Os índices futuros apontam baixa para as bolsas em Nova York com o receio de que alguns países europeus terão dificuldades para pagar suas dívidas,
enquanto na China as ações cederam com medidas do governo para conter o fluxo de capital estrangeiro.
A aversão ao risco derruba o euro contra em relação ao dólar e ao iene. O mercado de juros espera a divulgação do índice oficial do regime de metas de inflação após as taxas terem subido ontem com especulações de que o novo governo pressionará o Banco Central para cortar a taxa básica.
Às 7h28, este era o desempenho dos principais índices:
MSCI World +0,01% MSCI Asia Pacific -0,17%
Nikkei 225 -0,39% Shanghai SE Composite -0,78%
CAC 40 +0,21% FTSE 100 +0,63%
S&P 500 Future -0,16% Nasdaq 100 Future +0,01%
Hoje a coluna de renda fixa mostra que oito dias depois da vitória de Dilma Rousseff nas eleições, o mercado de juros futuros duvida da capacidade da presidente eleita de conter a inflação.
Internacional: Bolsas europeias e iene em alta
As bolsas europeias assumem tendência de alta após um
período de oscilação mais cedo, enquanto os futuros indicam
baixa nos EUA. O iene sobe e os juros americanos recuam, com
temores renovados sobre o endividamento de alguns países
europeus.
“O euro continua a cair contra o dólar e o ouro teve outro
recorde, apontando um aumento da aversão ao risco”, disse
Jonathan Sudaria, ‘dealer’ da London Capital Group Ltd.
As bolsas chinesas recuaram após o Shanghai SE Composite
atingir o maior nível em sete meses. O governo sinalizou um
aperto em sua política para controlar a entrada de capital e
prevenir bolhas de ativos.
A China vai apertar o controle do fluxo limitando as
posições dos bancos em moeda estrangeira e exigindo auditoria de
fundos do exterior, segundo comunicado da Administração de Moeda
Estrangeira do país.
O Nikkei 225 caiu pela primeira vez em cinco dias com a apreciação do iene, que prejudica os exportadores.
O iene sobe contra o euro, que por sua vez cai diante do dólar, com a menor procura por ativos de alto retorno após o anúncio da China de que controlará a entrada de capital de curto prazo e diante do receio de que os países europeus tenham dificuldades para levantar fundos.
Os títulos do Tesouro americano sobem, reduzindo os juros, com a queda das bolsas e preocupações com a Europa ampliando a demanda por ativos considerados como mais seguros.
O petróleo recua com aposta em aumento dos estoques americanos. O cobre avança com expectativa de maior demanda após os estímulos definidos semana passada pelo banco central dos EUA. O ouro atingiu recorde de preço com a volta dos temores sobre a Europa.
As medidas da China foram divulgadas às vésperas da cúpula de líderes dos países do Grupo dos 20, na Coréia do Sul, que começa na quinta-feira.
O Ibovespa teve desempenho melhor que os índices das bolsas americanas e europeias, sustentado por exportadores e a expectativa pelas decisões da reunião do G-20. O principal indicador da BM&FBovespa fechou em alta de 0,1 por cento, aos 72.657 pontos.
As maiores altas do Ibovespa no dia foram Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA, Gerdau SA e Metalúrgica Gerdau SA, todas com valorização acima de 3 por cento.
No dia, as ações ligadas ao setor de consumo doméstico foram as que mais pressionaram o Ibovespa para baixo. B2W Cia Global do Varejo, MRV Engenharia e Participações SA, PDG Realty SA Empreendimentos e Participações, Gafisa SA e América Latina Logística SA sofreram ontem com a alta dos juros futuros, causada por rumores de intervenção do governo Dilma Rousseff no Banco Central.
Ibovespa: +0,07%, para 72.657 pontos
Dow Jones: -0,33%, para 11.407 pontos
Nasdaq: +0,04%, para 2.580 pontos
S&P 500: -0,21%, para 1.223 pontos
Juros: Os juros nos mercados futuros subiram para a maior taxa desde 30 de setembro nos contratos com vencimento em julho de 2012, que chegaram a 11,80 por cento. As taxas para contratos que vencem antes dessa data recuaram com a especulação que a presidente eleita Dilma Rousseff irá pressionar o BC a cortar o juro básico.
Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da equipe de transição ontem, o governo da presidente eleita manterá os fundamentos da atual política econômica e não tomará medidas que causem “intranquilidade” no mercado. A assessoria disse na nota que essas afirmações foram feitas por Dilma no primeiro pronunciamento à nação em 31 de outubro e na primeira entrevista coletiva na semana passada em Brasília.
Cambio: O dólar subiu, e voltou a ser cotado acima de R$ 1,70. A moeda americana acompanhou a expectativa com relação ao G-20 e a volta das preocupações quanto às dívidas da Irlanda e de outros países europeus.
Dólar: +1,21%, para R$ 1,7003
DI Janeiro 2011: -0,2 ponto-base, para 10,653%
DI Janeiro 2012: -5 pontos-base, para 11,42%
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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