quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Panorama Mercados

Com exceção do Japão, as demais bolsas na região fecharam em queda, mantendo a aversão ao risco e a preocupação quanto às novas medidas que o governo chinês possa adotar para evitar a aceleração da inflação. O controle de preços, de acordo com fontes locais, deverá ser adotado novamente, evitando especulações com as commodities agrícolas, porém o receio é de o BC eleve novamente os juros, afetando o crescimento da economia.
Na China as bolsas fecharam com queda em torno de -2,0%, com o investidor reagindo a notícia vinculada em jornal local de que o governo irá anunciar medidas punitivas para quem acumular estoques ou especular com os preços de produtos agrícolas, além de fazer um controle de preços e subsidiar compradores. O receio de novos ajustes contracionista da política monetária eleva a aversão aos ativos de risco.
Na Austrália, primeiro país que elevou os juros após a crise em 2008 e que na última reunião surpreendeu ao subir novamente a taxa, fechou o pregão com baixa de -1,62%, destaque para a queda do setor de mineração. Em Hong Kong a bolsa caiu -2,02%. Já no Japão, o índice Nikkei 225 subiu 0,15%, revertendo uma abertura negativa, destaque para a recuperação de alguns papéis do setor exportador, entre elas montadoras. O fortalecimento do dólar permitiu o viés de alta das empresas exportadoras neste pregão.
A Fipe divulgou o desempenho do IPC referente a 2ª quadrissemana de novembro, alta de 0,87%, mostrando importante arrefecimento se comparado com a prévia anterior, taxa de 0,97%, destaque para a desaceleração dos grupos alimentação e transportes. Já a FGV divulgou o IGP-10 de novembro ficou acima da mediana das expectativas, taxa de 1,16%, mesma taxa do mês anterior (1,15%), destaque no IPA para o moderado arrefecimento dos produtos agropecuários e alta dos industriais. O IPC mostrou elevação puxado pelos alimentos e reversão do grupo transportes. Às 12h30 o Bacen divulga o índice IBC-Br – índice de atividade econômica do BC referente ao mês de setembro, importante sinalizador sobre a trajetória do PIB.
Nos EUA teremos às 11h30 o CPI – índice de preços ao consumidor, expectativa de aceleração na margem, com o índice mensal cheio passando de 0,1% para 0,3%, enquanto o núcleo anual deve subir 0,7% contra 0,8% no mês anterior. No mesmo horário tem pesquisa sobre o setor imobiliário com a construção de casas novas, queda estimada de -2,0% e as licenças para construção, alta de 3,9%, ambos referente ao mês de outubro.
As bolsas européias operam com certa volatilidade, com o mercado aguardado notícias sobre as negociações entre a Irlanda e a União Européia quanto a um pacote de ajuda financeira ao país, que pode chegar aos 100 bi de euros. A aversão ao risco observado nos últimos dias se reduz, com o investidor esperando uma negociação favorável à Irlanda, que poderá contar com recursos do Reino Unido.
Na zona do euro a agenda econômica é vazia, destaque apenas para a Espanha que divulgou seu PIB referente ao 3º trimestre, último dado revisado, variação de 0,0% ante o trimestre anterior e alta de 0,2% contra mesmo trimestre 2009, ambos em linha com as expectativas. A recuperação da economia espanhola ocorre de forma muito lenta, sem elementos que impulsione a economia. A taxa de desemprego segue muito elevada e a balança comercial é deficitária, dependendo das importações, o que limita a retomada da economia. Os investimentos para o país são poucos, principalmente por ser uma economia com risco de default dos títulos soberanos. Para agravar, a economia passa por rigoroso ajuste fiscal, a fim de evitar a especulação do mercado financeiro. No Reino Unido a taxa de desemprego se manteve estável em 7,7%, em linha com as expectativas.
Nos EUA os futuros operam em alta após queda expressiva na sessão anterior, destaque para os dados da inflação ao consumidor e pesquisa sobre o mercado imobiliário, podendo mudar o rumo das bolsas antes da abertura.
O petróleo mantém o viés de baixa observado nos últimos pregões e é cotado em torno dos US$82,00. Ontem a commoditie caiu quase -3,0%, reflexo do receio de desaceleração da demanda chinesa e incertezas na Europa.
Os metais também registram desempenho negativo, destaque para o cobre, que nesta manhã cai mais de -2,0%. O fortalecimento do dólar também contribui para a correção nos preços das commodities. O ouro, apesar dos receios com uma alta futura da inflação, acompanha o desempenho negativo dos demais metais,

Nenhum comentário:

Postar um comentário