As bolsas asiáticas encerraram a semana sem uniformidade, porém com a maioria das praças registrando alta, destaque para a valorização dos papéis do setor de tecnologia e de energia. Ontem, após o fechamento das bolsas americanas, a Dell divulgou resultado corporativo acima do projetado pelo mercado, impulsionando o setor na região. A recuperação das commodities valorizou mineradoras e petrolíferas.
Na China as bolsas iniciaram a sessão em queda, mas a percepção dos agentes econômicos de que os juros não serão elevados no curto prazo e que as perdas eram excessivas impôs um viés de recuperação. Importante notar que, uma pesquisa feita com economistas de nove bancos, afirmaram esperar que os juros sejam elevados. A avaliação é de que mesmo que o governo adote subsídios, controle de preços e venda de estoques de alimentos, estas medidas já provaram ser insuficientes para conter uma alta dos preços, sendo necessário um aumento dos juros. Apesar das expectativas e incertezas, o mercado aproveitou para recompor carteiras com ativos mais baratos.
No Japão a bolsa fechou perto da estabilidade, variação de 0,09%, e o destaque segue sendo o movimento do iene ante o dólar, principal ativo que tem balizado o movimento da bolsa. A moeda segue se desvalorizando ante o dólar, saindo das mínimas observadas. Na Coréia do Sul, após o anuncio de cobrança de imposto para o investidor estrangeiro que comprar títulos públicos, a bolsa subiu 0,68%. Na Austrália a bolsa reverteu o viés de alta, queda de -0,24% puxada pelos papéis da BHP.
A FGV divulgou a 2ª prévia do IGP-M, variação de 1,20%, superando o teto das expectativas do mercado, reflexo da aceleração do IPA e dos preços agropecuários. Os industriais mostram recuperação (0,49% contra 0,49%) e o IPC subiu puxado por alimentos e transportes. Às 14h30 o Ministério do Trabalho anuncia os números da pesquisa CAGED, expectativa de criação de 169.000 postos de trabalho formal em outubro, mostrando redução no ritmo de crescimento após aumento de 246.875 no mês anterior.
Nos EUA não temos agenda econômica, destaque para a fala às 08h15 do presidente do Fed, Ben Bernanke, sobre o “reequilíbrio mundial”. Bernanke participa de uma conferência do Banco Central Europeu em Frankfurt.
Na Europa as bolsas operam com um pouco de volatilidade e com viés de baixa, destaque para bancos, petrolíferas e mineradoras. Mercado aguarda novas notícias sobre a Irlanda, assim como o anuncio oficial de um pacote de ajuda financeira ao governo e qual seu valor. Na parte das commodities, apesar da alta acima de 0,50% da cotação do petróleo e cobre, as empresas do setor registram perdas devido ao receio de menor demanda chinesa.
Na Alemanha foi divulgado o PPI, alta de 0,4% mensal e 4,3% anual, registrando alta moderada na margem se comparado com o mês anterior. Na Grécia o déficit em conta corrente foi de -1311MM em setembro, não havia expectativa para o indicador, encerrando a agenda do dia. Hoje Reino Unido e Islândia ofertam títulos ao mercado entre 09h00 e 10h00, com os investidores prestando atenção nas taxas cobradas pelo mercado.
O desempenho negativo dos mercados contribui para a desvalorização do dólar, que após ser cotado abaixo de euro/$1,35, opera em torno de euro/$1,37, movimento que em parte contribui para a alta das commodities. Milho, açúcar, café e algodão com vencimento em março também registram valorização.
Nos EUA os futuros operam em baixa em dia de agenda econômica vazia, destaque para os comentários do presidente do Fed, defendendo a política expansionista da sua economia e criticando as medidas de controle de capitais em algumas economias emergentes. A situação da Irlanda segue indefinida, afetando os ativos de risco.
O petróleo mantém o viés de alta esta manhã, cotado em torno dos US$82,50, reflexo da menor aversão ao risco. As incertezas ainda predominam, as bolsas européias registram perdas, mas a desvalorização do dólar mantém o preço das commodities em alta.
Os metais também registram valorização. No caso do cobre, a expectativa de uma greve de mineradores no Chile sustenta a alta do metal. Ouro também registra alta.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
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