quinta-feira, 6 de maio de 2010

ICAP Brasil - Panorama dos Mercados - 06/mai.

As bolsas na Ásia fecharam em baixa, ampliando o nervosismo quanto aos riscos fiscais na Europa e seu impacto sobre a economia asiática ao arrefecer o comércio entre as duas regiões. A OCDE estimou um crescimento da economia européia de 1,0% este ano, puxada pelo desempenho mais favorável da Alemanha, taxa de 1,2%. Já a Grécia e a Espanha devem registrar contração. Além da crise das contas públicas afetar o desempenho da zona do euro, que ainda precisaria de estímulos fiscais, a China é outro fator de preocupação na região.
No Japão, após três dias de pregão fechado, o índice Nikkei 225 encerrou a sessão com baixa de -3,27%, liderado pela queda do setor exportador, reflexo da menor competitividade do iene ante o euro. Montadoras e empresas de tecnologia foram os destaques. Na Austrália a queda também foi expressiva, taxa de -2,26%, puxada pelos papéis de mineração, reflexo da queda do cobre e do níquel no mercado internacional. Foi divulgado o resultado de março da balança comercial, registrando um déficit um pouco acima do estimado. A alta de 0,3% do setor varejista também ficou abaixo do projetado.
Na China as bolsas caíram cerca de -4,0%, com os investidores preocupados com os efeitos que as medidas do governo para conter o crédito imobiliário tenham sobre a economia e o preço do setor. Além da baixa dos papéis de matérias-primas, o setor imobiliário registrou significativas perdas. Abertura das bolsas Européias e Futuros USA:
Na Europa o pregão é de recuperação após dois dias de baixas expressivas, com o investidor aguardando a reunião de política monetário do BCE às 08h45, expectativa de manutenção dos juros em 1,0%, que há 12 meses se mantém neste patamar. Às 09h30 o presidente da instituição irá falar sobre a decisão do BC e sobre a economia, sendo aguardando com atenção pelo mercado neste momento de tensão econômica e fiscal na região.
Na Alemanha os pedidos de fábricas surpreenderam ao registrar uma alta de 5,0% em março, resultado acima das previsões, destaque também para as eleições no Reino Unido, com a população votando ao longo do dia e podendo eleger um 1º Ministro sem ter a maioria no Parlamento.
O resultado positivo de algumas empresas na região reforça o viés de alta das bolsas, destaque para os ganhos do BNP Paribas e Swiss Reinsurance. A preocupação com a Grécia ainda limita uma recuperação mais expressiva do mercado acionário, porém a forte queda de alguns setores, principalmente o financeiro, torna alguns papéis atraentes.
Nos EUA, às vésperas do resultado do payroll, o pregão também é de recuperação. Hoje a agenda tem relevantes dados a serem divulgados e mercado deixa um pouco de lado os problemas econômicos para recompor carteiras.
A FGV divulgou o IGP-DI de abril, variação de 0,72%, resultado no piso das expectativas. No atacado os produtos agropecuários mostraram arrefecimento enquanto o setor industrial mostrou alta puxado pelo ferro gusa. No varejo, o IPC mostrou desaceleração puxado pelos alimentos, enquanto na ponta inversa vestuários e saúde registraram alta. Às 08h30 tem a Ata da reunião do Copom e às 10h30 tem os dados de abril da Anfavea sobre a produção de veículos.
Nos EUA será divulgado às 09h30 a prévia do 1ºTrim.10 da produtividade e do custo da mão-de-obra, expectativa de alta de 2,6% e queda de -0,7% respectivamente. No mesmo horário tem os dados semanais de seguro desemprego. Às 11h30 tem pesquisa ICSC Chain sobre a venda de lojas, que no mês de março registrou alta de 9,0%, não há expectativa para o indicador. Às 10h30 Ben Bernanke participa de evento em Chicago falando sobre os testes de stresse do setor bancário. Evolução das Commodities:
O desempenho negativo do mercado acionário e a maior aversão ao risco seguiu pressionando o preço do petróleo que caiu -3,34% na sessão de ontem, cotado a US$79,97. Nesta manhã a commoditie opera perto da estabilidade, buscando romper os US$80,00.
Os metais registraram mais baixas, destaque para o níquel com queda superior à -10,0%. Hoje cobre e ouro operam com alta moderada, ensaiando uma recuperação.

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