quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Panorama Mercados

O pregão asiático teve mais um dia de volatilidade e falta de uniformidade, com algumas praças reagindo aos dados da balança comercial na China, outras recuperando perdas anteriores e algumas operando alheias aos riscos globais, atento apenas a indicadores e notícias corporativas locais. Alguns dados econômicos foram divulgados na região, movimentando os ativos de risco.
No Japão o pregão foi positivo, com o índice Nikkei 225 subindo 1,40%, maior alta na região, destaque na parte econômica para o melhor desempenho da confiança do consumidor em outubro. A alta da bolsa foi impulsionada pelos papéis do setor financeiro após reportagem no Financial Times comentar que os três principais bancos do país possam ser dispensados das regras globais de regulação do sistema financeiro, não precisando desta foram elevar capital para se enquadrar nas novas regras, uma vez que tem pouca exposição ao exterior. Na Coréia do Sul o viés também foi de alta, destaque para o resultado da taxa de desemprego, passando de 3,7% para 3,6%.
Na China o saldo da balança comercial foi superavitário, acima das expectativas no mês de outubro, passando de $16,8 Bi para $27,1 Bi. As exportações subiram 22,9% e as importações 25,3%, ambas abaixo do esperado. Apesar do melhor saldo comercial, a preocupação com a inflação manteve o viés de baixa do mercado acionário. Hong Kong seguiu a bolsa da China e também fechou com queda.
Na Europa as bolsas operam em queda, destaque para os papéis de mineradoras devido a queda dos metais no mercado internacional, além de algumas notícias corporativas negativas, como resultados abaixo do esperado. O setor financeiro registra perdas esta manhã, comprometendo o desempenho das bolsas.
A agenda econômica na região é fraca, destaque para a queda mensal de -2,1% da produção industrial na Itália, taxa bem acima das expectativas, porém em agosto a pesquisa havia mostrado alta de 1,6%. Esta semana teremos ainda a Grécia divulgando dados sobre o mercado de trabalho e a prévia do PIB referente ao 3º trimestre, expectativa de queda de -4,3%. A China também é destaque, divulgando indicadores de atividade e inflação. Nesta madrugada o saldo da balança comercial registrou um superávit acima das expectativas, porém o ritmo de crescimento das importações foi bem menor que o projetado, contribuindo para o viés de baixa do mercado acionário.
O dólar segue se fortalecendo esta manhã ante o euro, mesmo com as medidas anunciadas pelo Fed, reflexo das incertezas quanto ao encontro do G-20 e retomada dos riscos de default na Europa. Nos EUA os futuros operam perto da estabilidade, atento aos indicadores econômicos e balanços do dia.
A Fipe divulgou o resultado da 1ª quadrissemana do IPC, variação de 0,97%, resultado em linha com as expectativas e menor que o fechamento de outubro, destaque para a alta de 2,50% dos preços dos alimentos. A FGV também divulga o IGP-DI de outubro, expectativa de alta de 0,88%. A divulgação do indicador está com atraso.
Nos EUA temos às 11h30 o saldo da balança comercial, expectativa de déficit de $(45.0)Bi em setembro. No mesmo horário tem o índice de preços de importação, alta estimada de 1,2% em outubro devido a alta dos custos com petróleo, além da pesquisa semanal sobre os pedidos de seguro-desemprego. No final do dia, às 17h00, temos o resultado do orçamento do governo, déficit de $(140) bi em outubro. Na parte de balanços os destaques são a Cisco Systems e Macy`s.
O petróleo fechou a sessão com queda de -0,39%, cotado a US$86,72 após atingir preço máximo de US$87,63, reflexo do fortalecimento do dólar. Nesta manhã a commoditie registra moderada recuperação, reagindo a queda dos estoques divulgada ontem de noite. Hoje o DOE divulga as reservas de petróleo nos EUA, expectativa de alta.
Os metais, apesar da valorização do dólar, fecharam em alta ontem, com o mercado reagindo a queda de estoques e mostrando certa preocupação com a oferta das commodities metálicas. Hoje o pregão é de realização de lucros.

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