METAIS SE RECUPERAM JUNTO COM BOLSAS E EURO APÓS PACOTE DE RESGATE

Os metais básicos se recuperam junto com o euro e os mercados de ações
internacionais, impulsionados pelo pacote de resgate de 750 bilhões de euros contra crises na zona do euro elaborado pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O pacote maior do que o esperado acalmou os mercados e os investidores deixaram de lado as preocupações com os custos do resgate.
No geral, os metais operam com altas de 2% a 3% em relação ao fechamento de sexta-feira, embora ainda tenham um longo caminho para recuperar as fortes perdas das duas últimas semanas. Por volta de 7h30 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) subia US$ 225, para US$ 7.165 por tonelada. O metal continua US$ 1 mil abaixo da máxima deste ano, de US$ 8.043,75 por tonelada, atingida em 12 de abril.
"É um pouco de euforia em seguida ao pacote de resgate da União Europeia", afirmou Leon Westgate, analista de metais do Standard Bank, em Londres.
Níquel e alumínio lideram os ganhos, seguidos pelo chumbo e o zinco. Participantes do mercado que assumiram posições a descoberto na semana passada estão sendo forçado a cobri-las, enquanto os que estavam esperando por maiores perdas antes de fazerem compras estão rapidamente voltando para o mercado, segundo operadores.
Mais ganhos são prováveis no curto prazo, de acordo com analistas. "No curto e médio prazos, o mercado provavelmente vai dar ao pacote o benefício da dúvida e, por isso, nós esperamos que os metais comecem a subir novamente", escreveu a BaseMetals.com em um relatório.
No entanto, nem todos estão convencidos de que a recuperação dos preços vai durar toda a semana. Segundo Westgate, alguns metais que foram duramente vendidos, como o níquel, perderam certos fundamentos e podem não voltar às máximas anteriores.
Por volta das 7h30, o alumínio subia US$ 72,50, para US$ 2.145 por tonelada; o níquel avançava US$ 850, para US$ 23.400 por tonelada; o chumbo ganhava US$ 75, para US$ 2.120 por tonelada; o zinco tinha alta de US$ 73, para US$ 2.164 por tonelada; e o estanho era negociado com ganho de US$ 320, aos US$ 17.920 por tonelada.