terça-feira, 26 de abril de 2011

Mercados

Moedas – O feriado na Europa reduziu sensivelmente o volume de negócios no mercado e as moedas terminaram o dia praticamente estáveis. A surpresa ficou por conta do Yuan que voltou a cair após a forte alta da 5ª feira passada (depois que o vice presidente do PBoC fez comentário sugerindo que o passo da valorização poderia ser acelerado para conter a inflação).

BRL – A liquidez dos mercados foi fraca e o BRL terminou o dia com pequena oscilação em relação ao fechamento de 4ª. O volume de compras do BC foi pequeno (estimativa de 57 MM) e no interbancário os negócios somaram pouco mais de 1,1 bi. Na BM&F, a posição dos gringos ficou inalterada.

Juros – O mercado interpretou o comunicado como endossando a continuidade da alta dos juros e embutiu mais duas elevações de 25 bps na precificação dos DIs futuros.

Bolsas – Ásia – O dia foi dominado pela perda de valor do Yuan que contrariando a expectativa criada pelo vice presidente do PBoC provocou o recuo da bolsa de Shanghai (afetada também pela alta das commodities que traz o medo de elevação dos juros). O Nikkei sofreu com a nova derrota do partido do primeiro ministro e a divulgação de dados com quedas fortes na produção de carros. Já a bolsa da Coréia subiu 0,83 por causa dos problemas japoneses (prejuízos à indústria automobilística japonesa pode favorecer a coreana – talvez seja possível ampliar o market share) e da compra de ações por estrangeiros.

Europa – Ontem foi feriado na Europa.

S&P – Com as bolsas européias fechadas, a liquidez de NY foi pequena e o índice recuou 0,16, descontando (parcialmente) o descolamento observado na 5ª passada em relação ao FTSE.

Bovespa – Colou na fraca liquidez de NY e também recuou.

Commodities – Como a moeda chinesa voltou a cair, anulando o efeito da palavra do vice presidente do PBoC (o Yuan tinha subido forte na 5ª), os metais e o petróleo recuaram. Nos agrícolas, o trigo e o milho voltaram a apresentar significativa alta de preços (perspectiva ruim para as safras européia e americana).

Ásia – A China e o Japão voltaram a dominar as atenções dos investidores na sessão asiática. Os números ruins da produção de veículos no Japão continuaram influenciando negativamente os negócios (uma agência de rating colocou a nota das duas maiores produtoras de veículos em outlook negativo). A exigência de maior capital para os cinco maiores bancos chineses acabou provocando nova queda na bolsa de Shanghai. O Yuan, diferentemente dos últimos dias, teve comportamento estável.

Commodities – Apesar da iniciativa saudita (de aumentar a produção se o mercado exigir), o petróleo sobe ligeiramente em Londres. O cobre continua caindo e os grãos recuam depois das fortes altas de ontem.

Treasuries americanos – As operações de compra do Fed acabaram pesando sobre o mercado num dia de fraca liquidez por causa do feriado na Europa. Hoje será realizado o primeiro leilão da série de três esperados para a semana (2, 5 e 7 anos), mas não há reflexos no pré-mercado e as taxas praticamente estão estáveis.

Europa – Apesar do spread dos sovereign bonds da Grécia e Portugal continuarem subindo, os investidores não se mostram intimidados (focam nos bons resultados das empresas). As bolsas de Londres e Frankfurt sobem (desprezando a queda das bolsas asiáticas), descontando o movimento de NY na quinta à tarde. Nem a perspectiva de continuidade da alta dos juros básicos, que faz o Euro subir, incomoda (Trichet voltou a reforçar que vê riscos para a inflação em entrevista a uma publicação finlandesa).

S&P futuro – Na sessão européia do índice, sobe 0,3 acompanhando o FTSE e o Dax.

- Na próxima 2ª feira vencerá 27.500 contratos de swap reverso (PTAX médio das colocações 1,6645). No mês passado, ele anunciou a rolagem com quatro dias de antecedência e no meio dos negócios (11:59). O BC não se pronunciou a respeito da rolagem, mas se o comportamento do mês passado se repetir, o anúncio poderá acontecer hoje.

- Os cinco maiores bancos chineses terão que aumentar a base de capital (acima de um mínimo de 11,5 pct de proporção para os ativos) segundo o órgão que controla as operações bancárias. A medida tem por objetivo limitar o risco de crédito dos bancos e segurar a expansão dessas operações.

Um forte aumento na importação de petróleo e derivados foi responsável pelo déficit comercial da semana passada (364 MM). As exportações de minério de ferro e soja foram elevadas, mas não foram suficientes para evitar que o número viesse negativo

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