Mercados

As bolsas asiáticas operaram sem uniformidade, com a maioria das praças fechando a sessão com baixa, em parte realizando lucros após pregão de alta no dia anterior. O fechamento negativo das bolsas americanas e o receio de que algumas economias da Europa tenham dificuldade de pagar suas obrigações também contribuiu para pressionar o mercado acionário.
No Japão o índice Nikkei 225 caiu -0,39% pressionado pela queda do setor exportador, reflexo do fortalecimento do iene ante o dólar. Outro destaque foi a divulgação da prévia de outubro dos pedidos de máquina, alta de 70,9% ante out/09, pior desempenho desde dez/09. Já o saldo em conta corrente e da balança comercial, ambos referentes ao mês de setembro, vieram melhores que as expectativas.
Na China o desempenho também foi negativo, puxado pelos setores financeiros, de construção e energia, reflexo do anuncio feito pela Administração Estatal de Câmbio de medidas para limitar o fluxo de capitais. Mais regras para evitar a compra especulativa de imóveis pode ser adotada, pressionando ainda mais as empresas do setor. Na Austrália o viés de baixa foi liderado pelas empresas de commodities. Nos demais mercados as bolsas registraram moderada valorização, reagindo a notícias econômicas e corporativas locais.
Na Europa o pregão é de alta, destaque para notícias corporativas positivas, com resultado de importantes empresas acima das expectativas do mercado. Apesar do receio quanto a saúde fiscal de algumas economias na região e preocupação de não pagamento das obrigações, o dia sinaliza um pregão de recuperação.
Na Alemanha o índice de preços ao consumidor, dado final referente ao mês de outubro, veio em linha com as expectativas, variação de 0,1% e 1,3% nas pesquisas mensal e anual. Na Grécia a inflação ao consumidor mostrou arrefecimento acima do estimado, passando de 5,6% para 5,2% em outubro. Já a produção industrial em setembro registrou contração de -7,1%, mantendo o desempenho negativo observado desde 2008. Às 08h00 o pais vendeu Bill de 26 semanas com taxa de 4,82%, yield maior se comparado com o mês anterior (4,54%). Já no Reino Unido a balança comercial registrou déficit comercial em linha com as expectativas e a indústria registrou alta mensal de 0,4%, em linha com as expectativas.
Nos EUA os futuros sinalizam uma abertura positiva da bolsa, em dia de agenda com poucos indicadores, destaque para os estoques no atacado. A decisão da China de limitar o fluxo de capitais é avaliado pelo mercado, tendo maior impacto sobre o câmbio.