Moedas – Os mercados aproveitaram o ajuste das bolsas européias para reforçar o view de alta dos juros europeus na próxima 5ª. Além disso, os diversos mercados demonstram querer voltar ao modo de alta que vigorou até o aprofundamento da crise árabe e que provocava a desvalorização do dólar (efeito do QE2).
BRL – Apesar da iniciativa do BC ter sido a mesma na 6ª (venda de swap e três leilões de pronto), o mercado não se intimidou, como na 5ª e provocou forte subida do BRL. Desta vez, o cenário externo não conspirou a favor já que o modo de alta dos diversos mercados, que vinha sendo observado antes do agravamento da crise nos países árabes e do terremoto no Japão, parece estar voltando. O posicionamento mais favorável fica ressaltado quando se verifica que os gringos venderam 6,0 bilhões de dólares no mercado futuro a semana passada. Ou o BC apressa o passo no swap ou a alta vai ganhar força.
Juros – A produção industrial mais forte trouxe ruído ao mercado de juros na 6ª. Como não fica claro quanto da alta é efeito calendário (Carnaval), o view altista prevaleceu. O fato por si só evidencia o quão instável anda o mercado de DIs que sofre alterações a cada informação nova. Na ponta longa, uma parte da alta promovida pelo leilão da 5ª foi devolvida na 6ª.
Bolsas – Ásia – As bolsas asiáticas repercutiram a subida das bolsas chinesas. Os investidores preferiram ver, no indicador industrial divulgado, apenas o lado positivo (que a economia se sustenta mesmo com medidas restritivas) deixando as possíveis consequências (alta dos juros) para considerar na volta do feriado. O Nikkei se descolou do movimento porque a situação ainda não está normalizada e o investidor não se sente confiante.
Europa – As bolsas européias tinham caído muito no call de fechamento da 5ª, por causa da divulgação da necessidade de capital dos bancos irlandeses. Na 6ª além de corrigirem a distorção do dia anterior, as altas observadas nas bolsas asiáticas e nos US (dados de emprego melhores) provocaram uma correção forte para cima do FTSE e do Dax.
S&P – As bolsas americanas repercutiram os dados melhores emprego e a subida das bolsas mundo afora de forma mais tímida já que no dia anterior o desempenho foi atrapalhado pela súbita queda das bolsas européias no fechamento.
Bovespa – Após hesitar na abertura (refletindo as informações sobre possível tributação do minério de ferro), a bolsa paulista firmou na alta à medida que a Europa consolidou a recuperação. Fechou na high, mesmo com NY devolvendo parte da alta no fechamento.
Commodities – Os metais continuam demonstrando tendência de baixa, mesmo com o petróleo subindo e o mercado antevendo crescimento melhor (o que a China faz tem muita importância no mercado e hoje e amanhã é feriado por lá). Já os agrícolas devolveram parte da alta do dia anterior (à exceção do milho que apresentou forte elevação de preço – ainda a questão de baixo estoque e desequilíbrios no suprimento).
Ásia – Os dados americanos de 6ª e a alta das bolsas na Europa e nos US influenciaram a abertura dos negócios na Ásia. O movimento foi capitaneado pelo Nikkei. Entretanto, as diversas dúvidas que o terremoto ainda traz fizeram a alta se esvaziar ao longo do dia e o desempenho ficou muito aquém das indicações iniciais. A exceção foi a bolsa de HK que fechou na máxima (com alta de 1,5) com destaque para as ações de Financials (eventos corporativos considerados positivos pelos investidores). Apesar da tendência de alta de algumas moedas ter continuado na região, as principais - Euro, AUD e Iene - ficaram estáveis na sessão asiática.
Commodities – Voltam a subir hoje, com destaque para o cobre que depois de várias quedas seguidas sobe mais de 1 pct (entretanto há que se considerar que é feriado na China). Nos grãos, trigo e milho apresentam altas significativas. O petróleo subia 0,5 às 08:00.
Treasuries americanos – Como os membros do Fed não se entendem (um deles se mostrou contra qualquer alteração da política), os juros voltaram a cair na 6ª, mesmo com dados de emprego positivos e o view melhor para o crescimento. Hoje sobem ligeiramente com a alta das bolsas.
Europa – A oferta que a empresa belga Solvay faz pela francesa Rhodia dá sustentação às bolsas européias (Londres abriu em baixa), mas os negócios do dia ainda são fracos já que os investidores avaliam o efeito da esperada alta dos juros na próxima 5ª feira. O Euro recua ligeiramente por causa das dúvidas em relação aos efeitos dessa esperada alta de juros sobre os países com problemas financeiros prementes.
S&P futuro – Repercute a alta das bolsas européias e subia 0,2 às 08:10.
- O Tesouro divulgou o cronograma dos leilões para Abril. Não houve mudança de vencimentos nem no volume que objetiva colocar – 45 bi. Isso mesmo com o mês tendo uma semana a mais que Março (como o leilão de 5ª passada foi liquidado no dia 1º, ele foi considerado no mês de Abril). Uma atitude que parece mais realista já que as colocações têm ficado aquém das intenções.
O saldo da balança comercial tem sido influenciado pela maior exportação de Minério de Ferro nos últimos meses (fruto da forte elevação de preços) e isso não foi diferente em Março. É importante salientar que o crescimento da exportação do grupo mencionado foi de 1,44 bi é o da balança como um todo foi de 879 MM. Isso significa que houve um vazamento do incremento provocado pelo minério e que é explicado pelas maiores importações de bens industrializados. Essa é uma das principais razões pela qual o governo teme a valorização do Real (o risco de estar havendo substituição de produção doméstica por importações).
segunda-feira, 4 de abril de 2011
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