O projeto de Lei da capitalização da Petrobras (PETR3, PETR4) encontra-se atualmente no Senado, com a sua votação marcada para o dia 9 de junho deste ano. Preocupado com as incertezas circundando a operação, o Deutsche Bank divulgou um relatório analisando os riscos envolvendo o caso.
O analista do banco alemão, Marcus Sequeira, destaca o agendamento de uma assembleia geral extraordinária de acionistas da companhia para o dia 22 de junho, visando aprovar o aumento do seu limite de capital em 5,6 bilhões de ações. "Achamos improvável que sejam emitidas apenas ações preferenciais por conta da intenção do governo de aumentar seu controle sobre a Petrobras", afirma o analista.
De acordo com o comunicado ao mercado, o valor máximo do aumento de capital será de R$ 150 bilhões, montante capaz de financiar o programa de expansão para o período 2010-2014, o pagamento dos 5 bilhões de barris de óleo equivalente que podem ser transferidos do governo para a Petrobras e a manutenção da alavancagem em níveis saudáveis. "Esperamos que a avaliação dos barris do governo seja divulgada antes da assembleia", informa Sequeira.
Ele ressalta que o presidente da estatal, Sergio Gabrielli, assegurou a ocorrência da operação de capitalização, mesmo com a recente turbulência dos mercados. "Mais uma vez, dado o objetivo do governo de aumentar seu controle sobre a estatal, volatilidade dos mercados, competição com outras grandes ofertas de ações e consequente pressão sobre os preços dos títulos não devem ser obstáculos para a realização da operação antes das eleições", escreve Sequeira.
Votação
Contudo, o plano principal continua sendo a confirmação pelo Congresso do projeto de Lei da capitalização. "A aprovação ou rejeição da capitalização será crucial para a estrutura final do aumento de capital", avalia o analista, vendo indefinição sobre a votação.
Sequeira nota que, caso a Petrobras atinja as exigências legais antes da ratificação da Lei e da conclusão dos trabalhos de avaliação, ela estará apta para iniciar a operação em meados de julho. Por fim, ele reitera sua recomendação de hold - visão neutra em relação as ações nos próximos 12 meses - para os papéis da companhia, por conta dos ricsos regulatórios e políticos, além do risco de overhang (excesso de oferta) de ações.
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