPMorgan ficou acima do esperado (EPS de 1,28 contra estimativa de 1,15). Na semana que vem, o ritmo de divulgação se intensificará sobremaneira
No leilão de papéis indexados a inflação, realizado ontem, foi colocado 7,6 bilhões. Como Abril conta com uma semana a mais e o Tesouro não aumentou a colocação pretendida para o mês, se persistir no trend da semana passada ultrapassará os 45 bi. Com isso, pode reduzir o volume colocado nesta semana porque terá que repetir a dose três dias depois, já que na 5ª e 6ª da próxima semana será feriado.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
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