quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Panorama Mercados

O pregão asiático começou a sessão com a notícia da elevação do compulsório na China de 0,50 p.p., sendo a quarta elevação realizada no ano, medida adotada antes das divulgação dos indicadores de atividade, inflação e empréstimo bancário. Outras economias também divulgaram dados, como a Austrália e Japão. O desempenho das bolsas não foi uniforme, destaque positivo para a elevação do rating dos bonds do governo da China pela Moody`s e recomendação dos papéis de bancos no Japão.
Na China os dados de inflação mostraram piora, tanto no atacado quanto no varejo, superando as expectativas. O PPI passou de 4,3% para 5,0% e o CPI subiu de 3,6% para 4,4%, ambos referentes ao mês de outubro. O comércio varejista subiu 18,6% e a produção industrial cresceu 13,1%, ambos em linha. Outro destaque foi o novo aumento, bem acima do estimado, dos empréstimos realizados pelo setor financeiro, crescimento que tem obrigado o governo a elevar os compulsórios para tentar esfriar o mercado de crédito. As bolsas fecharam em alta, reagindo ao upgrade da Moody`s.
Na Austrália a taxa de desemprego subiu de forma inesperada ante expectativa de arrefecimento, passando de 5,1% para 5,4%. Já a expectativa para a inflação ao consumidor caiu de 3,8% para 3,1%. A bolsa subiu impulsionada pelos papéis de commodities. No Japão o pregão também foi de alta moderada, destaque para a desvalorização do iene e o upgrade dado pelo banco Deutsche ao setor financeiro.
Já na Coréia do Sul a bolsa foi o destaque de baixa, taxa de -2,70%, revertendo a tendência no final do pregão, com estrangeiros vendendo contrato de opções em dia de vencimento. Tailândia, Taiwan e Malásia também fecharam em baixa, reagindo a notícias locais.
Agenda interna vazia, destaque apenas para a pesquisa de emprego e salário na industria, realizado pelo IBGE e divulgado às 09h00, dados referentes ao mês de setembro. Não há expectativa para o indicador.
Nos EUA não há indicadores para hoje, sendo feriado. Os futuros e o pregão regular das bolsas irão operar normalmente, enquanto o mercado de títulos ficará fechado
Na Europa as bolsas operam com tendência de negativa, com algumas praças oscilando no campo positivo, caso da Alemanha e Inglaterra. Bancos e empresas de tecnologia são destaque de baixa, enquanto a alta do preço das commodities no mercado internacional valoriza mineradoras e petrolíferas.
Quanto aos indicadores do dia, a Grécia divulgou sua taxa de desemprego, resultado na margem um pouco acima do esperado, passando de 12,0% para 12,2%, dado referente ao mês de agosto, historicamente a pior taxa já registrada no país. Na Espanha o destaque foi a divulgação da prévia do PIB referente ao 3º trimestre, mostrando estabilidade ante o trimestre anterior e alta de 0,2% contra mesmo trimestre de 2009, ambos em linha com as expectativas. Amanhã serão divulgados na região a prévia do PIB do 3ºTrim, expectativa de bom desempenho da Alemanha, impulsionando assim o PIB da zona do euro, taxa estimada de 1,9%. Já na Grécia é esperado uma queda de -4,3%.
Hoje começa oficialmente o encontro do G-20, destaque para o Brasil e as propostas feitas pelo Ministro Mantega de substituir o dólar como moeda de reserva internacional por uma cesta de moedas, incluindo o Real e o Yuan, e medidas para limitar o fluxo de capitais. Sem entrar no mérito se as propostas são válidas ou não, a verdade é que pouco devemos esperar do encontro, uma vez que o interesse pessoal de cada país sempre prevalecerá. A conjuntura internacional é muito desfavorável, trazendo desequilíbrios entre as moedas, o que deverá ocorrer até que o mercado retome a confiança quanta a recuperação das economias desenvolvidas, principalmente os EUA, o que fortaleceria novamente o dólar.
Nos EUA os futuros operam em baixa em dia sem indicadores, com os investidores atentos aos comentários dos principais interlocutores presentes no G-20.
O petróleo opera com alta esta manhã, cotado acima dos US$88,00, reflexo da queda dos estoques nos EUA e maior nível de refino na China no mês de outubro, alta de 12% contra mesmo mês de 2009. As commodities metálicas também registram alta, reagindo ao aumento da inflação na China. O cobre sobe mais de 2,0%.

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