A chance de um calote brasileiro ocorrer é menor que a de países europeus, como a Itália, e está se aproximando do risco de gigantes como EUA e Reino Unido, ainda que esteja alto.
No primeiro trimestre deste ano, o risco de o Brasil dar calote na sua dívida nos próximos cinco anos era de 9%, e o dos EUA, de 3,6%. Comparando com o terceiro trimestre do ano passado, o risco brasileiro ficou praticamente estável (9,2%), enquanto o norte-americano quase dobrou -era de 1,9%.
O risco de calote do Brasil é considerado menor que os de Grécia, Espanha, Portugal e Itália, sobre os quais, especialmente no caso grego, recaem dúvidas sobre a capacidade de manterem as contas em dia, por conta do aumento de gastos para salvar bancos e empresas e pela queda na arrecadação.
A percepção de risco é baseada nos preços com que são negociados os CDS ("credit default swaps", papéis que são uma espécie de proteção contra calotes) dos títulos soberanos desses países.
O mercado desses derivativos, nos quais os títulos brasileiros estão entre os mais negociados, ainda é pequeno (quando comparado com as dívidas dos países), mas vem crescendo. No ano passado, avançou cerca de 30%, atingindo US$ 2 trilhões de valor bruto (que é quanto se espera receber pelo derivativo), ou 14% do mercado total de CDS.
Ainda que o risco brasileiro tenha se aproximado dos de algumas nações ricas, ele continua entre os mais altos do mundo. No levantamento da empresa CMA DataVision, ele aparecia no primeiro trimestre como o 31º mais provável de dar calote em uma lista de 66 países, atrás de latino-americanos como o México e o Chile.
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