terça-feira, 30 de novembro de 2010

Moedas

Dólar Real Futuro - Com indicativo de queda, tem próximo suporte bom a 1724,000, este a área de mínima de acumulação dos últimos dias, área que rompida confirmaria continuidade na queda com nova aceleração no movimento (1690,500). Obs.: Somente haveria definição com a saída da acumulação iniciada em 10/nov (1724,000 / 1761,000).

Dólar Real Pronto ( Diário ) - Fechou com indicativo de queda, e logo acima de suporte a 1,7140 e melhor a 1,7078, este a área de mínima de
acumulação dos últimos dias, e somente com a saída deste patamar, definiria o curto prazo (1,7078 / 1,7422).

Euro Dólar - Abaixo de 1,3383 / 1,3334, o indicativo é de continuidade na queda que tem próximo suporte bom a 1,30 / 1,2919.

Juros

Di1 Jan/12 - A figura formada é de queda, hanging man, e seria confirmada com rompimento de suporte a 12,00 / 11,96, pois pelo contrário e acima de 12,05 / 12,08 continua no atual movimento que tem próxima resistência boa somente a 12,29.

Di1 Jan/13 - A indicação é de continuidade na alta que tem próxima resistência boa a 12,50 / 12,63. Obs.: Suporte a ser respeitado para isto a 12,17.

Commodities

Boi Gordo Dez/10 - BMF - A oscilação está em movimento curto de queda iniciado em 10/nov, mas nos últimos dias está estreitando
oscilação entre as retas, que hoje o suporte passa a 97,325 e a resistência a 101,85, e somente com a saída deste patamar definiria a
oscilação, pois pelo contrário, continuaria alternando movimento curto de alta e baixa até a definição. Obs.: Desde que respeite resistência a
101,45 / 101,65, aprece mais provável o movimento de queda e que abaixo de 95,99 / 93,90, aceleraria o movimento.

Café Dez/10 - BMF - Na queda do dia a área e bom suporte a 234,45 chegou a ser rompido, mas subiu e fechou nas máximas do dia e logo
abaixo de resistência a 239,50, que rompida, indicaria haver sustentação para sair de queda iniciada na quarta passada e caminharia em
direção de 247,70, MAS somente acima deste, confirmaria haver sustentação para retomar alta. Pelo contrário e abaixo de 234,45 daria
continuidade ao moivmento curto de queda em direção a 224,30.

Mercado em Foco - Indusval Multistock

A Ásia encerrou em queda. Japão divulgou produção industrial do mês de out10, com queda de 1,8%. Na Europa, os mercados trabalham em queda. Entretanto, o mercado acompanha de perto as notícias vindas de Portugal, Espanha e Itália. Nos EUA, o futuro do S&P e o preço do petróleo estão em ligeira queda. Ontem, o presidente Barack Obama anunciou medidas de congelamento de salário público para combater o déficit fiscal, ainda, sinalizou que pode aumentar a idade mínima para a aposentadoria. No Brasil, o Ibovespa está em queda de 0,99% no ano e de -3,91% no mês de novembro.
As ações da Petrobras tiveram um bom comportamento no dia de ontem, mas no ano continua acumulando forte perda de 30,82% e no mês de -3,94%.

Brasil - Caminhões: o Banco do Brasil liberou 13 operações no valor de R$ 4,5 bilhões. A taxa de juros é de 4,5% a.a. até março de 2011. Nos 8MS10, o BB desembolsou R$ 314 milhões neste programa, financiando 3.558 pedidos com valor médio de R$ 90 mil.
Celulose: em out10/set10, as exportações de celulose aumentaram 8,3%, com 716 mil toneladas, segundo a Bracelpa. Em 10MS10, acumulou 6,898 milhões de toneladas, aumento de 2,3% em relação 10MS09.
Construção: o governo vai prorrogar a redução do IPI para materiais de construção por mais um ano, final de 2011. A medida beneficia cimento, tintas, argamassas, ladrilhos, revestimentos, vergalhões, fecaduras, dobradiças, chuveiros, grades de aço, pias, louças de banheiro, etc.
Crédito: em out10, o estoque de crédito oferecido pelos bancos bateu novo recorde representando 47,2% do PIB. O maior nível desde 1994. O volume total atingiu R$ 1,644 trilhão, +1,9% acima do mês de set10.
Infraero: a nova ministra de Planejamento, Miriam Belchior, sinalizou que a empresa possa abrir o capital durante o governo de Dilma Rousseff. A nova presidente estuda com cuidado, tendo em vista, a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.
Ofertas Públicas: o montante estimado para os próximos três meses é de R$ 14 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5 bilhões são de seis empresas que já estão com o pedido junto à CVM. Em 2010, as 20 operações realizadas somam R$ 147,7 bilhões. As empresas que estão na lista são: Droga Raia, Anhanguera Educacional, Energia renovável – Desenvix, Autometal, Shopping Centers Sonae Sierra e a petroleira Queiroz Galvão Exploração e Produção.
Positivo: no 3T10, a empresa encerrou com market share de 14,1%, sendo que a 2ª colocada ficou com 9.9%. Essa diferença reduziu em nesse período, pois no 3T09, a Positivo detinha 16% e a 2ª colocada com 7,7%.
Sul América: o banco holandês ING decidiu pela venda de seus ativos no setor de seguros em todo o mundo. No Brasil, a participação de 36% na Sul América será vendida, cujo montante estimado de R$ 2 bilhões. Ainda não está definido a forma desta venda, entretanto, não foi descartada a venda de ações em oferta pública na Bovespa.

EUA - Novas Medidas: o presidente Barack Obama anunciou o congelamento dos salários dos funcionários federais por dois anos, combatendo o alto déficit fiscal. A economia estimada é de 60 bilhões em dez anos. No relatório preliminar, a comissão propôs, ainda, aumentar a idade de aposentadoria com grandes cortes de despesas e uma reforma tributária para reduzir o déficit em US$ 4 trilhões durante a próxima década

India - BC: o Banco Central do país anunciou medidas para aumentar liquidez, incluindo mais uma extensão temporária de redesconto adicional. Os bancos podem tomar empréstimo de até 2% de seus depósitos na janela diária de liquidez até 28 de janeiro sem pagar juro.
PIB: no 3T10/3T09, a economia cresceu 8,9%, mantendo o ritmo de expansão.

Japao - Produção Industrial: em out10/set10, a produção caiu 1,8%, sendo o 5º mês consecutivo de retração. Entretanto, o resultado foi melhor em relação a estimativa de mercado, de -3,3%.

Taxa de Desemprego: em out10, a taxa aumentou para 5,1% contra 5% do mês de set10.

Mundo - British Airways X Ibéria: as duas empresas receberam aprovação de seus acionistas para a fusão de US$ 8 bilhões, abrindo caminho para os planos de compra de outras empresas do setor. As duas companhias formarão o Internacional Airlines Group, com a operação a ser concluída em janeiro

Zona do Euro - Alemanha: em nov10, o número de desempregados caiu 9 mil, após queda de 3 mil em out10. A taxa de desemprego ajustada ficou inalterada em 7,5%.

Espanha: nos 9MS10, o déficit em C/C diminui em 2010 para € 38,34 bilhões contra € 44,15 bilhões de 9MS09.

França: PPI: em out10/set10, o índice de preços ao produtor subiu 0,80% contra +4,3% em relação a out09. Este número ficou acima das previsões de 0,60%.

Irlanda: o BC do país anunciou a desativação do Anglo Irish Bank Corp. até janeiro de 2011. Foi mencionada, ainda, que os bancos do país não possuem grandes perdas escondidos em suas carteiras. O pacote de € 85 bilhões foi negociado uma taxa de juros de 5,8%.

Mercado hoje: Europa, China e indicadores determinam tendência

A maior parte das bolsas europeias cai com o temor de que a crise bancária da Irlanda contagie países do Sul do continente. O euro tem a terceira
queda diante do dólar e o índice IBEX 35 de Madri caminha para a quarta perda seguida.
A expectativa de alta dos juros na China levou as bolsas no país a fecharem novembro com a primeira queda mensal desde junho. No Brasil, será divulgado o resultado fiscal e nos Estados Unidos sai a confiança do consumidor. Na Europa, os investidores aguardam os dados de desemprego.
s 7h25, este era o desempenho dos principais índices:

MSCI World -0,30% MSCI Asia Pacific -0,91%
Nikkei 225 -1,87% Shanghai SE Composite -1,61%
CAC 40 -0,56% FTSE 100 +0,01%
S&P 500 Future -0,43% Nasdaq 100 Future -0,51%

Hoje a coluna de renda fixa mostra que a maior queda do real desde maio não deve durar muito tempo, segundo o Standard Chartered Bank e o Wells Fargo & Co. As duas instituições acreditam que a perspectiva de juros mais altos vai ajudar a impulsionar a moeda brasileira em dezembro.

As bolsas europeias recuam e o euro volta a se enfraquecer com a especulação de que a crise bancária da Irlanda vai se espalhar para Portugal e Espanha e com o temor de alta dos juros na China.
Na China, o principal índice de ações caiu pelo terceiro dia e levou a bolsa à primeira queda mensal desde junho.
“As medidas de aperto do governo, como aumento de juro, podem vir antes que o mercado espera, como ocorreu na vez anterior”, disse Leo Gao, que ajuda a administrar cerca de US$ 600 milhões na APS Asset Management Ltd. em Xangai.
O euro cai em relação ao dólar e ao iene com os temores de medidas que esfriem a economia chinesa e de que a crise europeia fortaleça a demanda por ativos mais seguros.
Os bancos espanhóis precisam refinanciar 85 bilhões de euros em dívida no próximo ano o que gera receio de que a quarta economia europeia necessite de um pacote de ajuda a exemplo do que aconteceu com a Irlanda. A economia espanhola é duas vezes maior do que as da Grécia, Irlanda e Portugal combinadas.
“O elefante na sala não é Portugal, mas, naturalmente, a Espanha”, disse ontem Nouriel Roubini, o professor da Universidade de Nova York que previu a crise global.
A moeda japonesa chegou ao maior nível em 11 semanas contra o euro após o jornal China Daily noticiar que Zhong Jiyin, economista da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o país precisa subir os juros em 2 pontos percentuais.
O petróleo recua com temor de diminuição da demanda chinesa. O cobre sobe. Os títulos do tesouro Americano sobem pelo terceiro dia com a fuga por ativos considerados seguros diante das preocupações de que a crise na Irlanda se espalhe para Portugal e Espanha.

As atenções do dia estarão voltadas para a divulgação dos índices de desemprego na Europa e para o resultado primário no Brasil. À noite, sai o índice de diretores de compras das manufaturas na China, que pode ter efeito nos mercados brasileiro, americano e europeu amanhã.

Indicador (horário) Período Expectativa Anterior
8h Taxa desemprego zona do euro outubro 10,1% 10,1%
8h IPC estimado zona do euro novembro 1,9% 1,9%
10h30 Resultado primário Brasil outubro 13,3 bi 27,8 bi
12h Índice S&P/CaseShiller EUA setembro -0,40% -0,28%
13h Confiança consumidor EUA novembro 53,0 50,2

No calendário corporativo, na Alemanha, a ThyssenKrupp AG divulga seus resultados. Não está prevista para o dia a divulgação de balanços no Brasil ou nos Estados Unidos que possam ter impacto nos mercados.

Empresa Expectativa Anterior
TKA GR (por ação) 0,20 -2,30

Banco Bradesco SA (BBDC4 BZ): o Bradesco Asset Management lança hoje um fundo que investe em dívida brasileira emitida em dólares, disse Joaquim Levy, diretor de gestão e estratégia da empresa. O fundo pode investir até 70 por cento em títulos de dívida corporativa brasileira, disse Levy durante um evento em Hong Kong. Pelo menos 50 por cento do fundo é focado para comprar bônus brasileiros globais, e pelo menos 10 por cento em
papéis individuais.

SulAmérica SA (SULA11 BZ): o Banco ING definiu a estratégia de venda de seus ativos no setor de seguros em todo o mundo, o quem inclui uma participação do banco holandês de 36 por cento na brasileira SulAmérica, com valor de mercado estimado em R$ 2 bilhões, disse hoje o jornal Valor Econômico. Segundo o jornal, que não informa como obteve as informações, ainda não há definição sobre como será a venda e o ING não descarta promover oferta pública na BM&FBovespa SA. A SulAmérica disse que não
comenta rumores de mercado.

Petróleo Brasileiro SA (PETR4 BZ): a estatal não tem planos imediatos de levantar recursos por meio da venda de ações em Hong Kong ou em outro mercado asiático, disse hoje Osvaldo Kawakami, gerente-geral do escritório da estatal em Tóquio, durante um evento em Hong Kong.

O Ibovespa desacelerou a queda depois de ter chegado a cair 1,65 por cento no dia, encerrando na sua terceira perda consecutiva, acompanhando o receio mundial de que o pacote de ajuda da União Europeia à Irlanda não resolva a crise no país e contagie os vizinhos.
O principal indicador da bolsa brasileira foi derrubado principalmente por Gerdau SA, OGX Petróleo e Gás Participações SA, Itaú Unibanco Holding SA, PDG Realty SA Empreendimentos e Participações e Cyrela Brazil Realty SA Empreendimentos e Participações.

Ibovespa: -0,47%, para 67.908 pontos
Dow Jones: -0,36%, para 11.052 pontos
Nasdaq: -0,37%, para 2.525 pontos
S&P 500: -0,14%, para 1.188 pontos

Juros: Os juros nos mercados futuros com prazo até outubro de 2011 recuaram com a redução na aposta de alta da taxa básica em dezembro. Os que vencem de janeiro de 2012 em diante subiram após pesquisa do Banco Central ter revelado aumento das expectativas de inflação e com o anúncio de índice de preços da Fundação Getúlio Vargas acima do esperado.

Câmbio: O dólar voltou a ser cotado acima de R$ 1,73 com o cenário externo pela manhã e recuou no fim do dia, quando investidores voltaram às compras de ativos de risco, como as ações, e passaram a acompanhar mais de perto a possibilidade de alta da Selic, que tende a atrair mais recursos para o Brasil.

Dólar: -0,54%, para R$ 1,7185
DI Janeiro 2011: -2,7 pontos-base, para 10,733%
DI Janeiro 2012: +3 pontos-base, para 12,05%

Bovespa deixou de ser pechincha, diz executivo da Baring

Marino Valensise, da Baring Asset: "Brasil já não está tão barato ante outras bolsas, mas ainda há boas histórias"
O mercado acionário brasileiro deixou de ser a estrela dos emergentes, mas ainda traz boas oportunidades para os investidores estrangeiros. A avaliação é de Marino Valensise, diretor global de investimentos da britânica Baring Asset Management, com US$ 50 bilhões sob gestão. "O Brasil já não está tão barato em comparação a outras bolsas, mas ainda há histórias muito boas em algumas ações", disse o executivo, que adiantou ao Valor a apresentação que fará hoje a investidores locais.
Valensise lista três motivos que deixam a Bovespa menos atraente que, por exemplo, as bolsas chinesa e russa. Primeiro, o indicador Preço/Lucro (P/L, que dá uma ideia do tempo de retorno do investimento) do Índice Bovespa. Estimado em cerca de 9 vezes, o P/L já está em nível historicamente alto. Segundo, o real, que já se apreciou "muito", o que torna os ativos brasileiros "caros" em dólares. Por fim, há uma ameaça de alta da inflação. O Banco Central (BC) brasileiro, diz ele, deve ter um papel decisivo no início do governo Dilma Rousseff. "Gostamos do Brasil, mas vendemos alguns papéis por causa disso", explica o executivo, que mantém uma posição "neutra" (igual a média do mercado) em papéis brasileiros.
Embora o Ibovespa já não esteja barato, é possível garimpar papéis com bom potencial de ganhos, avalia o executivo. É o caso dos bancos, especialmente Banco do Brasil e Bradesco, dada a perspectiva de continuidade da expansão do crédito. Pelos padrões internacionais, ressalta ele, o consumidor brasileiro ainda apresenta um nível de endividamento baixo. "O Brasil tem uma classe média crescente, pronta para consumir", ressalta Valensise.
Ele também aponta o setor de saúde como atraente. Muito pulverizado no Brasil, esse segmento, diz o executivo, deve passar por um processo de consolidação. A Dasa, uma das poucas empresas de saúde na bolsa, pode liderar esse movimento. Há também potencial de ganhos para os papéis da concessionária de rodovias CCR e para a petroleira OGX, do bilionário Eike Batista. Há pouca atratividade, na opinião do executivo, em papéis de empresas de energia elétrica, saneamento e siderúrgicas.
Entre os mercados emergentes, a preferência de Valensise recai sobre as bolsas asiáticas, o que inclui escolhas óbvias, como a China, e mercados pouco explorados, caso de Filipinas e Indonésia. Esses países, ressalta ele, têm uma dinâmica de crescimento baseada no consumo interno e, por isso, são pouco afetados pelos humores da economia global. "São históricas que não estão ligadas ao consumo americano, por exemplo", diz.
Já a China ainda se beneficiará do enorme contingente de pessoas que ainda deve migrar do campo para as cidades. Isso significa um potencial enorme de ganhos de produtividade - ou seja, crescimento acelerado sem pressões inflacionárias consistentes. Mais de 50% das exportações do gigante asiático, ressalta Valensise, vão hoje para os mercados emergentes, o que torna o crescimento do país menos atrelado às economias americana e europeia. "Estamos com uma posição 'overweight' (acima da média do mercado) na China", diz.
Embora seja mais otimista com a Ásia, Valensise vê um enorme potencial de ganhos nos mercados emergentes em geral nos próximos dez anos. A razão é simples: o eixo do crescimento mundial está claramente migrando das nações desenvolvidas para os países em desenvolvimento. "Devemos ficar muitos felizes se os Estados Unidos crescerem algo como 2% e a Europa, 1,5%", diz o executivo.
Os mercados emergentes devem ocupar cada vez mais espaço nos índices globais de ações, como o MSCI World. Isso significa que um grande grupo de investidores globais, que seguem esses índices, vão ter de comprar papéis de emergentes. Os fundos de pensão americanos, por exemplo, têm menos de 1% de suas reservas em ações de emergentes. E eles são, ressalta Valensise, os grandes detentores de recursos no mundo. "A questão não é se as pessoas vão comprar ações dos mercados emergentes, mas quando elas vão comprar", afirma ele. "Não há bolha nesses mercados hoje, mas vai haver daqui a 10 anos, quando todos estiverem neles."
Os episódios de aversão ao risco suscitados pela crise da dívida na Europa devem ser vistos como boas oportunidades de compra de ações de emergentes. E a volatilidade deve se manter nos próximos meses, já que há dúvidas sobre a solvência de Portugal e Espanha. Valensise, aliás, acredita que os pacote para salvar Grécia e Irlanda apenas adiam a solução dos problema das dívida soberanas. "Esses países não vão ter receita suficiente para pagar as dívidas", diz ele. "Em algum momento, os credores vão ter de aceitar um desconto no principal da dívida, como aconteceu no caso da Argentina", afirma.

China e Europa derrubam bolsas na Ásia

A maior parte das bolsas asiáticas voltou a campo negativo nesta terça-feira, com o mercado demonstrando receio em relação à crise na Europa e às possíveis medidas adicionais chinesas para conter a inflação.
No Japão, os negócios também foram impactados pelos dados que apontam aumento no desemprego no país. De acordo com o governo japonês, a taxa de desemprego subiu de 5% em setembro para 5,1% em outubro.
O índice Nikkei 225 reagiu com queda de 1,87%, fechando aos 9.937,04 pontos. As ações da Toyota recuaram 2,42%, acompanhadas pelas da Canon (-2,35%) e da Nissan (-1,51%).
Em Xangai, o Shanghai Composite caiu 1,61%, para 2.820,18 pontos, enquanto na bolsa de Hong Kong, o índice Hang Seng baixou 0,68%, para 23.008,00 pontos. As ações chinesas sentem as pressões resultantes redução na liquidez, reflexo da política de arrocho monetário promovida pelo governo.
Já na Austrália, as mineradoras responderam por grande parte da retração na bolsa de Sydney. O S&P/ASX 200 cedeu 0,74%, fechando aos 4.584,40 pontos. Os papéis da Rio Tinto tiveram 1,94% de desvalorização, enquanto os da BHP Billiton perderam 1,16%.
Na contramão, as bolsas da Coreia do Sul e de Taiwan subiram neste pregão. O índice Kospi, de Seul, avançou 0,48%, para 1.904,63 pontos, e o Taiwan Taiex, de Taipé, ganhou 0,06%, aos 8.372,48 pontos

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cambio

A trajetória do dólar ante o real virou as costas para o rumo da moeda norte-americana no exterior na manhã desta segunda-feira, que antecede a formação da ptax a ser usada na liquidação dos contratos de dezembro, na quarta-feira, dia 1º. Enquanto o dólar subia fortemente no exterior, aqui passou quase todo o período de lado. Os operadores acreditam
que o descolamento esteja associado, principalmente, ao vencimento dos futuros, com os especuladores vendidos em dólar se esforçando para impedir valorizações maiores da moeda norte-americana, mas apontam que há outros fatores internos ajudando. Pouco depois das 13 horas, a tarde começava com sinais de piora ainda mais forte lá fora, e isso ameaçava, finalmente, contagiar o mercado doméstico. Ainda assim, a pressão de alta do
dólar era contida.
Às 13h10, o dólar mostrava alta de 0,29% no mercado à vista, a R$ 1,734, a máxima até aquele momento. No mercado futuro, o contrato de dezembro valia R$ 1,7345, com elevação de 0,35%. Ao mesmo tempo, o euro recuava a US$ 1,3075, ante US$ 1,3231 no final da tarde de sexta-feira em Nova York e US$ 1,3184 registrado mais cedo.
Um dos especialistas do mercado doméstico ouvido pela Agência Estado esta manhã ressaltou que a alta do dólar no Brasil ainda está limitada pelas expectativas de fluxo, que continuam as melhores. Já depois da crise envolvendo a Irlanda houve captações privadas no exterior, em boas condições. E, enquanto a Europa amarga os temores cada vez maiores
de que a crise das dívidas soberanas continue derrubando um a um os países mais frágeis da região - agora a mira é a península Ibérica -, a Droga Raia anunciou o lançamento de oferta primária e secundária de ações no Brasil, com esforços de colocação no exterior, com roadshow iniciando hoje.
A quantidade inicial ofertada é de 23.720.930 ações ordinárias, das quais 20.930.233 são novas ações e outras 2.790.697 serão vendidas pelos atuais acionistas. Está prevista a colocação de 15% de lote adicional (3.558.140 ações) e 20% de lote adicional (4.744.186), caso seja necessário. O preço será fixado no dia 16 de dezembro, quando se encerra o período de coleta de intenções de investimento (bookbuilding), aberto hoje. A faixa indicativa apresentada pela empresa no aviso ao mercado da oferta é de R$ 19 a R$ 24. No teto dessa faixa e com o exercício dos lotes suplementar e adicional, a oferta pode alcançar no máximo R$ 768,558 milhões, com a colocação de 32.023.256 ações.
Os especialistas ressaltam, também, que o mercado doméstico está menos sujeito às pressões de alta do dólar vindas do exterior desde que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou novas medidas cambiais, no curto prazo. Isso, depois de vários esforços para conter a apreciação do real aqui dentro e que incluíram empenho dos representantes brasileiros no último encontro do G-20, para que houvesse aval internacional a eventuais
medidas de controle de capitais. "A taxa de juros é alta e pode subir ainda mais, o fluxo é positivo, a posição vendida é forte e o Mantega afastou o temor de intervenções. Isso tudo rouba fôlego ao dólar aqui", disse um especialista.
Na sexta-feira, segundo dados colhidos pelo mercado, com base nos números de posições em aberto da BM&F, os investidores estrangeiros aumentaram a posição vendida (líquido) em derivativos cambiais em US$ 106,8 milhões, ou 2.136 contratos (DDI e dólar futuro). No total, os estrangeiros fecharam o pregão de sexta-feira vendidos em 249.158 contratos, ou US$ 12,458 bilhões.
Vale registrar que, hoje, o governo editou a Medida Provisória 513 - publicada em edição extra do Diário Oficial da União, com data da última sexta-feira - com uma série de determinações, entre elas, a regulamentação do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Pela MP, a União fica autorizada a emitir, a valor de mercado, sob a forma de colocação direta em
favor do FSB, títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal. Fica também autorizada a permutar com o FSB ativos de renda fixa, inclusive títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal, e de renda variável e moeda estrangeira, a valor de mercado ou observada a equivalência econômica. Os ativos de renda fixa ou variável domésticos, recebidos diretamente pelo FSB, deverão permanecer custodiados em contas específicas, abertas
diretamente em nome do Fundo, em instituição financeira federal.
"Isso não teve impacto. É sabido que o FSB pode atuar, mas ainda não o fez. A presença do FSB só vai ter efeito no dólar quando o fundo atuar efetivamente e isso ficar claro para o mercado. Tem que avisar que é compra do Fundo, todo mundo tem que perceber que é ele.
Aí talvez seja capaz de colocar o dólar para cima", disse o operador da Interbolsa Brasil, Ovídio Pinho Soares.
Segundo ele, os mercados europeu e asiático estão feios, mas não contaminaram muito os negócios locais. "O mercado de câmbio está descolado, possivelmente segurando a taxa para não subir de olho no vencimento", disse. Um outro operador concordou e apontou que
a alta do dólar frente a outras moedas, no início da tarde, estava acima de 1%. "A Europa está ruim e as bolsas dos EUA também. O que segura aqui é o jogo em torno do vencimento", afirmou.

Bolsas

Após oscilar entre ligeiras altas e baixas durante a manhã, a Bovespa firmou-se no terreno negativo no início desta tarde e operava abaixo dos 68 mil pontos, em queda ao redor de 1%, refém de um cenário externo ainda nebuloso. O nervosismo segue como tônica dos negócios, à medida que os agentes absorvem as notícias vindas da Europa e da Ásia, o que acentua a pressão vendedora nos mercados acionários globais e mantém a cautela entre os investidores. Petrobras ajuda a diminuir as perdas locais.
Até as 14 horas, o Ibovespa foi negociado de uma pontuação máxima, aos 68.422 pontos, em alta de 0,29%, até uma pontuação mínima de 67.331 pontos, em queda de 1,31%.
Naquele momento, o índice à vista caía 1,06%, aos 67,5 mil pontos, e registrava um volume financeiro de R$ 2 bilhões, marcado pela presença maior de "gringos" na ponta de venda, com projeção de giro de R$ 4,8 bilhões até o fim do dia.
Analistas apontam que a piora da Bolsa brasileira acentuou-se após a abertura no vermelho em Wall Street, o que fez com que o índice Dow Jones perdesse a marca dos 11 mil pontos.
Na volta do mercado norte-americano do feriado prolongado de Ação de Graças nos EUA, os números positivos, porém ainda fracos, do início da temporada de compras de fim de ano no país foram ofuscados pela renovada apreensão quanto ao contágio dos problemas fiscais em países da zona do euro e, em menor escala, pelo conflito entre as vizinhas Coreias.
"Existem já há algum tempo coisas que estão estressando os mercados e ninguém gosta desse nervosismo", avalia o sócio-diretor da Humaitá Investimentos, Frederico Mesnik. Na lista das preocupações dos investidores que mantém o clima de ceticismo nos negócios,
estão o problema fiscal em países europeus, os temores relacionados ao aperto monetário chinês e a retomada da economia norte-americana. Nem mesmo o pacote de ajuda financeira à Irlanda, anunciado no fim de semana, dissipa os temores de contágio em nações maiores, como Portugal, Espanha e Itália. "A Bolsa está refém desse mau humor externo. O mercado precisa se acalmar um pouco para voltar a fazer compras", acrescenta.
Petrobras era uma das ações que tentavam resistir a essa contaminação, o que contribuía para amenizar as perdas da Bolsa. Às 14 horas, as ações ON da estatal petrolífera subiam 0,33%, mas as PN tinham leve baixa de 0,04%. O comportamento era estimulado em parte pelo avanço do petróleo negociado no exterior.
Na contramão da commodity, os metais básicos caíam e prejudicavam o desempenho das ações das empresas brasileiras exportadoras de matérias-primas, que seguem impactadas por um temor de menor demanda por recursos básicos. As demais blue chips seguiam o sinal negativo que prevalece nas ordens de operação: Vale PNA caía 1,03% e Vale ON recuava 0,83%; Gerdau PN perdia 1,25% e Usiminas ON cedia 1,27%.
No topo do ranking de maiores baixas do Ibovespa, no mesmo horário, estava Sabesp ON, com -4,45%, seguida por Vivo PN, com -3,73% e por PDG Realty, com -3,05%. Outra queda expressiva estava com TAM PN, com -1,91%, após a informação de que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a partir de hoje a venda de bilhetes da companhia aérea para todas as rotas domésticas com decolagem prevista até a próxima sexta-feira, dia 3 de
dezembro. O objetivo é evitar a ampliação dos problemas de atraso e cancelamento de voos observados no fim de semana.
Já no terreno positivo, destaque para os ganhos de 1,04% da Cielo ON, na primeira colocação da lista de maiores altas do índice à vista. A rival Redecard também subia, embora com menor ímpeto, com +0,23% nas ações ON. Light ON e Natura ON apareciam na sequência, com +1,01% e +0,69%, respectivamente.
Na agenda do dia, passou praticamente incólume pelos mercados a melhora no índice de atividade industrial do Fed de Dallas, que subiu para 16,2 em novembro, ante 2,6 em outubro. Logo mais, às 15 horas, o Fed de Chicago divulga o índice de atividade no meio-oeste em outubro.

Mercados Internacionais

O entusiasmo inicial com o acordo para ajuda de 85 bilhões de euros para a Irlanda anunciado na noite de ontem perdeu força ao longo da manhã, à medida que os investidores passaram a se perguntar se agora outros países, em especial Portugal e Espanha, também pedirão socorro. Os CDS dos dois países atingiram recordes, enquanto o euro caiu para menos de US$ 1,31. As bolsas também operaram em queda, depois de subirem no começo do dia. Nos EUA, o nervosismo com a Europa ofuscou números positivos da Black Friday e
as boas expectativas com as vendas online hoje, na chamada Cyber Monday.
A ajuda para a Irlanda cobrirá as exigências de financiamento do país por mais de dois anos, dá ao governo mais tempo para implementar cortes no déficit e prevê o fornecimento de recursos para os bancos irlandeses. No entanto, permanecem no ar as preocupações com Portugal e Espanha, que também enfrentam altos níveis de dívida. O CDS de cinco anos da
Espanha aumentou 25 pontos-base em relação ao nível de sexta-feira, para o recorde de 350 pontos-base, de acordo com informações da empresa de pesquisas Markit. O CDS de Portugal subiu 73 pontos-base, para 545 pontos-base, também recorde.
Hoje a Itália, que também esteve no foco da crise da zona do euro neste ano, vendeu em um leilão 5,498 bilhões de euros em bônus do Tesouro, ou BPT, e 1,339 bilhão de euros em bônus com taxa flutuante indexada à Euribor de seis meses, ou CCTeu. O leilão foi considerado fraco pelos investidores. O volume total vendido de 6,837 bilhões de euros
(US$ 9,03 bilhões) ficou levemente abaixo do máximo pretendido, que era de 7 bilhões de euros, e o yield (retorno ao investidor) oferecido foi maior do que o do leilão anterior.
As previsões da Comissão Europeia para crescimento das economias da União Europeia também foram negativas. A Comissão espera que os fracos mercados globais e os cortes de déficit implementados pelos governos da União Europeia levem a uma recuperação gradual e desigual entre os 27 países membros do bloco. Sobre a Irlanda, a Comissão afirmou que ainda há "riscos consideráveis" para a economia, enquanto com relação à Espanha a
Comissão comentou que o país ainda não embarcou em um ritmo robusto de recuperação.
Às 14h30 (de Brasília), o índice Ibex-35 da Bolsa de Madri caía 2,30%, enquanto o PSI-20 de Lisboa perdia 2,02%. O FT-100 de Londres recuava 1,76%, o CAC-40 de Paris cedia 2,19% e o DAX de Frankfurt tinha queda de 1,94%. Nos EUA, o índice de atividade industrial medido pelo Federal Reserve Bank de Dallas avançou para 16,2 em novembro, ante 2,6 em
outubro, e ajudou a aliviar as perdas das bolsas, embora apenas marginalmente. Às 14h30, o índice Dow Jones caía 1,06%, o Nasdaq declinava 1,10% e o S&P 500 apresentava -0,87%.
Entre as ações em foco em Nova York, Amazon.com subia 1,35%, às 14h30, em
consequência de maiores expectativas para a Cyber Monday, depois de o fim de semana da Black Friday ter sinalizado uma temporada de fim de ano melhor do que a do ano passado.
O número de pessoas que visitaram lojas e sites de vendas entre a quinta-feira passada e o domingo aumentou 8,7%, para 212 milhões. Hoje um total de 106,9 milhões de pessoas deverão fazer compras pela internet, 11% mais do que no ano passado, segundo a NRF.
Às 14h30 euro operava a US$ 1,3103, de US$ 1,3231 no fim da tarde de sexta-feira. Diante do iene, o dólar continuou se beneficiando das tensões geopolíticas na Península Coreana, que vêm enfraquecendo o status da moeda japonesa como porto seguro, já que o Japão fica perto do local de conflito. No horário citado, o dólar subia para 84,36 ienes, de 84,01 ienes
na sexta-feira.
Os Treasuries e os metais seguiram a tendência geral dos mercados e reduziram os ganhos registrados nos preços no começo do dia. Às 14h30, o juro da T-note de 2 anos subia para 0,5196%, o da T-note de 10 anos caía para 2,8383% e o do T-Bond de 30 anos recuava para 4,1864%. O cobre para dezembro tinha queda de 0,28%, para US$ 3,7405 por libra-peso, na Comex. Já o petróleo pra janeiro negociado na Nymex contrariou a tendência
e manteve o avanço do início da sessão, operando com alta de 1,53%, a US$ 85,04 por barril, no mesmo horário.

Analise Tecnica

INDÍCE FUTURO- A abertura com forte gap de baixa chegou a perder
a principal retração em 68.550 e o pull-back na sequencia foi fraco
e somente se romper 69.240 eliminará o perigo de queda mais forte.
Se perder 68.550 a queda ganha força e chegará a 68.050 e 67.600,
este onde deve novamente passar por uma boa reação da queda
acumulada. Outro suporte 66.000.

IBOVESPA- O Ibovespa voltou a cair bem, sendo que como a reação
ocorrida ao se aproximar da principal retração em 68.165 foi fraca,
aumentou a chance de buscar objetivos mais baixos em 67.350 e
65.790(principal), este um forte suporte e bom ponto para se arriscar
compras. Um pull-back será apontado pelo rompimento de 68.815 e
ganha força se romper 69.445(principal) e 69.780.

DOW JONES - A abertura com bom gap de baixa parou ao testar a
terceira retração em 11.070, mas como a reação na sequencia foi
fraca aumentou a chance de uma nova queda até o fundo de 10.992
/ 10.979 e abaixo deste acelerar mais forte até o bom suporte de
10.872. Se romper 11.127 pode voltar a subir e deverá chegar a
11.215, acelerando acima deste para 11.270 e 11.350(principal).

PETROBRÁS PN- A forte queda da abertura formou uma nova
mínima parcial em R$24,43, mas o pull-back na sequencia foi fraco
estando ainda com boa chance de chegar no fundo de R$23,75.
Abaixo dele acelera de vez até R$22,23 e R$21,41. Se romper
R$24,80 pode ir na resistência mais forte em R$25,06 e acima deste
acelerar a alta até R$25,37 e R$25,46, onde deve realizar.

GERDAU PN - Na última hora o papel chegou a perder o fundo da
tendência de baixa em R$20,15, o que foi negativo e aumentou
bastante a chance de acelerar a queda até os R$18,57, que serão
novamente um bom ponto de compras. Um pull-back ganha força
acima de R$20,41 e deverá chegar a R$20,71 e R$21,19, este
novamente um bom ponto de vendas.

OGX ON - O papel ainda não chegou no objetivo mais forte de
R$19,90, mas se romper R$20,61 pode ser que feche o gap aberto
em R$20,90, onde então deve voltar a cair. Se perder os R$19,90
complica bastante o quadro e deveremos ter o teste de R$18,95, que
é um outro forte suporte e bom ponto de compras. Acima de R$20,90
acelera para R$21,46, que será boa venda.

VALE PNA- A forte queda da abertura parece ter dado lugar a
distribuição ao se aproximar da principal retração em R$48,40, sendo
que se perder este ponto deve buscar novos níveis de retração em
R$47,60 e depois em R$46,49. Se romper R$48,93 sinalizará nova
alta, que deverá chegar a R$49,40(principal) e R$49,65, acelerando
acima deste pico.

BMF-BOVESPA ON - A queda da abertura foi interrompida ao se
aproximar da terceira retração em R$13,51, sendo que o pull-back
intraday parece ter montado pivô de baix ao testar a terceira correção
em R$13,87. Se voltar a cair pode oferecer ponto de compra em
R$13,36 (principal), mas abaixo deste acelera para R$13,18 e
R$12,78. Resistências R$14,04 e R$14,23.

Moedas

Dólar Real Futuro - O indicativo de sexta é de queda, mas continua estreitando oscilação no mesmo patamar de dias anteriores. Se rompido 1719,000, deve buscar 1713,000. Obs.: Definição com a saída do
patamar 1713,000 / 1740,000.

Dólar Real Pronto ( Diário ) - Fechou com indicativo de queda, mas com oscilação no mesmo patamar de dias anteriores. Acumulação curta entre
1,7172 / 1,74 e acumulação desde 11/nov de 1,7078 a 1,7422 e somente haveria definição com a saída desta acumulação.

Euro Dólar - Abaixo de 1,3384 / 1,3334 a indição é de continuidade na queda, que tem próximo suporte a 1,30 e 1,2919 e melhor somente a
1,2588. Obs.: Abaixo de 1,3384 / 1,3334 foi confirmada a entrada EM TENDÊNCIA DE BAIXA.

Juros

Di1 Jan/12 - Desde que respeite suporte a 12,00 /11,97, a indicação é de continuidade na alta, movimento
que tem próxima resistência boa a só a 12,29.

Di1 Jan/13 - A figura formada é pouco expressiva, e com oscilação no mesmo aptamar de dias anteriores.
Desde que respeite suporte a 12,17 continua em movimento de alta em direção a 12,50.

Commodities

Boi Gordo Dez/10 - BMF - A oscilação está em movimento curto de queda iniciado em 10/nov, mas nos últimos dias está estreitando
oscilação entre as retas, que hoje o suporte passa a 96,95 e a resistência a 102,10, e somente com a saída deste patamar definiria a oscilação,
pois pelo contrário continua alternando movimento curtos de alta e baixa sem tendência.

Café Dez/10 - BMF - A oscilação continua no mesmo patamar de dias anteriores e com figuras pouco expressivas, onde tem alternado
movimento de alta e baixa. Obs.: Só haverá definição com a saída do patamar 234,45 / 247,70.

Panorama Mercados

Com exceção da China e Coréia do Sul, as bolsas asiáticas iniciaram a semana em alta, com o investidor reagindo ao anuncio oficial do valor a ser emprestado pelos membros da zona do euro à Irlanda. Após dois dias de menor liquidez devido ao feriado americano e com a ajuda financeira à Irlanda definida, mercados recuperam parte das perdas recentes. Nos EUA a Black Friday registrou um aumento modesto das vendas de 0,3% se comparado com o ano anterior, mas o número de pessoas que foram às lojas ou entraram nos sites foi 8,7% superior a 2009.
No Japão o índice Nikkei 225 subiu 0,48%, impulsionado pela desvalorização do iene ante o dólar. Empresas exportadoras foram o destaque de alta nesta sessão. Na parte econômica, as vendas do setor varejista caíram -1,9%, resultado acima do estimado pelo mercado. Na Austrália e Hong Kong o desempenho dom mercado acionário também foi positivo.
Já na China as bolsas operam sem uniformidade, com duas registrando queda. Mercado segue atento a novas medidas que o governo possa adotar para limitar a alta da inflação e o crescimento do crédito, elevando a cautela do investidor.
A FGV divulgou o fechamento de novembro do IGP-M, variação de 1,45%, no teto das expectativas, puxado pela alta de quase 5,50% dos produtos agropecuários. O IPC também mostrou aceleração, taxa de 0,81% devido a alta dos alimentos, vestuários e transporte. No ano o IGP-M acumula taxa de 10,56%. Às 10h30 o Bacen divulga nota p/ imprensa sobre operações de crédito e o Tesouro divulga o resultado fiscal do governo central às 14h30, expectativa de superávit primário de R$10,5 bi. Sem horário definido a CNI divulga o INEC – índice nacional de expectativa do consumidor e a Fiesp divulga o INA – índice de atividade industrial.
Nos EUA temos como destaque apenas o Fed de Dallas anunciando o desempenho da atividade manufatureira em novembro, passando de 2.6 para 3.0 pts.
As bolsas européias operavam em alta esta manhã, com o investidor reduzindo a aversão ao risco após o pacote formal de ajuda à Irlanda. O pregão era de recuperação, mesmo nas praças com maior risco fiscal, porém após às 07h40 da manhã algumas bolsas passaram a registrar queda, entre elas Espanha e Alemanha.
Na região os principais indicadores econômicos serão divulgados às 08h00, portanto o movimento das bolsas reflete a confiança ou não no pacote de ajuda à Irlanda, e se os recursos serão suficientes para resolver o problema de solvência do país e dos bancos. Na Espanha o CPI veio em linha com as expectativas, alta anual de 2,2%, enquanto as vendas do setor varejista caíram -2,8%. Na zona do euro o índice de confiança do investidor ficou abaixo das expectativas, passando de 0.91 para 0.96 pts. Outro destaque foi a confiança do consumidor, que se manteve fraca em novembro.
Nos EUA os futuros operam em alta, porém o viés de baixa de algumas praças européias poderá comprometer (ou não) a abertura do pregão regular. Junto com o pacote à Irlanda, a União Européia aprovou plano de reestruturação dos bônus de países endividados a partir de 2013.
O petróleo fechou a sessão de sexta-feira com queda de -0,12%, cotado a US$83,76, reflexo da menor liquidez e alta do dólar. Nesta manhã o petróleo sobe mais de 1,0%, cotado acima de US$84,50, reagindo ao anuncio do valor do pacote de ajuda à Irlanda. Na tabela acima a variação está negativa devido a diferença no ajuste.
As commodities metálicas também registram recuperação, com o dólar registrando moderada desvalorização ante o euro.

Mercado em Foco - Indusval Multistock

A Europa amanheceu subindo com pacote de € 85 bilhões à Irlanda, valor abaixo das estimativas anteriores. O custo desse empréstimo ficou acima aos da Grécia. Os mercados da Europa, após festejar as notícias, agora já voltaram para o campo negativo. Nos EUA, as vendas do Black Friday apresentaram crescimento de 6,4% sobre o ano de 2009, animando o futuro do S&P. No Brasil, o IGP-M de novembro ficou em +1,45%, muito acima de outubro, de +1,01%; com o IPA Agrícola subindo 5,43%. Com o IGP-M elevado, hoje haverá pressão sobre os juros futuros, criando muita especulação para a próxima reunião do Copom.

Brasil - Café: os elevados aumentos de preços estão levando ao aumento de plantio. A produção e o consumo são crescentes.
Droga Raia: a empresa fará IPO de 23.720.930 ações ao preço de R$ 19 a R$ 24/ação. O montante total pode atingir R$ 768,5 milhões com os lotes extras. O período de reserva vai de 6/12 a 15/12, com bookbuiding em 16/12. FGV – IGP-M: em novembro, a inflação atingiu 1,45% contra +1,01% de outubro, ficando no teto das estimativas, de 1,23% a 1,45%. (IPA +1,84%, IPC +0,81%, INCC +0,36%). O IPA Agrícola ficou em +5,43%.
Fertilizantes: em out10, as entregas das misturadoras de fertilizantes às revendas espalhadas pelo país alcançaram 3,398 milhões de toneladas, segundo a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). Em relação 2009, o aumento verificado foi de 18,5% nos 8MS10.

EUA - Black Friday: A Federação Nacional de Varejo indicou as primeiras estimativas que as vendas cresceram 6,4% em relação ao de 2009 (quinta, sexta, sábado e as projeções de domingo). 212 consumidores visitaram lojas ou sites e gastaram em média US$ 365,34. O gasto total no período pode atingir US$ 45 bilhões.

Japao - Vendas no Varejo: em out10/out09, as vendas caíram 0,20%. Em set10, as haviam crescido 1,2%.

Mundo - Irlanda: o empréstimo ao país será de € 85 bilhões. Desse total, € 50 bilhões para cobrir as contas públicas e € 35 bilhões para os bancos. Os recursos virão da União Européia com € 45, FMI com € 22,5 bilhões e € 17,5 bilhões do governo da Irlanda, originados de seus fundos de aposentadoria.

Reino Unido - Empréstimos ao consumidor: em out10, cresceram £ 1,250 bilhão contra £ 246 em set10.

Zona do Euro - Itália: O CDS está subindo 16 pontos para 231 pontos base.

Z.Euro – Confiança do Consumidor: em nov10, a confiança ficou em -9,4% contra -10 de setembro.

Índice Nikkei avança, impulsionado por nova desvalorização do iene

O índice Nikkei fechou o pregão desta segunda-feira (29) no campo positivo, após os papéis ligados às exportações se destacarem, seguindo a desvalorização do iene frente ao dólar. Já na China, os temores de um aperto monetário para controlar a inflação no país seguem pressionando o mercado de ações.

Nikkei +0,86
Hang Seng +1,26
Shangai Composite -0,19
O índice Nikkei registrou a maior pontuação desde junho deste ano, seguindo a valorização da moeda local frente ao dólar, a qual atingiu a menor cotação desde 28 de setembro, cenário que favorece as ações de empresas ligadas ao setor externo.
Assim, as ações da Nissan apontaram para valorização de 1,53%, ao passo que as da Nikkon subiram 0,96%, as da Canon, 1,00% e as da Mistubishi Corporation, 0,85%. Além disso, os papéis da Sony se destacaram neste pregão ao registrar forte alta de 2,80% após a Nomura Holdings elevar a recomendação de neutro para compra.
Por fim, o presidente do banco central japonês, Masaaki Shirakawa, disse em um discurso que a extensão do programa de compra de títulos, atualmente no valor de ¥ 5 trilhões, é uma opção provável.
Commodities em alta
Já na China, as preocupações acerca de um aperto monetário continuam a pressionar as ações listadas em Xangai, tendência que se segue desde que o governo anunciou no dia 11 deste mês a inflação de 4,4%.
Entre as maiores perdas do dia, destaque para as ações ligadas às commodities metálicas, cuja queda seguiu a baixa no preço dos metais. Deste modo, as ações da Jiangxi Copper caíram 2,20%, enquanto os da Aluminum Corporation fecharam em baixa de 1,35% e os da Zhongjin Gold, em queda de 2,49%.
Os papéis de alguns bancos também operaram no campo negativo, após o Economic Observer divulgar que os reguladores do setor estão avaliando os dados dos bancos para implantar novas exigências de supervisão. Assim, as ações do Bank of Communications, do Industrial & Commercial Bank e do Agricultural Bank of China apontaram para queda de 0,53%, 0,69% e 0,38%, respectivamente.

Petrobras estuda listagem na Bolsa de Hong Kong

A Petrobras está estudando a possibilidade de ter suas ações listadas na Bolsa de Hong Kong. Até o momento não há decisão tomada sobre o assunto e a companhia apenas analisa os prós e contras da negociação em outro mercado de capitais.
Uma fonte da companhia explicou que estão sendo feitas análises, inclusive sobre a regulação do mercado chinês e o poder de compra, para avaliar os benefícios. Caso eles sejam identificados e justifiquem os custos, a decisão poderá ser concretizada. "Se for interessante, nada contra", disse ao Valor um interlocutor, que negou planos de uma emissão de recibos de depósito naquela bolsa. A ideia é apenas de listagem.
A ações da Petrobras são as mais líquidas da Bolsa de Nova York entre todas as companhias estrangeiras negociadas nos Estados Unidos. E listar as ações na Hong Kong Stock Exchange pode adicionar liquidez aos papéis da empresa, que também são negociados na BM&FBovespa, no Brasil, e na Bolsa de Madri (Latibex).
Se as avaliações prosperarem, a Petrobras vai seguir o exemplo da mineradora Vale, que passou um ano tentando abrir caminho até a China, maior mercado de minério de ferro do mundo.
A Petrobras encerrou em outubro a maior capitalização da história do mercado de capitais, por meio da qual obteve US$ 26 bilhões, valor que superou a do Agricultural Bank of China, no valor de US$ 22,1 bilhões.
Segundo a Bloomberg, a mineradora brasileira participou na quinta-feira de uma audiência na Bolsa de Hong Kong para aprovar a negociação de recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês). A negociação dos papéis pode começar já no próximo mês.
Segundo nota divulgada pela Vale em setembro, depois do conselho de administração aprovar a listagem em Hong Kong, a negociação nessa bolsa "implicará exposição direta da companhia ao mercado de capitais asiático, de dimensões consideráveis e o que mais se expande no mundo, com a expectativa de reflexos positivos sobre a liquidez, base de acionistas e precificação das ações".

Índice de ações da Ásia avança apesar de preocupação com Irlanda

Dúvidas sobre a eficácia do pacote de ajuda à Irlanda pressionaram o euro ao menor patamar em dois meses nesta segunda-feira, mas o índice de mercados acionários da Ásia fechou em alta, impulsionado pela valorização em Hong Kong.
As ações na região foram pressionadas ao longo de toda a sessão, mas ganharam algum alívio depois de uma abertura positiva na Europa.
Autoridades europeias concordaram no domingo em emprestar 85 bilhões de euros (115 bilhões de dólares) para a Irlanda na expectativa de que os recursos garantam aos investidores a visão de que todos os países europeus vão quitar suas dívidas. Mas os mercados acabaram se mostrando céticos de que o empréstimo vai evitar mais contágios.
"Há ainda preocupações sobre o restante dos países, incluindo Portugal e Espanha", disse Lorraine Tan, diretor para a Ásia da Standard & Poor's. "Isso cria preocupações e as pessoas se mostram menos dispostas a assumir riscos nesse estágio", acrescentou.
Muitos investidores na Ásia afirmaram que preferem esperar para ver como os mercados norte-americanos e europeus vão encarar o pacote de ajuda antes de tomarem qualquer decisão de operação significativa.
Uma alta no final da sessão na bolsa de HONG KONG, para 1,26 por cento, ajudou a elevar o índice que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão. Às 7h59 (horário de Brasília), o índice subia 0,77 por cento, a 452,67 pontos.
A bolsa de SEUL recuou 0,33 por cento depois de ter alcançando maior patamar em cinco meses. Operadores disseram que o volume da sessão foi fraco, o que sugere prudência dos investidores, especialmente com a tensão entre as Coreias se mantendo.
Em XANGAI, a bolsa recuou 0,19 por cento, TÓQUIO teve valorização de 0,86 por cento e TAIWAN teve ganho de 0,66 por cento e CINGAPURA fechou estável. SYDNEY registrou alta de 0,44 por cento.

UE, FMI e Irlanda fecham acordo para empréstimo de € 85 bi em três anos

Os ministros de Economia e Finanças da União Europeia fecharam neste domingo, 27, em Bruxelas, dois acordos para tentar estancar a crise das dívidas soberanas na Irlanda e pôr um fim à onda de especulações nos mercados financeiros sobre a capacidade de Portugal e Espanha de evitar o contágio.
Após seis horas de reuniões, os executivos assinaram o empréstimo de € 85 bilhões à Irlanda - dos quais € 10 bilhões para o sistema financeiro do país - e tornaram permanente o funcionamento do Mecanismo de Estabilidade Financeira (ESM), órgão sucederá o fundo que hoje gerencia € 440 bilhões em recursos para países da zona euro em situação falimentar.
O acordo sobre o empréstimo à Irlanda, que terá duração entre três e sete anos, prevê € 50 bilhões para cobrir as necessidades fiscais urgentes do país, € 10 bilhões para a recapitalização emergencial do sistema financeiro - que será nacionalizado - e outros € 25 bilhões em um sistema de contingenciamento para os bancos. Os recursos serão originários da União Europeia, que arcará com € 45 bilhões, do Fundo Monetário Internacional (FMI), com € 22,5 bilhões, além de € 17,5 bilhões do governo da Irlanda, originados de seus fundos de aposentadorias.
Os recursos emprestados pela UE e pelo FMI terão juros de 5,8%, superiores aos exigidos da Grécia, que em maio firmou acordo com taxas de 5,2%.
Segundo o documento do acordo, "os recentes eventos têm demonstrado que a profunda ansiedade financeira em um país-membro pode rapidamente ameaçar a estabilidade macrofinanceira da União Europeia como um todo", situação que justifica o empréstimo.
Em Bruxelas, o ministro das Finanças da Bélgica, Didier Reynders, ressaltou que o acordo foi desenhado para trazer tranquilidade aos mercados financeiros. "Concluímos (o acordo) sobre a Irlanda e vamos organizar a melhor solução para a zona euro."
Em Dublin, o primeiro-ministro, Brian Cowen, convocou a imprensa para celebrar o acordo. "Ele dará à Irlanda o tempo e o espaço necessários para conseguir responder aos problemas sem precedentes aos quais estamos confrontados desde o início da crise econômica mundial."
O socorro obrigará o governo irlandês a realizar cortes que totalizarão € 15 bilhões até 2014. O objetivo das medidas é reduzir o déficit público, hoje de 32%, para menos de 3%, patamar máximo estipulado pelo Pacto de Estabilidade da zona euro.
Além do pacote de auxílio à Irlanda e do Mecanismo de Estabilidade Financeira (ESM), órgão que substituirá em 2013 o EFSF, a União Europeia também confirmou que organizará em 2011 uma nova rodada de testes de estresse no sistema financeiro do bloco.
O objetivo da medida é aumentar o rigor da análise, já que o primeiro teste, realizado há três meses, caiu em descrédito por ter aprovado os bancos da Irlanda, que em novembro não resistiram à falta de liquidez.

França e Alemanha declaram salvação do euro, mercado tem cautela

A Alemanha e a França declararam nesta segunda-feira que a Europa tomou uma medida decisiva para salvar o euro ao resgatar a Irlanda e delinear os fundamentos de um sistema permanente de resolução de crise, mas os investidores não estavam convencidos.
Sob pressão para conter as ameaças à moeda única antes da abertura dos mercados e impedir o contágio de Portugal e Espanha pela crise, ministros da União Europeia endossaram o pacote de 85 bilhões de euros aprovado no domingo para ajudar Dublin a cobrir dívidas bancárias e o déficit público.
Também foi aprovado o esboço de um Mecanismo Europeu de Estabilidade de longo prazo, baseado em uma proposta da França e da Alemanha, que criará um mecanismo permanente de resgate e fará com que o setor privado partilhe gradualmente o fardo de qualquer moratória futura.
"Essa é uma medida que não é simplesmente uma ação única adotada em resposta a uma crise importante. Ela forma parte da determinação absoluta da Europa -- da França e da Alemanha -- para salvar a zona do euro", disse François Baroin, porta-voz do governo francês, à rádio Europe 1.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, disse que agora que a clareza foi alcançada, "nós esperamos pela calma e realidade dos mercados financeiros". Segundo ele, a especulação dos investidores contra países da zona do euro foi quase irracional.
A ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, declarou que os mercados "irracionais" não estão precificando corretamente os ricos de dívida soberana na Europa.
A reação inicial do mercado ao acordo era negativa. O euro atingiu a mínima em dois meses de 1,3183 dólar, antes de se recuperar para operar perto dos níveis de sexta-feira.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mercado teme que Espanha seja 'bola da vez' da crise

Ainda não está claro se se trata de “efeito manada” ou de uma análise fundamentada por parte dos investidores. Seja um boato ou uma informação verdadeira, o rumor de que a Espanha seja o próximo país a precisar de ajuda internacional já tem consequência concreta: investidores estão vendendo títulos públicos do país ibérico e comprando dólares, num movimento que afetou mercados também de outros países, conforme observou o “Wall Street Journal“.
A moeda americana operava em alta em relação ao euro e ao real, entre outras divisas. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo operava em baixa de 0,98% por volta das 13h. Na Europa, o mercado de Londres caía 0,65%, o de Paris, 0,81%, e o de Frankfurt, 0,62%. Os índices Dow Jones e Nasdaq, dos Estados Unidos, desciam 0,68% e 0,35%, respectivamente.
O retorno que os investidores exigem para comprar títulos da Espanha aumentou consideravelmente nesta semana, conforme noticiaram o “Financial Times” e o “Wall Street Journal”.
Nesta sexta-feira, particularmente, o medo de que a Espanha não consiga pagar seus investidores foi alimentado por uma reportagem do “Financial Times Deutscheland”, segundo a qual autoridades do governo da Alemanha, cuja identidade não foi revelada, estariam em conversas com a Comissão Europeia para elevar o fundo para resgate de países com problemas econômicos.
A reportagem gerou receio de que Espanha e Portugal estariam precisando de ajuda da União Europeia. Os governos alemão, espanhol e português negaram todas as informações da reportagem, assim como a Comissão Europeia.
O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, disse que seu país tem ua dívida pública menor do que a média europeia, que o processo de redução do déficit público está sendo conduzido adequadamente e que o sistema financeiro espanhol é um dos mais sólidos da Europa, conforme noticiou o jornal local “El País”.
Zapatero também disse que os investidores de curto prazo “vão se equivocar” se continuarem a vender títulos, atitude que o “Financial Times” considerou um “desafio ao mercado”.
“Se nós continuarmos a ver a tendência recente [de alta] nos retornos dos títulos da Espanha, então a crise vai se elevar para um patamar completamente novo, porque o país corresponde a 11,7% do Produto Interno Bruto [PIB] da eurozona, mais que o dobro de Irlanda, Grécia e Portugal [juntos]”, afirmou Gary Jenkins, da Evolution Securities, ao site do “Wall Street Journal”.

Milagre brasileiro perdeu o brilho, diz Financial Times

Para o jornal britânico, aumento da inflação e contas públicas no azul por conta de uma "contabilidade criativa" são os motivos da perda do brilho.
A dupla Mantega-Tombini não agradou os mercados, diz o Financial Times
São Paulo - A indicação de Alexandre Tombini para a Presidência do Banco Central (BC) e a decisão de manter Guido Mantega no ministério da Fazenda fizeram com o que milagre brasileiro perdesse seu brilho. Essa é a opinião do Financial Times, um dos mais importantes jornais de negócios e economia.
O periódico inglês publicou nesta sexta-feira um editorial, em que lembra que a inflação já ultrapassou a meta de 4,5% e que as contas públicas só estão no azul por conta de uma espécie de “contabilidade criativa”.
O Financial Times ainda criticou as medidas para controlar a valorização do dólar, quando o governo decidiu aumentar o imposto sobre as transações financeiras para investidores estrangeiros.
“Mantega prometeu cortes de gastos e Tombini acrescentou que o Banco Central terá plena autonomia. No entanto, os mercados não estão convencidos”, diz o Financial Times, que enxerga uma série de contradições nos “barulhos” da nova equipe econômica.
“Mantega diz que o salário mínimo não vai subir mais do que inflação, mas Dilma Rousseff anunciou que vai”, exemplifica o jornal. “Outra é a freqüência que a equipe econômica, em sua primeira entrevista coletiva, falava a frase marcante: ‘Dilma disse que’”, ironiza o jornal britânico.
O Financial Times lembra que já está na hora de a presidente eleita tomar as rédeas do seu governo. “Dado que a “política de coordenação” é novo mantra do governo dela [Dilma Rousseff], está na hora de Dilma Rousseff começar a coordena, em um modo coordenado”, conclui o jornal.

Mercado em Foco - Indusval Multistock

O mercado asiático encerrou em queda nesta sexta-feira. A China estuda novas medidas para conter a inflação e a tensão continua entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul. A Europa está caindo, na média acima de 1%. O futuro do S&P, também, está no campo negativo, juntamente com as commodities. O mercado americano funciona meio período, por conta do feriado de Ação de Graça. Hoje, é um dia importante nos EUA, Black Friday, que abre a tradicional temporada de liquidação nas grandes magazines para o natal. O dia começou tenso entre as duas Coréias, tensão na zona do euro, com o forte ajuste na Irlanda; Portugal pressionado a pedir ajuda ao FMI, com o parlamento português votando o orçamento de 2011. No Brasil, apesar do BC já calcular o núcleo da inflação, o Ministro Guido Mantega sinalizou que irá expurgar alimentos e combustíveis do novo índice do IPCA, reduzindo mais rapidamente a meta de inflação e a taxa de juros. Ontem, com o feriado americano, o volume financeiro do Ibovespa foi bem abaixo dos dias anteriores, de R$ 2,26 bilhões. Sexta-feira ruim.

Brasil - Anhaguera: a empresa irá captar até R$ 1 bilhão. A oferta pública de distribuição primária contempla 20 milhões de ações ordinárias. Se considerado o lote suplementar e adicional serão mais 3 milhões e 4 milhões, respectivamente. O período de reserva será de 2 a 7 de dez10. O bookbuiding está previsto para o dia 9 de dezembro.
BNDES: o banco de desenvolvimento destinou R$ 11 bilhões para o estado de Minas Gerais nos 8MS10, valor 66% superior ao registrado no mesmo período de 2009.
Capital Estrangeiro: até o dia 23/11, a Bovespa registrou entrada de R$ 927 milhões no mês.
Cartão de Crédito – Regulamentação: 1) a obrigatoriedade do cartão de crédito básico para pessoas físicas, emitidos por bancos comerciais, múltiplos, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento. Este cartão somente poderá ser usado para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados e sua anuidade deve ser a menor para os cartões de crédito disponibilizados. 2) programas de benefícios e recompensas, classificados como serviço diferenciado. Neste cartão, poderá ser cobrada somente a tarifa de anuidade, englobando a disponibilização e utilização da rede de estabelecimentos credenciados no país ou no exterior, para pagamentos de bens e serviços e disponibilização do programa de benefícios. 3) a obrigatoriedade de divulgação dos benefícios e recompensas associados em tabela específica, em local e formato visíveis ao público nas instituições financeiras. Estas medidas passam a vigorar a partir de 1º de março de 2011 e as instituições terão até 31 de maio do próximo ano para estruturar os serviços relacionados aos cartões nos moldes da nova regulamentação e até 31 de maio de 2012 para adequar os contratos de cartão de crédito firmados até 31 de maio de 2011. 4) o valor mínimo da fatura do cartão de crédito não poderá ser inferior a 15% do saldo total da fatura, a partir de 1º de junho de 2011, e não poderá ser inferior a 20% do saldo a partir de 1º de dezembro do mesmo ano.
Comgás: anunciou que irá receber a segunda parcela de € 100 milhões de um financiamento de longo prazo concedido pelo European Investment Bank (EIB), no montante total de € 200 milhões. O empréstimo é destinado à expansão, modernização e reforço da rede de distribuição do gás canalizado, e outros investimentos na companhia.
Eletropaulo: a prefeitura de SP acertou o pagamento de R$ 37,95 milhões à Eletropaulo, saldo remanescente da 2ª parcela da dívida de R$ 344,2 milhões. Ainda restam duas parcelas de R$ 75,5 milhões para julho de 2011 e 2012.
Hypermarcas: hoje, fechou a compra total da marca Bitufo por R$ 80,057 milhões. A Bitufo produz e comercializa escovas dentais, fios e fitas dentais, anti-sépticos bucais, entre outros. A Hypermarcas pagou R$ 42,543 milhões à vista, R$1,5 milhão a ser pago até o fim deste ano e o restante será pago em cinco parcelas iguais e anuais.
Inflação: o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, estuda a possibilidade de expurgar preços de alimentos e combustíveis para o cálculo da inflação, reduzindo desta forma rapidamente a meta de inflação e a taxa Selic. Atualmente, o BC já calcula o chamado núcleo da inflação, excluindo alguns alimentos e combustíveis.
Instrução 487 – OPA: a CVM atualizou as novas regras das ofertas públicas de aquisição de ações. 1) OPA para aquisição do controle acionário, o comprador ficará obrigado a comprar as ações remanescentes pelo mesmo valor, por 30 dias após o leilão. 2) o leilão pode receber ofertas de terceiros, mas o interessado em participar deve colocar sua proposta com 10 dias de antecedência. 3) OPA parcial: o acionista tem a garantia de condicionar sua aceitação, com o sucesso da oferta, desde que o volume da operação seja suficiente para assumir o controle da companhia.
Itaúsa: o fundo de pensão da Petrobras, a Petros, comprou participação que a Camargo Corrêa detinha da Itaúsa. A operação envolve cerca de 11% do capital votante ou 4,4 do capital total, por US$ 1,6 bilhão.
Localiza: o Conselho de Administração autorizou o pagamento de jcp aos acionistas no valor de R$ 11,29 milhões, de R$ 0,05718/ação. O pagamento será no dia 21 de janeiro de 2011 e as ações ficarão ex-juros em 3 de janeiro de 2011
Marfrig: Cade aprova arrendamento de seis plantas industriais do Frigorífico Margem pela Marfrig Alimentos S.A.
Tegma: o Conselho de Administração decidiu distribuir R$ 9 milhões em dividendos e R$ 7,5 milhões em jcp. O pagamento será no dia 26/11 com a posição de 4/11.
Trem-Bala: a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), decidirá hoje o adiamento do processo de licitação do projeto. O pedido dos interessados é que seja adiado pelo menos por seis meses.
TV por Assinatura: em out10/set10, o número de assinantes cresceu 3,56%, de acordo com os dados da Anatel. Em relação ou09, o aumento foi de 31,23%. 8MS10/8MS09, os dados revelam crescimento de 31,23%.

China - Banco Central: ordenou aos bancos comerciais que reduzam o ritmo de empréstimos ao longo deste ano, e que farão uma monitoração estrita em nível local. Tal medida foi adotada pelo forte crescimento dos empréstimos pode gerar, sendo que a liquidez abundante e o aumento de inflação podem aumentar a desestabilização

EUA - Hoje as atenções estão voltadas para o Black Friday, que abre a tradicional temporada de liquidações nas grandes magazines para o natal.

Japao - Balança Comercial: alta de 2,7% no superávit do país em outubro10/outubro09, ficando em 821,897 bi de ienes.

Mundo - Hoje, pela manhã, na ilha de Yeonyeong foram ouvidas explosões na Coréia do Sul.

Novo aperto monetário está próximo

A deterioração da inflação e a forte retomada do nível de atividade econômica de outubro para cá indicam que a reação do Banco Central terá que ser rápida. O início de um novo ciclo de aperto monetário, com elevação da taxa básica de juros (Selic), pode estar bem próximo. No mais tardar, viria em janeiro, com sinais explícitos na ata da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), dias 7 e 8 de dezembro. Essa será a última sob o comando do presidente do BC, Henrique Meirelles, e a decisão que for tomada dirá respeito a gestão do presidente indicado, Alexandre Tombini.
A variação do IPCA este ano caminha para 6%, ou 1,5 ponto percentual acima da meta de 4,5%. Para 2011, as expectativas também estão nessa mesma linha. A taxa de inflação implícita nos juros dos títulos do Tesouro Nacional, as NTN-B de um ano, superam 6%. O nivel de atividade começou a se reaquecer em setembro, depois de uma sensível desaceleração no terceiro trimestre. Emprego, renda e crédito crescem e a previsão é que o crescimento do PIB do último trimestre seja superior a 1%, comparado a algo entre 0,2% e 0,5% no terceiro trimestre.
No Ministério da Fazenda, a avaliação é que os aumentos de preços ainda estão muito concentrados em alimentos, e esses, em geral, sobem, mas depois caem, devolvendo a inflação gerada. Porém, além do aumento dos grãos, que agora se reflete nas carnes, há pressões sazonais vindas do setor de vestuário e o aumento do preço do etanol, que contamina os dos derivados de petróleo. Adiciona-se a isso o esperado reajuste de 7% das tarifas de ônibus em São Paulo.
Segundo os técnicos da Fazenda, ainda não está claro se a economia crescerá forte nos três últimos meses do ano ou se o que houve em outubro foi um fato isolado, um ajuste depois do freio de arrumação do terceiro trimestre. Eles não acreditam, no entanto, que o crescimento do fim de ano seja intenso o suficiente para superar os 5,5% de variação do PIB anual estimados para 2011. E esse percentual de crescimento, afirmam os técnicos, é sustentável.
Outras informações recentes, contudo, elevaram o grau de preocupação dos economistas encarregados de gerir a meta de inflação. Embora os alimentos tenham sido responsáveis pelo aumento dos preços, há nitidamente um movimento de segunda ordem de propagação sobre os demais preços da economia.
O índice de difusão do IPCA-15 para os preços livres, divulgado esta semana, mostra um universo cada vez maior de produtos com aumento de preços. Em outubro, era de 61,78% e, em novembro, subiu para 68,44%.
As medidas de núcleos de inflação também corroboram com essa visão. A média dos núcleos, que passou de 0,50% em outubro para 0,59% em novembro, aponta para um aumento acumulado de 5,39% em 12 meses. A inflação de serviços continua forte, 7,38% em 12 meses. Para os técnicos do Ministério da Fazenda, porém, parte desse aumento não é inflação, mas reflexo de uma mudança de preços relativos inerente ao processo de desenvolvimento do país.
Tudo isso ocorre num momento delicado de transição do governo Lula, de forte expansão do gasto público, para o governo de Dilma Rousseff, que deu sinais de compromisso com uma política fiscal restritiva.
Embora seja responsabilidade do Banco Central administrar a taxa básica de juros para fazer a inflação convergir para o centro da meta, que é de 4,5% até 2012, a intensidade e duração do ciclo de aperto dependerá da ajuda que o restante do governo der no controle do gasto público. Quanto maior for o superávit primário das contas públicas e mais moderado o crescimento da oferta de crédito, menor terá que ser a elevação da taxa Selic, hoje de 10,75% ao ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, adiantou que, da parte do BNDES, não haverá uma expansão do crédito como a dos dois últimos anos.
A decisão do Copom em julho, de reduzir de 0,75 ponto para 0,5 ponto o aumento da Selic e estabilizá-la em 10,75%, foi considerada precipitada por uma ala importante do mercado. De lá para cá, o BC não conseguiu coordenar as expectativas. Essa mesma parte do mercado acha, agora, que o Banco Central já está atrasado no controle da inflação.
Se o manual básico da política monetária for inspirado em Nicolau Maquiavel, o Copom será rápido e contundente.

Tensão nas coreias e contagio na europa mantem exterior em alerta

O ambiente continua bastante delicado no exterior. A tensão entre as Coreias permanece como foco de perigo e o contágio na zona do euro não dá sinais de alívio. Como os americanos hoje vão às compras nesta Black Friday, a liquidez seguirá estreita nos mercados globais, mas o pano de fundo ainda é de muita cautela.
Novas informações da Ásia mantêm os investidores internacionais em alerta. Explosões foram ouvidas hoje na região da ilha de Yeonpyeong, três dias após a artilharia da Coreia do Norte resultar na morte de quatro pessoas. Segundo relato do The Wall Street Journal, não foi possível identificar de onde vieram as explosões, separadas por intervalo de 30 minutos.
Exercícios militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos na região neste final de semana devem manter a tensão. A Coreia do Norte reagiu com críticas e disse que as manobras colocarão a península à beira da guerra, conforme as agências internacionais.
Na Europa, os países periféricos continuam sob a desconfiança dos investidores. Como o compromisso de ajuda à Irlanda não estancou a turbulência, já se fala que os recursos da União Europeia e do Fundo Monetários Internacional (FMI), de 750 bilhões de euros, podem
não ser suficientes caso a Espanha, além de Portugal, também precise de ajuda. Nesse caso, a conta passaria de 1 bilhão de euros.
Primeiro, o presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha, Axel Weber, afirmou que o fundo poderia ser ampliado caso necessário. Depois, o porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj Tardio, disse que não existem discussões nesse sentido. "O problema é que os mercados estão antecipando novos pedidos (de ajuda)", avalia Paul Donovan, economista do UBS.
Portugal, novo alvo das especulações, busca aprovar hoje no parlamento o orçamento para o próximo ano, com diversos cortes nos gastos públicos. O esforço, fruto também de extensa negociação política, pode não ser suficiente. Diversos analistas citam hoje a informação divulgada pelo FT alemão, de que membros da zona do euro estão pressionando Portugal a
aceitar um pacote, de forma a evitar o contágio para a Espanha.
Na Irlanda, aguarda-se o resultado da eleição local que deve ter reduzido a já apertada maioria do governo no parlamento para duas cadeiras. "O euro valorizado deixa o ajuste desses países muito difícil e a pressão sobre Portugal é violenta", afirmou Wilber Colmerauer, sócio da consultoria Brazil Funding, em Londres.
A agenda internacional é totalmente esvaziada pela Black Friday, nos EUA, que fecha mais cedo as bolsas em Nova York. A expectativa volta-se para o resultado da temporada de liquidações antes do Natal. Conforme apurou a correspondente da Agência Estado em Nova York, Luciana Xavier, as vendas de fim de ano serão as maiores desde o início da crise, em 2008, refletindo a melhora da economia americana.
Às 7h40 (de Brasília), as bolsas de Londres (-1,21%), Paris (-1,65%) e Frankfurt (-0,92%) cediam.
O euro volta a ser pressionado e recuava para US$ 1,3222, de US$ 1,3369 ontem. O dólar subia para 83,93 ienes, de 83,56 ienes na véspera.
No mesmo horário (acima), o petróleo WTI operava em queda de 0,78%, para US$ 83,23.

Europa ofusca Black Friday, levando aversão ao risco a mercados externos

A sexta-feira (26) seguinte ao dia de Ação de Graças nos Estados Unidos é considerado o dia mais importante do ano para as varejistas – o início do período de compra característico das festas de fim de ano e um termômetro de como está o consumo na maior economia do globo. Porém, ao invés de ficar em destaque como nos últimos anos, o acontecimento dá lugar nas manchetes aos imbróglios fiscais da Europa.
O clima no Velho Continente é de tensão. Portugal entra novamente em foco, no dia em que o parlamento vota o plano de austeridade fiscal. Enquanto enfrenta manifestações de trabalhadores em casa, o primeiro-ministro português, José Sócrates, ainda busca desmentir os boatos de que seria pressionado a aceitar a ajuda da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional), a exemplo de Irlanda e Grécia.
No mesmo caminho, a Espanha também enfatiza não necessitar de qualquer resgate. Segundo o primeiro-ministro do país, José Luis Zapatero, o governo possui um plano rigoroso de redução do déficit fiscal.
As declarações, no entanto, parecem não mitigar os temores do mercado. Os CDSs (Credit Default Swaps) dos dois países continuam subindo, indicando um aumento no custo para assegurar os títulos públicos desses governos contra um calote. O spread dos derivativos de crédito portugueses aumentaram em 20 pontos-base, para 500 pontos-base, enquanto os espanhóis e os irlandeses subiram 9 e 18 pontos-base para 312 e 600, respectivamente.
O cenário de maior aversão ao risco também leva os principais índices acionários do continente ao campo negativo. O CAC 40, da bolsa de Paris, recua 1,75%, acompanhado pelo FTSE 100, da bolsa de Londres, e pelo DAX 30, da bolsa de Frankfurt, que negociam com quedas de 1,69% e 1,34%.
Sem agenda econômica relevante nesta sexta-feira, e com os mercados fechando mais cedo devido à Black Friday, Wall Street deve se dividir entre os dados vindos da Europa e o desempenho das varejistas durante o dia – e as expectativas em torno das vendas são boas.
Mas por enquanto, o clima também é negativo no pré-market norte-americano. Os contratos futuros dos índices acionários S&P 500, Nasdaq e Dow Jones, negociados na CME (Chicago Mercantile Exchange), registram quedas de 1,27%, 1,20% e 0,91%, respectivamente.
Por aqui, a agenda também não traz dados relevantes e os investidores devem seguir atentos ao fluxo de notícias internacionais. De acordo com a Ágora Corretora, a sessão deve ter “liquidez ainda apertada e movimentos sutis do mercado por conta da ausência de uma agenda de indicadores no Brasil e nos EUA”.
Da mesma forma, Julio Hegedus, da Interbolsa, afirma que "os sinais externos indicam o Ibovespa em queda, com dólar pressionado, assim como o juro curto, em decorrência da possibilidade de um aperto monetário até março de 2011. Juro longo em acomodação, pela continuidade da política econômica atual".
Neste contexto, o mercado também volta o foco para o noticiário corporativo doméstico, especialmente em relação à Petrobras (PETR3, PETR4). A estatal anunciou que os primeiros dados do Teste de Longa Duração no poço Igarapé Chibata confirmam a descoberta de uma nova acumulação de óleo leve e gás natural em Tefé (AM). “Os dados do TLD, até o momento, indicam que o poço tem a capacidade de produzir 2.500 barris de óleo por dia, o que é considerado um excelente resultado, em se tratando deste tipo de bacia no Brasil”, informou a empresa.

Bolsas da Ásia fecham em baixa, com realização e pressão sobre bancos

Seguindo novos temores com relação ao conflito entre as duas Coreias, além de preocupações acerca de um aperto monetário na China e preocupações sobre a bolha imobiliária em Hong Kong, os principais índices de ações da Ásia apontaram para queda nesta sexta-feira (26).
%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Nikkei -0,40 10.040 +6,95 -4,81
Hang Seng -0,76 22.880 -1,23 +4,62
Shangai Composite -0,92 2.872 -4,18 -12,37
Após os recentes pregões de ganhos no índice Nikkei, esta sessão foi marcada pela realização de lucros, ao passo que as tensões entre as Coreias seguem em foco. A agência de notícias locais Yonhap afirmou que novos barulhos de artilharia foram ouvidos pelo lado da Coreia do Norte, mas que não foi registrado nenhum ataque ao lado sul coreano.
No cenário corporativo, os papéis da Toyota apontaram para baixa de 0,45% após anunciar que a produção industrial caiu 22,4% em outubro, enquanto as exportações registraram queda de 8
Dando prosseguimento às expectativas de que o governo chinês tome medidas para conter a inflação no país, o índice Shangai Composite voltou a registrar queda nesta sexta-feira.
Uma reportagem da Shanghai Securities News apontou que o governo poderá reduzir a meta de empréstimos para o próximo ano. Deste modo, os papéis do setor bancário registraram perdas nesta sessão, com destaque para a queda de 1,59% para as ações do Industrial & Commercial Bank, de 1,47% para as do China Construction Bank e de 1,63% para os do China Merchants Bank.
Com os temores de desaquecimento da economia, os papéis ligados às commodities metálicas também se destacaram com forte desvalorização no pregão, destacando-se os do Jiangxi Copper, ao apontarem para baixa de 2,67%, acompanhados pelo recuo de 1,87% para as ações do Zijin Mining Group e de 1,77% para as do Shandong Gold Mining.
Já em Hong Kong, onde se destaca a formação de uma bolha no setor imobiliário, as ações de empresas do setor registraram perdas, após o Hong Kong Economic Journal comunicar que 40 compradores desistiram de realizar os negócios, refletindo medidas do governo para controlar a alta nos preços, tais como impostos mais elevados e depósitos maiores. Os papéis da Sun Hung Kai e os da Hang Lung registraram desvalorização de 0,71%.

Tóquio recua 0,4% em meio à preocupação com Coreias

A Bolsa de Tóquio encerrou em queda um pregão de giro fraco, esvaziado pelo feriado de Ação de Graças nos EUA, com a cautela em relação às tensões na península coreana predominando sobre a desvalorização do iene em relação ao dólar. O índice Nikkei 225 recuou 40,20 pontos, ou 0,4%, e fechou aos 10.039,56 pontos.
Segundo Toshikazu Horiuchi, estrategista da corretora Cosmo Securities, a expectativa em relação à temporada de compras de fim de ano nos EUA impediu que o Nikkei tivesse uma queda acentuada. "A tendência ainda é otimista, mas há alguma cautela ante o recente ritmo acelerado das ações japonesas", acrescentou. Neste mês, o Nikkei já registra valorização de 9,1%.
"É difícil testar o limite superior em meio a tal risco geopolítico (decorrente das tensões coreanas)", disse o presidente da Investrust, Hiroyuki Fukunaga. Ele citou a preocupação ante uma possível escalada das tensões com os exercícios navais conjuntos que EUA e Coreia do Sul planejam realizar a partir de domingo.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Agricola - BOI

Preços elevados ainda castigarão a população ao menos até janeiro, quando o efeito da estiagem deve se dissipar e os abates serão retomados. Mas produtor só vê normalização em março
A estiagem prolongada até o fim de setembro ainda está afetando a recuperação das pastagens no Centro-Oeste e pode provocar atraso de mais de um mês na oferta de boi de pasto pronto para abate, o que deve contribuir para manter os preços em patamares elevados no mercado interno. Analistas do setor sustentam que a normalização só deve ocorrer a partir de janeiro, um cenário que contribui para manter os preços da arroba, que atingiram recordes neste ano, nas alturas.
Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem mostram que o rebanho bovino brasileiro cresceu 1,5% em 2009 sobre 2008, atingindo 205,3 milhões de cabeças no ano passado, mas os abates caíram — situação que reflete no preço da carne, já que o mercado está carente de animais prontos para o consumo. O abate de animais em 2009 totalizou 28,063 milhões de cabeças, contra 28,69 milhões de cabeças registradas em 2008. A cotação da arroba superou a marca de R$ 100 por arroba neste ano. O indicador Esalq/BMF&Bovespa chegou a bater R$ 117 por arroba na primeira quinzena de novembro, e a carne bovina passou a ser destaque das altas dos índices de inflação.
“Sempre temos as primeiras chuvas em setembro, mas este ano vieram somente no fim de outubro. Isso vai atrasar em uns 60 dias a oferta de gado terminado a pasto”, afirmou Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte. Pessimista, ele avalia que o pico da oferta de animais de pasto só deve ocorrer em março. O Centro-Oeste, que segundo Nogueira concentra aproximadamente 60% do rebanho do país, ainda teve o agravante das inúmeras queimadas nas áreas de cerrado. “Quando o pasto é queimado, a rebrota demora mais”, afirmou.
O problema ocorre justamente no período em que a demanda por proteínas animais se fortalece com recursos do 13º salário e os preparativos para os feriados de fim de ano. Em algumas regiões de Mato Grosso, estado com maior rebanho no país, o atraso nas primeiras ofertas pode ser de um mês, segundo relato do diretor técnico da AgraFNP, José Vicente Ferraz, que esteve na região na semana passada. “As chuvas começam a se normalizar. Os pastos em Rondonópolis (sul do Estado) estão verdes e rebrotando, mas a oferta de boi gordo só deve começar na segunda quinzena de janeiro”, afirmou.
Se o ritmo do setor fosse mantido, os animais para abate da região Centro-Oeste começariam a chegar ao mercado em meados de dezembro, contribuindo para esfriar o movimento de alta registrado desde agosto nos preços. “O normal seria que já saísse um volume melhor de gado em dezembro, mas agora isso só deve ocorrer em janeiro”, observou Ferraz. “É preciso considerar que não é só o clima. Este é mais um fator, que se soma ao problema de escassez de oferta.”

Relatorio Tecnico

IBOV após um dia de forte alta voltou para dentro do canal que havia sido
perdido no pregão do dia 23/11. Superando os 70.300 pontos desconfigura o
oco que tinha sido formado no diário, e quem sabe papai noel resolve
aparecer para a bolsa e ainda podemos esperar algum rally de fim de ano.
Como dito no relatório do dia 23/11, terça-feira, a região crítica é 68.500
pontos, abaixo disso a coisa volta a ficar feia e podemos ir buscar os 66.000 pontos.
Para cima, rompendo os 71.000 pontos, o mercado deve parar para ver umas
gatinhas e tomar uma cervejinha na região dos 72.000 pontos, tomando
fôlego para voltar rumo aos 73.100 pontos.
Destaque do pregão de ontem foi o fato de ser um pregão bem direcional no
intradiário, gráfico de 15 minutos, sendo um dia bem interessante e lucrativo para quem opera day trades.

DOW JONES - O Dow Jones novamente imitou seu primo tupiniquim, teve um dia de forte alta voltando para dentro do canal de alta que havia sido perdido.
Para cima tem uma resistência na zona de 11.200 pontos formada por topos anteriores e também tem como resistência nessa faixa a média de 21
dias. Se romper toda essa zona de resistência deve facilmente buscar o
topo na região dos 11.450 pontos. Para baixo tem uma forte zona de
suporte na faixa dos 11.000 pontos que se perdida abre espaço para o
DJI buscar a faixa de 10.860/10.750.

DOLAR FUTURO - O DOLFUT ontem sofreu um pouquinho com esse repique do
índice. Traçando as retrações de Fibonacci da última perna de alta,
vemos que o dólar tem uma forte zona de suporte na faixa de 1.716
formado pela retração de 0.50, pela média móvel de 21 dias, pela LTA. Se
perder esse nível deve buscar os 1.708/1683 com facilidade. No
pregão de ontem fechamos levemente abaixo da retração de 0.382. Para cima tem uma resistência em 1.732, se passar busca 1.750. Ao longo dos relatórios de AT temos percebido que o dólar costuma respeitar bem as retrações de Fibonacci, como já foi mencionado em relatórios passados.

COREIA DO NORTE AMEAÇA ATACAR DE NOVO SE PROVOCADA E ACUSA EUA

A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira realizar mais ataques militares à Coreia do Sul, em resposta a qualquer "provocação" sul-coreana. Na opinião de Pyongyang, os Estados Unidos são parcialmente responsáveis pela troca de disparos de artilharia ocorrida na terça-feira, que deixou dois civis e dois militares sul-coreanos mortos.
"Se os provocadores fantoches sul-coreanos não voltarem à razão e cometerem outra provocação militar precipitada, nosso Exército realizará uma segunda e uma terceira séries de poderosos ataques retaliatórios físicos, sem hesitação", afirmou um representante das Forças Armadas da Coreia do Norte, que não teve o nome divulgado.
A tensão e a troca de disparos de lado a lado causaram preocupação internacional nesta semana. Pyongyang afirma que os militares sul-coreanos são culpados, pois Seul teria disparado no território marítimo do vizinho durante um exercício militar. O governo sul-coreano confirma o exercício, mas nega que qualquer disparo tenha cruzado a fronteira até o ataque
norte-coreano ocorrer, em uma ilha sul-coreana na região do Mar Amarelo.
Washington também foi acusado por seu papel no traçado da "ilegal" fronteira marítima entre os dois países, após a Guerra da Coreia (1950-53), disse um representante em uma mensagem aos militares norte-americanos, citada pela agência estatal norte-coreana.
"O Mar da Coreia Ocidental (Mar Amarelo) tornou-se um lugar perigoso, onde o risco de confrontação e combates entre o Norte e o Sul é persistente, apenas porque os EUA traçaram unilateralmente a ilegal Linha do Limite ao Norte", disse o militar da Coreia do Norte, referindo-se à fronteira marítima entre os países. "Portanto, os EUA nunca podem fugir da
responsabilidade pela recente troca de tiros."
A agência estatal da Coreia do Norte afirmou que um representante militar na vila fronteiriça de Panmumjom estava respondendo às acusações dos EUA de que Pyongyang desrespeitou o armistício vigente desde a guerra dos anos 1950. A Coreia do Norte recusa-se a reconhecer a fronteira traçada unilateralmente pelas forças das Nações Unidas no fim da guerra. O país
exige que essa divisão fique mais ao sul. Já houve confrontos com mortes nessa área em 1999, 2002 e em novembro do ano passado.

Mercado em Foco - Indusval Multistock

A Ásia recuperou no pregão do dia, a Europa está ligeiramente em alta. Nos EUA, começa o feriado prolongado, Dia de Ação de Graças. A situação da Irlanda está em aberto, apesar do anúncio de ajuda da União Européia e do FMI. A greve em Portugal vai ser mantida; vários agentes econômicos sinalizam que o país necessitará da ajuda do FMI. A situação da Coréia do Sul e Coréia do Norte continua indefinida. Nos próximos meses, a China terá grande influência no mercado internacional, dependendo das diretrizes colocadas para 2011, no que tange o câmbio, a inflação e os investimentos. No Brasil, o nome de Alexandre Tombini para o Banco Central foi aceito pela grande maioria do mercado, com a “garantia” de manter o BC com a total independência. A presidente, Dilma Rousseff convidou Antonio Palocci para assumir a Casa Civil e o Paulo Bernardo para assumir a Previdência Social. Com o feriado americano, o volume da Bovespa será fraco, mas pode continuar recuperando na ausência de notícias desfavoráveis no mercado internacional.

Brasil - Fibria: o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou o negócio entre a VCP e a Aracruz, pois não observou ameaça à concorrência.
INCC-M: em nov10, o índice subiu 0,36% contra +0,15% em out10.
Iochpe-Maxion: o Conselho de Administração aprovou o programa de recompra de ações ordinárias para manutenção em tesouraria, cancelamento ou alienação. A recompra engloba até 120.100 ações pelo prazo de até 120 dias.
Máquinas e Equipamentos: nos 10MS10, a indústria brasileira faturou R$ 59,3 bilhões, aumento de 10,8% sobre os 10MS09. Em out10, o faturamento atingiu R$ 5,8 bilhões, decréscimo de 9,5% sobre set10 e aumento de 1,1% sobre out09.
Petrobras (1): o presidente da companhia não acredita na aprovação do modelo de distribuição dos royalties do pré-sal, mesmo porque não faz parte do marco regulatório do setor, por estar no âmbito federativo.
Petrobras (2): o presidente da companhia informou que emitirá até US$ 40 bilhões em dívida nova nos próximos cinco anos. Até 2015, a necessidade de financiamento da companhia é de US$ 262 bilhões. Desse total US$ 68,5 bilhões será via mercado, US$ 38 bilhões com rolagem de dívida e US$30 a US$ 40 bilhões através de dívida nova.
Vale: o novo presidente do conselho de Administração da Previ, Ricardo Flores, sinalizou ontem que não está nos planos da fundação a substituição do presidente da Vale, Roger Agnelli. Ressaltou que o governo terá o direito de opinar na condução da empresa e cobrar a realização de investimentos.

Zona do Euro - França: em out10/nov10, o índice de confiança subiu de -34 para -32.

Bolsas asiáticas sobem, seguindo recuperação de Wall Street na véspera

Os principais mercados de ações da Ásia fecharam o pregão desta quinta-feira (25) em alta, refletindo a divulgação de dados melhores que o esperado nos EUA na véspera.
%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Nikkei +0,50 10.080 +7,49 -4,43
Hang Seng +0,42 23.121 -2,03 +5,72
Shangai Composite +1,34 2.898 -4,71 -11,56

Os ganhos na região seguem a alta nas bolsas norte-americanas, cujos índices de ações subiram em meio a números menores que o esperado quanto à quantidade de pedidos de auxílio desemprego na última semana, ao passo que a confiança do consumidor apontou para um patamar melhor que as expectativas.
As ações da Daihatsu Motor se destacaram com alta de 3,38% depois que Deutsche Bank elevou o preço-alvo para os papéis da empresa, citando vendas melhores no setor. Deste modo, outros papéis do ramo automobilístico fecharam o pregão com valorização, como os da Mitsubishi Motors, cujo avanço foi de 1,72%, e da Nissan e da Honda, com ganhos de 1,27% e 0,65%, respectivamente.
As exportações no Japão avançaram a um ritmo menor que o previsto em outubro, aos 7,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que configura o menor avanço em 11 meses. Já as importações se expandiram em 8,7% no período, enquanto a balança comercial apresentou saldo positivo 2,7% maior, na passagem anual.
Já na agenda de indicadores da China, destaque para o superávit em conta corrente no terceiro trimestre, o qual apontou para números 103% maiores que em igual período de 2009, com US$ 102,3 bilhões.
Deste modo, os papéis na China se valorizaram pelo segundo pregão consecutivo, com destaque para as ações do Sany Heavy Industry, as quais dispararam 8,2% após o Citic Securitis afirmar que as indústrias devem se beneficiar do desenvolvimento nas províncias rurais.
Os investimentos ligados às commodities petrolíferas registraram alta nesta sessão, com avanço de 2,10% para os da PetroChina e de 1,10% para os da Sinopec

Tóquio sobe 0,5% com queda do iene e dados dos EUA

A Bolsa de Tóquio fechou em alta depois que as ações da Toyota, da TDK e de outras exportadoras subiram ante uma projeção mais promissora para os gastos dos consumidores dos EUA no fim do ano, além de uma desvalorização do iene em relação ao dólar. O índice Nikkei 225 ganhou 49,65 pontos, ou 0,5%, e fechou aos 10.079,76 pontos.
O sentimento do mercado esteve positivo desde a abertura, depois do sólido desempenho das bolsas dos EUA na quarta-feira ante uma série de dados econômicos favoráveis, incluindo um aumento acima do esperado no índice de sentimento do consumidor Reuters/Universidade de Michigan para novembro.
"Enquanto os mercados imobiliário e de trabalho dos EUA continuam fracos, a atividade industrial e o consumo estão se levantando", disse Tatsunori Kawai, estrategista-chefe da kabu.com Securities. Ele acrescentou que estão crescendo as expectativas de que as vendas da "Sexta-Feira Negra" e da subsequente temporada de compras nos EUA serão relativamente forte.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DADOS DOS EUA ANIMAM MERCADOS; JUROS DE OLHO EM TOMBINI

Indicadores melhores do que as previsões nos EUA levaram os mercados globais a buscarem a reposição de perdas da véspera e o brasileiro não foi uma exceção. As bolsas norte-americanas subiam mais de 1% no começo da tarde, enquanto a Bovespa avançava em torno de 2% e o dólar caía 0,75% ante o real. Os dados norte-americanos de auxílio-desemprego, mostrando queda nos pedidos ao menor nível desde julho de 2008, e o sentimento do consumidor acima das expectativas animaram os investidores para uma saída
tranquila para o feriado de Ação de Graças, amanhã nos EUA. Aqui, o mercado de juros eleva as taxas curtas - acreditando que o futuro presidente do BC, ao que tudo indica, Alexandre Tombini, atuará com alta da Selic no começo de 2011 para frear a inflação. A "leitura" do mercado sobre Tombini, um dos formuladores da política de metas de inflação,
resume seu perfil como técnico ortodoxo, porém aliado à Fazenda, pasta que deve continuar com o atual titular, Guido Mantega. Não há hostilidade em relação a Tombini, mas é certo que o novo presidente do BC terá todos os holofotes do mercado voltados para ele, principalmente no que diz respeito à sua firmeza no combate à inflação.
Os mercados internacionais engataram uma recuperação nesta véspera do principal feriado norte-americano, de Ação de Graças, com investidores em Nova York preparando-se para abandonar Wall Street em direção aos ae roportos ou às compras. Em vários mercados, a liquidez já está reduzida nesta quarta-feira. O feriado também antecipou a divulgação de
indicadores econômicos, os quais apenas contribuíram para assegurar uma manhã tranquila.
Os investidores apegaram-se especialmente ao número sobre novos pedidos de
auxílio-desemprego, que caiu ao menor nível desde julho de 2008 na semana passada, para 407 mil. Ao mesmo tempo, da Europa, os mercados não viram nenhuma notícia ruim que já não tivesse sido embutida no depressivo dia de ontem. A Irlanda divulgou seu orçamento para os próximos quatro anos com diretrizes muito próximas às já comentadas recentemente nas mesas de negociação. Em Portugal, uma greve geral programada, para protestar contra
redução dos salários dos funcionários públicos e elevação dos impostos, fechou portos, fábricas e o sistema de metrô de Lisboa. A notíci a boa do bloco veio de novo da Alemanha, onde o índice IFO de sentimento do empresariado saltou para 109,3 em novembro, o nível mais elevado desde a reunificação do país, há duas décadas.
O ambiente positivo foi, no entanto, sendo construído ao longo da manhã. Nas primeiras horas do dia, a cautela ainda predominava, com o custo de proteção contra eventual calote da Espanha, Portugal e Bélgica atingindo nível recorde de alta. O euro respondia em baixa e a preocupação era tanta que nem mesmo o índice IFO evitou que a moeda caísse para a mínima de US$ 1,3284, nível visto anteriormente em 22 de setembro. As ações do Bank of Ireland despencaram mais de 20% com informações de que o governo irlandês poderia ter participação majoritária na instituição.
A notícia de que a Standard & Poor's havia cortado o rating da Irlanda de AA- para A renovou o nervosismo dos investidores para esta quarta-feira. Tanto que o leilão de bônus da Alemanha (bunds) de 10 anos teve uma demanda menor do que a oferta, espelhando a atual turbulência no mercado de dívidas soberanas da zona do euro.
Mas foi na Europa mesmo que a nuvem negra começou a se dissipar, com investidores olhando para o índice IFO alemão, e o movimento de alta se firmou com os indicadores norte-americanos. Além dos pedidos de auxílio-desemprego, o dado final de sentimento do consumidor animou. Segundo a pesquisa Reuters/Universidade de Michigan, o índice subiu para 71,6, em relação à leitura preliminar de 69,3 e acima do nível de 67,7 registrado em
outubro. Economistas esperavam que o índice subisse menos, para 69,8.
Outros indicadores divulgados hoje nos EUA foram de vendas de imóveis residenciais novos, que recuaram 8,1% em outubro (previsão +2,3%); de encomendas de bens duráveis, que caíram 3,3% em outubro (+0,1%); e de gastos e renda dos norte-americanos, que subiram 0,4% e 0,5%, respectivamente (previsão +0,5% e +0,4%, na mesma ordem).
Às 14h06 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,23% e o índice S&P 500 operava em alta de 1,31%; o índice Nasdaq avançava 1,87%. Londres operava em alta de 1,48%, Frankfurt subia 1,77% e Paris ganhava 0,74%.
O euro operava a US$ 1,3381, acima do fim do dia de ontem em Nova York a US$ 1,3369, também influenciado positivamente pelos indicadores norte-americanos e pelo apetite ao risco gerado pelos números.
O anúncio do governo da Irlanda de seu plano de orçamento para quatro anos, que é anterior à visita do FMI e da União Europeia, previu corte de gastos de 10 bilhões de euros (US$ 13,3 bilhões) e receitas extraordinárias de 5 bilhões de euros para reduzir o déficit a menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014. Este ano, o déficit orçamentário está em cerca de 32% do PIB.
O governo não cedeu à pressão internacional e manteve o imposto corporativo em 12,5%, mas vai elevar o IVA para 22% a partir de 2013, dos atuais 21%. Serão também cortados quase 25 mil empregos públicos em relação ao quadro de 2008 e os que ficarem terão seus salários reduzidos; o salário mínimo também cai.
De acordo com o plano, o governo irlandês pretende cortar o déficit orçamentário para 9,1% do PIB em 2011. A dívida do governo deve atingir o pico de 102% do PIB em 2013 e deve cair a 100% do PIB em 2014. Essas contas estimam que o país irá crescer à média de 2,75% ao ano até 2014.
Analistas do banco Brown Brothers consideram que as projeções de crescimento embutidas no orçamento de quatro anos são otimistas diante do aperto fiscal planejado não somente na Irlanda, mas no resto da periferia da zona do euro.
Entre as commodities, o apetite por risco sustentou as metálicas, enquanto o petróleo ganhou na esteira de anúncio de alta nos estoques de petróleo na semana passada.
Embora o esperado fosse queda, os investidores disseram que o aumento foi modesto no cenário recente de queda nos estoques totais, que incluem derivados. Às 14h31 (de Brasília), o contrato do cobre para dezembro subia 1,67% para US$ 3,7645 por libra peso. O contrato do petróleo WTI avançava 2,26% para US$ 83,10 o barril.