Moedas – Desde a sessão asiática o USD apresentou tendência de queda. A falta de reação dos investidores japoneses ao terremoto gerou uma onda de otimismo que alcançou a Europa e foi consolidada com o risco da não aprovação do orçamento fiscal americano que pode paralisar o funcionamento do setor público e ter conseqüências perversas para a economia. O Euro subiu mais de 1,2 e o AUD quase 1 pct.
BRL – Na 5ª, Mantega voltou a repetir que a alta do real era inevitável e o mercado passou a vê-la como indicação de que a perda de valor do USD frente a outras moedas pudesse ser repassada para o BRL sem problemas (as autoridades não fariam nada para conter a alta). Na 6ª, o USD se
desvalorizou frente às principais moedas e o BRL acompanhou o movimento.
Juros – Assim como já tinha ocorrido com o dólar, na 5ª o mercado se assustou com a possibilidade do anúncio de medidas restritivas e reverteu a alta que se observava até então e que era justificada por indicadores altistas (IPCA, NUCI, leilão de pré-fixados). Na 6ª, o mercado corrigiu o movimento (não viu no IOF indicação efetiva para mudar a visão prospectiva e o IPC-S da 1ª quadri de Abril subiu mais ainda) e as taxas se deslocaram para cima. Hoje, a pesquisa Focus será divulgada e como o viés tem sido altista (a projeção de inflação tem subido sistematicamente), o
mercado tem embutido isso nos preços dos DIs já na sexta-feira.
Bolsas – Ásia – A bolsa japonesa não reagiu ao terremoto da forma esperada por europeus e americanos e acabou servindo de suporte para as elevações de preços em outras praças (principalmente as bolsas de Shanghai e HK). Nos últimos dias, o Nikkei não vinha conseguindo se firmar na alta e esperava-se o novo terremoto trouxesse incertezas que pudessem triggar um novo processo de baixa. Entretanto, o comportamento dos investidores japoneses surpreendeu (não se sabe o motivo porque não houve uma informação nova que pudesse justificar o movimento, além do fato do Nikkei ter espaço para recuperar parte da defasagem que tem em relação às bolsas ocidentais).
Europa – Como no dia anterior as bolsas européias subiam até a notícia do terremoto, na 6ª acabaram recuperando as perdas provocadas por um evento que não afetou o país mais prejudicado (a bolsa japonesa subiu). Acabaram relevando as dificuldades do governo americano em aprovar o Orçamento deste ano no Congresso.
S&P – A indefinição sobre a aprovação da peça fiscal pelos parlamentares amedrontou os investidores e fez as bolsas americanas recuarem. O governo tinha até Sábado para aprovar a Lei de Execução, o que pode paralisar o governo (e afetar a economia) caso não seja aprovada.
Bovespa – O aumento da tributação sobre o crédito de pessoas físicas provocou a queda dos papéis de bancos, das empresas de serviços financeiros e de consumo e a bolsa paulista fechou com queda de 0,66.
Commodities – O dia foi de fortes altas nos diversos segmentos. O mercado não considerou os efeitos da não aprovação do orçamento americano e as conseqüências para a principal economia.
Ásia – A balança comercial mais forte na China (as exportações e importações cresceram bem mais que o esperado no mês de março) indica que as ações do governo podem não estar fazendo o efeito desejado (frear os negócios e segurar a inflação). Com isso, os investidores estão acreditando em novo ciclo de aperto já que anteontem o primeiro ministro reafirmou que controlar a alta de preços é prioridade porque é uma ameaça a estabilidade social. Já no Japão a situação é inversa: o presidente do BoJ disse hoje que a economia sofre forte pressão para baixo por causa do terremoto. Para piorar as coisas, o partido do primeiro ministro Naoto Kan (o DPJ) perdeu o governo de duas províncias e ele pode vir a sofrer pressão para renunciar. Esses eventos fizeram as bolsas asiáticas terminarem o dia em baixa e as moedas apresentarem pequena oscilação para baixo em relação ao USD.
Commodities – Reflete a apatia dos outros mercados (pequena vol nas moedas e ações) e recuam ligeiramente. Entretanto, o dia será definido na sessão americana, quando os investidores repercutirem a aprovação do orçamento.
Treasuries americanos – Os juros americanos acompanharam a melhora dos mercados mundo afora e fecharam a 6ª em alta. Hoje, apresentam-se estáveis.
Europa – Os investidores europeus pretendiam descontar as baixas de 6ª já que o orçamento americano foi aprovado. Entretanto, um novo tremor no Japão trouxe a incerteza de volta e prejudica o desempenho das bolsas na Europa mais uma vez. A pressão da cúpula européia para que Portugal adote um plano fiscal austero pode se transformar em problema no futuro próximo já que o primeiro ministro renunciou porque o parlamento rechaçou tais iniciativas. A moeda européia pode vir a sofrer por causa disso.
S&P futuro – O índice subia 0,3 às 08:20. A expectativa com o acordo para a aprovação do orçamento de 2011 é positiva e faz os investidores relevarem o terremoto no Japão.
- Um novo terremoto voltou a atingir o Japão e fez com que o futuro do Nikkei, negociando em Cingapura, recuasse 1,2 pct.
- Os dados da balança comercial de março voltaram a surpreender na China. Houve um forte crescimento das exportações (+35,8) e das importações (+27,3).
Brasil – A Fipe da 1ª quadrissemana de Abril subiu para 0,48 (na quadri anterior tinha sido 0,35). Mais uma vez os alimentos e os combustíveis foram os responsáveis pela alta. A 1ª prévia do IGP-M de Abril ficou em 0,55 (no mês passado tinha sido de 0,48). Os números dos componentes do IPA (agrícola e industrial) são muito parecidos com os do mês passado. No IPC, houve alta na variação dos alimentos e transporte (nada de novo). Às 11:00, o Ministério do Desenvolvimento divulga o resultado da balança de Abril até o dia 10
segunda-feira, 11 de abril de 2011
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