Os temores se repetem nesta quarta-feira, provocando incertezas nos mercados acionários, enquanto o euro, já abaixo de US$ 1,29, desliza em direção ao US$ 1,28. Nas bolsas europeias as ações dos bancos continuam no olho do furacão, à medida que os investidores analisam o quanto as instituições estão expostas à Grécia e aos países chamados periféricos da zona do euro.
As preocupações se propagam para o custo de proteção contra eventual calote também da Alemanha e da França, além de Grécia, Portugal e Espanha. A bolsa espanhola, que ontem perdeu mais de 5%, depois de rumores de rebaixamento de seu rating, continua esboçando as maiores perdas entre as praças acionárias da região.
"Há uma disseminada exposição bancária à Grécia, com os bancos franceses e alemães com a maior parte da dívida do país, enquanto os bancos britânicos possuem grande exposição à dívida espanhola", afirmou o estrategista do GFT, David Morrison. "Segundo minhas informações, o RBS e o Lloyds estão particularmente expostos, o que explica a pressão de venda sobre tais ações", acrescentou. Na Bolsa de Londres, as ações do Lloyds cederam
4,4% e as do RBS perderam 3,7%. Os papéis do Deutsche Bank e do Credit Agricole caíram mais de 2,5%.
Na Grécia, os protestos da população e a paralisação dos trabalhadores demonstram as dificuldades do país para implementar o único plano disponível a fim de garantir o dinheiro da União Europeia e do FMI e evitar a moratória. Sob tal pressão, o Parlamento grego vota
amanhã medidas de austeridade como o congelamento por três anos dos salários e aumento dos impostos; na sexta-feira, os líderes europeus irão submeter o pacote de 110 bilhões de euros à aprovação.
"Apesar de sabermos que a maioria da população grega compreende e aceita a necessidade das medidas de austeridade, as greves em andamento e a manifestação civil são uma lembrete do quão insatisfeitos estão muitos cidadãos gregos. Imagino que o governo está extremamente nervoso", observou Morrison.
O calendário econômico norte-americano também entra na mira diante da aproximação da sexta-feira, quando será divulgado o payroll norte-americano, mostrando quantas vagas foram criadas ou cortadas no mercado de trabalho em abril. Portanto, as atenções hoje ficam na pesquisa ADP de vagas no setor privado, prevista para às 9h15 (de Brasília). Às 11h (de
Brasília), será divulgado o índice de atividade do setor de serviços ISM.
Às 7h56 (de Brasília), Londres caía 0,38%, Frankfurt perdia 0,39% e Paris recuava 0,57%. A Bolsa de Madri perdia 1,40% e Lisboa recuava 1,06%.
O euro cedia para US$ 1,2934, depois de operar a US$ 1,2927 na nova mínima para um ano.
Ontem, no final da tarde em Nova York, valia US$ 1,3001. O dólar subia para 94,73 ienes (94,40 ienes), beneficiado também pela perspectiva de serem divulgados indicadores positivos nos EUA. A libra esterlina, de operava praticamente estável, a US$ 1,51505, de US$ 1,5156
ontem, diante da perspectiva das eleições gerais.
Na ponta de busca por proteção, os Treasuries continuam subindo. O juro do note de dois anos cai para 0,92030%. Mas o ouro é limitado pela apreciação do dólar e no mercado spot caía 0,11%. Petróleo também perde (-1,57% para US$ 81,45 o barril na Nymex) e o cobre para julho recua 1,37% para US$ 3,1350 por libra peso. As informações são da Dow Jones.
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