segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mercados

Moedas – As especulações sobre a possibilidade da China deixar o Yuan apreciar a um ritmo mais forte (que pode dar sustentação à demanda mundial e ao crescimento) fez o Euro deixar de lado o temor em relação aos problemas dos países periféricos e acompanhar a desvalorização do USD em relação às demais moedas. O movimento foi significativo e terá que ser ratificado pela alta da moeda chinesa nos próximos dias.

BRL – Acompanhou o movimento de fora, mas o ímpeto de alta foi bem menor. O mercado mostra alguma resistência em romper o nível de 1,57.

Juros – A tendência do mercado em precificar uma alta de 0,25 no Copom e a resistência da inflação evidenciada pelo IPCA-15 fizeram os juros dos DIS curtos cair e dos longos subir. No final do dia, o Copom ratificou as apostas e a Selic subiu para 12,00.

Bolsas – Ásia – As bolsas tinham que descontar a recuperação das bolsas européias e americanas no dia anterior e abriram com gap de alta na 4ª. Especulações de que a China deixará o Yuan se valorizar reforçaram o movimento e o dia acabou com fortes altas.

Europa – Deixou de lado os problemas da região (o spread dos títulos de Portugal, Grécia e Irlanda voltaram a subir) e se “atracou” ao view positivo da Ásia na 4ª.

S&P – O modo de alta dos diversos mercados e o balanço surpreendente de algumas empresas fizeram a bolsa americana subir na 4ª.

Bovespa – Acompanhou o movimento de fora.

Commodities – Os diversos segmentos replicaram o view positivo que a possibilidade aventada do Yuan se valorizar mais rapidamente tem sobre a demanda e o crescimento mundial. As altas foram maiores no petróleo e metais.

Ásia – Na 5ª, os mercados asiáticos reagiram à valorização mais forte do Yuan (ratificando a fala do vice-presidente do PBoC) e as bolsas e moedas subiram. Na 6ª, os mercados ficaram fechados e os que abriram terminaram o dia praticamente no zero a zero. A exceção foi a China que caiu (a moeda pode prejudicar as exportações e o crescimento do país). Hoje, com a queda da moeda chinesa, as bolsas asiáticas voltaram a recuar. A perda de poder político do primeiro ministro japonês e a divulgação das quedas na produção de automóveis ocorrida depois do terremoto também afetou o Nikkei.

Commodities – Na 5ª, a alta prosseguiu nos diversos segmentos (a subida da moeda chinesa confirmou as expectativas). Hoje, os agrícolas voltam a subir forte (dúvidas sobre a safra de trigo, soja e milho nos US e na Europa), mas os metais devolvem parte da alta de 6ª com a queda da moeda chinesa (não está claro o que querem. Já o petróleo sobe ligeiramente (mesmo com o alerta saudita).

Treasuries americanos – A recuperação dos mercados provocou a alta dos juros na 4ª. Na 5ª, 6ª e hoje estão praticamente estáveis

Europa – Hoje é feriado na Europa.

S&P futuro – Depois de ter subido 0,53 na 5ª, o índice está praticamente de lado hoje por causa do feriado na Europa.

- O partido do primeiro ministro japonês (DPJ) perdeu mais assentos no parlamento. Apesar de não significar uma iminente renúncia, vai prejudicar os esforços de estimular a economia fortemente prejudicada pelo terremoto. O governo quer aprovar um pacote de estímulo, mas a oposição se recusa a referendar a emissão de títulos para custear os gastos. Por outro lado, o governo não quer aumentar impostos que podem minar ainda mais a confiança já abalada

No comunicado da decisão do Copom, o Bacen deixa a inflação de curto prazo de lado e foca na atividade doméstica (moderação ainda incerta) e nas incertezas de fora (ambiente complexo). Vê como adequado (para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012) que os ajustes das condições monetárias seja feito de forma gradual e por um período suficientemente prolongado. Como está usando instrumentos variados (juros, medidas macroprudenciais e contenção fiscal), evidencia que ao se dar tempo para ver os resultados das medidas acredita que colherá resultados positivos com a estratégia. O mercado por sua vez continua muito cético

Nenhum comentário:

Postar um comentário