As bolsas asiáticas iniciaram a semana sem uniformidade, com parte das praças reagindo à aprovação do pacote de ajuda financeira à Irlanda, enquanto outros mercados operaram em cima de notícias econômicas locais. A China segue sendo destaque diante do cenário de alta da inflação. A pressão sobre os preços vem do grupo alimentação, ocasionando discussões entre os integrantes do governo sobre a necessidade de se elevar os juros e sua eficiência para conter a aceleração dos preços ao consumidor.
Na Tailândia o PIB referente ao 3º trimestre caiu -0,2% (QoQ) e registrou alta abaixo do esperado se comparado com mesmo período de 2009, taxa de 6,7%. Problemas políticos internos e o fraco desempenho das exportações contribuíram para a contração da economia. Apesar do dado mais fraco do PIB, a bolsa subiu 0,65%. Na Malásia o PIB será divulgado às 08h00 e a expectativa do mercado é de arrefecimento, passando de 8,9% para 5,9%. O PIB divulgado foi menor, taxa de 5,3%.
As bolsas do Japão, Coréia e Taiwan registraram alta nesta madrugada, puxadas pelas empresas exportadoras. O desfecho positivo para a economia da Irlanda reduziu a aversão ao risco, valorizando o mercado de ações. Na ponta oposta, as bolsas da China, Hong Kong e Malásia fecharam em baixa, devido a expectativa de arrefecimento de suas economias.
O Mdic divulga às 11h00 o resultado semanal da balança comercial e a CNI anuncia a pesquisa ICEI sobre o índice de confiança do empresário industrial, dado de novembro. Não há expectativa para as duas pesquisas.
Nos EUA o único indicador previsto é o índice de atividade do Fed de Chicago às 11h30, mantendo em outubro o viés de queda passando de -0.58 pts para -0.24.
Na Europa as bolsas operam com certa volatilidade, mas com viés de alta após a aprovação do pacote de ajuda à Irlanda no valor de 90 bi de euros. A maior parte do dinheiro será usada para sanar a saúde financeira dos bancos, e o restante seria usado para fortalecer as contas públicas. O corte dos gastos deve ser da ordem de 15 bi de euros, o equivalente a cerca de 10% do PIB. Os bancos devem passar por uma reforma.
Apesar do alívio quanto à Irlanda, o mercado não dá trégua e já pressiona outras economias que também tem riscos de default, caso de Portugal, Espanha e Itália. O CDS da Grécia e Irlanda registram quedas expressivas, porém o CDS de Portugal sobe moderadamente, confirmando a contínua desconfiança dos investidores. O orçamento 2011 do país será votado nesta sexta-feira, e o mercado ficará atento.
Na zona do euro será divulgado pesquisa sobre a confiança do consumidor às 13h00, expectativa de queda de -11 pts em novembro, sendo o único indicador de destaque nesta segunda-feira. Com agenda econômica vazia, os investidores avaliam o pacote de ajuda à Irlanda e os riscos de default em outras economias. Os papéis de bancos operam em queda na Irlanda, reflexo da necessidade de se ajustar as instituições financeiras. Espanha e Itália operam em baixa.
Nos EUA os futuros sinalizam uma abertura positiva, seguindo a maioria das bolsas européias.
O petróleo opera em alta, cotado acima dos US$82,00, com o mercado reagindo ao anúncio de ajuda financeira à Irlanda, diminuindo a preocupação dos investidores quanto a um default do país. A commoditie sobe cerca de 1,0%.
Já os metais operam com alta moderada esta manhã, limitada pela desvalorização do dólar.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
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